It Has To Be You escrita por dee_gee


Capítulo 6
Capítulo VI




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Giane ficou atordoada o dia inteiro. Durante o almoço, não sentiu fome e as amigas tentaram fazê-la se alimentar com o mínimo possível... mas foi em vão.

- Será que ele tá bem? Porque ele parecia tão mal quando eu o encontrei...- e ela sentia uma vontade louca de sair de lá, não ligando com seus contratos com a SM e a Editora e ir atrás de Ryeowook.

- Mas Gi, como ele tava... Sei lá, ele tinha pulso? Tava respirando? - pergunta Lana, estranahndo ainda a situação

- Ele estava sem pulso, aparentemente... Estava desmaiado e um tanto 'gelado' - dizia isso enquanto lembrou dele nos seus braços.

- Que coisa. O Rye sempre me aparentou bem... nunca pensei em ter o primeiro contato com ele dessa forma - completa Lari...

E o dia passou-se pesaroso. Cansativo. "Intranquilo".

Logo após o trabalho, chegando em casa, Giane foi se deitar. As meninas, preocupadas - mas sentindo a dor dela - respeitaram-a. Logo James chegou, chamando-as para as compras.  E foram. As meninas foram bem criteriosas com os vestidos - bem, era uma exigência - já que James tinha levado uma consultora de moda para ajudá-las na tarefa. E ela continuava longe.

Num momento em que todos estavam atarefados, ela correu para um provador e ligou para o hospital.

- Boa noite, em que posso ajudá-la?

-Oi... - respirou fundo, tentando falar - é que eu gostaria de saber sobre um paciente... Eu socorri esse paciente antes de ele seguir ao hospital.- Nome do paciente, por favor?

- Kim Ryeowook.

- Deixe-me ver aqui no banco de dados - e ela ouviu a recepcionista digitar, enquanto o coração dela batia no ritmo das teclas

- Kim Ryeowook, quarto 200... O estado de saúde desse paciente é estável, passível de receber alta nas próximas horas, senhora...?

- Senhorita Higino - completou - senhorita Giane Higino.

- Ah sim, srta. Higino - digitou - essas são as informações que posso dar-lhe sobre este paciente.

- Obrigada! Muito obrigada, mesmo.

E desligou.

E voltou às compras, agora mais tranquila.  No outro dia, quando as meninas chegaram no trabalho, todos voltaram suas atenções a Giane. Lana e Lari trataram de sair do público o mais rápido que fosse - e como Lana iria precisar de ajuda no estúdio de fotografia novamente - tratou logo de alugar Giane pro trabalho, a fim de mantê-la longe de perguntas indesejáveis.

Larissa foi cuidar de alguns papéis, que havia separado para revisar no dia passado... ao chegar em sua sala, depara-se com um bouquet de flores. Rosas vermelhas, bem desabrochadas e encaixadas num arranjo incrível. O cartão, singelo e com uma letra incrível, apenas dizia:

"Um pequeno agradecimento pelo prazer de ter te conhecido ontem."

E nenhuma assinatura.

Larissa sentiu seu coração parar por alguns segundos e se sentou.

 - Quem deve ter me mandado?

E um flash do Yesung sorrindo, depois do tombo de ontem, surgiu na mente dela e a fez sorrir involuntariamente.

- Espero que tenha sido ele mesmo.

Ligou o computador, e começou a rever a papelada que tinha separado. Mas era em vão, sua mente ainda se remetia à mensagem do cartão, procurando ter a certeza de que fora do Yesung.  E o tempo, passava. Fazia seu trabalho com uma monotonia jamais vista, e quando estava pra desistir de terminar a revisão, o telefone toca - seu chefe mandou que levasse o relatório que ele tinha pedido - e munida com tal documento, lá foi Larissa entregar.

Quando, ao sair do corredor que levava à sua sala, avista Yesung adentrando o departamento e indo em sua direção. Seu coração começou a pulsar freneticamente, respirou fundo e esperou ele chegar.

- Olá Larissa, tudo bem? - disse Yesung, docemente.

- O.. Oi Yesung! Tudo bem sim e com você? - sorria, mas estava nervosa.

- Tudo bem também. Eu vim aqui porque... - hesitou, baixou a cabeça e voltou o olhar para ela - precisava falar com você, tem um tempinho pra mim? - e novamente sorriu, agora mais largo.

- Bem, daqui a pouco, eu vou lá entregar o relatório e você pode me esperar na minha sala? - uma autoconfiança tomou-a de súbito nesse momento.

- Sim... Aonde é?

- No fim desse corredor - e apontou a direção.

- Te espero lá, então.

- Ok. - e saiu.

De volta à sala, Larissa vê Yesung segurando o bouquet com uma expressão de felicidade. Ela se aproximou e ele se virou, entregando o bouquet.

- E então, gostou do meu presente?

- Si... Sim, Yesung. - e pegou o bouquet nas mãos, sentindo a mão dele tocando levemente na dela- São lindas!

- Que bom que você gostou! Foi de coração.

Os dois se entreolham, sorrindo como duas crianças que acabaram de se conhecer e estão encantadas uma com a outra.

- Bem... Eu queria saber se você, Larissa, aceitaria tomar um café comigo hoje, no fim de tarde?

Larissa empalidece. Faltava-lhe voz, e Yesung, ao perceber, também fica tremendamente nervoso - o que tantou esconder dela - e começou a tremer. Larissa, ao tentar responder, não conseguiu ouvir o que dizia  e Yesung ouviu um sonoro "não", mas sabia que era de nervoso. Ele, envergonhado, pede desculpas e sai rapidamente. Ela, constrangida, se deixa ajoelhar-se no chão. Yesung segue com pressa, não querendo ser visto com o rosto vermelho de vergonha e raiva por não ter esperado mais um pouco. Foi súbito. Sabia que seu coração tinha sido fisgado pela paixão. "Mas logo por uma mestiça?" Procurava entender - mesmo não tendo nenhum preconceito, mas como a sociedade a viria junto com ele? Tinha medo de magoá-la.

Larissa, se levantou e deixou o bouquet na mesa e saiu correndo atrás dele. Assim que está fora da empresa, Lana e Giane, que estavam no studio, a avistam e se perguntam porque ela está lá.

Logo, Giane avista Yesung do outro lado da rua com o rosto molhado de lágrimas e diz

:- Olha lá o motivo, Lana.

Larissa procurava perdida por ele, diante da rua confusa, lotada de carros e Yesung estava preparando pra dar a partida e sair com o carro.

- Precisamos avisar à Lari - disse Lana, chacoalhando Giane.

- Então vamos na base do gogó! Agora - disse Giane, puxando Lana pra janela.

- Lari!!!!!! É para a direita! DIREITA! - e apontavam com as mãos, parecendo sinalizadoras de avião. Larissa viu a direção em que elas apontavam, e sem hesitar, correu em direção. Nessa hora o semáforo, que estava aberto, começou a piscar amarelo, e no meio da rua, enquanto os carros ainda passavam, Larissa sentiu que estava prestes a pagar um preço alto se deixasse ele partir.

Giane e Lana, vendo a situação, começaram a rezar desesperadamente, com medo e com culpa se algo acontecesse com a caçula.

Então, Yesung dá a partida e segue com o carro, quando... vê no retrovisor Larissa, correndo em sua direção, mas ele já estava com o carro em movimento, e um tanto magoado. Decidiu não parar. Larissa, ao perceber isso, correu ainda mais e conseguiu alcançar o carro, começou a bater no capô e gritava desculpas alto. Todos pararam para ver a confusão e Yesung, já nervoso, pegou-a pelo braço e a colocou no carro. Pisou com tudo no acelerador e saiu cantando pneu com ela, pra um lugar bem distante.

- Yesung... - disse ela, com uma voz dolente.

- Por quê tanto escândalo, Larissa? Poxa, olha o risco que você correu! Não era para... - e é interrompido por ela.

- Eu aceito sair com você, Yesung. - disse, por fim.

Yesung para o carro na hora. Larissa fecha os olhos, com medo. Yesung, arfante, vira-se e olha para ela.

- Quem tem que pedir desculpa a você, sou eu, que te fez sair desesperada por isso - olhou emocionado para aquele rosto ainda pálido pelo susto e pelo o que tinha feito por ele.

- Sou eu, que não tive senso nenhum ao recusá-lo.

Iria iniciar-se uma discussão feia, quando ele, rapidamente, declarou:

- Vamos esquecer o que aconteceu hoje, e vamos sair!

Larissa só teve ânimo para sorrir por ter certeza que o esforço tinha valido à pena.

Enquanto isso, Lana e Giane tentavam imaginar o que havia acontecido - depois de ter visto a confusão e pensar que, agora, sua estadia estaria em xeque por causa disso.

- Devíamos não ter feito aquilo. Pusemos a vida da Lari em perigo e ainda começamos a chamar a atenção demais. Nossa estadia aqui agora já não deve ser mais segura - declara Giane, pesarosa.

- Você acredita mesmo nisso, Gi?- pergunta Lana, preocupada.

- Sim... mas pensando bem, foi pela felicidade da Lari. Então, vale a pena.

- Concordo plenamente. Ela teria feito o mesmo por nós.

- Sim.

Dando o horário de almoço, Lana chamou Giane, que afirmando que ainda não tinha feito muita coisa, falou que iria mais tarde. Então, Lana foi ao elevador, um pouco assustada, porque viu todos comentando sobre a atitude de Larissa - mas estranhou como a diretoria ainda não a havia chamado-as para um sermão, mas logo lembrou-se do que Giane tinha dito a ela a algum tempo atrás.

- "Nós seremos tratadas como princesas - por essa adaptação, a SM não vai querer perder logo as principais, então... é possível que eles relevarão qualquer erro nosso."

E assim que saiu do elevador, disse baixo:

- E acho que vai ser bem assim mesmo, Gi.

Enquanto andava em direção ao Cafe que tinha ido da primeira vez, quando chegou na Coréia, percebeu alguns olhando torto para ela. "Nacionalismo", pensou. Não era fácil lidar, era meio que explícito, e isso a fazia sentir falta do Brasil - onde isso era mais levado na brincadeira.

Ao chegar lá, não foi diferente, todos a olhavam meio torto - mas como ainda era o único local em que sentia mais confortável para ir e que lá aceitavam melhor falantes de língua inglesa - ficou meio sem opção. Pediu, então, que fosse levada a uma mesa lá no fundo, onde não havia muita gente pra fazer burburinhos em seu ouvido e fazendo seu pedido, avistou uma figura similar. Era Siwon, que por sinal, também era um frequentador assíduo do mesmo Cafe.

Percebendo um clima estranho, ele perguntou a um garçom o que estava acontecendo, e ele prontamente respondeu:

- É tudo por causa daquela mocinha ao fundo, que é estrangeira, senhor Siwon.

Ele procurou e encontrou Lana, que estava a mexer em seu celular, totalmente despreocupada. Sorriu de lado e resolveu ir se sentar com ela. Todos olhavam pasmos, haviam espasmos, como do tipo: "Mas como? Ele a trata tão normal!" ou "Só devem ser amigos, espero...".

Lana, ao perceber Siwon vindo em sua direção, não conteve um sorriso.

- E então, estrangeira, posso me sentar com você? - disse, num tom mais sério.

- Sem sombra de dúvida - responde Lana, sorridente.

E Siwon se senta, e abre um daqueles sorrisos que Lana adorava admirar nas fotos que tinha dele em seu acervo. E os dois começam um papo bem animado - que nem ligaram para o tempo passando. Todas as siwonest presentes no recinto ficaram indignadas para tal tratamento - esperaram que com ele chamando-a de "estrangeira", fosse levado como uma ofensa, mas ficaram estupefatas com a atitude dele - e invejaram a estrangeira até a morte.

- Então Lana, hoje haverá uma festa e eu gostaria de saber se você não gostaria de ir pra me fazer companhia? - perguntou Siwon, mudando o tom de voz, que até pareceu a Lana um tanto sedutor.

- Mas... Mas é claro que sim, Siwon! Será uma honra.- A honra será toda minha, Lana. - e beija a mão dela.

E a única coisa que viera na mente era que as outras deveriam estar morrendo com tal atitude do Siwon.


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