Princesa Serpente - Secret escrita por Safira Michaelis Black, Alesanttos


Capítulo 5
Beco Diagonal, Draco Malfoy e Gemealidades Weasley


Notas iniciais do capítulo

Sentimos muitíssimo pela demora,mas aqui está o capítulo e espero que gostem.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/208639/chapter/5

Depois de se encontrarem com Hagrid, todos se dividiram para fazer as compras, o Sr. e a Sra. Weasley, junto com Gina, foram até a Floreios e Borrões enquanto Hagrid levava Harry, Rony, Hermione e Safira para comprar vestes novas, mas não foi um lugar muito agradável de se ir, já que quando chegaram lá encontraram ninguém menos que Draco Malfoy e a sua mãe.

Por muito pouco não houve uma briga dentro da loja, Hermione tentava, assim como Madame Malkin, impedir que os meninos começassem uma briga, já Safira se mostrava indiferente a tudo que acontecia, até a hora que os Malfoy estavam saindo da loja.

- A propósito. – disse Draco. – Por que você não diz para o pulguento do seu pai que eu mandei lembranças Stevens? – Harry não achou estranho Draco saber disso, uma vez que, quando Sirius foi inocentado, a noticia saiu no Profeta Diário, e aproveitaram para mencionar Safira brevemente. Harry ainda se lembra do título da manchete “SIRIUS BLACK: INOCENTE E AGORA PAI”, naquela edição havia uma foto de Sirius, a mesma dos cartazes de procurasse (o que Harry, e ninguém, achou muito apropriado) e uma foto de Safira sentada aos pés de uma árvore olhando para o céu na praça em frente ao número 12 do Largo Grimmauld.

- E avise para que ele tenha cuidado com a carrocinha. – continuou Malfoy.

- Escuta aqui sua doninha, – exclamou Safira. – você pode me insultar e a quem você quiser, mas eu não vou aceitar que fale mal do meu pai.

- Realmente você dois são completamente idênticos. – Narcisa olhou Safira nos olhos. – Bem... Quase completamente. – ela saiu da loja com Draco ao seu lado, mas antes os dois lançaram um olhar para Safira que Harry não conseguiu identificar, mas parecia ter um significado oculto.

- O que ela quis dizer com isso Safira? – perguntou Harry automaticamente.

- “Isso” o que?

- Nada. Deixa pra lá.

Depois que as vestes estavam compradas os quatro saíram e se encontraram com três Weasleys que estavam com os braços cheios de livros.

Houve um momento que somente Hermione, Safira e Gina foram ao boticário, já que Harry e Rony não estariam na turma de Poções. Depois disso foram até o Empório das Corujas, só que assim que saíram pela porta esbarraram com uma menina de olhos cinza, longos cabelos loiros, franja e maquiagem trouxa.

- Oi pessoal. – disse Lina. – Por um momento achava que a minha coruja não tinha chegado até vocês.

- Aquela coruja era sua? – perguntou Hermione.

- Sim. Meu pai me deu por ter me dado bem nos N.O.M.s, eu lhe dei o nome de Nyx.

- Como você se...

- Lina. – Safira foi interrompida por uma voz masculina. – Não era para você se afastar tanto de mim, não é seguro. – disse Amos Diggory. – Olá senhor Potter.

- Olá.

- Pai, o senhor estava falando sobre muito trabalho no Ministério agora á pouco. Se quiser pode ir para lá e eu fico com o Harry e os outros.

- Não acho uma boa ideia.

- Assim que eu terminar posso usar a rede de Flu para ir para casa, a mamãe está lá.

- Bem... – era evidente nos olhos daquele senhor que ele não apreciava a ideia de deixar a filha sozinha.

- Eu prometo que vou ficar bem pai. E não sou louca de correr por ai completamente sozinha.

Amos Diggory suspirou.

- Está bem. Mas não se afaste deles. E... – agora ele olhava para a Sra. Weasley. – Se não for pedir muito, eu gostaria que ficassem perto dela até que esteja em uma lareira já a caminho de casa.

- Não se preocupe. – disse a Sra. Weasley.

- Muito bem, deixe-me cuidar disso primeiro. – ele olhou para os pacotes que levava no braço e com simples aceno da varinha eles desapareceram, provavelmente estavam na casa de Lina agora. – Tome cuidado querida. – antes de ir, Amos deu um rápido beijo na testa da filha e desapareceu de vista.

- Desde quando você não é “louca de correr por ai completamente sozinha”? – perguntou Safira.

- Desde o momento que meu pai está por perto.

- Já foi no boticário? – perguntou Hermione.

- Não vou precisar.

- Por quê? – perguntou Safira.

- Tirei “Aceitável” em Poções, ou seja, não vou estar lá esse ano. Mas eu sinceramente não me importo, nunca fui boa nessa matéria. E deixa-me adivinhar, - ela olhou para Hermione e Safira. – “Ótimo”.

- Bem... Sim. – Safira parecia meio constrangida pela situação.

- Aonde vocês vão agora?

- Visitar a loja do Fred e do Jorge. – disse Harry.

- Gemealidades Weasley?

- Essa mesma.

- Eu passei por lá, mas meu pai não deixou que eu entrasse. Vamos então.

Todos começaram a andar pelas ruas um dia alegres do Beco Diagonal. Harry imaginava muitas coisas que pudessem vir da loja dos gêmeos, mas nada era igual ao que ele viu.

Encaixada entre fachadas sem graça, cobertas de cartazes, as vitrines de Fred e Jorge chamavam a atenção como uma queima de fogos. Transeuntes distraídos olhavam por cima do ombro para as vitrines, e alguns muito espantados chegavam a parar, petrificados. A vitrine da esquerda ofuscava a vista tal a variedade de artigos que giravam, espocavam, piscavam, quicavam e gritavam; os olhos de Harry começaram a lacrimejar só de olhar. A vitrine da direita estava tomada por um gigantesco cartaz, roxo como os do Ministério, mas enfeitado com letras amarelas pulsantes.

Para que se preocupar com Você-Sabe-Quem?

DEVIA mais era se preocupar com

O-APERTO-VOCÊ-SABE-ONDE

a prisão de ventre que acometeu a nação!

Harry, Rony e Lina correram para dentro da loja o mais rápido que podiam. Estava apinhada de fregueses: Harry não conseguia chegar às prateleiras. Ficou examinando tudo, olhando as caixas empilhadas até o teto: ali estavam o kit Mata-Aula que os gêmeos tinham aperfeiçoado no ano em que abandonaram Hogwarts, sem concluir o curso; Harry reparou que o Nugá Sangra-Nariz era o que saía mais, e restava apenas uma caixa arrebentada na prateleira. Havia latões cheios de varinhas de brinquedo. As mais baratas faziam aparecer galinhas de borracha ou calças compridas quando agitadas; as mais caras batiam no pescoço ou na cabeça do usuário desavisado; caixas de penas de escrever, nas opções Caneta-Tinteiro, Auto-Revisora e Resposta-Esperta. Abriu-se um espaço na multidão e Harry pôde chegar ao balcão, onde um bando de crianças de dez anos observavam felizes um homenzinho de madeira subir lentamente os degraus de um patíbulo com duas forcas de verdade em cima de um caixote, onde se lia: Forca Reciclável — Soletre certo ou se enforque!

"Feitiços Patenteados para Devanear..."

Hermione conseguira se apertar até um grande mostruário junto ao balcão, e estava lendo a informação no verso de uma caixa com a foto muito colorida de um belo rapaz e uma moça desmaiando no tombadilho de um navio pirata.

"Um simples encantamento e você mergulhará em um devaneio de trinta minutos excepcionalmente realista. Fácil de usar em uma aula normal e virtualmente imperceptível (efeitos colaterais: olhar vago e ligeira baba). Venda proibida a menores de dezesseis anos."

- Sabe – comentou Hermione, erguendo os olhos para Harry –, esta mágica é realmente extraordinária!

- Só por causa disso, Hermione – disse uma voz atrás deles –, você pode levar uma de graça.

Um Fred sorridente estava diante deles, usando um conjunto de vestes magenta que contrastavam magnificamente com seus cabelos muito ruivos.

- Como vai, Harry? – Eles se apertaram as mãos. – E que aconteceu com o seu olho, Hermione?

- Foi o seu telescópio esmurrador – respondeu a garota pesarosa.

- Ah, caramba, esqueci os telescópios – disse Fred. – Tome...

E entregou a Hermione uma bisnaga que puxou do bolso; quando ela tirou a tampa, desajeitada, apareceu uma pasta amarela.

- É só passar que o roxo desaparecerá em uma hora – disse Fred. – Temos de achar um removedor decente para hematomas, estamos testando a maioria dos produtos em nós mesmos.

Hermione pareceu apreensiva.

- É seguro?

- Claro que é – respondeu Fred tranquilizando-a. – Vamos, Harry, quero lhe mostrar a loja.

Quando Fred e Jorge levaram Harry para os fundos da loja mostraram produtos que os próprios membros do Ministério compravam, a maioria se tratava de produtos que te protegiam de azarações menores. Os gêmeos aproveitaram para deixar Harry livre para pegar o que quisesse, mesmo ele próprio não achando justos, os dois Weasley concordaram que sem a ajuda de Harry a loja não teria se tornado realidade.

- Vocês ainda não descobriram os nossos produtos Bruxa Maravilha? – perguntou Fred. – Sigam-me, senhoras...

Próximo à vitrine, havia um arranjo de produtos rosa berrante em torno do qual jovens excitadas davam risadinhas entusiásticas. Hermione e Gina se detiveram mais atrás, cautelosas.

- Aí estão – anunciou Fred orgulhoso. – Melhor linha de poções de amor que vocês podem encontrar no mundo.

Gina ergueu a sobrancelha descrente.

- E funcionam?

- Claro que funcionam, por um período de até vinte e quatro horas de cada vez, dependendo do peso corporal do rapaz em questão...

-... e a atração exercida pela moça – completou Jorge, reaparecendo de repente ao lado deles. – Mas não vamos vendê-las à nossa irmã – acrescentou, ficando inesperadamente sério. – Não quando já existem cinco rapazes no circuito.

- Se foi o Rony que lhe informou isso é uma baita mentira.

- Essa poção é ridícula – disse Safira.

- E pode me dizer por que Blackzinha? – disse Fred, apoiando um de seus braços na cabeça de Safira.

- Porque – ela tirou o braço de Fred de cima de sua cabeça com um leve puxão. – isso só irá dar um falso sentimento de amor, certo?

- É o que diz a embalagem. – disse Jorge com um frasquinho em mãos.

- Bem... então não servem para o propósito dos clientes, a menos que seja fazer uma brincadeira com alguém. Se a pessoa em questão quiser que a pessoa que ela ama a ame de volta, esse não é o caminho certo.

- Nos fornecemos o produto – disse Fred.

- O que os clientes quiserem fazer com eles está sobre a sua própria conta e risco.

- Vou ver outras coisas. – Safira saiu de perto do grupo e foi até Lina, que olhava com cobiça para uma caixa de Bombas de Bosta e para a enorme pilha de kit Mata-Aula.

Neste meio tempo Rony discutia com Fred e Jorge sobre lhe dar um desconto, já que eram irmãos. Assim que Gina chamou a atenção da mãe para os Mini-pufes Harry, Rony e Hermione momentaneamente puderam ver a rua através da vitrine. Draco Malfoy ia subindo a rua depressa e sozinho. Ao passar pela Gemialidades Weasley, olhou por cima do ombro. Segundos depois, saiu do campo de visão dos três.

- E cadê a mãe dele? – indagou Harry, enrugando a testa.

- Pelo jeito, Malfoy a despistou – respondeu Rony.

- Mas por quê? – admirou-se Hermione.

Harry não respondeu; ficou muito pensativo. Voluntariamente, Narcisa Malfoy não deixaria seu precioso filho fora de suas vistas; ele devia ter se empenhado para fugir de suas garras. Harry, conhecendo e desprezando Malfoy, tinha certeza de que havia segundas intenções naquilo.

Ele olhou ao redor. A Sra. Weasley e Gina estavam curvadas para os Mini-Pufes. O Sr. Weasley examinava encantado um baralho trouxa com as cartas marcadas. Fred e Jorge estavam atendendo a fregueses. Do outro lado da vitrine, Hagrid estava parado de costas para a loja, vigiando os dois lados da rua.

- Entrem depressa aqui embaixo – disse Harry tirando a Capa da Invisibilidade da mochila.

- E aonde você pensa em usar isso?

Quando Harry olhou para trás viu Safira de braços cruzados e Lina logo atrás.

- Malfoy está aprontado alguma.

- Draco? – de repente Lina ficou atenta. – O que ele poderia estar aprontando?

- É isso que quero descobrir.

- Mas e se a Sra. Weasley der pela sua falta? – perguntou Safira.

- Não vamos demorar.

- Você não vai a lugar nenhum Harry, é muito perigoso.

Harry estava prestes a discutir com Safira quando ela levantou a mão para silencia-lo.

- Tenho uma ideia melhor que a capa.

- E qual poderia ser?

Safira olhou em volta e quando percebeu que ninguém estava prestando atenção neles andou furtivamente até a porta de loja, e os quatro a seguiram. Quando já estava do lado de fora Safira continuou andando até chegar a uma pequena viela, Harry correu para não perde-la de vista, mas assim que fez a curva que o levaria até Safira não havia sinal de nenhum humano por perto, apenas panfletos espalhados pelo chão e cartazes e mais cartazes de “Procura-se” e instruções de como se defender estavam colados as paredes. Assim que Harry deu um passo para frente para ver se a encontrava uma sombra surgiu do canto mais escuro que havia lá, e então uma grande raposa preta de olhos azuis surgiu das sombras.

- Esse é o seu plano?

A raposa se sentou á frente de Harry e fez um aceno com a cabeça. Hermione ainda estava surpresa por ver Safira em sua forma animaga, mas então se lembrou de que Sirius viveu como animago não-registrado durante muito tempo, então não havia como tal magia ser detectável, porque senão não seria necessário pedir que as pessoas que aprendessem animagia se registrassem, era só localiza-las no segundo em que se transformasse e pronto.

- Será que isso vai dar certo? – perguntou Rony.

A raposa Safira acenou novamente. Ela se pós de “pé” e bateu a pata dianteira algumas vezes no chão.

- O que foi? – perguntou Lina.

Safira olhou para a pata e ficou pisando no chão com força.

- Quer que fiquemos aqui? – tentou adivinha Lina.

Safira regougou de forma positiva, levantou a cabeça e começou a cheirar o ar, segundos depois se pós a correr na direção que Malfoy havia ido.

No segundo que Safira saiu de vista Lina olhou para Harry.

- Você não pretende ficar aqui e esperar, não é mesmo?

Como resposta Harry colocou a capa sobre os ombros e fez sinal para que Rony e Hermione entrassem. Assim que começaram a andar Lina pisou na barra da capa.

- Aonde pensam que vão? Acham que vão me deixar de lado enquanto se divertem?

- Esse não seria o meu conceito de diversão. – disse Hermione.

- Mas é o meu. – disse Lina com um sorriso travesso no rosto. – Podem ir na frente, eu não preciso de capa.

E foi exatamente isso que fizeram. O trio andava cautelosamente sob a capa e quando assumiram uma boa distância Lina começou a segui-los. E o caminha que tomaram não levou a nada mais nada menos que a Travessa do Tranco.

- Olha ele ali! – sussurrou a garota no ouvido de Harry. Tinham chegado à única loja da travessa do Tranco que Harry já visitara: a Borgin e Burkes, que homenageava um ladrão e um envenenador famosos, e era especializada em uma grande variedade de objetos sinistros. Ali, no meio de caixotes cheios de crânios e garrafas velhas, encontrava-se Draco Malfoy, de costas para eles, mal discernível além do mesmíssimo armário grande e escuro em que Harry se escondera para evitar os Malfoy, pai e filho. A julgar pelo movimento das mãos, Malfoy falava animadamente. O dono da loja, o Sr. Borgin, um homem untuoso e encurvado, estava diante dele. O bruxo tinha uma curiosa expressão em que se misturavam o rancor e o medo.

- Se ao menos a gente pudesse ouvir o que estão dizendo! – lamentou Hermione.

- Podemos! – exclamou Rony excitado. – Calma aí... pô...

Ele deixou cair umas caixas, que ainda estava carregando, enquanto remexia na maior delas.

- Orelhas Extensíveis, veja!

- Fantástico! – admirou-se Hermione, enquanto Rony desenrolava os compridos fios cor de carne e começava a apontá-los em direção à parte inferior da porta. – Ah, espero que a porta não esteja Imperturbável...

- Não está! – respondeu Rony com alegria. – Escute!

Eles juntaram as cabeças para escutar atentamente as pontas dos fios, pelos quais ouviam a voz de Malfoy em alto e bom som, como se tivessem ligado um rádio. Mas como Lina não podia ser vista teve de se encolher atrás de uma lata de lixo, mas o som que saia das Orelhas Extensíveis era abafado pela capa e ela não conseguia entender boa parte do que Draco dizia.

-... o senhor sabe como consertar?

- É possível – respondeu Borgin, indicando, pelo seu tom, que não queria se com prometer. – Mas primeiro preciso vê-la. Por que não traz aqui à loja?

- Não posso – argumentou Malfoy. – Tem de ficar onde está. Só preciso que me diga como consertar.

Harry viu Borgin umedecer nervosamente os lábios.

- Bem, sem ver, devo dizer que é uma tarefa muito difícil, talvez impossível. Não posso garantir nada.

- Não? – retrucou o rapaz, e, só pelo seu tom, Harry percebeu que sorria com desdém. – Talvez isto lhe dê mais segurança.

Malfoy aproximou-se de Borgin e desapareceu atrás do armário. Harry, Rony e Hermione chegaram para o lado tentando mantê-lo em seu campo visual, mas só conseguiram ver Borgin, que parecia muito amedrontado. Lina tentou se aproximar mais da loja, mas teve o azar de tropeçar na lata de lixo, fazendo com que caísse, quase que instantaneamente ela saiu correndo até virar a primeira esquina que encontrou.

O som não passou despercebido por Draco e Borgin, tanto que o mesmo foi até a porta da loja, obrigando Harry a recolher a Orelha Extensiva e se afastar para que não tivesse como Borgin esbarrar neles. A sineta da porta tocou e Borgin colocou seu rosto para fora. Depois de uma olhada rápida ao redor, sem ver ninguém por perto, voltou para dentro da loja e continuou sua conversa com Draco, demorou um pouco para que as orelhas fossem posicionadas novamente.

-... O senhor conhece Fenrir Greyback? – disse Draco.

Uma lembrança passou pela cabeça de Harry, uma coisa que aconteceu a um ano atrás. Quando Harry estava conversando com Safira no Largo Grimmauld.

  “O homem que minha mãe estuporou se levantou e foi embora junto com o lobo. Só que ele disse algo do tipo, ‘Você poderia ter me ajudado melhor Greyback’, e os dois desapareceram no meio da noite.”

Esse Greyback era um dos responsáveis pela morte da mãe de Safira.

- É um amigo de família, e virá visitá-lo de vez em quando para verificar se o senhor está dedicando total atenção ao problema.

- Não há necessidade de...

- Eu é que decido isso – respondeu Malfoy. – Bem, é melhor eu ir andando. E não se esqueça de guardar isso em lugar seguro. Vou precisar dela.

- Talvez queira levá-la agora?

- Não, claro que não, seu homenzinho burro, como é que eu ficaria carregando isso pela rua? Mas não a venda.

- Claro que não... senhor.

Borgin fez uma reverência tão profunda quanto Harry o vira fazer para Lúcio Malfoy.

- E nem uma palavra para ninguém, Borgin, nem mesmo minha mãe, entendeu?

- Naturalmente, naturalmente – murmurou Borgin, curvando-se mais uma vez.

No momento seguinte, a sineta da porta tilintou sonoramente, indicando a saída de Malfoy da loja, demonstrando grande satisfação consigo mesmo. Passou tão perto de Harry, Rony e Hermione que eles sentiram a capa esvoaçar em torno dos seus joelhos. Dentro da loja, Borgin permaneceu paralisado; seu sorriso untuoso desaparecera; parecia preocupado.

Segundos depois de Malfoy sair de vista uma voz surge por em um canto e Harry olha, vendo Lina encostada em uma parede e olhava quase exatamente no ponto que Harry se encontrava, e ele fez um sinal para que Rony e Hermione o acompanhassem.

- O que aconteceu? – perguntou Lina, parecendo meio nervosa.

- Não sabemos exatamente. – disse Harry.

- Ele quer que consertem alguma coisa... e quer que reservem outra aí dentro... você viu o que foi que ele apontou quando disse "isso"? – disse Rony.

- Estava ocupada demais quase estragando o disfarce de vocês. – disse Lina, com certo sarcasmo.

- Você três fiquem aqui. – disse Hermione.

- Espere um segundinho. – disse Lina, segurando Hermione pelo braço assim que ela saiu de baixo da capa. – O que você vai fazer?

- Eu só...

Mas Hermione foi interrompida por barulho de alguma coisa se quebrando dentro da Borgin e Burkes, quando todos olharam na direção da loja viram que Borgin estava correndo atrás de alguma coisa que o estava levando para fora da loja. Hermione mergulhou para de baixo da capa e Lina correu para se esconder em um canto.

- FORA! FORA! – Borgin gritava e, quando a sineta da porta tilintou, uma raposa preta saiu correndo por ela enquanto o bruxo tentava bater nela com uma vassoura.

Assim que bateu a porta os quatro foram atrás de Safira, assim que chegaram perto dela ela já havia voltado para a forma humana, e estava ofegante.

- Nunca ensinaram para ele a respeitar os animais? – disse enquanto tirava um pouco de poeira da manga de sua roupa.

- O que você estava fazendo lá dentro? – perguntou Lina.

- E o que vocês estão fazendo aqui? – Safira olhou para eles sem demonstrar a menor surpresa, mas havia alguma coisa em seus olhos que assustou Harry, parecia que tinha uma frieza muito grande, que desapareceu segundos depois, e ele imaginou que só podia ser pelo fato de ela ter ouvido o nome de Greyback. – Achei que tinham entendido que eu queria que esperassem.

- Não ia ter graça nenhuma ficar te esperando. – argumentou Lina.

- Mas como você entrou lá? – perguntou Harry. – Descobriu alguma coisa?

- Depois eu dou os detalhes. – por alguma razão ela parecia estar muito ansiosa. – Mas é melhor voltarmos para a loja.

 O trio foi forçado a ficarem em silencio para passar despercebidos por Hagrid e uma Sra. Weasley muito ansiosa, que claramente notara a ausência deles. Foi muito difícil arranjar um jeito para que Lina e Safira entrassem, mas uma vez na loja, Harry despiu a Capa da Invisibilidade, escondeu-a na mochila e se reuniu aos dois quando insistiram, em resposta às acusações da Sra. Weasley, que tinham estado o tempo todo na sala dos fundos, e que ela é que não tinha olhado direito. Mas quando ela perguntou por Safira e Lina, Harry disse que ia procura-las, mas como estava claramente impaciente a própria Sr. Weasley fez isso. E Harry não esperava que ela fizesse diferente, depois que entrou na loja Harry, Rony e Hermione ficaram distraindo Hagrid para que as duas tivessem uma chance de entrar na loja, e foi o que fizeram, minutos depois as duas saíram com uma Sra. Weasley carrancuda atrás delas, e, assim como Harry, disseram que estava lá o tempo todo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Temos que dar um recado, os próximos capítulos vão demorar mais que o normal, além de não termos muito tempo por causa de escola estamos meio sem ideia para escrever, e se fizermos capítulos nessas condições eles não ficaram tão bons quanto queremos e vocês, nossos leitores fieis, merecem o melhor possível.
Realmente sentimos muito e espero que entendam.
E mais uma coisa, o capítulo ficou bom? Merecemos reviews? Espero que sim.
Até o próximo capítulo.