Princesa Serpente - Secret escrita por Safira Michaelis Black, Alesanttos


Capítulo 22
Atrás da memória




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Novamente Harry não teve progresso em sua tentativa de entrar na Sala Precisa e descobrir o que Malfoy fazia lá. Sem contar que foi surpreendido por Tonks nessa hora, embora um comentário dela tenha feito tanto Harry quanto seus amigos pensarem no que poderia estar acontecendo.

*

Tonks disse que havia entrado no castelo para ver Dumbledore, e como não o encontrou resolveu dar uma volta pelo lugar, e foi assim que ela encontrou Harry.

– Harry, já ia esquecendo - disse depois de dar alguns passos para sair de lá. - Sirius me contou que você e Safira estão namorando agora. Na verdade toda a Ordem já está sabendo.

Por alguma razão que ele não conseguiu explicar, Harry corou quando ouviu isso.

– Acho que Sirius nunca esteve tão feliz nos últimos meses quanto agora.

– Sério?

– Ahã. E quero desejar boa sorte para vocês dois. Fico feliz em ver que alguém teve coragem de se declarar e foi correspondido.

Antes que pudesse dizer alguma coisa Tonks já estava andando e não demorou muita para desaparecer no corredor, mas Harry teve certeza que, antes de se virar, uma expressão de enorme tristeza surgiu no rosto dela.

*

– Não pode ser mais óbvio - disse Lina.

– Obvio? - perguntou Rony.

– Tonks deve estar apaixonada por alguém, não precisa ser um gênio para perceber isso.

– Mas por quem?

– Isso eu não sei.

– Das duas uma - disse Safira. - ou ela se declarou e não foi correspondida, por isso está tão triste ultimamente, ou ela nem se declarou ainda, e está com medo da resposta que terá.

– Mas eu nunca imaginei a Tonks apaixonada - disse Rony. - E eu acho que as mulheres fazem muito alvoroço por esse tipo de coisa.

– E ainda - disse Hermione - eu duvido que você encontraria uma mulher que fica de mau humor por meia hora, só porque a Madame Rosmerta não riu da piada dela sobre o Bruxo Curandeiro, e a Mimbulus mimbletonia..

Rony a olhou ferozmente.

– Seja o que for, espero que a Tonks melhore e consiga resolver o que seja pelo que está passando.

*

Alguns dias se passaram e o trio recebeu uma noticia de Hagrid, Aragorn havia morrido, e o meio gigante pediu que os três fossem ficar um tempo com ele. Enquanto eles discutiam duas meninas, as irmãs Montgomery, passaram com expressões bem tristes. Hermione contou que o irmão mais novo delas morreu ao ser atacado por um lobisomem depois da mãe deles ter se recusado a ajudar os Comensais.

– Então é isso que eles fazem com quem não colabora? - Safira olhou para as duas meninas com um olhar bem calculista.

– Mas que lobisomem? - perguntou Harry.

– Pelo que eu soube foi o Fenrir Greyback.

Assim que Hermione pronunciou esse nome Safira apertou fortemente a faca que estava segurando.

– Eu juro que um dia ele vai se ver comigo.

– Não acho uma boa ideia - disse Lina, sentindo um pouco de medo da amiga tomar uma decisão precipitada

– Ela tem razão - disse Rony. -Quer dizer, você pode se machucar e...

– Acha que não sou capaz de me defender? - sem que percebesse Safira estava com a ponta da faca apontada para Rony, á poucos centímetros de seu rosto, e ele não pode evitar um olhar de assombro.

– Safira, cuidado. - disse Harry. - Eu acho que eu vou ficar com isso. - Ele tirou a faca da mão dela e colocou de lado.

– Tá, desculpe. Mas não pense que as minhas palavras são da boca pra fora Rony. No momento certo vamos estar cara a cara, e eu vou acabar com a raça dele. Guarde minhas palavras.

Safira terminou de tomar sua limonada e se retirou da mesa, Lina optou por ir atrás dela, e enquanto Harry terminava de conversar com seus amigos sobre o que deveriam fazer, com a visão periférica ele não pode deixar de notar que Ernesto tinha ido em direção á Safira, quando se virou viu que os dois estavam conversando e que Lina saiu na frente, eles estavam sozinhos.

Harry sabia que nunca houve nada entre os dois, então não precisava se importar. Quando ele estava preste a aceitar isso ele viu Ernesto entregando um tipo de carta para Safira, ela assentiu com a cabeça e ele, com um enorme sorriso no rosto, a abraçou e depois saiu de perto dela. Safira examinou o envelope da carta e depois saiu também.

– HARRY.

– O que?

– Você estava ouvindo? - perguntou Hermione.

– Acho que perdi a última parte.

Hermione bufou e arregalou os olhos.

– O Rony deu uma excelente ideia. Você poderia usar a Felix Felices.

– Mas eu estava pensando em...

– O que é mais importante que isso?

De fato houve uma época que passou pela cabeça de Harry usar a poção para separar Safira de Ernesto, mas isso não era mais necessário, só que ele estava em dúvida se Ernesto poderia realmente estar gostando dela, e se esse for o caso e poção poderia dar a sorte que Harry precisava para que Ernesto não gostasse nunca mais de Safira, pelo menos não desse jeito.

– Vou tentar conversar com Slughorn hoje, se não der certo uso a poção.

*

A aula de Poções daquele dia só tinha quatro alunos, então Slughorn pediu que cada um preparasse algo divertido. Safira estava animada, Ernesto parecia estar disposto a brilhar dessa vez e Draco estava com cara de que achava a atividade ridícula.

Safira optou por preparar uma Poção do Riso, e parecia estar muito satisfeita com seu trabalho, de vez em quando ela pegava a pena e riscava uma palavra, Harry notou como Safira parecia ter o mesmo habito que o Príncipe, mas o livro dela não estava tão rabiscado quanto o dele.

A poção que Harry optou por um Elixir para Induzir a Animação, se desse certo ele poderia tentar convencer o professor a beber.

Harry reparou que Ernesto estava um pouco frustrado com sua poção, e houve um momento que ele olhou para Safira. O sangue de Harry ferveu mais que a poção dentro de seu caldeirão.

Quando a aula acabou Harry esperou que Ernesto e Draco saíssem da sala, Safira lhe deu um beijo na bochecha e lhe desejou boa sorte. Mesmo assim não conseguiu nada, o professor se afastou dele assim que viu que os dois estavam a sós.

*

Assim que voltou para a sala comunal Harry encontrou Rony e Hermione, que voltaram do teste de aparatação, e Lina, mas Safira não estava presente. Ele contou para os três como foi sua tentativa de conseguir a lembrança e que decidiu usar a Felix.

– Oi gente - Safira acabara de surgir pelo buraco do retrato.

– Oi - Rony, Hermione e Lina falaram juntos, mas Harry permaneceu quieto.

– Aconteceu alguma coisa Harry?

– Nada de importante.

– Não parece nada.

– Acho que o Ernesto sentiu sua falta na aula de poções.

Um olhar confuso surgiu no rosto de Safira.

– Hã... Por que isso de repente?

– O que ele estava falando com você no Salão Principal?

Durante um segundo a sala comunal foi mergulhada em um silêncio desconfortável, depois o silêncio foi preenchido com a risada de Safira.

– Harry, você está com ciúmes do Ernesto? Por acaso você sabe que isso é desnecessário?

– Você não respondeu a pergunta.

– Ele só me pediu um favor - Safira colocou sua bolsa no chão e se jogou em uma das poltronas vazias.

– Harry, acho que não tem nada demais a Safira conversar com o Ernesto. - disse Lina. - No pouco tempo que eu fiquei por lá não parecia nada demais.

– Porque não foi nada demais - disse Safira.

– Mas estava na cara que ele queria que você continuasse do lado dele na aula de Poções.

– Se eu estivesse no lugar dele também ia querer. - disse Lina. - A Safira é ótima nessa matéria.

– E que envelope era aquele que ele te entregou?

– Harry. - Safira se levantou da poltrona e andou em direção á Harry, parecendo muito séria agora. - É compreensível que esteja com ciúmes, mas você está ficando igual a Lilá. Ernesto me pediu um favor como amiga, só isso. Está bem, vamos supor por um segundo que ele goste mesmo de mim, e daí?

Harry não sabia que resposta dar para isso, até certo ponto ele estava indignado. Ele não era dono de Safira e sabia perfeitamente bem disso, mas não suportava a ideia de ter outro garoto por aí que também goste muito dela, sabendo que essa pessoa poderia tentar afastar Safira dele.

A morena bufou, segurou a gola das vestes de Harry, e o puxou em sua direção, encostando seus lábios nos dele. A primeira reação do grifinório foi de surpresa, depois ele se deixou levar pelo beijo, até que Safira finalmente o soltou.

– Mesmo que ele, ou qualquer outro garoto goste de mim, você não acha que tem que confiar um pouco mais em mim, Harry? Se qualquer outro pessoa vir e se declarar não significa que eu vou corresponder.

Ainda meio tonto pelo beijo Harry teve que piscar algumas vezes para processar tudo que ela disse.

– Será que eu posso contar com a sua confiança?

Ele simplesmente acenou com a cabeça em sinal positivo.

– Que bom. Então, o que ficou decidido sobre a missão de pegar a memória de Slughorn?

– Vou usar a Felix Felicis, não tem outro jeito.

– Mesmo sabendo que você não precise que eu diga, boa sorte. - Safira deu um beijo na bochecha de Harry e começou a subir para seu quarto.

– Eu sinto que sempre estou sobrando. - disse Lina, também indo para seu quarto.

Mais tarde, depois de ter certeza que todos estavam na cama e que seus colegas de quarto estavam dormindo, Harry, juntamente com Rony e Hermione, se juntaram no quarto dos meninos. Harry decidiu tomar somente um pequeno gole da poção. De imediato não sentiu nada de diferente, mas depois parecia que ele conseguiria fazer qualquer coisa que sempre iria dar certo, ele se sentia muito otimista.

– Vou visitar o Hagrid.

– O que? - disseram Rony e Hermione juntos.

– Sinto que é lá que tenho que estar.

Quando desceu, coberto por sua capa da invisibilidade, Harry quase esbarrou em Lilá, que ficou furiosa ao ver Rony e Hermione juntos. Ele aproveitou esse momento para sair sem que seus amigos o seguissem.

Ele sabia que, mesmo não sendo o que seus amigos esperavam que ele fizesse, ir ver Hagrid parecia ser a coisa certa para se fazer no momento. E a Felix sabe o que faz.


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