Can we whisper? escrita por Meggs B Haloway


Capítulo 27
Capítulo 26 — Paciência.


Notas iniciais do capítulo

Minha semana foi super corrida e eu não tive oportunidade de postar ontem, mesmo! E claro, por uma parte eu não quero deixar ir... tão rápido... ]: ]: ]: ai pls, por que acabou tão rápido? Bommm, espero que gostem desse capítulo e comentem quando lerem! Beijos ♥



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Eu não tinha perdido nada na faculdade, ainda bem, eu tinha passado em todas as provas, por isso não perdera nenhuma prova de recuperação. Alice sorrira docemente a me ver chegar ao lado de Edward no aeroporto, correndo com sua empolgação palpável e me abraçando com força como se eu tivesse passado um ano fora.

Eu só não caíra para trás porque a mão gentil de Edward me empurrara para frente, sorrindo e dizendo para Alice parar de ser dramática. Como uma criança, ela somente o ignorou, deixando-me a par de tudo que tinha acontecido na faculdade nos quatro dias que eu passara fora. Ângela estava namorando Ben — essa era a única coisa interessante que realmente acontecera.

Tinha umas mil ligações de Sean no meu celular que eu esquecera e quando eu retornei, ele não atendeu. Depois eu ligaria, então, eu já sabia que tinha perdido a vaga por minha demora gritante e minha displicência ao não explicar o que tinha acontecido antes de sair em disparada para Glastonbury.

— Você sabe que não precisa trabalhar em lugar nenhum. — Edward disse assim que eu terminei de explicá-lo o que acontecera. — Eu te sustento, Bella. — Propôs e minha reação só foi erguer as sobrancelhas.

Eu neguei com o rosto quando percebi que ele estava falando sério. Eu era orgulhosa demais para deixar alguém me sustentar como se fosse à coisa mais normal desse mundo. Desde o começo, eu odiava pedir algo ou depender financeiramente de alguém quando eu podia fazer algo para evitar isso.

— Por quê? — Perguntou ele, esparramado por minha cama. — Qual é o problema? Eu não vejo nenhum e eu também não quero ver você trabalhando antes de terminar a faculdade.

— Não, Edward. — Murmurei paciente. — Eu te disse que não queria depender de Charlie, e isso funciona para todo mundo. Não quero depender de ninguém quando eu tenho uma porta de emprego aberta para mim.

Ele suspirou.

— Tudo bem, não vamos falar sobre isso. — Mudou de assunto puxando uma de minhas mãos para que eu caísse ao seu lado na cama.

— Vamos falar sobre o seu aniversário que está perto de chegar. O que você quer de aniversário? — Perguntei arrastando-me para que eu pudesse ver seu rosto com facilidade. Ele puxou minha cintura para que eu estivesse mais próxima a ele, encostando seu rosto em meu ombro e inspirando o meu perfume fraco.

— Você. — Ele respondeu incoerente.

Eu sou sua.

Escutei seu riso baixo e logo em seguida ele voltou seus olhos para os meus.

— Era exatamente isso que eu queria escutar.

Eu sorri, baixando meus olhos e beijando-o rapidamente nos lábios para me levantar e o puxar pela mão para que ele também o fizesse. Não era minha vontade que ele fosse para sua casa agora, não mesmo, era só que eu estava com fome e apostava que ele também estava já que durante a viagem não comemos nada.

Ele mesmo cozinhou, apesar de eu ter teimado bastante para não deixar. Ele me garantiu que tinha aprendido a cozinhar e que agora não queimaria nenhuma panela como da última vez que tentou na casa de Esme, por isso o deixei somente para provar se ele tinha aprendido ou não. O pior é que ele tinha mesmo e até Alice elogiara com um sorriso impertinente, dizendo que ele tinha evoluído muito esses dias.

Eu estava de férias até setembro, o que era ótimo. Eu aproveitaria para visitar Renée de novo por alguns dias e depois trabalharia para juntar dinheiro para a minha formatura que estava próxima. Claro que faltavam dois anos ainda para que aquilo acontecesse, mas o tempo era curto e o dinheiro era demasiadamente grande.

Edward não ficou por muito tempo lá, infelizmente, pois tinha que acordar-se cedo para trabalhar no outro dia. Eu deveria me animar que ele voltaria na outra noite para me ver, mas era ao contrário isso. Uma parte enorme de mim tinha se acostumado com a frequência que nos víamos nos últimos quatro dias, e eu queria que fosse assim pelo resto das minhas férias. Agora eu não tinha a escola para me entreter.

Alice não me deu uma trégua no dia seguinte e não aceitou a desculpa que eu estava cansada da viagem para me deixar dormir mais um pouco. Às nove e meia da manhã lá estava ela no meu quarto, balançando meu ombro sem nenhuma delicadeza, gritando como uma desesperada para que eu me levantasse da cama e deixasse de ser preguiçosa.

Quando eu não respondi, ela bufou e ameaçou ir ao banheiro para pegar água e jogar em meu rosto. O dia estava frio demais para que permitisse aquilo, por isso me levantei como se algo tivesse me cutucado e cocei meus olhos, com mais preguiça e cansaço do que tivera em toda a minha vida.

— Bom dia! — O sorriso dela era largo e os olhos eram igualmente acessos.

— Só se for o seu. — Eu disse asperamente. — O que você quer, Alice? Eu quero dormir, se você não se incomoda.

— Eu me incomodo, sim. — O tom de sua voz subiu uma oitava enquanto uma mão sua tomava posse de uma parte de sua cintura. — Vamos lá, Bella, até parece que você não gosta de se arrumar, não é? Vamos fazer pelo menos as unhas, certo? As unhas, por favor. — Ela implorou com os olhos espremidos.

— Me deixa dormir mais algumas horas.

— Não! Não gosto quando o salão está cheio e vai estar se você não se levantar dessa cama agora mesmo!

Eu suspirei e desejei ter trancado a porta noite passada, assim Alice ficaria chamando e eu não perceberia tão facilmente. Eu queria dormir mais do que queria fazer minhas unhas porque eu não me importava se o salão estava cheio ou não, eu esperaria e seria paciente se estivesse com vontade.

Alice me empurrou para dentro do banheiro, me dando a minha toalha. Até a banheira parecia um lugar perfeito para se dormir, mas ao invés de realizar o meu desejo, tomei banho rapidamente e quando terminei, tremi de frio pelo vento gelado que a janela deixava escapar. Eu despejei minha raiva nela, abaixando-a com tanta força que ela tremeu por alguns segundos.

Não tinha quase ninguém quando chegamos ao salão, apenas duas senhoras idosas que estavam fazendo as unhas, conversando sobre como queriam que tal pessoa na série morresse. Alice as ignorou e abraçou-se a uma mulher ruiva, alta logo que entrou no salão, praticamente gritando que a faculdade era uma merda e não a deixava vir com mais frequência.

Eu estava com dor de cabeça, era tudo que eu sabia.

— Ah, e essa é a minha cunhada e amiga. — Ela disse, puxando-me delicadamente para o seu lado.

— Oi, querida. — Ela me abraçou com a ponta dos dedos, retorcendo seu nariz e a fazendo ficar mais feia que o normal.

Sorri gentilmente, percebendo que ela já não gostava de mim. Eu não percebia qual era o problema de imediato até lembrar-me das palavras de Alice “cunhada” Só podia ser por isso, afinal. Edward — o objeto de desejo de várias mulheres em tão pouco tempo. Fazia somente dois meses que ele tinha chegado a Bristol e já tinha conquistado tantas mulheres.

Perfeito.

— Edward se casou? — Perguntou a Alice, erguendo uma sobrancelha.

Esse era um ótimo motivo para ela não gostar de mim, na verdade. Edward por onde passava chamava a atenção das mulheres e instintivamente elas o desejavam, sendo que sequer o conheciam direito. Isso era ridículo. Elas deviam ser centradas em algo sem ser algo que fosse meu incondicionalmente.

Ele me queria. Não elas — pelo menos eu tentava me convencer disso.

— Você parece ser nova demais para ele. — O tom de voz dela teve a intenção de acrescentar algum defeito a minha pessoa, porém não conseguiu pela minha expressão firme a qual continha uma raiva discreta.

— Idade não importa na nossa relação. — Eu rebati a sua voz venenosa.

Ela sorriu, assentindo.

Alice sorriu para mim, batendo em meu ombro de um modo que me censurava quando a mulher ruiva nos deu as costas. Fizemos as unhas e apesar de não querer me demorar lá, cortei meu cabelo e o clareei já que estava ficando escuro de uma forma que eu não gostava. Não combinava comigo.

Quando eu chegasse ao apartamento, eu iria dormir. Bom, esse era o meu plano inicial cujo foi desfeito por Alice que também queria fazer compras e mesmo antes de chegarmos, eu sabia que era demoraria horas até finalmente me deixar ir para casa. Fora um erro ter levantando-me da cama, e seria um erro maior que eu deixasse todo mau-humor que eu possuía extravazar.

Alice tagarelava algumas coisas sobre como estava se sentindo horrível nessa cidade e tudo isso se dava pelo olhar dos moradores. Eles eram muito rabugentos e seus olhares sempre eram como se a qualquer momento fosse atirar uma pedra na pessoa. Ela dizia que aquilo estava a desgastando demais e estava pensando em ir para alguma cidade onde as pessoas fossem mais alegres, mesmo que não fosse seu plano inicial sair da faculdade.

E então enquanto eu me lembrava do trabalho de Edward, aproveitei o senso de oportunidade que Alice tinha para pedir ajuda para comprar o presente dele já que eu definitivamente não sabia escolher nada. Eu era um desastre em tudo e eu não podia deixar que isso interferisse no aniversário dele porque eu não chegaria sem presente algum em sua casa.

— Bom… deixe-me ver. — Ela inclinou a cabeça para o lado, fitando os sapatos de festa os quais ela experimentava. — Diga-me você que passa muito mais tempo com ele do que eu.

— Eu não sei! Minha última ideia foi… sei lá, eu adoro o perfume dele, mas não sei se ele já comprou outro ou sei lá… um tênis, talvez uma camisa. Eu não sei mesmo.

Alice sorriu com minha confusão e com a quantidade de “não sei” na minha frase e pensou por alguns segundos antes de falar, abaixando seu pé antes levantado. Ela tirou a sapatilha que vestia e a entregou para a vendedora, somente assentindo em aprovação e mandando-a para o caixa.

— Eu gosto da ideia do perfume. E sabe do quê eu gosto mais? Da ideia de você cozinhar e fazer um jantar para vocês, sabe. Antigamente Edward falava muito sobre como gostava de quando você cozinhava.

Eu ri por alguns segundos, passando meus dedos pelo cabelo, ainda não acostumada com o quanto ele estava curto.

— Eu não cozinhei muito para ele.

— Sim, mas causou uma boa impressão quando o fez.

— Então é isso? Eu cozinho, dou o perfume… é pouca coisa.

— Não será.

Eu estava sentada de qualquer jeito no sofá da sala quando a cigarra tocou e Alice, que estava na cozinha, atendeu-a, já sabendo quem era. Era Edward, ele dissera que viria aqui, apesar de quando meu olhar se fixou nele, ele estava visivelmente cansado como nunca estivera de seu trabalho.

— Teve muitas consultas hoje? — Deduzi, sem levantar-me do sofá.

— Mais do que deveriam. — Ele se jogou ao meu lado, deitando seu rosto em meu colo.

— Olha os sapatos sujos no meu sofá! — Alice exclamou.

Eu ri juntamente com ele. Alice, ao contrário de nós, não parecia ver graça alguma naquilo, por isso tirou os sapatos de Edward, jogando-os em qualquer lugar sem importância. Ela voltou ao que estava fazendo na cozinha quando inclinei meu rosto para o de Edward, deixando nossos lábios juntos apenas por alguns segundos.

— Como foi seu dia? — Perguntou ele.

— Cansativo. — Confessei baixinho para ele, chegando a sussurrar para Alice não ter a mínima chance de escutar. — Ela me arrastou para tudo que é lugar e me acordou cedo demais para chegar ser apropriado.

Ele sorriu com o mau-humor evidente em minha voz.

— O que fez no cabelo? — Seu tom não era de desaprovação, era de uma aprovação que dava para ver em seu olhar.

— Cortei e clareei porque eu não gosto quando ele está muito escuro como estava antes.

— Você está bonita. Mais do que antes.

Eu ri, de repente sem graça. Eu nunca me acostumaria, afinal, com os elogios de Edward porque eles me pareciam tão… surreais para chegar a ser verdade. Ele, às vezes, exagerava demais e teimava dizendo que não o fazia. Tudo bem, talvez eu estivesse melhor do que estava antes, mas não passava disso.

— Bella? — Ele me chamou depois de um tempo.

Voltei meu olhar para o seu, sentindo-me alerta com o seu tom cauteloso.

— Eu tenho que ficar fora de Bristol por alguns dias. Sabe como é, viajar a trabalho para Londres… se pudesse, eu não iria porque sinceramente, não vejo porque eu tenho que ir sendo que eu não vou fazer nada sem ser olhar.

— Quantos dias? — Choraminguei.

— 5 dias, eu volto antes do meu aniversário e depois disso, vamos para Itália. — Ele me informou como se fosse à coisa mais normal nós irmos para a Itália. — Eu não lhe disse ainda? — Um sorriso travesso habitava em seu rosto enquanto ele se levantava e ficava sentado direito no sofá.

Neguei com o rosto, olhando-o incrédula.

— Ah é. Também tem um trabalho que eu tenho que fazer lá e como pode levar uma acompanhante, você é a pessoa de sorte que vai comigo. E eu não aceito não como resposta.

— Não tem problema? — Perguntei, mordendo meus lábios.

Ele negou com o rosto, voltando sua atenção para a televisão. Não estava passando nada de interessante e eu sabia que ele estava fazendo aquilo para ignorar as perguntas que ainda não haviam sido caladas. Aliás, ele não podia simplesmente me dizer que íamos para Itália sendo que não havíamos discutido sobre isso ainda. Não era tão simples.

— Edward… — O chamei.

— Vamos ficar hospedados em um hotel por duas semanas e depois voltamos. E não, você não vai ficar muito tempo sem que eu esteja por perto, então não se preocupe. Você não vai ficar sozinha, você vai comigo para qualquer lugar que eu for.

— Eu não acho que… eu seja a melhor pessoa para lhe acompanhar a esses eventos, Edward, eu nem sei…

— Quem mais eu levaria?

— Não sei. — Sussurrei.

— Bella — Ele falou meu nome calmamente, quase hesitante. — Nós estamos juntos, ou seja… não vou deixar que nenhuma outra me acompanhe no seu lugar porque não teria graça nenhuma ir a um país novo…

— Eu só tenho 19 anos. — O interrompi, expondo o verdadeiro problema.

Ele sorriu passivo, pegando uma mecha que estava solta do meu rabo-de-cavalo e a colocando atrás de minha orelha, pousando sua mão em meu pescoço. Meus batimentos cardíacos aumentaram de um modo significativo quando ele me tocou e eu me forcei a não ser tão… boba como estava sendo. Era só um toque.

— E isso não me importa nenhum pouco. — Ele desfez o vinco em minha testa quando eu franzi meu cenho. — Você se importa com o fato de eu estar quase chegando à casa dos trinta? — Indagou erguendo as sobrancelhas.

— Não e isso não vem ao caso agora.

— Eu não me importo também com o fato de você estar chegando agora à casa dos vinte. — Murmurou. — Relaxe Bella… não precisamos nos esconder mais. ― A voz dele soou grave séria, em um tom que me dava certezas.

Isso era bom, viver com Edward sem precisar se esconder. 


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Notas finais do capítulo

Psé, só três capítulos para fanfic terminar ]: ]: ]: quem sabe não cheguemos ao 200 reviews antes de terminar? Então vamos lá, comentem pls porque eu sei que com o número de leitores dá para chegar lá sem problemas algum. Beijos, boa tarde ♥