Berklee Romance escrita por flawlessjemi


Capítulo 33
Capítulo 33, Fun can be a bad thing.


Notas iniciais do capítulo

Acho que essa fic irá ter 45/50 capítulos, acho... Quando eu começar a outra, espero que vocês acompanhem, já to pensando num tema hahaha desculpem a demora, estou em semana de provas. ): PS: O próximo é POV JOE, tinha que fazer esse POV DEMI pra dar continuação ao anterior. s2



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POV DEMI

Depois que Ian e eu saímos do mirante, nós fomos para um bar totalmente diferente do outro. Era distante do hospital e era em um bairro que eu nunca tinha ido, muito menos Ian que não conhecia muito a cidade. Nós andamos um pouco de carro até chegarmos ao local. Era um bar simples e haviam algumas pessoas estranhas lá, porém nós não nos importamos, o importante era que nós iriamos nos divertir e Ian não teria que se preocupar em ser reconhecido pelos paparazzis, e também por fãs. Quando nós chegamos, todos olharam pra gente e eu me senti um pouco incomodada, porém aquela sensação passou quando nós começamos a beber. Depois de muitos goles de bebida, eu e Ian dançávamos e eu até me atrevi a subir em cima de uma mesa. Ian ficou me observando dançar por um momento, até que me tirou de cima da mesa. Os caras gritavam e estavam loucos com o jeito que eu dançava, e Ian disse que eu estava com ele, se não, tentariam alguma coisa comigo. 

Já era de noite e eu estava completamente bêbada. Ian não parecia estar tão bêbado, parecia ser forte quando o assunto era bebida e eu até o admirei por isso. Eu não aguentava andar e nunca pensei que beberia tanto. Ian teve que me carregar até o carro, que tinha sido parado em uma rua que estava totalmente deserta. Ian me colocou no banco e antes que ele também pudesse entrar, fomos surpreendidos por dois caras altos.

– O que vocês playboyzinhos fazem por aqui? – um alto, de cabelo ruivo e musculoso perguntou. Observei uma cicatriz enorme em sua testa, parecia ter sido causada em uma briga.

– Qual é cara, a gente só tava curtindo... –  Ian falou. Olhei para o rosto dele e ele parecia esconder o medo.

– Aqui não é lugar pra vocês. – um barbudo de cabelo preto falou. Esse tinha uma tatuagem com uma caveira pegando fogo em todo o braço esquerdo. 

– Opa, mas pode ser pra essa bonitinha aí... – o ruivo falou apontando pra mim. – Vem cá, delicinha.

– Não mexa com ela. – Ian rosnou entre os dentes. Eu olhava assustada com a cena e me encolhi no banco. Apesar de eu estar completamente bêbada, eu tinha noção do que estava acontecendo.

– E você vai fazer o que, seu otário? Vai me bater? Sou o dobro de você. – o ruivo fechou os dois punhos e aproximou da cara de Ian, que fechou os olhos. Eu procurava por alguma coisa que poderia usar contra os dois dentro do carro e achei um pé de cabra debaixo do banco. Eu mexia discretamente e no momento que eu tivesse oportunidade, usaria-o.

– Qual é cara, bate logo nesse otário e pega a garota. – o barbudo falou e eu engoli seco. Ian empurrou o ruivo, mas não causou nenhum impacto. O mesmo começou a bater em Ian, que revidava porém o barbudo se intrometeu na briga dos dois. Observei Ian cair no chão e se encolher contra os socos e chutes e saí do carro com o pé de cabra na mão. Sem o barbudo perceber, bati o pé de cabra com toda a força que eu pude na cabeça do mesmo, que caiu no chão de uma vez. O ruivo olhou para mim com raiva e parou de bater em Ian, que gemia de dor. Corri dali ainda com o pé de cabra em minhas mãos, porém eu estava tonta por causa da bebida e não estava conseguindo correr direito, não demorando para o ruivo me alcançar.

– Sua vadia. Pensou que iria fugir, é? – me agarrou por trás, segurando meus braços e jogou o pé de cabra ensanguentado no chão. Logo em seguida, ele me jogou no chão com brutalidade e me deu um tapa forte na cara, eu apenas chorava. O ruivo subiu em cima de mim e parecia tentar alguma coisa comigo e eu apenas fechei meus dois olho, até que senti meu corpo leve – o homem estava caído no chão, graças a Ian que tinha batido com um extintor que tinha em seu carro.

– Demi, você está bem? – perguntou com a mão na barriga. Ian estava com vários machucados no rosto.

– Agora estou. – falei, ainda assustada. Se ele não tivesse acontecido, iria acontecer algo ruim.

– Esses dois são dois filhos da puta. – falou com dificuldade e irritado.

Ian pegou o extintor que estava caído no chão junto com o homem e arremessou novamente na cabeça do mesmo. Provavelmente depois dessas duas pancadas, o ruivo estaria morto, mas não tinha tanta certeza quanto ao amigo dele. Pedi para que Ian levasse o extintor, pois se o cara estivesse morto, seria a prova do crime e eu não estava afim de ir em uma delegacia e Ian não podia se expor.Nós voltamos aonde o outro estava e o mesmo ainda estava deitado no chão. Havia uma poça de sangue ao redor dele e eu não pensei que a pancada que eu tinha dado fosse causar tudo aquilo. Olhei para o mesmo com repulsa e entrei dentro do carro, colocando o extintor e o pé de cabra dentro do porta malas. Meu estado era repulsivo e o de Ian mais ainda. Ian entrou dentro do carro e sentiu dificuldade em dirigir, porém nós dois tinhamos que sair dali e eu não poderia dirigir pela minha visão estar parcialmente afetada pela bebida. Nós saímos daquele bairro estranho e voltamos para o lado civilizado da cidade. Ian foi até ao hotel no qual ele estava hospedado e me levou junto com ele; eu precisava dormir e ele precisava descansar. Disse para ele ir ao hospital cuidar dos ferimentos, porém ele hesitou e disse que ficaria bem logo. Chegamos no hotel e pelo horário, não haviam muitas pessoas circulando. Pegamos um elevador que não havia ninguém e subimos até o andar de Ian; nós não podiamos ser vistos com todo aquele sangue em nossas roupas. Entramos rapidamente no quarto de Ian e ele disse que eu poderia ir tomar banho primeiro e que haveria uma toalha limpa e tudo que eu precisasse dentro do banheiro. Entrei dentro do banheiro e logo fui tirando minha roupa que estava num estado deplorável e que iria ser jogada fora. Deixei a água morna cair pelos meus cabelos, lavei meus cabelos e também meu corpo. Demorei um pouco no banho e saí do banheiro enrolada na toalha. Ian estava sem camisa sentado em cima da enorme cama de casal e disse que eu poderia vestir uma camisa dele e também disse que eu poderia dormir na cama; ele iria dormir no sofá. Eu recusei, dizendo que não queria incomodar, porém o mesmo insistiu e eu acabei desistindo. Eu estava cansada, vesti uma camiseta de Ian e caí morta em cima da cama, dormindo rapidamente.

Quando eu acordei, minha cabeça parecia querer explodir. Levantei-me da cama e observei do meu lado uma caixa grande com um laço, e tinha um cartão escrito ''Demi''. Abri a caixa e havia um vestido e um par de sapatos do meu número que provavelmente Ian teria olhado no meu outro par de sapatos. Sorri com o presente e tratei logo de me vestir, seria estranho sair dali com uma roupa masculina. Procurei pela minha bolsa e a achei em cima de um criado. Peguei meu celular e observei ligações perdidas de Selena e Nick e apenas suspirei. Peguei também meus óculos escuros que estavam intactos e esperei para que Ian aparecesse. Alguns minutos depois, ele apareceu com alguns curativos.

– Eu tive que ir no hospital, estava doendo muito. – ele falou. – Você estava dormindo e eu resolvi não te acordar.

– Tudo bem, Ian. Eu não estou tão ruim assim, só meu rosto que dói e minha barriga por um ferimento que eu levei alguns dias atrás, mas estou de boa. Achei certo você ter ido no hospital, os seus estavam piores.

– É, aqueles caras deram trabalho... – suspirou. – Vejo que gostou do presente, foi o mínimo que eu poderia te fazer e parece que acertei no tamanho do vestido.

– Eu amei, foi muito adorável de sua parte, obrigada. – sorri. 

– De nada, Demi. – ele sorriu também. Como eu estava sentada na cama, Ian se aproximou de mim e nós dois ficamos muito próximos. Ian pegou em meu rosto e me puxou para um beijo e eu estava extremamente nervosa com o que ele tinha acabado de fazer; eu tinha sido pega de surpresa. Não demorou muito para que ele separasse seus lábios dos meus.

– Me desculpe. – ele falou. – Não pensei no momento, você namora... Me desculpe mesmo.

– Tudo bem, Ian. Mas não quero que isso se repita, eu realmente tenho um namorado e o amo. Não há espaço para mais nenhum homem aqui no meu coração.

– Eu entendo... – ele olhou-me sem graça. – Você quer que eu te deixe no hospital do seu namorado?

– É o melhor, Ian. – falei totalmente constrangida.

– Então vamos.

Eu e Ian saímos de seu quarto e descemos até a garagem do hotel. Assim que saímos da garagem do hotel, haviam vários paparazzis que não conseguiram tirar muitas fotos pelo fato do vidro do carro ser escuro. Ian me levou até o hospital e estacionou o carro no estacionamento do hospital e subiu junto comigo até ao quarto de Joe. Quando chegamos, Denise estava lá e Joe estava acordado conversando com a mãe e eu sorri com a cena. Ian olhou para Joe reconhecendo-o e olhou em seguida para mim e eu apenas sorri para ele.

– Seu namorado é Joe Jonas? – perguntou-me.

– Sim, vocês se conhecem?

– Pouca coisa. Já nos encontramos em uma apresentação, ele era amigo da minha ex. 

– Entendi. Você vai querer ficar aqui ou já vai?

– Acho melhor eu ir, vou ficar sobrando aqui... – falou. 

– Ian... 

– Tudo bem, Demi. Qualquer coisa você me liga.

– Com certeza. – puxei-o para um abraço e Ian retribuiu, logo em seguida sorriu e foi embora.

Ele tinha sido tão bom para mim e era visível que ele era um homem bom, porém eu já tinha um namorado e era Joe. Com o beijo eu não tinha sentido nada além de um nervosismo em estar beijando um ''amigo''. Nenhum cara era comparável a Joe e quando nós dois nos beijavamos era como estar no paraíso. Eu o amava e apesar dele não se lembrar de mim, eu não deixaria de amá-lo por isso, ninguém nunca tomaria seu lugar. Entrei no quarto e ele olhou para mim, junto de Denise.

– Oi Joe, e Denise. – falei.

– O que houve com seu rosto? Está um pouco roxo... – Denise perguntou.

– Nada demais. – respondi rapidamente. – Como você está, Joe?

– Bem, Demi. – ele falou.

– Demi? – perguntei assustada.

– Minha mãe me disse quem você é. – ele sorriu fraco. – Eu preciso me lembrar de você.

– É, eu também acho... – falei.

Sentei-me na beirada da cama de Joe e nós dois ficamos nos olhando e ele me olhava um pouco sem jeito, mas eu entendia. Não era novidade de que ele precisava se lembrar de mim e quando aquilo acontecesse, não teria mais nada e nem ninguém para nos parar.


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Notas finais do capítulo

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