Bônus - As duas Swan

Bella batucava os dedos no braço da cadeira, ansiosa. Olhou no relógio pela quadragesima vez e fechou a cara. Não havia se passado nem dois minutos, parecia que o tempo queria brincar com ela e não passava de jeito nenhum.

Ela estava preucupada, havia quatro horas que sua mãe e seu pai estavam em algum lugar naquele hospital e a deixara na sala de espera, há quatro horas que ela não tinha notícia deles. Sua mente rodava, pensando no pior.

Seu Iphone vibrou no seu colo, ela pegou sem nenhuma vontade e sorriu ao ver que era Alice, sua prima-amiga-irmã que havia mandado a menssagem

Você não vem pra escola hoje né? - A

Não, nem se eu quisesse não poderia ir, não daria tempo de me arrumar. Você pode anotar as coisas pra mim? - B

Mesmo se você não pedisse :D Eu e Rose passeremos no hospital mais tarde -A

– Isabella Diana Swan? - A morena levantou a cabeça rapidamente, encarando o homem de jaleco branco com uma prancheta. - Você gostaria de vê-la?

Pelo tom de voz do doutor, Bella percebeu que ele não estava falando da sua mãe. Ela sorriu e assentiu, pulando do seu assento e seguindo o doutor pelos corredores daquele lugar. O coração estava acelerado, as mãos se mexiam nervosamente na frente dela, os dentes prendiam os lábios e os soltava diverssas vezes, não tinha espaço para ficar irritada com os olhares que eram lançados pra ela, não era culpa de Bella por estar com um pijaminha e pantufas. A bolsa de Renné havia estourado as 2:25 da madrugada, e só deu tempo para ela pegar uma blusa de frio, suas pantufas e seu Iphone. Seus cabelos castanhos estavam presos em um coque, com alguns fios caindo pelo rosto e tinha pequenas olheiras, mas em compensação seu olhos verdes brilhavam e davam um ar de felicidade para aquele belo rosto.

– Por aqui srt. Swan.

– Ela está bem? - Bella perguntou ao médico.

– Ela quem?

– Minha mãe.

–Sim, ela está bem. Foi tudo tranquilo e seu pai está com ela. - Disse o médico assim que els passavam por uma porta colorida, cheio de bichinhos e outros objetos considerados "fofos" pela maior parte da população.

O Doutor pediu a uma enfermeira pegar a bebê que havia acabado de nascer e ainda não tinha nome. O coração de Bella acelerou e um sorriso começou a se espalhar por seu rosto, a mulher reapareceu e pediu para Bella sentar em uma poltrona que tinha ali, colocando um embrulho rosinha no seu colo.

Com os dedos tremulos ela afastou o paninho rosa e se contemplou com o mais belo rosto que já vira. As bochechas gordinhas e coradas, a pele lisinha cor de pêssego, os longos cílios e a boca que fazia um biquinho formavam o rosto daquela bebê. Bella se sentiu ligada a ela, e ali, sentada naquele berçario criou um laço inquebravél com a pequenina.

– Qual vai ser o nome dela?

– Oi?

– Seu pai disse que a irmã escolheria o nome, então, já escolheu?

– Qual nome você daria a sua filha? - A menina-mulhar perguntou, enquanto passeava com o homem pelo jardim.

–Josephina

– Nossa, não sr. Cullen, Josephina? Parece que o senhor gostaria que fosse um menino chamado Joseph.

– E que nome a srt daria a sua filha? - Retrucou o homem

– Marie - Anunciou, orgulhosa.

– Marie, o nome dela será Marie. - Disse, sorrindo para a criança. Nem percebeu o flash estranho que teve, na verdade, ela já tinha se acustumado com eles. Desde que sua mãe engravidara - o que muitos achavam um milagre para uma mulher de 46 anos - Bella tinha sonhos estranhos com uma menina de lindos olhos cor de mel.

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– Beia, Beia, Beia. - A menina, batia as mãos na mesa, exigindo a presença da irmã.

– Não Marie, a Bella tá dormindo, ela estava estudando, foi dormir tarde ontem e tá cansadinha bebê. - Disse Trudy, a babá da menina.

– Sem Beia? - Os lábios de Marie começaram a formar um biquinho

– Não, não chora bebê - Trudy começou a se desesperar quando as primeiras lágrimas de Marie escorriam pela bochecha. Era estranho um bebê chorar porque a irmã não estava presente, se fosse pela mãe, até que seria normal.

– Bom dia. - Disse uma Bella toda descabelada adentrando a cozinha.

–Graças a Deus você acordou Bells - Disse a moça, tentando segurar a bebê que lutava para sair de seus braços enquanto gritava "Beia, Beia, Beia"

– Essa mocinha tá dando muito trabalho? - Perguntou rindo.

– Digamos que hoje ela está meio animada.

– É verdade bebê? Hoje você tá mais danada é? - Chegando perto de Marie, Bella começo a fazer aquela voz estranha que automaticamente fazemos quando falamos com bebê ou cachorros. Ela pergou a irmã no colo que a abraçou pelo pescoço, deixando de chorar. - Trudy, cadê os meus pais?

– O Sr. e a Sra. Swan viajaram para Paris ontem a noite, tiveram uma emergência na filial de lá.

– O que? - Esbravejou Bella, incrédula - Como assim eles viajaram? E ainda por cima logo hoje?! - Bella deixou Marie na cadeirinha antes de sair esmurrando o ar, irritada. - Eles tinham a porcaria do mês todo pra viajar, mas não, precisava ser hoje.

– Marie tá fazendo dez meses hoje né?

– É. - Murmurou, entredentes. Ela teria uma conversinha séria com seus pais. - Olha o que eu fiz pra você bebê. Hoje você pode comer todos os doces que você quiser tá, mas só hoje.

Marie atacou o bolinho cor-de-rosa, mas ainda observava a conversa que havia entre a babá e a irmã mais velha.

– Seus pais são muito ocupados Bells - Disse Trudy, tentando apaziguar a situação.

– Muito ocupados para a propria filha? Desculpe, eu os amo demais, mas eles simplismente não parecem os pais da Marie! Não chegam a ingnorá-la, aposto que isso aqui vai estar cheio de presentes pra ela, mas o mais importante, que é a atenção, eles não dão pra ela.

– Em todas as casas que eu trabalhei, e olha que não foram poucas, nunca vi uma irmã proteger tanto assim a outra.

A morena suspirou alto e permitiu um singelo sorriso aparecer em sua face.

– Eu amo demais Trudy.

E realmente, o amor que Bella sentia por Marie não era apenas de irmã mais velha, com os pais por tanto tempo fora Isabella acabou se aproximando da pequena mais do que o normal e tomou um espaço enorme no coraçãozinho da irmã, fazendo com que, no futuro, Marie acabe tendo uma predileção tão forte por Bella, que passe a considera-la como sua mãe! Isso tudo, claro, antes de um certo cervo entrar na história.