Após longos messes afastada da família uma jovem de quinze, dezesseis anos, voltava para casa, para sua família. Ao chegar no saguão de desembarque do aeroporto internacional do rio de janeiro, a jovem procurou por alguém de sua família, mas não conseguiu achá-los. Foi então após trinta minutos de espera ela resolveu ligar para o celular de sua mãe, ninguém atendia. Ninguém de sua família atendia ao telefone, começou a ficar preocupada, então chamou um táxi de confiança e foi direto para casa. Ao virar na rua da casa onde cresceu, a jovem viu vários carros de policia, emergência e muito tumulto. O táxi foi parado por um policial que disse que não poderiam passar por ali, pois era a cena de um crime. Apesar no nervosismo e do medo que se instalará em seu peito, ela conseguiu dizer ao policial que morava naquela rua. Quando se aproximou de sua casa, viu que o tal crime havia sido lá. Procurou saber o que havia acontecido, um jovem policial de aproximou e disse: - Houve um assalto à banco hoje mais cedo, os bandidos fugiram e houve perseguição. Eles adentraram na casa e fizeram todos de reféns, quando viram que não tinham chances de fugirem, atiraram em todos e depois se mataram. A jovem sentiu o sangue gelar, suas pernas perderam firmeza, sua vista ficara embaçada. Recebeu ajuda de uma policial que estava perto e vira que a moça estava preste a desmaiar. Estava recebendo auxilio médico quando houve movimentação na casa, alguns policiais e paramédicos correram, parecia que havia alguém vivo. Mais tarde no hospital, ela ficou sabendo que sua prima Vivian de quatorze anos estava viva, mas em coma induzido, e que era o que restara de sua família. Por causa da viagem que fizera para o exterior a jovem Catarina havia sido emancipada, portanto, considerada maior de idade. Após sair do hospital, tratou de cuidar dos preparativos para o enterro de sua família. Sua 'sorte' por assim dizer, é que sua família era afortunada, seu avô havia deixado uma pequena fortuna para sua esposa e filhos, portanto, pelo menos com dinheiro elas não se preocupariam. Quando fora viajar, sua avó colocara uma boa quantia de dinheiro no banco, mas como ficara em casa de amigos e fizera alguns ' bicos' durante a viagem, afinal o objetivo era adquirir vivência e experiência, sendo assim, não achava justo ter a viagem toda bancada por sua mãe e avó. Por tanto ela tinha como bancar os funerais e as despesas médicas que não estavam inclusas no plano de saúde. Ao voltar ao hospital, soubera que sua prima já acordara, então foi vê-la. Ao entrar no quarto, ficou a observar a jovem que era um pouco mais nova que ela, lembrando de sua infância juntas, das brincadeiras de boneca, da inocência... Observava a jovem de traços orientais, cabelos longos, negros como a noite, sua feição demonstrava cansaço, mas era preciso contar, como ainda não sabia, mas era preciso. Ao abrir os olhos negros como seus cabelos, ela viu sua prima, cabelos castanhos escuro, vestia calças e casaco pretos. Um sorriso doce em seu rosto, assim como lembrava. Exeto pelo cabelo que estavam bem curtos e repicados. - Catarina... - disse com uma voz rouca. - Shiii... Descansa, só vim saber se está tudo bem. - Como estão todos? O que aconteceu? - Bem, eles... - a voz falhou, seu olhar fugiu para o chão e as lágrimas correram por seu rosto. A jovem na cama percebeu o que havia acontecido e também não conteve as lágrimas.