Music In The Dark escrita por LunaCobain


Capítulo 33
Descoberta


Notas iniciais do capítulo

Mais um, pessoal! Até que as férias tão rendendo bastante capítulo, né?
Aproveitem a leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/207186/chapter/33

“Por um momento, pensei que fosse te perder de novo. Não sei se poderia aguentar isso. – ela sussurrou, se aninhando no colo de Erik.

–Você nunca vai me perder, meu amor. Eu serei seu pra sempre.

Ela sorriu, agradecida, e acariciou o rosto dele. Gentilmente, tirou a máscara que cobria metade de seu rosto.Tinha receio de que ela tentasse impedi-la, mas o moço resignou-se apenas a observar, curioso, enquanto ela se inclinava para beijar cada centímetro de suas feições, banhando-o em seus afetos.

–Eu amo você, Erik. - Anna murmurou no ouvido dele, seus dedos brincando com os cabelos negros do homem.

–E eu amo você, meu anjo, Muito mais do que sempre acreditei ser possível.”

–Como você está se sentindo hoje, meu amor? – Erik perguntou para a menina que acabara de acordar, a cabeça ainda apoiada em seu peito.

Algumas semanas haviam se passado desde o incidente com Raoul na Casa do Lago. Quando Erik voltara para casa naquele dia, tinha encontrado tudo do jeito como estava antes de Christine ter resolvido se instalar em sua vida. Parecia que nada havia acontecido para perturbar-lhe. A única coisa que insistia em lembrar-lhe do tempo que fora forçado a passar com Christine era a saúde de Anna, que parecia estar se definhando aos poucos. Mesmo com todos os seus esforços, parecia que o corpo da menina já não estava acostumado a abrigar a comida, o que a fazia vomitar constantemente (embora Erik suspeitasse que isso fosse por causa da gravidez, que ela ainda desconhecia).

–Melhor. – Anna murmurou, esfregando os olhos sonolentos com as mãos pequenas. No dia anterior, ela não tinha conseguido comer nada. Erik estava preocupado, porque além de Anna continuar perdendo peso e ficar cada vez mais fraca, a falta de comida poderia provavelmente afetar a saúde do bebê. Por isso, ele tinha chamado o dr. Pierrau, médico do Teatro, para dar uma examinada em sua amada e ver se a situação era tão grave quanto parecia.

–Que bom, meu amor. Está com fome? –a menina assentiu. –Madame Giry passou aqui mais cedo e trouxe comida. Acho melhor você tentar comer um pouquinho por vez, em vez de comer tudo de uma vez, como ontem. Talvez assim você não passe mal depois.

Ela assentiu novamente, se levantando e pegando o prato de comida que ele lhe estendeu.

Não demorou muito para que batessem à porta. Erik abriu para um dr. Pierrau sorridente e muito simpático.

–Olá, meu jovem. – ele cumprimentou, e espiou para dentro do quarto. –E olá, Anna. Como está se sentindo hoje? – perguntou, mas antes que a menina pudesse responder qualquer coisa, o Fantasma o empurrou para for a, fechando a porta atrás de si.

–Doutor –ele começou-, vou deixar vocês dois sozinhos para a consulta, mas preciso que não seja óbvio sobre a gravidez. Anna ainda não sabe.

–Como assim, Anna não sabe? – o médico perguntou, confuso com a situação.

–Madame Giry não quer que ela saiba ainda, embora eu discorde profundamente. Ela não me deixa contar. Então, por favor, não diga nada à Anna, está bem?

Dr. Pierrau assentiu, com uma careta de desagrado, e Erik suspirou, aliviado.

–Muito obrigado, doutor. Vou deixá-los a sós, agora. Estarei aqui fora, se precisar de algo.

Depois de cerca de meia hora, o médico saiu do quarto e encontrou Erik sentado no chão frio do corredor, costas contra a parede.

–E então, doutor? Está tudo bem com ela e com o bebê? –perguntou, se levantando imediatamente.

–Erik, acho que talvez seja melhor contar sobre a gravidez para ela.

–Por quê? Tem alguma coisa errada?

O médico suspirou.

–Olha, a gravidez já tem pouco mais de três meses, daqui a pouco a menina vai passar a perceber mudanças em seu corpo; não é justo que ela não saiba o porquê. – Pierrau passou a mão pelo cabelo desalinhado, sem saber como formular suas sentenças. –Mas a verdade é que, embora a depressão de Anna pareça estar melhorando milagrosamente, a anemia dela está mais grave do que antes, e eu temo que isso possa fazê-la perder esse bebê. Se você quiser que a gravidez tenha quaisquer esperanças de prevalecer, vamos ter que interná-la para tentar curá-la. Ela precisa de ajuda.

–Interná-la? – Erik repetiu, os olhos assustados e cheios de preocupação. –Então acho que é mais grave do que eu imaginava… Antoinette acha que ela devia se preocupar em sarar da anemia antes de saber da gravidez, para não correr o risco de se estressar demais e prejudicar o bebê. O que você acha, doutor?

–Olha, Erik, eu entendo a preocupação de Madame Giry, mas acho que o mais sábio a fazer é contar tudo para que Anna possa compreender por completo o que está havendo com seu corpo e assim possa também aceitar a ajuda para melhorar e salvar o bebê. Mesmo assim, eu não disse nada a ela. A decisão está em suas mãos, rapaz, faça o que julgar ser melhor para a menina. – com um aceno de cabeça, o médico se despediu e deixou Erik sozinho, se preocupando com a situação de sua amada, no corredor escuro.

O homem respirou fundo. Sabia o que tinha que fazer.

Abriu a porta, lentamente, sorrindo ao ver que Anna tinha terminado de comer e não parecia estar enjoada como estivera nos dias anteriores. Ela estava deitada, encarando o teto, obviamente esperando por ele. A menina sentou-se rapidamente ao perceber sua presença.

–O que ele disse? – perguntou depressa, com expressão aflita.

–Ele disse que pode perceber que sua depressão está bem melhor, mas que sua anemia está avançando. – ele andou até a cama, sentando-se de frente para Anna, pegando em suas mãos grandes as mãozinhas dela. –Tem mais uma coisa, mas eu não sei muito bem como dizer isso, então acho que vou só falar de uma vez… -a menina o observava atenta, cenho franzido. –Anna, você está grávida.

Erik assistiu enquanto os olhos de seu pequeno anjo se arregalavam lentamente e ela levava as mãos ao rosto, cobrindo a boca que havia se escancarado involuntariamente.

–Grávida? –ela repetiu, incrédula, num sussurro. –Tem certeza, Erik?

O Fantasma apenas assentiu, sem saber como se confortar a menina quando ela escondeu o rosto nas mãos, numa tentativa de disfarçar o choro que se seguiu. Talvez tivesse funcionado se ela pudesse controlar os soluços.

Preocupado e se sentindo culpado por ter omitido a verdade por tanto tempo, Erik envolveu a menina em seus braços, puxando-a para perto e apoiando o queixo no topo de sua cabeça.

–Está tudo bem, Anna. Não chore. – ele sussurrou, tentando tranquilizá-la com sua voz.

–Não está tudo bem, não, Erik. Eu vou ser mãe, mas quem é o pai? – sua amada murmurou contra seu peito.

–Não importa, Anna. Mesmo que o pai seja Lui, o que eu acho pouco provável, eu vou criar a criança como se fosse minha… Se for isso o que você quiser, é claro. – o homem acariciava os cabelos negros da menina com uma mão, enquanto a outra a mantinha pressionada contra si.

Anna quis protestar, dizer que não se sentia pronta para ser mãe, mas perante tal gesto de amor e humildade por parte de Erik, foi incapaz de dizer uma palavra sequer quanto a não querer ter uma criança. Em vez disso, ela apenas deixou um sorrisinho escapar, sem que ele visse, e disse:

–Você faria isso por mim? Jura?

–Mas é claro, Anna. Por você, eu faria qualquer coisa.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí? Quais são as expectativas de vocês para Anna e Erik? Quero saber.
Até a próxima!
Bjos, Luna :*