Berklee Romance escrita por flawlessjemi


Capítulo 48
Capítulo 48, In real life.


Notas iniciais do capítulo

Quando eu fui postar o nyah tava fora do ar, então culpem ele kk. Vou postar os dois próximos capítulos sábado e domingo, aí a fic acaba. :(



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POV DEMI

Os Jonas Brothers tinham oficialmente entrado em turnê e eu já estava mais ou menos mais de três semanas separada de Joe. A turnê seria mundial, ou seja, percorreria vários países, começando é lógico, pelos Estados Unidos e depois pelos países da Europa. Sim, foi difícil deixá-lo ir, mas era o trabalho dele e o que ele gostava de fazer, e eu tinha que ficar em Los Angeles para a gravação do meu próximo videoclip Don't Forget, sem falar nas várias entrevistas que eu teria. Eu iria entrar em turnê em dois meses, então tudo bem. Nesses três dias que eu fiquei separada de Joe, nós conversamos por telefone sempre que podíamos. Bom, não era como falar pessoalmente, mas com certeza dava para matar a saudade, já que também nós nos viamos pelo Facetime. 

Selena voltou a turnê com Justin, ou seja, tinha me restado Miley, ainda bem. Ela não foi na turnê com Nick, mas depois era iria acompanhá-lo quando ele fosse para a America do Sul e talvez quando eles fossem para os países da Europa. Todos os dias ela estava vindo aqui em casa e as vezes nós saíamos, teve um dia que até viajamos para Paris e ficamos dois dias. Nós duas combinamos que ela viesse aqui em casa para nós irmos as compras e depois ficar de bobeira por Los Angeles. Um tempo só nós duas nos faria bem. 

– Bom dia. – falei, levantando da cama e falando com o porta-retrato com uma foto minha e de Joe abraçados. 

Levantei-me e ainda com um pouco de sono, me espreguicei. Calcei meus chinelos e fui até ao banheiro para escovar os dentes. Minha cara estava horrível, talvez pelo fato de ter acordado agora ou por ter dormido muito tarde no dia anterior. Miley viria apenas dez horas da manhã e ainda eram oito, então eu tinha um pouco de tempo livre.

Ainda com preguiça e com o pijama, desci as escadas e fui até a sala de televisão assistir um pouco de tv. Era tão tedioso sem Joe ali comigo. Oliver ainda dormia, então eu não podia nem ter sua presença. Fui até a cozinha pegar uma fruta para comer e voltei pra o sofá, assistindo a programação matinal tediante de sempre. 

– Vai ser assim durante mais de cinco meses, não acredito... – mordi a maçã desanimada. 

Coloquei os restos da maçã na mesinha do centro com pura preguiça de ir na cozinha jogar no lixo. Deitei no sofá e acabei cochilando.

Acordei espantada com o barulho do interfone tocando; provavelmente era Miley e eu ainda não tinha me arrumado. Fui correndo para atender, e era ela mesma. Abri para que ela entrasse e segundos depois ela apareceu.

– Ainda está de pijama, Demi? Não acredito. – ela suspirou mas depois deu um sorriso. – Você sempre preguiçosa.

– É... Eu estou um pouco desanimada. – dei um suspiro triste e levei meu olhar até o chão.

– Por causa da turnê, não é? Vai passar rápido. Daqui uns meses você vai na sua, e tudo bem. Eu também estou sentindo falta de Nick...– ela deu um meio sorriso. 

– É. Tipo, eu estou feliz que por exemplo, os ingressos no show de Nova York se esgotaram em segundos, todos os ingressos da turnê já foram vendidos, menos os da America do Sul que ainda não foram colocados para venda... Eles estão muito bem com o novo CD, está em quinto lugar na Billboard e ficou em primeiro por semanas, mas eu sinto a falta de Joe e as vezes sou um pouco egoísta em relação a isso. 

– Eu te entendo. Não fique assim, Demi, por favor. Eu estou aqui para te animar... Enfim, vá se arrumar, ok? Vou ficar te esperando, quero você linda pra mim. – Miley falou e piscou logo em seguida, e eu não pude segurar a risada. Respondi que sim com a cabeça e subi as escadas até meu quarto.

Tomei um banho rápido e fui logo me arrumar. Vesti uma calça skinny qualquer que achei pela frente, junto de botas marrons. Coloquei uma de minhas camisetas de banda clichê e joguei um casaco por cima, e um cachecol da mesma cor das botas também. Estava frio em Los Angeles. Passei um batom e um pouco de rímel, peguei meus óculos que Joe tinha me dado antes de viajar e antes que eu esquecesse, peguei minha bolsa.

Desci as escadas e Miley estava na sala de televisão assistindo Two and a Half man e morrendo de rir. 

– Então, vamos? – perguntei.

– Vamos Demi. – ela falou em meio de uma risada. Antes que ela desligasse a televisão, soltou uma gargalhada bem alta e depois de perceber o quão alta tinha sido, ela riu um pouco baixo. – Cara, é muito engraçado esse programa.

– Quando eu tava aqui em baixo só tava passando coisa chata, mereço. – revirei os olhos.

– Ei Demi, você está linda. – ela sorriu.

Miley estava totalmente diferente de mim. Ela usava uma blusa cinza meio caída, e um short preto com uma meia calça da mesma cor com botas pretas de cano longo. Não sei como ela não sentiria frio com essa roupa, eu sentiria. 

Fomos até a garagem e peguei meio carro novo, que era uma Mercedes preta que Joe tinha me dado. Bom, quando fomos na concessionaria comprar, eu insisti em querer comprar com o meu dinheiro, mas Joe teimoso como sempre quis me dar como um presente. Era um pouco cara, pois tinha sido lançada a pouco tempo, mas eu já tinha dinheiro o suficiente para pagá-la, afinal eu não era pobre antes de ficar famosa e meus pais depositavam uma certa quantia todo mês em minha conta no banco. Pelo menos isso. Eu e meus pais nunca nos demos bem, eles sempre foram muito ausentes e sempre implicaram com o fato de eu querer ser uma cantora, para eles eu não era talentosa o suficiente, ou seja, nunca tive apoio. Sem falar que em toda a minha infância e adolescência eles brigavam na minha frente... Ou comigo também. Eu nunca era boa o suficiente para nada, sempre era criticada. Bom, quando eu finalmente conclui os estudos e fui para Berklee, foi como uma libertação para mim, nunca fiquei tão feliz... Eu não aturava os dois, e todo o carinho que eu sentia tinha se esvaído, então não tinha mais o porque de eu ficar naquela casa. Odeio tocar nesse assunto, sempre me deixa triste pois eu convivo muito com a família de Joe e é incrível como as pessoas podem ser tão diferentes. Nesse tempo que eu fiquei famosa, eles nem me ligaram para pelo menos perguntar se eu estou bem, não compareceram a minha formatura, apenas depositam todo mês o dinheiro na minha conta. Eu nunca pedi, mas eles fazem questão então nem questiono também, acho que é o mínimo que devem me fazer.

– Não vai dar a partida? – Miley perguntou.

– Ahm... Vou, claro, é que eu me perdi em meus pensamentos. – balancei a cabeça e saí dali.

Nós duas fomos até um shopping no centro de Los Angeles aonde tinha várias lojas que nós gostavamos. Miley gostava dessas coisas de grife,  Dolce & Gabbana, Gucci, Louis Vuitton, Versace, Prada, e outras não tão conhecidas que tinham roupas mais casuais como camisetas xadrez, nós duas amávamos. Estacionei o carro na garagem do shopping e nós subimos até o primeiro andar de elevador. Por ser muito cedo, o shopping estava vazio, então era bem melhor para fazer compras, até pelo fato de não ser reconhecida. Entramos primeiro na loja do Louis Vuitton e compramos algumas bolsas, não muitas. Depois fomos comprar roupas.

Passamos umas três horas só comprando roupas novas e eu já estava cansada de experimentar, pagar, mudar de loja e também cheia de sacolas. Tive que pedir a ajuda de um segurança do shopping para me ajudar a levar para o carro.

– Você é a Demi Lovato, não é? – ele perguntou, assim que finalizou de guardar a última sacola no porta malas do meu carro.

– Sim. – sorri.

– Minha filha é sua fã... Bem... Ela é Lovatic, é assim que chamam. – ele deu um riso atrapalhado. – Bom, você poderia me dar um autógrafo para eu dar para minha filha? 

– Claro! – respondi com um sorriso largo.

Já tinha visto meus fãs no twitter subirem várias tags no twitter como por exemplo ''LovaticsLovesDemi'' ''DemiBelongsToLovatics'' e outras também, eu achava muito criativo esse nome, ''Lovatics''. Era tão surreal eu ter uma fanbase, e também muito bom, eu amava os meus fãs. Se eu pudesse, eu conheceria todos, abraçaria todos, tiraria fotos com todos, mas era um pouco impossível. 

– Qual é o nome da sua filha? – perguntei.

– O nome é Madison. – ele falou, vibrando.

– Oh... Ok. 

Autografei em um papel que ele havia me dado e em seguida o segurança me agradeceu e saiu do estacionamento sorrindo.Ao autografar, lembrei de minha pequena irmã Maddie. Quando eu ainda morava com meus pais, nós não nos davamos muito bem pelo fato de eu ser um pouco estressada, e ela criança, mexia muito nas minhas coisas. Uma vez ela até rasgou uma canção que eu estava escrevendo, me lembro muito bem do quanto fiquei nervosa, mas ela apenas tinha cinco anos. 

Eu e Miley resolvemos ir ao Starbucks. Nós não tinhamos almoçado e ela não estava com vontade de comer comida, então deixariamos isso para mais tarde. 

– Dois frappucinos e dois muffins de chocolate. – falei, ao atendente que me olhou estranhamente mas depois fez o pedido. Pedi para que entregassem na mesa aonde eu estaria com Miley.

– Miley, você pode dormir lá em casa se não quiser ficar sozinha na sua, sei lá. Eu me sinto tão sozinha naquela casa, é tão grande.

– Eu acho uma boa ideia. A minha também é, mas vou ter que levar nossos cachorros juntos, tem problema? 

– Não, tudo bem. – ri. – É bom que fazem companhia para Oliver. 

– São Demi Lovato e Miley Cyrus pessoal, vamos tirar fotos! – os paparazzi do lado de fora do Starbucks falaram e tiraram várias fotos de nós duas apenas nos vendo pela janela.

Ignorei-os e logo em seguida nosso pedido chegou. Não pude comer com muita paz pois toda hora vinha alguém na minha mesa pedir um autografo um uma foto e eu não poderia negar, mas eu estava ficando um pouco irritada. Assim que nós duas acabamos de comer, fomos embora do estabelecimento e fomos cercadas por paparazzis sedentos por fotos. Entrei em meu carro imediatamente e saí dali, indo até a casa de Miley para pegar seus cachorros.

– Vida de estrela... – Miley debochou.

– Cara, eu amo a minha vida mas esses paparazzis são dispensáveis... – botei a mão na testa enquanto dirigia.

– Realmente. 

Não demoramos muito para chegar e Miley foi rápida. Pegou algumas roupas e as coisas para seus cachorros, e eu ajudei a carregá-los até o carro. Em seguida, nós duas fomos até minha casa e deixamos Floyd e Ziggy no quarto de Oliver. Miley estava pensando em adotar mais cachorros e desde sempre ela gostou muito de animais. Estava de tarde, e Joe me ligaria em alguns minutos e eu fiquei esperando até que ele finalmente ligou. Nós pudemos nos ver, pois ele ligou pelo Facetime e estava com um grande sorriso no rosto. 

– Oi pequena, boa tarde. – ele falou, ainda sorrindo. – Eu sinto tanto sua falta.

– Boa tarde, amor. Eu também sinto. – sorri largo. – Muita... E... Já está pronto para o show?

– Sim, nós vamos nos apresentar daqui alguns minutos mas eu liguei antes para falar com você. Provavelmente quando o show acabar vou estar cansado, então não seria possível. Como foi o seu dia? – ele perguntou. Estava sentado em uma poltrona, provavelmente no camarim. 

– Tudo bem. Provavelmente mais tarde eu e Miley vamos fazer nossa sessão de filmes, brincadeiras, essas coisas de amiga... Ela tem sido muito boa para mim nesse tempo, e eu realmente sentia falta disso. – falei, fazendo Miley que estava ao meu lado sorrir. 

– Que bom. Eu realmente fico feliz por isso... Eu queria muito que você estivesse aqui comigo, Demi. – ele fez um biquinho. – Mas você não pode... 

– É. Eu também gostaria de estar aí, sabia? Poder te abraçar, te beijar. Não é a mesma coisa sem você ao meu lado, mas assim que eu tiver um tempo... eu preciso arranjar uma brecha, mas são tantos compromissos. – suspirei. 

Nesse momento o telefone de Miley tocou, era Nick e os dois ficaram conversando também.

– Eu também sinto falta disso Demi. Eu realmente espero que dê para que você venha pelo menos passar alguns dias comigo ou sei lá. 

– Vou conversar com meu agente e ver se eu consigo remarcar algumas coisas, ou sei lá... – fiz uma cara triste. 

– Espero que consiga, Dem. – Joe deu um sorriso fraco. – Hoje quando eu cantar Love Ain't Easy não vai ser a mesma coisa sem você, mas é óbvio que eu me lembrarei de você. Nós ainda vamos cantar essa música juntos no palco.

– Vamos, eu te prometo.

– Dem... Amor... Agora eu preciso acabar de me arrumar para entrar no palco, o show vai começar em poucos minutos. Não se esqueça que eu te amo, tá? Eu te amo muito, muito mesmo. 

– Eu também te amo. Não se esqueça, Joe. 

– Eu não vou esquecer.

A chamada foi finalizada e eu senti um pouco de tristeza. Foi como se ele estivesse ao meu lado falando todas aquelas palavras bonitas, mas ele estava a quilômetros de distância. Eu sentia muito a sua falta e faria todas as coisas possíveis para estar ao seu lado novamente.


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Notas finais do capítulo

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