Princesa Serpente - Secret escrita por Safira Michaelis Black, Alesanttos


Capítulo 3
Notas e presentes


Notas iniciais do capítulo

Demoramos mas aqui está.



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Harry estava aproveitando sua primeira noite de sono na toca, como Fred e Jorge estavam dormindo em um apartamento sobre a loja de logros, ele ocupava o quarto dos gêmeos. No o seu sonho era uma misturas de imagens de seu último ano que passavam rapidamente, quando estava chegando ao momento que Dumbledore iria lhe contar sobre a profecia, seu sonho mudou.

Harry estava em um lugar que se assemelhava a uma mansão, a entrada era grande, pouco iluminada e suntuosamente decorada, com um magnífico carpete cobrindo a maior parte do chão de pedra. Estava escuro e não conseguia ver muitos detalhes do cômodo, mas não se importava. Harry andava de um lado para o outro, impaciente.

- Milorde. – uma voz feminina e muito familiar chamou sua atenção. Quando ergueu os olhos viu Bellatrix Lestrange á sua frente.

- Como anda um de nossos mais novos membros Bellatrix? – a voz de Harry estava tão fria e sem vida que combinava mais com uma gruta escura e úmida do que com uma mansão.

- Milorde... Ainda acho que não deveríamos confiar...

- Está me questionando Bellatrix?

- Claro que não milorde. – Bellatrix realizou uma mesura meio desajeitada. – Mas não sabemos nada sobre...

- Sei o suficiente. – interrompeu Harry. – E também sei da lealdade que uma de nossas novas aquisições tem por mim. Ao dizer que não merece nossa confiança, está dizendo que cometi um erro?

- Eu nunca diria isso milorde.

- E devo acrescentar, Bellatrix, que foi graças a essa pessoa que não merece nossa confiança, que nós chegamos mais perto de obter a profecia do que nunca estivemos. Mas que devido ao fracasso de outros, nossos planos foram atrasados.

- Milorde eu fiz o melhor que pude, eu me esforcei mais que qualquer outro... Teríamos conseguido a profecia se aquele imprestável do meu cunhado não tivesse...

- Chega de suas desculpas Bellatrix. – a voz de Harry estava mais alta que antes. – Tenho coisas mais importantes para fazer do que ouvir seus lamentos. Só espero que acidentes assim não voltem a se repetir. Pode ir agora.

- Si... Sim, milorde. – e com uma reverencia nervosa, Bellatrix saiu do cômodo, deixando Harry sozinho.

Uma dor de cabeça muito forte o atingiu como um balaço de repente, procurando algo em que se apoiar Harry foi até uma mesinha que ficava encostada na parede, quando ergueu seu olhar percebeu que havia um espelho pregado na parede, e se olhou com enormes olhos vermelhos e com um sorriso diabólico no rosto.

Quando abriu os olhos não estava mais naquela mansão estranha, mas sim n’A Toca. Mas fechou os olhos automaticamente quando uma luz muito forte surgiu, quase o segando. Protegendo-os com uma das mãos, ele tateou inutilmente com a outra, à procura dos óculos.

- Que é isso?

- Nós não sabíamos que você já estava aqui! – disse urna voz alta e excitada, e Harry sentiu um soco no cocuruto da cabeça.

- Rony, não bata nele! – ralhou uma voz de garota.

Harry encontrou os óculos e colocou-os, embora o excesso de claridade não lhe permitisse enxergar quase nada. Um vulto longo agigantou-se à sua frente por um momento; ele piscou e Rony Weasley entrou em foco, sorrindo.

- Tudo bem?

- Claro. – respondeu Harry da forma mais convincente possível, esfregando o cocuruto e se largando em cima dos travesseiros. – Você?

- Nada mal – replicou o amigo, puxando uma caixa e sentando-se nela. – Quando foi que você chegou? Mamãe acabou de nos contar!

Enquanto Harry falava sobre suas férias ouviu uma batida na porta, mas ao invés da Sra. Weasley, Fleur Delacour entrou carregando uma bandeja com o café da manhã de “Arry”.

Assim que tiveram oportunidade Rony, Hermione e Gina, que havia chegado á pouco, explicaram que Fleur e Gui, irmão mais velho de Rony, estavam pretendendo se casar, e Gina não escondeu seu desgosto com relação a isso, deixando claro que a mãe devia estar convidando Tonks para ir para casa deles frequentemente com a intenção de que Gui a escolhesse, e que ela apoiava completamente.

Com exceção do mal humor de Gina e da Sra. Weasley com a presença de Fleur, o dia foi tranquilo.

Eram quase meio dia, todos, especialmente Hermione, estavam histéricos com o resultado dos N.O.M.s, que ainda não chegaram. Como não tinham muita coisa a fazer a Sra. Weasley resolveu trabalhar no olho roxo de Hermione, que ela havia adquirido com a ajuda de uma dos logros dos gêmeos Weasley, mas ela parou assim que ouviu uma batida na porta.

- Quem é? – ela perguntou, um pouco nervosa e se aproximando da porta com a varinha em mãos.

- É a Safira.

- Olá querida. – disse a Sra. Weasley mais aliviada. – Eu já vou...

- Espere Molly. – disse o Sr. Weasley, segurando a mão da mulher antes que chegasse á maçaneta.

- O que foi agora Arthur?

- Temos que tomar todas as medidas de segurança.

- Por favor, Arthur é só uma criança. Não creio que...

- Seria justamente um disfarce perfeito.

- Mas o que eu perguntaria? Não sei quase nada sobre ela. – a Sra. Weasley estava começando a ficar impaciente. Havia uma pergunta que havia lhe passado pela cabeça, mas como Fluer estava presente na sala preferia não fazê-la.

- Harry. – chamou o Sr. Weasley. – Venha cá.

Harry, meio confuso foi até o lado do Sr. Weasley.

- Faça uma pergunta para Safira que só ela saiba responder. Você pode fazer isso?

- Po... posso.

- Tem alguém ai? – perguntou Safira, batendo na porta novamente.

- Oi Safira.

- Ah, oi Harry. Está tudo bem ai dentro?

- Sim. Eu... hã... Tenho que te fazer uma pergunta.

- Não dá para ser depois que eu entrar?

- Infelizmente não.

Mesmo com a porta entre eles Harry conseguiu ouvir Safira bufar.

- Então está bem, faça.

A primeira coisa que ocorreu para Harry perguntar foi o que eles fizeram depois que foram na cabana de Hagrid pela última fez no último ano, mas descartou quase que imediatamente, percebendo que talvez acabasse ficando constrangido se alguém escutasse.

- No dia antes de irmos para o Expresso de Hogwarts, nós não fomos para o banquete.

- Sim?

- Você me mostrou uma coisa nesse dia. O que foi?

- Que tipo de pergunta é essa?

- Apenas...

- Esta bem. – Safira o interrompe. – Foi o antigo álbum de fotografias da minha mãe, e nesse dia você descobriu que ela já jogou no time de quadribol da Grifinória nos tempos que ela estudou em Hogwarts.

Harry olhou para o Sr. Weasley e fez um aceno que dizia que era realmente a Safira. Então a Sra. Weasley, com cara de quem estava começando a ficar impaciente, abriu a porta.

Do outro lado haviam duas pessoas de cabelos pretos com vestes de viagem.

- Oi Harry. – disse Sirius, já se aproximando do afilhado para lhe dar um abraço, que Harry retribuiu.

Não via o padrinho desde a invasão ao Ministério, pelo menos não pessoalmente. Há alguns dias havia usado o espelho que Sirius lhe dera para entrar em contato tanto com ele quanto com Safira.

Harry não poderia estar mais feliz pelo padrinho do que estava. Dois, três dias depois de voltar para o número 4 da Rua dos Alfeneiros, soube, por meio de Safira que usava seus próprio espelho, que Sirius foi completamente absolvido de todas as acusações e que Rabicho iria ficar em Azkaban até os últimos dias da vida dele, e foi a melhor notícia que Harry teve em muito tempo. Depois disso quase todos os dias usava o espelho para se comunicar com Sirius, e era evidente que a atual liberdade já estava sendo refletida na aparência de Sirius, parecia que ele havia recuperado um pouco de cor no rosto e que seus olhos estavam começando a ter um pouco do brilho que ele tinha na época que estudava em Hogwarts. Tudo estava indo bem para o velho Almofadinhas.

- Sirrius Blac. – disse Fleur.

Por um momento Harry pensou que Fleur ia agir com desconfiança e medo, nem todos na comunidade bruxa havia se acostumado com a inocência de Sirius, sendo que a própria Safira lhe disse certa vez que quando saíram na rua um ou outro bruxo arregalava os olhos ou fingia que eles não existiam. Só que ela se mantinha otimista pelo que Harry podia observar, sendo que ela falou que quatorze anos de medo não poderiam se apagado em apenas um mês. Mas a jovem garota meio Vella agiu de uma maneira completamente diferente de como Harry esperava: ela foi até Sirius fez um pequeno aceno com a cabeça como se desse as boas vindas.

- É um prrazer conhece-lo. Me chame Fleur Delacour. Meu querrido Gui me falou tude sobrre o senhor. Seja bem vinde.

- Bem... Obrigado. – por um segundo Sirius parecia não saber o que dizer, já que nunca havia falado com Fleur uma única vez. Então o silencio foi quebrado quando quatro corujas entraram pela porta que ainda estava aberta, três corujas pardas pousaram na mesa da cozinha enquanto a quarta, uma coruja Bufo-real pousou no ombro de Safira e estendeu sua perna direita que continha uma carta.

- As notas dos N.O.M.s. – exclamou Hermione.

Quando Safira terminou de retirar a sua carta da perna da coruja foi até a mesa para se juntar á Harry, Rony e Hermione, cujas mãos tremiam tanto que ela fazia a coruja inteira tremer.

Ninguém na cozinha falou. Por fim, Harry conseguiu desprender o envelope. Abriu-o ligeiro e desdobrou o pergaminho que havia dentro.

Harry leu o pergaminho várias vezes, começando a respirar aliviado a cada leitura.

Tudo bem: sempre soube que não iria passar em Adivinhação, e não tivera chance de passar em História da Magia, uma vez que desmaiara no meio do exame, mas passara em todo o resto!

Correu o dedo pelas notas... fora bem em Transfiguração e Herbologia, e até excedera a expectativa em Poções! E o melhor de tudo, recebera "Ótimo" em Defesa contra as Artes das Trevas.

- Isso. – disse Safira com um evidente olhar de satisfação. – Passei em tudo.

- Tudo? – perguntou Harry, não conseguindo esconder que estava surpreso. Safira estendeu a pequena folha para que ele lesse.

Adivinhação                                            E.E

Astronomia                                               O

Defesa Contra as Artes das Trevas          O

Feitiços                                                     O

Herbologia                                              E.E

História da Magia                                   E.E

Poções                                                      O

Transfiguração                                         O

Trato de Criaturas Magicas                     E.E

- Você conseguiu passar até em História da Magia e Adivinhação.

- Foram as únicas que eu não passei. – disse Rony.

- Essa é a minha garota. – disse Sirius com um claro olhar de orgulho. Depois ele foi até a Sra. Weasley e falou algo que Harry não conseguiu entender e depois andou até o segundo andar.

- É. Mas estou pensando em abandonar Adivinhação. – Safira deu de ombros. – Não vai servir pra nada se eu quiser ser uma Auror.

- Parabéns! – exclamou a Sra. Weasley orgulhosa, arrepiando os cabelos de Rony. – Sete N.O.M.s, é mais do que Fred e Jorge tiraram juntos!

- Hermione? – perguntou Gina hesitante, porque a amiga ainda não se virará. — E você, como foi?

- Eu... nada mal – respondeu Hermione muito baixinho.

- Ah, corta essa – rebateu Rony se aproximando e puxando os resultados da mão dela. – É: nove "Ótimo" e um "Excede Expectativas" em Defesa contra as Artes das Trevas. – E, encarando-a meio risonho, meio exasperado. – Você está realmente desapontada, não é?

Hermione sacudiu negativamente a cabeça, mas Harry riu.

- Bem, agora somos alunos do N.I.E.M.! – exclamou Rony sorridente. – Mamãe, ainda tem salsichas?

Harry tornou a ler os seus resultados. Eram tão bons quanto poderia ter esperado. Só sentia uma pontadinha de arrependimento... era o fim de sua ambição de ser Auror. Não obtivera a nota exigida em Poções. Soubera o tempo todo que não conseguiria, mas sentiu o estômago afundar ao olhar mais uma vez para o pequeno "E" preto.

Era bem estranho, visto que tinha sido um Comensal da Morte disfarçado quem dissera pela primeira vez que Harry daria um bom Auror, que a ideia o tivesse conquistado e ele não conseguisse realmente pensar em outra profissão futura. Além disso, tinha lhe parecido o destino certo para ele desde que ouvira a profecia há um mês... nenhum poderá viver enquanto o outro sobreviver... não estaria assim cumprindo a profecia e dando a si mesmo a melhor chance de sobreviver, se entrasse para o grupo de bruxos altamente treinados cuja função era encontrar e matar Voldemort?

O barulho de pés descendo as escadas tirou Harry desse pensamento. Quando olhou para trás viu Sirius carregando um grande embrulho retangular.

- Safira.

Ela olhou na direção de Sirius e falou.

- Sim pai?

- Pra você. – então Sirius foi até a mesa e depositou o embrulho na frente de Safira. Os olhos dela estava arregalados e olhava do embrulho para Sirius, ela começou a desembrulha-lo rapidamente mas com cuidado. Quando tirou a tampa da caixa havia uma linda vassoura novinha em folha, o cabo de mogno brilhava de tão polido que estava e uma longa cauda de palhas limpas e retas se estendiam na ponta. Harry conhecia bem essa vassoura.

- Uma Nimbus 2000. – exclamou Safira.


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Notas finais do capítulo

Não tenho muito o que dizer, mas na verdade quem eu espero que diga alguma coisa são você. E aí, merecemos um agrado ou seremos deixadas no vaco? Se for a segunda opção vamos logo avisando: talvez o próximo capítulo demore um pouquiiiiinho mais. ~le rindo maldosamente por dentro~
Vai depender de vocês.
Bye, bye.