Adolescência Semideusa: Como Sobreviver! escrita por AnandaArmstrong


Capítulo 2
Half-Blood Camp


Notas iniciais do capítulo

Fala galerinha semideusa! Mais um capítulo pra deixar vocês viciados ou dar desgosto eterno KKKKKKK Vamos ver o que vocês vão achar, espero que seja viciados hein u_u SE LEMBREM DE MANDAR REVIEWS, A CADA REVIEW QUE VOCÊS NÃO MANDAM AS HARPIAS DEVORAM O PERCY DE POUCO A POUCO U_U



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Strawberry Fields - The Beatles

O acampamento amanheceu silencioso. Um ar de preguiça e maresia tomava conta e ninguém sentia a mínima vontade de sair da cama. Uma brisa de leve passava no lugar, talvez o suficiente para um casaco. Os pinheiros característicos do acampamento e diversos tipos de árvores balançavam lentamente ao ritmo do vento, parecia uma melodia que entoava por todo lugar, folhas se roçando, galhos balançando e a floresta inteira dançando envolventemente ao ar livre. A praia entrava no ritmo da floresta, o mar ia e voltava num ritmo constante. Suas ondas produziam um ruído relaxante que pareciam estar namorando com o som das folhas da floresta, sincronizavam como se tivessem nascido uma para a outra.

A grama estava verde e brilhante, Eos havia feito um bom trabalho com a seiva da grama, tingindo ao tom certo as cores do ambiente. Tudo parecia perfeito ao nascer do sol de um dia novo. Um dia diferente, para um nascer do sol diferente.

Os chalés, um diferente do outro, mas todos exalavam o mesmo cheiro de Grécia Antiga. Aquela sensação de dentro do peito que você finalmente achou o seu lugar. Desde gramas no telhado até paredes de vidro, do negro absoluto até um dourado reluzente que faziam os olhos doer. Paredes estampadas com trevos de quatro folhas e fichas de cassinos, ou também rosas, corações e vigas com murtas. Também tinha alguns chalés muito curiosos, como se tivesse um mar infinito dentro dele. Ou até um completamente branco cuja entrada era enfeitada por travesseiros e cobertas. Outro era forrado de moedas douradas, de bronze e prata. Era uma variedade incrível, um labirinto esplendoroso e muito fácil de se perder.

Em outra parte do acampamento, os Campos de Morango cultivados pelos filhos e filhas de Perséfone e Deméter reluziam e vibravam num vermelho maduro e gostoso só de se ver. Parecia irreal, como um paraíso. Ou talvez até um cenário perfeito para uma peça que começaria a ser encenada em breve. Basta o publico estar preparado, as luzes apagadas e todos armados com pipoca e refrigerante. O espetáculo está prestes a começar.

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A garota dormia inocentemente na rede da varanda. Com o vento balançando a rede, parecia ser embalada pelo mesmo. Havia passado a noite inteira olhando as estrelas, o céu escuro em seus infinitos mistérios. Ocasionalmente acabou adormecendo por lá mesmo, mas por trás daquela feição pacífica, sonhos estranhos aconteciam dentro da sua pobre mente.

Eu estava caindo. Ou melhor, estava na boca de um furacão. Balançava e despencava de um lado para o outro, parecia uma boneca de pano. Onde estou? O que é isso? É um sonho certo? Oh, sim, é um sonho. Não adianta gritar, então. Mas se o sonho é meu, eu posso escolher quando eu vou sair dele, certo?

Foi aí que tudo parou. O cenário mudou, eu estava no mar. Mas não era mergulhada no mar, nem na praia e muito menos nadando. Eu estava em cima dele, andando por cima da água.

- Isso é confortável. Eu deveria tentar fazer isso mais vezes. – Pensei em voz alta. – Tentar controlar meus sonhos, será que isso é possível?

- Não sonhe muito alto, criança. Esse trabalho é meu, não seu. O cenário mudou porque eu quis! Mas você tem razão, andar por cima da água deve realmente ser agradável. Uma sensação breve de poder fingindo ser Poseidon. – Uma voz falou de repente. Procurei de onde vinha, mas não havia nada a não ser eu e uma imensidão azul de mar.

- Aqui em cima. – Falou a voz novamente. Obedeci e olhei para cima, mas só havia uma nuvem grande, solitária e prateada acima de mim.

Olhei mais atentamente e notei que essa nuvem estava muito baixa. Pude notar também contornos de um rosto.

- Eu estou falando com uma nuvem? – Perguntei a mim mesma, perplexa. – É, né. Tá ai mais uma prova de que você não é e nunca vai ser normal, Dawn. Além de ver monstros em todos os lugares, fala com nuvens em sonhos. O problema não é falar, é ela te responder. Olha Sr. Nuvem, nada pessoal sabe? Mas eu só gostaria realmente de falar com o senhor se você fosse feito de algodão-doce, como não é o caso...

Nem nos meus próprios sonhos eu sou normal. É dessa vez você bateu seu recorde, falando com nuvens-prateadas-gigantes.

- Que meio-sangue insolente. Vou mandar Eos lhe dar boas maneiras, não é assim que se trata um deus! – A nuvem falou de novo. Espera, a nuvem ta criando formas humanas, é melhor correr Dawn. Corra pela sua vida! Ele ta com uma cara de quem vai abrir seu corpo e tirar seus órgãos lentamente, começando pelo estômago! Falando nisso, eu estou morrendo de fome. Será que é possível sentir fome em sonhos? CARA! Eu estou sendo perseguida por uma nuvem que me chama de algo como metade sangue em um sonho insano, acabei de sair de um furacão e estou correndo em cima da água com risco de cair no mar e congelar, e estou aqui pensando em comida! Eu sou anormal. Sério.

- Não precisa correr meio-sangue. É só um sonho. Ainda não posso te matar, infelizmente. – A nuvem agora era um cara com pele branca, cabelos e olhos prateados. Continuava parecendo uma nuvem. Nossa como ele é meigo, me matar. E quem é Eos? Aquela deusa legal da mitologia?

- Como você é simpático, me matar. – Parei de frente á ele com as mãos apoiadas na cintura. Não precisou de muito trabalho, afinal ele estava atrás de mim. Ele tinha uma cara de quem estava sempre com sono, e começou a me dar sono também. Espera, sono dentro de um sono? Cada vez mais você me surpreende Dawning! – Que história é essa? Quem é você? O que você quer dizer com isso? – Questionei com sobrancelhas levantadas.

- Não falarei mais uma palavra. Não sou algodão-doce coisa nenhuma, um deus merece mais respeito. Eu, Hipnos, deus do sono! Sem mim ninguém dormiria. – Ele esbravejou com cara de ofendido e desapareceu deixando em seu lugar uma pilha de travesseiros.

- Que cara louco. – Comentei comigo mesma, deitando nos travesseiros.

E foi aí que eu acordei.

Assim que eu deitei nos travesseiros eu acordei. E de quebra caí da rede.

- Ai, cara. Esse sonho foi comprometedor para a minha bunda isso sim. – Comentei esfregando e massageando a mesma. Ai, essa queda doeu. Eu devo ter quebrado alguns ossos por aqui.

- Bom dia filha! Pronta para mais uma manhã de surfe vendo o nascer do sol?

- AAAAAH QUE SUSTO! Vai acordar assim a mãe! – Gritei. Ele aparece assim do nada, vai acordar o escambau desse jeito.

- Cuidado que assim você vai acordar até os mortos, Dawning! Vai se arrumar! – Ele saiu rindo da minha cara.

- Ótimo, até o meu pai fica rindo da minha cara. – Resmunguei me apoiando na grade da varanda e encarando o céu escuro. Daqui a pouco amanhece, vai ser um dia lindo.

Sorri instintivamente e soltei um suspiro. Isso lembrava a minha mãe, meu pai disse que ela era maravilhosa. Eles se conheceram na praia, enquanto ele surfava. Ele disse que quando ele a viu, imediatamente caiu da prancha. E sabe, ela riu muito. Eu tenho algumas memórias dela, nós ficávamos de noite vendo estrelas, ela me contava várias histórias da mitologia grega. À tarde ela ia trabalhar e meu pai me ensinava a surfar.

Eu surfo desde criança, é uma parte de mim. Amo demais. Não me vejo sem isso. Minha rotina nessas férias têm sido ter sonhos estranhos á noite, acordar de uma forma traumatizante (todos os dias de uma forma diferente, acredite), ir surfar com meu pai vendo o nascer do sol, almoçar, sair com meus amigos, os gêmeos Fred e George Weasley, volto de noite, vejo o pôr do sol com meu pai e vou jantar assistindo televisão. Tenho que aproveitar, né? Quando chegarem as aulas a moleza acaba.

Eu moro no Maine, em uma ilha chamada Matinicus Island. As ondas aqui são ótimas, o tempo está sempre bom, mas quando chove é muito legal fazer chocolate quente e assistir filmes debaixo da coberta, faz muito frio. Isso é muito estranho, porque o Maine é um estado muito frio, e não seria, na teoria pra ser ensolarado.

- Anda logo Dawn, vamos nos atrasar para o amanhecer! – Gritou meu pai do andar debaixo, me tirando dos meus devaneios.

- JÁ TO INDO, SEU VELHO! – Gritei da varanda. Ele odiava quando eu chamava ele de velho, por ser surfista e estar sempre em boa forma, parecia ser dez anos mais novo. Acho que isso subiu á cabeça dele. Eu sabia que receberia algo como “Okay bebê!” em troca, eu detestava quando ele me chamava assim. Ás vezes ele nem parece meu pai, é muito legal e gente boa demais, mas muitas vezes parece mais um adolescente.

- TA BOM BEBÊZINHA DO PAPAI! – O ouvi gritar em troca. Sabia, conheço meu velho.

Abri a porta de vidro do meu quarto e entrei no meu paraíso particular. Eu amava meu quarto, eu mesma o pintei. As paredes eram uma só cena, a vista do nascer do sol pela varanda da minha casa. Demorou um mês para finalizar a pintura, mas valeu a pena. Enquanto secava eu fiquei dormindo no sofá da sala, que é mais confortável do que a minha cama e a do meu pai juntas!

- São nessas horas que eu queria ter um armário que me desse exatamente o que eu quero sem precisar procurar numa bagunça tipo o guarda-roupa de Nárnia! Dá muito trabalho, cara! – Reclamei, fazendo bico. – Finalmente, te achei! Pare de fugir de mim, quando eu te quero você não me quer, e quando eu não te quero você me quer. Se decida, biquíni. – Falei com o biquíni. É isso mesmo, eu falo com o meu biquíni azul, algum problema? Na verdade o problema é se ele responder, ai eu peço pro meu pai me internar de vez!

Troquei-me rápido, coloquei um short jeans, uma blusa branca simples e desci correndo as escadas. No meio da escada nós tínhamos um suporte para as pranchas e servia como enfeite, era útil até. Idéia do Fred. Peguei a Jullian, minha prancha branca com flores havaianas em rosa neon e encontrei meu pai na porta de casa.

- Demorou hoje hein? Como você acordou dessa vez? – Perguntou ele, me abraçando de lado.

- Bom, eu estava vendo as estrelas ontem à noite, como sempre, e acabei dormindo na rede. Foi uma bela queda. – Disse em meio á risadas. É eu caio e dou risada depois. É a lei da vida cara, até um pé na bunda te empurra pra frente! Nesse caso é uma bunda no chão, mas vamos lá.

- Você não toma jeito mesmo! – Gargalhou. – O que a senhorita quer de café da manhã hoje?

- PANQUECAS! – Comemorei saltitante. Eu simplesmente amo as panquecas do meu pai, são as melhores!

- Vai ficar gorda assim, viu? – Zombou, batendo na minha barriga.

- Que horror pai, sua delicadeza me comove. E além do mais, do jeito que eu surfo, não vou ficar gorda tão cedo! – Comentei devolvendo com uma cotovelada.

- Você que sabe querida. – Ele praticamente se dobrava de rir.

- É, já vi que eu não sou a única pessoa que tem sérios problemas mentais na família. – Repliquei, devolvendo a zombaria.

- Eu até diria que aprendi com você, mas você é minha filha, então... Considere essa discussão ganha! – Como eu disse, meu pai é um eterno adolescente.

- Yes! – Comemorei jogando o cotovelo pra baixo e fazendo uma cara de “Fuck Yeah” depois.

- Chegamos! E antes do amanhecer! – Como a ilha é pequena, tudo é perto. Eu vou para a escola andando, e praticamente todo mundo lá surfa. Mas todos do outro lado da ilha, dizem que as ondas são maiores. Nós não concordamos, achamos que essa parte é melhor. Mas vai entender não é? E além do mais, foi nessa praia que o meu pai e a minha mãe se conheceram. Segundo o meu pai, minha mãe teve que ir embora. Foi um amor de verão, eu nasci, ela vinha me visitar, mas não pôde ficar. Sabe, eu até a entendo, não a odeio por isso.

O amanhecer estava começando e o céu estava clareando cada vez mais. Uma tonalidade de laranja forte tomava o céu e depois passava para um azul arroxeado que antes era ocupado pelo azul piche da noite. O som do mar era a trilha sonora perfeita para tudo, e dessa vez a melodia rimava com o calorzinho do sol batendo na pele.  Várias nuvens tomavam o céu, mas não de uma forma ruim, pelo contrário. Elas complementavam a visão do paraíso, as boas vindas para um novo dia. Acho que é uma das alvoradas mais bonitas que já tive a honra de presenciar. Nuvens amareladas por baixo e carameladas por cima combinavam com o reflexo do sol no mar. Não era um exagero de luz, o sol se escondia por detrás das nuvens, mas não passava despercebido. A cena era tão bonita que me faltavam palavras para descrever. Tão familiar. Mal percebi e a manhã já havia nascido. Um aroma de baunilha, canela e caramelo pairava no ar e senti uma forte sensação nostálgica.

- É, meu bem. É hora de entrarmos em ação. – Meu pai chamou minha atenção se levantando de repente.

- Sim, é verdade. Vamos lá. – Balancei a cabeça. Tirei a blusa e o short e corri com Jullian para o mar.

Hoje o mar estava frio, o que me deu um choque térmico de início, mas logo me acostumei. A sensação da água nas pernas, a brisa batendo no rosto, e a espera pela onda perfeita eram momentos que eu nunca esqueceria. Aquilo era uma parte de mim.

Serenidade, silêncio e paz. Coisas difíceis de achar na cabeça e na vida de uma adolescente, mas na minha isso é o que mais tem. A ilha é muito pacata, eu tenho alguns amigos, já fiquei com um ou dois caras, todos se conhecem. Novidades não são exatamente rotineiras, mas quando acontecem ficam sendo faladas por muito tempo. Digamos que o pessoal daqui não tem muito o que fazer.

Apoiava os braços na parte traseira da prancha, mas sem desequilibrá-la. Ia chamar o meu pai, quando senti algo me puxar forte em direção ao mar. Caí da prancha, e abri os olhos debaixo d’água para fugir para longe dali. Após meus olhos se acostumarem, pude ver o que era. Era um ser assustador, parecia um Elfo Doméstico de Harry Potter tronco acima e abaixo tinha uma calda de peixe. Arregalei os olhos e tentei nadar para cima com toda minha força, mas aquilo era muito forte. Chutei a mão daquilo e consegui colocar a cabeça para fora da água.

- PAI, PAI! – Gritava á plenos pulmões, e pude ver meu pai arregalar os olhos e pular da prancha em minha direção antes de submergir novamente.

Como não pude pegar muito ar, estava ficando difícil respirar. Eu já estava bem fundo e o ar tava acabando. Tentei lutar com o monstrengo dando socos, mas nada adiantava. Meu pai nadava em minha direção, mas estava muito longe ainda.  Estava prestes a desmaiar quando senti aquela mão asquerosa afrouxar. Será que o meu pai conseguiu me salvar?

Foi quando tudo escureceu.

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O relógio tictateava irritantemente no meu ouvido, eu estava prestes a ir à recepção e fazer um escândalo. Ou talvez no quarto da minha mãe e tirar o tubo de oxigênio. Se conforme Aaron, não é a primeira vez que ela entra em coma alcoólico. Mas... Dessa vez ela realmente passou dos limites. Faz uma semana, ela nunca ficou tanto tempo desacordada.

- Esperando a sua mãe? – Um homem pálido, de cabelos escuros e olhos azuis obscurecidos, que nem os meus, falou sentando-se ao meu lado. Eu reconheceria esses olhos em qualquer lugar.

- Oi pai. – Disse sem encará-lo nos olhos. Eles eram um profundo nevoeiro, eu me perdia em um mar de dor e morte. Thanatos. Deus da morte.

- As coisas ás vezes parecem não ter remédio, solução. Uma rua sem saída ou até um binóculo com as lentes rachadas. Mas ás vezes, nós é que não sabemos para onde olhar, Aaron.

E eu fiquei em silêncio. Até porque não havia nada para ser dito...

Eu sempre morei com a minha mãe, mas sempre soube que era um semideus. Meu pai apareceu para mim aos seis anos, eu tive que amadurecer muito cedo para cuidar da minha mãe, então lidei bem com isso de deus grego. O “certo” era meu pai ser ausente e minha mãe presente, o lógico para um semideus. Bom, tinha vezes que eu só via minha mãe três ou quatro vezes na semana. Alguns dias a única vez que eu a via era no bar, enchendo a cara e se esfregando com algum cara.

 Já Thanatos sempre foi um ótimo pai, e me deu suporte no que eu precisei. Para um deus da morte, até que ele era bem ausente.

- Aaron La MortBonne. – Uma enfermeira vestida de roupas esverdeadas me chamou. Pela primeira vez, eu olhei nos olhos do meu pai e torci mentalmente para que ele viesse comigo. Ele estava certo. Eu só não queria ter que encarar isso, e ainda por cima sozinho.

- Vamos garoto. – Ela me apressou e eu a segui sentindo a presença dele em meu encalço.

“Obrigada.” Agradeci mentalmente.

“Você não precisa lidar com as coisas sozinho, criança.”

Inconscientemente, senti meus lábios se curvarem em um pequeno sorriso, mas ele se desfez tão rápido quanto se formou. A figura de uma mulher com cabelos negros e uma aparência cansada, doente. Estava deitada na maca. Sua face pareceria serena se não fossem as marcas roxas em seu corpo e a sua pele flácida e quase translúcida. Eu realmente duvidava que ela estivesse dormindo, provavelmente não queria ter que encarar a minha “cara de carniça”, como ela diz toda vez que me vê.

- Ela está dormindo agora, mas eu preciso ter uma conversa com você. – A médica que estava na sala veio até mim e sussurrou.

- Eu sei. – Assenti e respirei fundo.

- Só esses exames não bastam, essa é a terceira vez que ela vem pra cá em coma alcoólico. Você sabe o que deve ser feito. – Ela continuou.

- Só interne-a. Faça o que for necessário, mas tire-a das minhas vistas. – Respondi grosso e saí rápido da sala.

Ouvi meu pai falar alguma coisa para a médica e logo em seguida tocar no eu ombro.

Então tudo escureceu novamente.

Acordei ofegante e a cena de três anos atrás repetia na minha cabeça feito um flash.  

Levantei da cama completamente suado e com uma dor de cabeça insuportável. Encarei o quarto, estava uma bagunça completa. As paredes prateadas pareciam reluzir e uma neblina negra que parecia estar dentro da parede, na parte inferior, se contorcia e parecia querer se fundir a um portão negro e muito antigo, parecia ser do papel de parede, algo como se ele quisesse sair da parede.

- Ela é só uma bêbada miserável, Aaron. – Resmunguei para mim mesmo enquanto catava as peças de roupa suja do chão do quarto.

Mais um dia no Acampamento Meio-Sangue estava prestes a começar.


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Notas finais do capítulo

Iai? Desgosto ou vício? Comentem isso aí em baixo u_u Se lembram de que um review que vocês não mandam é menos um pedaço do Percy no Corpo e mais um pedaço na pança gorda das Harpias. Sim, isso é chantagem. HEHE!



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