Dark Paradise escrita por Brave


Capítulo 3
Sweet Surprises


Notas iniciais do capítulo

Esse capitulo vai para a minha mãe lindona que adorou, para a BiiBlack que me ajudou o o titulo e é uma diva e para a Melanie Stryder



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/206216/chapter/3

Olhei-me uma ultima vez no espelho, estou usando uma blusa de manga três-quartos azul escura com uma por cima escrita trouble maker e uma jeans skinny. Passei um delineador estilo pin-up e um gloss rosa bebê. Sabia que estava esquecendo alguma coisa! Corro para minha bolsa, na qual pude colocar tudo o que preciso em Hogwarts (o meu quarto inteiro) graças a um feitiço que mamãe fez, procuro por minha caixinha de joias e finalmente a acho. Despejo todo o seu conteúdo em cima da cama e procuro desesperadamente por meu colar. Quando finalmente encontro, volto ao espelho e prendo-o, analisando cada detalhe dele. É um colar de ouro com um coelhinho no centro, o olho do coelho é um diamante. Sempre tive essa adoração por coelhos, especialmente depois que certo garoto me chamou de 'coelhinha'. Sorrio involuntariamente quando me lembro de meu amigo. Virou costume, ainda mais agora perto no inicio das aulas, passar horas olhando para a joia em meu pescoço imaginando o meu reencontro com Matt. Ele já deve estar com doze anos, indo para seu segundo ano em Hogwarts. Tenho apenas onze, mas meu corpo é desenvolvido o suficiente para eu aparentar ter uns treze. Isso graças ao meu "acidente" dois anos atrás.

(n/a: clique aqui para ver a roupa)

– Rose, temos que ir! - Meu pai grita do andar de baixo.

Guardo rapidamente a minha pequena bagunça e jogo de volta na minha bolsinha. Escorrego pelo corrimão e encontro minha mãe revirando a sua própria bolsa, meu pai comendo e meu irmãozinho... Comendo também. Oh família esfomeada!

Desde que voltei para casa, conversei com Astória e Draco algumas vezes. Ele é medi bruxo chefe e trabalha com minha mãe, sua esposa é psicóloga no St. Mungus. Já seu filho, Scorpius, e o filho de seus melhores amigos, Matthew Zabine, bom... Nunca mais os vi. Amo minha casa e minha família, mas não me sinto tão segura quanto me sentia na Mansão Malfoy. Ninguém sabe o que aconteceu ou onde eu estava, mas sabem que aconteceu alguma coisa. Talvez por que me afastei de todos, não falo mais tanto. Prefiro ficar sozinha lendo, agora mais do que nunca. Quando acho que tudo acabou, que minha vida está voltando ao normal, os pesadelos começam. Sonho que estou de volta aquele lugar. Sonho que tenho que fazer tudo de novo. Sonho que ele faz tudo de novo. Só que dessa vez, Astória não está comigo. Quando isso acontece, eu grito. Grito e fico meio que inconsciente, pois começo a me debater e normalmente me machuco sem nem perceber. Tomo remédios para me controlar, alguns realmente muito fortes.

Olho pela janela do carro e vejo a Estação King Cross se aproximando, já chegamos?

– Rose? - Alvo me chama. - Vamos procurar uma cabine?

Sorrio concordando e sigo à frente pelo vagão.

– Ora, ora, olá Potter. Como foi de férias?

Paro estática em meu lugar. É ele. Sua voz mudou, está mais madura e grossa. Mas é definitivamente ele. Viro-me lentamente na direção do som. Meu outro primo, James está com Dominique de costas para mim, mas Matt está bem de frente.

– Ótimo. Dois meses inteiros sem ter que olhar pra você.

Abraço Jay por trás e falo em seu ouvido alto o suficiente para todos ouvirem.

– Matando saudades do namorado, Jayzito?

Dominique revira os olhos quando chego, James me olha com raiva, mas também revira os olhos, Matthew parece surpreso e feliz ao mesmo tempo, mas não demonstra isso. Atrás dele, reconheço o menino Malfoy e os gêmeos Zabine.

James passa a mão por minha cintura e me abraça a sua frente.

– Quem é você, coelhinha? - Matt me pergunta.

Sorrio como não faço há muito tempo e olho para o meu colar, que tenho mantido esses anos apenas por causa dele.

– Sou Rose, Rose Weasley. Prima desses dois dupek aqui. - Digo apontando para James e Dominique.

– Prima? Não é possível que você tenha o sangue desses dois aí.

– Infelizmente, a gente não escolhe a família.

– E o que seria “dupek”?

Sorrio confidente e levo o meu dedo indicador a boca e pisco com o olho direito, indicando segredo. Adoro chamar as pessoas de algo que elas não sabem o que significa. Fez eu me sentir por cima.

Ele sorri para mim e olha para alguém atrás de nós. Alvo está olhando torto para a minha mão entrelaçada na de James. Minha prima também percebe o seu olhar e fecha a cara, em minha humilde opinião, ela sempre teve uma queda por ele.

– Sou Matthew Zabine. - Ele estende sua mão em minha direção e eu solto a de James para cumprimentá-lo. Sinto meu primo bufando em minha orelha. Seu toque me dá o mesmo sentimento de segurança de quando nos conhecemos. - Esses são Scorpius Malfoy e os meus irmãos, Annabelle e Daniel Zabine. - Eles acenaram para mim confusos. Matt se vira para Al - E você é o irmão do "dupek" ai?

– Alvo Potter, prazer.

Dominique bufa irritada e sai puxando James com ela. Observo enquanto eles somem em uma cabine.

– Como você aguenta o seu irmão, Alvo?

– Quem disse que eu aguento? Rose, nós temos que procurar uma cabine.

Abro minha boca para responder, mas Zabine é mais rápido.

– Podem ficar na nossa.

Daniel olha assustado para o irmão, bom, ele acabou de convidar uma Weasley e um Potter para dividir uma cabine com três Zabines, um Malfoy e sabe-se lá quem mais.

Olho para Alvo, esperando uma resposta. Ele sorri e fala:

– Tudo bem, vamos.

– Você é da Sonserina, certo?

– Sou sim, esse ano os meus irmãozinhos também vão entrar.

– Irmãozinhos? Matthew, nós somos um ano mais novos que você!

Ele revira os olhos para a irmã e logo volta sua atenção para a porta da cabine onde dois garotos acabam de aparecer.

– Ainden! Marcus! Achei que vocês tivessem perdido o trem!

– Você aguentaria passar o ano sozinho?

– Te garanto que não ficaria sozinho.

Os olhares dos novos meninos caem sobre mim e meu primo.

– Oi. - Disseram em uníssono.

– Esses são Rose Weasley e Alvo Potter.

– Aiden Mason.

– Marcus Bostick.

– Prazer. - Nem preciso comentar que Alvo é muito mais amigável do que eu. - Nós pegamos o seu lugar?

Aiden virou para mim para responder.

– Não. Scorp, Danny e Matt vão dar uma volta. - Então se virou para meu primo. - Quem sabe você não vai também, Potter? - E pisca galanteador para mim, Al arqueia uma sobrancelha protetiva mente. Ele odeia quando dão em cima de mim, diz que sou muito nova para certo tipo de coisa.

– Não, valeu. Aqui tá bom.

Reviro os olhos e procuro minha varinha. Tento me lembrar do feitiço que minha mãe me ensinou para aumentar o espaço das coisas por dentro, o mesmo que ela fez em minha bolsa. Com um aceno, a cabine se estende e tem quase o dobro do tamanho.

O rubor invade meu rosto enquanto todos me olham boquiabertos.

– Essa é a minha priminha.

– Uau, coelhinha, realmente espero que vá para Sonserina.

– Uma Weasley na Sonserina, Matthew?

– Em que casa você quer ir, Rose?

Fico sem reação quando ele fala comigo. A ultima e primeira vez que nos falamos, ele não sabia quem eu era.

– Se vocês todos forem para a Sonserina, parece uma boa casa.

Não é a primeira vez que o vejo, mas a primeira que o analiso. Seu cabelo é igual ao do seu pai, branco; seus olhos, cinza como o gelo; um ar de superioridade, mas um medo de rejeição também está presentes em sua voz.

– Pelo menos eu não vou ficar sozinha com esses retardados aí.

– Deve ter sido horrível ser criada com eles.

– Você não te ideia!

– Primeiro: Princesinhas, os "retardados" ainda estão aqui e podem ouvir tudo.

– Bom sinal, vocês não são surdos. - Annabelle alfineta o amigo do irmão mais velho.

– Nossa, Annie, você é tão engraçada que nem me aguento.

Eu e Annie conversamos sobre praticamente tudo enquanto os meninos falavam sobre quadribol, quadribol e quadribol.

– Meninos são tão bobos, não? - Ela comenta.

É fácil ficar perto dela. Apesar de ser muito diferente do irmão, me sinto igualmente bem. Annabelle tem os cabelos negros e pele muito branca. Seus olhos são ainda mais verdes que o de Matt, mas tão intenso quanto o de Daniel.

A porta se abriu abruptamente e todos nós pulamos assustados para ver a recém-chegada. A menina na porta cora até a raiz dos cabelos. Seus olhos estão inchados, como se estivessem chorando.

– Desculpa. - Ela faz menção de ir embora, mas Daniel se levanta e segura seu braço.

– Fica. - Foi Scorpius que pediu.

A menina limpa as lágrimas e entra na cabine, fechando a porta atrás dela.

– Qual o seu nome? - Pergunto, abrindo espaço entre eu e Annie.

– Karen. - Ela responde sentando.

– Sou Rose Weasley. Esses são Alvo Potter; Matthew, Annabelle e Daniel Zabine; Scorpius Malfoy; Ainde Mason e Marcus Bostick.

Ela olha assustada para mim e Al e se levanta no mesmo instante.

– É melhor eu ir.

– Não, fica. - Meu primo se interfere entre ela e a porta.

– Acho que vocês não iriam querer que eu ficasse. - Ela responde, tentando contorná-lo.

– Bobagem, sente-se!

Relutante, ela o faz.

– O que aconteceu, Karen? Por que estava chorando? - Annie pergunta gentilmente.

– Uns meninos estavam me zoando por causa do meu pai.

– Sei como é isso. - Scorpius se manifestou acanhado. - Você não é seu pai, Karen.

Algumas lágrimas escorreram, limpei-as com calma e afastei o cabelo de seu rosto.

– Qual o seu nome, Karen?

– Karen... Carrow. - Recuo um pouco. Carrow. Foi ele. Karen percebe minha reação e se encolhe um pouco. - Eu disse. É melhor eu ir.

Sinto alguns olhares de reprovação cair sobre mim e tento me redimir.

– Não... Não é isso. É que... Eu já conheci o seu pai. - Minha voz quase não sai, mas tenho certeza que ela me ouve. Limpo minha garganta, procurando palavras. Lágrimas ameaçam cair, mas eu mando-as embora. - Você definitivamente não é ele.

Ela sorri de lado entre lágrimas para mim, tento retribuir, sou ótima em forçar sorrisos.

– Eu odeio o meu pai. Não vejo a hora de me casar e mudar meu sobrenome.

– Onde você o conheceu, Rose? - Marcus pergunta confuso.

Vultos negros tomam conta da cabine. Sei que estou delirando, preciso me controlar. Fecho meus olhos por dois segundo e limpo minha garganta. Acho que minha voz me abandonará. Encontro oito olhares sobre mim. Sorrio de lado. Uma lágrima silenciosa escapa, fazendo Daniel estreitar os olhos. Desvio meu olhar para o chão e sussurro antes de sair:

– Nós já devemos estar chegando, vou trocar de roupa.

Não espero para ver a reação dos outros, saio o mais rápido possível e sigo até o final do vagão, me trancando no banheiro. Permito-me chorar, mas não gritar. Coloco meu braço na boca, tentando ocultar a minha voz. Mordi o mais forte que pude. Lágrimas escorrem descontroladamente e o sangue de boca invade minha boca. Ignoro isso também.

"Está tudo bem, bonequinha." A voz fina de Aleto Carrow falou no fundo de minha mente.

Os olhos avermelhados e os cabelos loiros dela não me assombram há muito tempo. Mas eles estão aqui agora. Um dementador aparece, está pronto para dar o beijo e sugar a minha alma. Fecho os olhos esperando tal feito. Nada acontece, espio cautelosa e onde estava a criatura está um loiro alto e de olhos vermelhos com vestes ralas, Amico Carrow.

Forço meus dentes sobre minha pele. Isso é uma ilusão.

Alguém bate na porta.

– Rose? Você está ai?

Sua voz me acalma. Respiro lentamente e me levanto com as mãos tremendo. Não me atrevo a olhar a situação de meu braço, mas deve estar muito feio, de acordo com o meu irmão, tenho dentes muito afiados e uma mordida forte. Sim, eu já o mordi.

– Rose, você está ai? - Ele pergunta novamente.

Destranco a porta, que se abre na hora com um Matthew Zabine preocupado. Ele me analisa e se espreme no banheiro junto comigo, trancando a porta.

Sentamo-nos em silêncio, encosto minha cabeça em seu ombro e ele passa um braço por minha cintura.

– Você fez um belo estrago aqui, hein coelhinha?

Olho ao meu redor. O espelho está quebrado e o papel espalhado, sem contar os respingos de sangue de meu braço. Isso o que eu quis dizer que eu fico meio inconsciente em minhas crises. Com um feitiço não verbal, o banheiro se torna intacto.

– Ela ficou magoada comigo?

– Até que não. Estão entretendo ela.

– Eu senti a sua falta.

Ele ri um pouco.

– Também senti a sua falta, coelhinha. Mas nós já estamos chegando mesmo, é melhor você trocar de roupa.

– Não quero ficar sozinha. - Murmuro.

– Eu vou ficar bem ali te esperando. - Ele aponta para a porta.

Troco de roupa de olhos fechados, com a nota mental que Matt está me esperando lá fora. Meu braço arde e ainda sangra um pouco. Meu rosto não dá nenhum sinal de que tive um ataque.

Encontro-o brigando com meu primo em frente à cabine dele.

– HEY! - Grito. Os dois se voltam em minha direção. - O que está acontecendo?

– O que você estava fazendo aí dentro com ele? - James pergunta apontando para o Zabine.

Arqueio a sobrancelha esquerda para ele. Sério mesmo?

– Relaxa Jay, não vou roubá-lo de você não.

– Rose, como uma piadista, você é um lindo coelho.

Reviro os olhos e ouço o trem apitar. Percebo o quanto está escuro lá fora. Alunos invadem os corredores, de longe, encontro meu Alvo procurando por mim. Dou um beijo de despedida em James e Matt, que sussurra para mim:

– Te vejo na minha mesa.

Saio sorrindo e agarro Alvo pela camiseta, temendo perde-lo.

– Onde você estava?

Engulo em seco, não pensei nisso.

Olho para meu primo e meu melhor amigo e faço força para segurar as lágrimas.

– Aconteceu de novo, não é? - Ele sussurra, referindo-se aos meus surtos.

Agarro-me mais firmemente a ele, que estranha, mas passa o braço por minha cintura e me guia para fora.

A ultima vez que o abracei desse jeito, eu tinha nove anos.

A brisa noturna da Grã-Bretanha bate em rosto, e sigo a voz que diz.

– ALUNOS DO PRIMEIRO ANO, AQUI!

Não é difícil de achar, o gigante tem seis vezes o meu tamanho. Rúbeo Hagrid. Ele já foi lá em casa algumas vezes.

– Ah, olá Rose, Alvo.

– Hagrid! - Como eu disse, Alvo é muito mais amigável do que eu.

O gigante sorriu para nós e continuou.

– ALUNOS DO PRIMEIRO ANO! RÁPIDO AÍ ATRÁS!

Aninho-me um pouco mais nos braços de Al, que é um pouco maio do que eu. Novidade. Todos são maiores que eu.

Annie para ao nosso lado e olha boquiaberta para Rúbeo.

– Ele é enorme. - Diz hipnotizada. Então, se volta para mim. - Como você está Rose?

Sorrio fracamente, ainda não consigo falar direito.

Quanto mais nos aproximamos do castelo, mais encantada fico. São luzes para todos os lados. Nem mesmo me importo de estarmos no meio de um lago que tem não sei-quanto de profundidade e tem um monstro marinho vulgo lula gigante saltitando como uma água-viva feliz entre os barquinhos feitos à mão. Se eu não fosse uma bruxa, eu estaria desesperada. Mas eu sei que tudo isso é magicamente arquitetado para ninguém machucar, então eu não estou preocupada. Por que eu estaria preocupada? É lógico que eu não estou preocupada. É só água. E uma lula gigante achando que é uma água-viva voadora. E barquinho do tipo que o meu irmão constrói com pedacinhos de madeira.

– Não vou cair. Não vou cair. Não vou cair. - Olho para o lado e deparo com Annie de olhos fechados balançando para frente e para trás de olhos fechados. - Não vou cair. Não vou cair.

Scorpius e Alvo atrás de nós reprimem a risada e jogam água em Annabelle, que se assusta e começa a gritar. Só que ela perde a noção de espaço e cai no lago, fazendo os meninos gargalharem abertamente. Ela emerge rapidamente enrolado pelos tentáculos da lula, ainda gritando. Ela cai ao meu lado e eu a olho horrorizada. Minha amiga está toda molhada e melecada de baba de lula. Quando percebe o seu estado, grita e desmaia, caindo de novo.

Esperamos em silêncio enquanto o vice-diretor não aparece. Annabelle surtou com Scorpius, bateu e disse coisas horríveis para ele, que apenas riu mais. Eu e Karen a defendemos, pois também estávamos com medo. Então Danny interveio e disse que somos princesinhas que precisam de proteção.

– Rose Weasley.

Andei calma e lentamente até o chapéu. Minha ultima visão antes de ter meus olhos tampados é Alvo, Annie, Danny e Karen na mesa da Sonserina. Olhar eles lá é como limpar minha mente e me mostrar a minha verdadeira casa.

– SONSERINA!

É isso. Sonserina. A minha casa.

O salão está em silêncio profundo, não tem como ouvir nem mesmo a respiração. Também, pudera! Weasley e Sonserina na mesma frase só com um "não" entre as palavras.

Matt começa batendo palmas para quebrar o clima, seguido por meus outros amigos.

Aliviada. É como eu me sinto. Não me importo se minha família me deserdará ou coisa do tipo. Não me importo com a minha família. Quero ficar longe deles. Não quero me machucar. Não quero que se machuquem comigo.

Logo, Scorpius se junta a nós.

– Que se inicie o banquete!

– Agora sim a noite começa. - Alvo comenta com um olhar de quem poderia comer até a mesa.

Olho para as mesmas comidas e sinto uma vontade imensa de vomitar. Desvio meu olhar e acabo encontro um par de olhos verdes me observando atentamente. Matt ignora o meu ultimo ato e comenta colocando um pedaço de lasanha no meu prato.

– Elfos domésticos são o melhor tipo de cozinheiros.

– Você nunca comeu a comida da minha vó.

A comida não me parece mais tão repugnante assim. Antes de mudar de ideia, dou uma garfada e levo o talher até a boca. Sinto cheiro perto de mim, me embrulhando o estomago. Prendo a respiração e engulo.

– Deliciosa, não?

Não posso negar isso. Como mais um pedaço, satisfeita comigo mesma.

Afinal, estou segura agora. Matt está comigo de novo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!