O Amor e a Paixão escrita por NaruSaku


Capítulo 2
Paixão




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Sakura-chan, não se preocupe, eu pago a conta. Fui eu que te convidei! – pedia Naruto, sacudindo as mãos. Sakura o olhou incrédula. Naruto mudou muito.

-Está bem, Naruto. Obrigada – Naruto sorriu e pegou sua bolsa em forma de sapo. Abriu-a e quase caiu para trás. Estava cheia de pedras. – AQUELE ERO-SENNIN!!

-Algum problema? – Naruto, envergonhado, mostrou a bolsa para Sakura. Esta sentiu uma veia latejar em sua testa. –Jiraya-sama...

-Exatamente... – Naruto não conseguia encarar a companheira de time.

-Acho que só tem uma alternativa...

-Não posso deixar você pagar, Sakura-chan. Eu comi muito.

-Não se preocupe, Naruto. O dinheiro vai voltar todinho pra mim – respondeu com um sorriso indecifrável no rosto. Naruto a olhou confuso.

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O dia começava a raiar. Muitas pessoas acordavam naquele momento. Inclusive uma kunoichi chamada Tenten. Dormira mal naquela noite: odiava brigar com seus amigos. Para piorar, Tsunade-sama chamara Neji, Lee e ela para comparecer ao seu escritório pela manhã. Provavelmente, alguma missão. Participar de missões depois de uma noite mal dormida é péssimo.

Teria que se levantar logo, pois não faltava muito tempo para que tivesse que ir para a reunião com Tsunade e não queria de maneira alguma chegar atrasada. Não queria ver a Hokage brava, isso dava muito medo nela.

Tomou banho, vestiu sua roupa de ninja, tomou café da manhã, escovou os dentes e saiu de casa. Não demorou muito para chagar ao prédio em que morava a Godaime. Subiu calmamente as escadas: havia chegado cedo e bateu na porta do escritório.

-Pode entrar – dada à permissão, a garota adentrou o local. Neji já se encontrava lá, bastava esperar o Lee. – Bom, já que chegou, vou começar a explicar a missão.

-Mas, Tsunade-sama, e o Lee?

-Gai pediu para que ele o acompanhasse em uma missão. Partiram ontem à noite.

-Quer dizer que só vamos eu e a Tenten? – perguntou Neji, receoso. Depois da conversa que tivera com a Hinata, estava querendo evitar ficar sozinho com a Tenten.

-Sim! Algum problema? – perguntou Tsunade, encarando-o. Tenten também o olhou, curiosa. A última missão que executaram também foi feita só com eles dois. Qual seria o problema agora?

-Nenhum...

-Tsunade-sama? Daqui a cinco dias vai ser a festa da Sakura e eu queria saber se...

-A duração da missão vai depender única e exclusivamente de vocês – Tenten engoliu em seco. – A missão não é muito complicada... Basicamente, vocês vão ter que ir até o País do Relâmpago e escoltar o filho do senhor feudal de lá até o País do Fogo.

-Qual é o nome dele?

-Kinomoto Kayro. Tem 18 anos e está vindo para o país do fogo para representar seu pai em algumas negociações, já que o mais velho está ocupado resolvendo os problemas do próprio país. Essa missão é de extrema importância. Se tudo der certo, os países do Fogo e do Relâmpago poderão selar uma aliança. Essa missão é secreta então Kayro-san virá disfarçado de camponês.

-Entendido.

-Vocês terão uma hora para arrumar as coisas que precisarão para a missão. Então, apressem-se!

Quando Tsunade acabou de falar, os dois ninjas já não estavam mais lá. A mulher sorriu de canto. Às vezes, ela esquecia que não era mais genins, nem mesmo chunins, já eram jonins.

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-Jiraya-sama... – chamou uma menina de cabelo azul e olhos castanhos com um corpo um tanto... desenvolvido.

-Sim... – o sennin quase caiu para trás ao ver quem havia lhe chamado. Era simplesmente a mulher mais bonita que ele já havia visto. – Muito prazer, senhorita. Poderia me dar a honra de saber seu ilustre nome?

-Hihihi...

-Oh! É tímida?

-Um pouco... Meu nome é Sak... Sakiho!! Isso! Sakiho.

-Mas que lindo nome!

-Muito obrigado, senhor... Fiquei sabendo que o senhor era um dos mais incríveis ninjas que existem, mas agora olhando para você, eu não acredito nisso.

-Ora, mas por quê? – perguntou, emburrado.

-Porque para ser um ninja tão incrível assim é preciso muita experiência e, bem, você parece tão jovem... – disse Sakiho, forçando um sorriso e colocando as duas frágeis mãos no braço de Jiraya. – E ainda por cima é tão musculoso.

-Você é mesmo muito encantadora. Eu ficaria muito lisonjeado se você aceitasse sair comigo.

-Para onde?

-Para um restaurante que serve uma comida divina!

-E eu terei que pagar? – perguntou, fazendo beicinho.

-Claro que não! Mas tem uma condição para que eu te leve.

-Condição? Qual seria?

-Um beijo.

-Na bochecha?

-Na boca.

-Mas já?!

-É pegar ou largar, doçura.

-Não vou perdera oportunidade de sair com você! – Sakiho foi se aproximando lentamente de Jiraya. Este já estava tendo vários pensamentos pervertidos em relação à garota. Quando seus lábios estavam prestes a se tocar, Sakiho acertou um soco na cara de Jiraya que o fez parar do outro lado da vila.

Uma nuvem de fumaça se formou no lugar onde Sakiho estava e quando a nuvem se dissipou, lá estava Sakura estalando os dedos. Naruto apareceu pulando nos telhados da casa em direção ao Jiraya.

Sakura correu até onde eles estavam. Quando chegou lá, Naruto pegou sua mão e saiu correndo com ela de lá. Entraram na casa dela e pararam para respirar.

-E aí? – perguntou Sakura.

-Veja! – Naruto tirou do bolso uma carteira. Abriu-a e viram muitas moedas e notas lá dentro. – É muito mais do que tinha no meu sapo.

-Vamos encarar isso como... juros!

Os dois sorriram um para o outro e bateram as mãos. o/\o

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Hinata ouviu baterem na porta de sua casa. Não tinha ninguém em casa. Teria que descer. Dirigiu-se à porta. Quando a abriu teve uma enorme surpresa quase desmaiou.

-Neji-nii-san não está em casa – disse, quase num sussurro.

-Você sabe muito bem que eu não quero falar com o Hyuuga.

-Então com quem você quer falar, Sasuke? – perguntou Hinata, nem tom desafiador e firme.

-Com você... Hinata.

-Entre.

-Obrigado.

-Então... O que quer?!

-Você está tão diferente...

-Algum problema?

-Nenhum... Eu gosto – Hinata não pôde deixar de corar após este comentário. Não dava para mudar totalmente, afinal.

-Sasuke... Diz-me... A que devo a sua visita?

-Eu vim te dizer uma coisa muito importante e que provavelmente você já sabe.

-Se eu já sei, porque precisa me dizer?

-Sinto que é uma cosa que preciso dizer pessoalmente.

-Diz.

-Eu amo você. Amo mesmo. Amo com todas as minhas forças. Sei que nunca a tive do meu lado de verdade, mas a idéia de perdê-la me apavora – Hinata ficou ser reação. Abriu e fechou a boca várias vezes, mas não conseguiu emitir som algum. – Sei que você deve gostar do Naruto, mas... – Hinata pôs o dedo os lábios de Sasuke, impedindo-o de continuar.

-A recíproca é verdadeira.

-Sempre considerei “recíproca” uma palavra bem romântica. Sempre ouvimos “a recíproca é verdadeira” ao invés de “eu também te amo”.

-Considere-me original – ambos riram. Depois se abraçaram.

-Eu não sei muito bem, mas... agora é a hora do beijo, né?

-Tomara que sim! – Sasuke sorriu. Ambos se beijaram. Um beijo apaixonado, intenso, sem pressa alguma. Eles tinham muito tempo.

-Hina...

-Sim...

-Quer ser minha namorada?

-Ficaria encantada!

-Originalidade é contigo mesmo.

-Sim! P

-XDDDD

-Você também ta bem diferente!

-Acho que a culpa é da Tenten.

-Ficaria com ciúmes, mas acho que a Tenten já é do Neji!

-Você acha?

-Pelo menos, eu espero.

-Seria muito bom!

-D

-To brigado com ela, ela deve ta malzona. Odeia brigar com os amigos!

-Ela e o Neji-san vão para uma missão se corrermos deve dar para pegar eles no portão.

-Como você sabe?

-Ele saiu daqui antes de você chegar.

-Então não dá tempo.

-Ele tava adiantado. A Tenten é meio... Atrasada...

-O que estamos esperando?

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-

Neji já estava no portão de Konoha. Tenten estava dez minutos atrasada. Ouviu passos apressados em sua direção. Virou-se para reclamar do atraso, mas não era Tenten quem estava ali. Hinata e Sasuke estavam suados e ofegantes.

-Cadê a Tenten? – perguntou Sasuke ao Neji.

-Bem que eu gostaria de saber...

-Ela ainda não chegou?! – perguntou Hinata, incrédula.

-Não.

-Você tem razão. Ela sempre ta atrasada... – comentou Sasuke com Hinata.

-O que vocês querem com ela?

-Eu quero fazer às pazes e contar a novidade.

-Que novidade?

-Estamos namorando, Neji-nii-san! – contou Hinata, entusiasmada.

-Estão? – perguntou Neji, abraçando a prima em seguida.

-Já chego me deparando com cenas incestuosas... – comentou Tenten. Ninguém havia percebido sua presença.

-Se tivesse chegado na hora, talvez soubesse do que se trata – brigou Neji.

-Se ela tivesse chegado na hora, talvez não desse para alcançá-los! – comentou Sasuke.

-Sasuke?! O que faz aqui?

-Vim fazer às pazes com você.

-Sim. Ajoelhe-se e me peça perdão! – todos menos Tenten arquearam uma das sobrancelhas. – Ou então me abrace e pelo menos peça desculpa!

-Mas foi você quem me chamou de covarde!

-Claro que chamei! Você não teve coragem de se declarar para a... Hinata! Oh my God! Vocês estão juntos?

-Namorando! – confirmou Hinata, alegre.

-Te perdôo, Sasukezito!! – declarou Tenten, abraçando Sasuke. – Mas agora, eu e o Neji temos que ir! Não podemos perder tempo! Felicidades!! – desejou Tenten, antes de ela e Neji cruzarem o portão.

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-Sakura-chan?

-Que foi?

-Aqueles ali não são a Hinata-chan e o idiota do Sasuke?

-São sim! E eles estão de mãos dadas!

-Será que eles...?

-Vamos perguntar! – gritou Sakura, segurando a mão do Naruto e disparando a correr.

-Sasuke, Hinata! Vocês estão namorando?! – perguntou Sakura, quando estavam próximos ao casal.

-Estamos sim, Sakura-chan! – respondeu Hinata.

-O Sasuke criou coragem?

-Depois do que a Tenten disse para ele... – comentou Naruto.

-Vocês ouviram minha conversa? – indagou Sasuke, com uma veia latejando.

-Calma, amor... – pediu Hinata, abraçando Sasuke. – E vocês? Estão namorando?

-Nós?! Claro que não que absurdo! – garantiu Sakura.

-Então por que está segurando a mão do Naruto-kun? – só então Sakura percebeu que ainda não havia soltado a mão do Naruto. Ficou super vermelha e garantiu que aquilo não havia passado de um mal entendido.

-Por que, Sakura-chan?

-Por que o que?

-Por que você não quer namorar comigo? – perguntou Naruto. Sakura paralisou.

-Por quê? Você gosta de mim, Naruto? – todos caíram para trás. Não só Naruto, Hinata e Sasuke, como também todos que estavam em volta.

-Depois eu que sou o tapado. Quando fomos comer rámen, Sakura-chan, você deixou bem claro que não era um encontro. Prova de que você sabia que a minha intenção era a de ter um encontro com você!

-Sempre achei que era brincadeira sua, Naruto. Nunca achei que fosse de verdade...

-Sakura... – Sakura estranhou a falta do sufixo “-chan”, prova de que aquilo era sério. Naruto ficou de frente para ela – ele estava ao seu lado – e segurou suas duas mãos. – Eu sempre te amei. E continuo te amando como nunca amei ninguém antes. Você foi a primeira amiga de verdade que eu tive, mas desde a primeira vez que eu te vi já sabia que o que eu sentia por você não era somente amizade. Não tenho medo de confessar que é e sempre foi amor. Seus olhos sempre me encantaram, agora você já é uma mulher. Tudo em você me encanta! Até os fios do seu cabelo que caem no seu rosto depois que você me bate me encantam! Isso prova que eu sou louco! Louco de amor por você!

-Naruto... Não faz assim que eu choro... – disse Sakura, antes de abraçar o loiro. Sua voz era chorosa, mas transparecia felicidade. – Eu também te amo. Te amo muito!

-Sério?! Desde quando?

-Depois de comermos rámen, eu fui pra casa bolar meu plano para roubar o dinheiro do Jiraya-sama... – Hinata e Sasuke ficaram chocados. Como assim “roubar o dinheiro do Jiraya-sama”? – Quando fechei meus olhos me peguei pensando em você. Em como havíamos nos tornado amigos. Mas de repente, uma sucessão de cenas veio em minha cabeça: quando estávamos no hospital depois da sua missão de tentar resgatar o Sasuke-kun há uns quatro anos, eu preocupada com você, a gente rindo, eu te socando... Enfim, muitos momentos que passamos juntos. Quando me olhei no espelho vi o sorriso bobo e apaixonado que estava no meu rosto. Foi aí que percebi que já gostava de você há muito tempo, mas esse sentimento estava escondido atrás do amor que eu achei que sentia pelo Sasuke-kun. Por isso aceitei tão bem quando a Tenten me contou que ele gostava da Hinata. Por isso fiquei tão aliviada quando descobri que a Hinata não gostava mais de você. Eu te amo, Naruto.

Naruto ficou tão emocionado que saiu pulando pela vila contando a novidade. Sakura ficou observando seu amado afastar-se. Em sua face, tinha brotado um lindo sorriso. Hinata e Sasuke olhavam tudo abobalhados.

-Vocês não deveriam se beijar agora?

-Eu espero.

-

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-Ai, Neji... Não é legal? A Hinata e o Sasuke namorando... – comentou Tenten com Neji, enquanto pulavam de galho em galho.

-Não é bom ficarmos conversando. Estamos em uma missão!

-Em relação à missão...

-O quê?

-Não é bom nos disfarçarmos também?

-Por que precisaríamos nos disfarçar? Vamos escoltar o filho do senhor feudal, ele é que precisa se disfarçar! – Tenten deu um longo suspiro. Neji parecia muito distraído.

-Veja... Você não acharia estranho ver dois ninjas escoltando um camponês?

-Mas camponeses contratam ninjas para auxiliarem-nos nas tarefas.

-DOIS ninjas?!

-Quando éramos genins, íamos eu, você, o Lee e o Gai.

-Sim. Quando ÉRAMOSgenins. Você acha que as pessoas vão pensar que ainda somos? – Neji já ia contestar, quando Tenten completou: - Sendo que um é do clã Hyuuga?

Não era um bom argumento, este último, mas quando se trata da honra e grandiosidade do clã Hyuuga, é fácil convencer o Neji. Está certo que ninguém tem necessidade de conhecer o clã Hyuuga, mas, se era para convencê-lo, deixa o Neji se achar um pouco...

-Tudo bem... – Tenten sorriu.

-Neji, eu sei que você falou para não conversarmos, mas preciso te perguntar uma coisa!

-O quê?

-Por que você está tão estranho?

-Eu estou estranho? Desde quando?

-Desde hoje!

-Quanto tempo! ¬¬

-Não importa! Parecia que você não queria fazer a missão comigo e está me tratando mal. Qual é? Achei que fôssemos amigos...

-Somos. E é este o problema!

-A amizade não é um problema! Por que seria um problema?

-Porque eu... Desculpa, Tenten. Não estou pronto para falar sobre isso. Prometo tentar te tratar melhor...

Tenten ficou em silêncio e abaixou a cabeça. Continuaram a pular até que caiu a noite. Resolveram acampar. Neji foi buscar lenha para a fogueira e Tenten foi procurar comida. Ele chegou primeiro, acendeu a fogueira e esticou os sacos de dormir no chão. Tenten chegou pouco depois com 12 peixes em seus braços.

-Meu Deus...! Pra que tanto peixe?

-Não sei... Eu estava distraída...

-Isso não deveria fazer com que você pegasse menos peixes?

-Não... Eu só tacava kunais e eles morriam...

-Uau... Que trágico! O.o

-Não vamos passar fome. Provavelmente, teremos que comer peixe no café... E vai sobrar...

-Devemos chegar amanhã à tarde no País do Relâmpago. Depois, se tudo der certo chegaremos depois de amanhã no país do fogo. Ainda vão faltar dois dias para a festa da Sakura...

-Vai ter chocolate lá! n.n

-Hã? O.o

-Hum... Você não lembra...?

-Ah sim... O chocolate... u.u

-Sim... O chocolate... D

-Vamos assar os peixes?

-Claro!

Cada um comeu dois peixes e depois foram deitar. Tenten acordou no meio da noite, porque estava sem sono. Caminhou um pouco e achou um belo lago. A lua cheia estava refletida nele. Uma paisagem digna de um cartão postal. Tenten sentou-se na beira do lago e ficou admirando a lua.

Um sorriso nostálgico e até um pouco melancólico formou-se em seu rosto. Lembrou-se dos seus pais. Ambos falecidos. Morreram na luta contra a Kyuubi, ela tinha um ano quando isso aconteceu. Quando descobriu que a Kyuubi estava selada no Naruto, ela achou que sentiria uma imensa raiva dele. Mas não conseguia. Ele simplesmente a carismava. Não conseguia evitar sentir um pouco de pena do loiro, pois ele carregava o fardo de ter dentro de si um monstro que matou tantas pessoas.

Novamente, seus pais vieram a sua cabeça. Não se lembrava muito deles, mas os amava muito e desejava que eles estivessem do seu lado neste momento. Lágrimas escorreram de seu rosto. Não dava mais para segurá-las. Enterrou a cabeça nos joelho, numa tentativa de abafar o choro.

Uma mão pousou em seu ombro. Ela virou-se e deparou-se com Neji, seus olhos brancos a encaravam. Não conseguia distinguir nenhuma expressão em seu rosto. Sentiu-se fraca por estar chorando na frente dele. Esperava uma torrente de perguntas a respeito do por que dela estar chorando, mas, ao contrário do que esperava, Neji sentou-se ao seu lado e a abraçou. Tenten não conseguia mais raciocinar, abraçou Neji e derramou mais e mais lágrimas...

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Quando abriu seus olhos, sentiu-os inchados. Tentou se levantar, mas algo a impedia: os braços de Neji a estavam enlaçando. O menino ainda dormia, sua expressão era de preocupação, bem diferente da expressão serena que sempre carregava no rosto.

-Será que devo acordá-lo? – perguntou Tenten para si mesma.

-Não precisa... – Neji estava acordando. Levantou-se e espreguiçou-se. Tenten olhou para o garoto. Logo em seguida, voltou o olhar para o lago. Pôde ver, em seu reflexo, os olhos inchados. Sentiu-se mal. – Tenten?

-Hã? – Tenten não parecia estar realmente prestando atenção.

-Por que estava chorando?

-É que bateu uma saudade dos meus pais. Sabe?

-Eles estão... mo...

-Sim. Estão mortos. Estão mortos há 16 anos.

-Desculpe-me. Eu não sabia.

-É estranho o melhor amigo não saber essas coisas, não é? Eu conheço a sua história todinha... – Neji engoliu em seco. Ela estava certa: ela conhecia a história do seu clã toda, não porque ele foi correndo contar, mas porque ela interessou-se em saber. Ela sentava-se com ele, iniciava um assunto banal e depois, quando Neji se dava conta, já havia lhe contado coisas que não contaria nem para si mesmo.

-Eu...

-Não estou te culpando. Sério! Não tem como você saber. Eu sei sua história? Sei, mas porque eu procurei saber. E, além do mais, você não vai chegar e perguntar: “E aí, Tenten? Seus pais ainda estão vivos?”.

-Mas eu deveria procurar saber mais sobre você. Você fez isso comigo.

-Perceba a diferença entre mim e você: você sempre foi distante, frio e um pouco triste, era óbvio que algo o atormentava; eu sempre fui alegre e sorridente, procurava, procuro deixar transparecer ao máximo as minhas emoções.

-Com isso você quer dizer que...

-Eu disfarçava melhor do que você? Não. Eu, o tempo todo, tentava me enganar, fingindo que estava tubo bem quando, visivelmente, não estava.

-Visivelmente para você, não é? Porque ninguém percebe nada.

-É claro... Mas... Mesmo sem saber do que se tratava, você veio aqui e me abraçou. Foi uma prova de amizade muito linda, Neji. Você realmente me ajudou – confessou Tenten, sorrindo. Neji sorriu de volta, embora o “prova de amizade” não o tenha agradado muito. – Você acha que vão achar estranho o fato de uma camponesa estar com olhos inchados? – perguntou Tenten, brincalhona.

-Um camponês de olhos brancos e cabelos compridos também não é a coisa mais normal do mundo, não é?

-Se você me perguntasse, normal seria o último adjetivo que eu usaria para classificá-lo!

-Estou bem sentindo cheiro de indireta.

-Imagina, Neji... – Tenten levantou-se, dirigindo-se à área de acampamento. Neji a seguiu. Arrumaram suas coisas, comeram peixe e voltaram a caminhar em direção ao País do Relâmpago.

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-

-Então, Neji... Vamos colocar as fantasias?

-Disfarces!

-Whatever!!

-Você trouxe alguma coisa que possamos utilizar? – perguntou Neji, contrariado.

-Tudo, meu amor! – Tenten usou esse vocativo (vocativo – função sintática que tem como função chamar alguém ou alguma coisa personificada / Também sou cultura! ) por pura brincadeira, mas, de alguma forma, ele mexeu com Neji, deixando-o sem palavras. –Neji (outro vocativo! Geralmente vem separado dos outros termos da oração por vírgula! / Hoje eu tô demais!! u.u), você está bem?

-E...Estou!

-Por isso eu demorei. E você ainda tinha ficado chateado... Bobão... – comentou Tenten, enquanto mexia em sua mochila. – Aqui! – exclamou Tenten, estendendo a roupa de camponês para Neji. O menino a admirava. Tenten sentiu-se incomodada com o olhar tão penetrannte de seu companheiro de time. Sacudiu as roupas em frente dos olhos dele, fazendo-o despertar.

-Obrigado – Neji foi para um lugar mais afastado para se trocar. Eles estavam a alguns metros do País do Relâmpago. Quando ele voltou, Tenten encontrava-se pronta. Seus cabelos estavam soltos, eles eram magníficos: um pouco ondulados e iam até metade das costas da morena.

-Neji –ele olhou para os olhos da menina – a bandana...

-Quer que eu tire minha bandana?! – perguntou, incrédulo.

-Não se preocupe... Trouxe um capuz para você. Assim também os seus olhos estarão cobertos.

-Uau. Você pensa em tudo, hein?

-Sou uma jonin, querido.

-Certo. Vamos!

Caminharam um pouco, desta vez por terra e mais lentamente. Chegaram ao portão do País do Relâmpago. Teriam que chegar até o centro que era onde moravam o senhor feudal e seu filho.

-Neji...

-Oi?

-Acho que não penso em tudo...

-Por que diz isso? – perguntou Neji. Não estava enxergando muito bem por causa do capuz.

-Fico pensando... Como dois simples camponeses vão entrar no castelo do senhor feudal...?

-Realmente... É uma boa pergunta!

-Já sei! Podemos fingir que estamos pedindo comida, só que aí os guardas vão tentar nos expulsar. Então nós nocauteamos ele, entramos no castelo e falamos com o sennhor feudal!

-Sua louca! Não vou fazer nada dis... – reclamava Neji, quando sua voz foi interrompida pela a da sua companheira de time.

-OE!! ALGUÉM!! ESTOU PASSANDO FOME!! TENHO UM IRMÃO PEQUENO EM CASA QUE PRECISA DE COMIDA!! ELE TÁ COM... PNEUMONIA!! OE!!

-Fica quieta! – repreendeu Neji, tapando a boca da sua companheira de time.

Rapidamente, dois guardas vieram correndo para a entrada do castelo com armas nas mãos. Tenten sorriu vitoriosa. Estava se pondo em posição de ataque quando Neji falou, educadamente, com um dos homens.

-Me desculpe o incômodo. Somos ninjas de Konoha, o senhor feudal nos contratou. Estamos disfarçados.

-Ninjas de Konoha, huh? – uma dos guardas sorriu debochado. Neji mostrou-lhe a bandana e o guarda engoliu em seco. – Esperem um minuto. Eu irei falar com Tsuki-dono e já volto!

-Pô, Neji! Estragou meu plano... – queixou-se Tenten.

-Desculpe-me, mas não quero que nossa vila fique com má reputação!

-Hã? Que absurdo! É quase como se você estivesse me chamando de barraqueira só que de forma educada.

-Não é quase se como. Eu estou.

-O quê?

-Desculpe interromper, mas é que Tsuki-dono pediu para que vocês entrassem.

-Com licença! – pediu Tenten, emburrada, tomando uma boa distância de Neji. Este soltou um muxoxo e seguiu sua companheira.

-Uau... Que gigantesco! – comentou Tenten ao entrarem no castelo.

-Por aqui – indicou um dos guardas, abrindo a porta para que eles entrassem. Tenten olhou deslumbrada para a suntuosa sala do senhor feudal. – Sentem-se, por favor.

-Bem vindos – cumprimentou um senhor gordo e vestido com elegantes roupas. Ao seu lado, encontravam duas moças esbeltas, vestidas com roupas de odaliscas. Elas davam risinhos e mexiam com alguns dos poucos fios que restavam na cabeça do governante do País do Relâmpago. Neji e Tenten assistiam a tudo com as sobrancelhas erguidas em total incredulidade e espanto. – Como sabem, estão aqui para escoltar meu filho, Kayro-kun, até seu país. Sou Tsuki-sama, senhor feudal do País do Relâmpago. Prazer... – diz olhando maliciosamente para Tenten que baixa o olhar passando a encarar os próprios pés (percebendo assim que precisa cortar a unha do dedão... zueira... estão cortadinhas e limpinhas! ).

-Senhor... – chamou um guarda. – Seu filho está aqui.

-Mande-o entrar! – ordenou.

Entrou na sala um jovem muito bonito. Possuia cabelos negros espetados, olhos azuis, era alto e tinha um lindo sorriso. Vestia um roupa simples de camponês. Ao entrar na sala, Neji e Tenten se levantaram e fizeram uma reverência para o menino. Ele encarava Tenten fixamente, deixando a garota vermelha.

-Será possível que todos nesse castelo sejam tarados...? – sussurrou Neji para si mesmo.

-Então, vocês dois são os ninjas que irão me escoltar? Vejo que também estão disfarçados. Bom – Tenten olhou superior para Neji, este apenas virou o rosto.

-Desculpe, Alteza. Permita que eu me apresente. Sou Tenten.

-Muito prazer – respondeu Kayro, beijando a mão de Tenten. – E você? – perguntou, dirigindo-se a Neji que olhava a cena com uma expressão de nojo no rosto.

-Hyuuga Neji.

-Hyuuga, huh?

-Conhece?

-Infelizmente, é impossível não conhecer.

-Infelizmente?

-Agora você vai ficar se achando...

-Não precisa. Ele já se acha naturalmente! – brincou Tenten, recebendo um olhar fuzilador de seu companheiro.

-Podemos ir? – perguntou Kayro, sorrindo para a jovem.

-Eu é que pergunto. Já está pronto?

-Só estou esperando seu amiguinho...

-

-

-

-Esse cara me dá nojo – comentou Neji com Tenten, enquanto pegavm lenha.

-Nossa! Por quê?

-Ele fica agindo como se fosse o líder, quando na verdade o líder sou eu!

-Neji, se você sabe que o líder é você, não dá confiança. Deixa ele pensar que pode. Como Tsunade-sama disse: essa missão é muito importante! – aconselhou Tenten.

-E além do mais... – Tenten o olhou, curiosa. – Ele fica dando em cima de você! – Tenten começou a rir, rir não, gargalhar. Neji a olhou de maneira fuziladora.

-O que é isso agora? Ciúmes?

-É! – Tenten deixou a lenha cair no chão. Neji confirmara? Era ciúmes? Por quê? Do que ele tinha ciúmes?

-Ciúmes do que, Neji? – Tenten abaixou-se para recolher a lenha que havia deixado cair. De alguma forma, ela usou esse ato como forma de esconder o rubor em sua face.

-Ciúmes de... – Neji parou um instante. O que ele estava fazendo? Então se lembrou de algumas palavras de sua prima.

Flash Back

-Obrigado por tudo, Neji-nii-san! Mas agora é sério... quando você vai se declarar para a Tenten? – perguntou Hinata, tentando desviar o assunto dela e do Sasuke. Apesar de ter ido ao quarto do seu primo pedir conselhos sobre esse assunto, ele já estava começando a incomodá-la.

-Eu... Talvez...

-Respostas concretas, Hyuuga! – repreendeu-o Hinata. Neji arqueou as sobrancelhas surpreso. Hinata se encolheu e assumiu um tom avermelhado.

-Quando eu tiver uma oportunidade, OK?

-E quando tiver... não a perca, nii-san. Promete?

-Tudo bem. Prometo.

-Gente! Que demora é essa para pegar a lenha?! – perguntou Kayro, chegando de repente. Ao ver Tenten recolhendo a lenha, correu para ajudá-la. – Oh! Bela donzela, o que faz aí no chão? Será que não tem nenhum cavalheiro que possa lhe ajudar? – recitava Kayro olhando para Neji, o qual parecia que iria explodir a qualquer momento. – Mas é claro que não. Acabei de chegar! – Tenten revirou os olhos. No começo, achou as cantadas até bonitinhas, mas agora, elas já lhe causavam enjôo.

-Kayro-sama, não precisa. Eu mesma faço! – replicou, retirando rapidamente toda a lenha que estava na mão dele. – Pensei que eu e o Neji tínhamos pedido para que esperasse no acampamento.

-É que vocês estavam demorando...

-Pedimos que você esperasse no acampamento – Tenten andou apressadamente de volta para onde tinham armado o acampamento, quase corria. Havia desrespeitado o filho do senhor feudal do País do Relâmpago, queria sair o mais rápido possível daquela situação.

Neji deu um discreto sorriso e seguiu Tenten. Kayro olhava tudo aturdido. Nunca havia levado um fora antes. Era tudo tão novo e excitante. Teria que conseguir Tenten, de qualquer maneira.

-

-

-

-Uaaaaaaaaaaaaaaah – bocejava Tenten, espreguiçando-se.

-Tenten! Bom dia! – cumprimentou Kayro. O menino estava na frente da fogueira fritando alguns ovos. Tenten saiu do saco-de-dormir enquanto esfregava os olhos.

-Bom dia... Cadê o Neji? – o semblante sorridente de Kayro se desfez ao ouvir o nome do Hyuuga.

-Eu não sei. Não o vejo desde ontem.

-Quando você acordou ele já não estava mais aqui?

-Não.

-Eu te irritei? – perguntou Tenten, um pouco cínica. Sabia que o irritara no dia anterior com a história da lenha e também sabia que Kayro odiava o Neji. Mas ela adorava irritar as pessoas, principalmente quando as pessoas eram tão irritáveis.

-Não, bela princesa.

-Sei... – brincou, enquanto comia um dos ovos que Kayro tinha feito.

-

-

-

-Mais um dia. Mais um dia e eu e Tenten voltaremos para Konoha. Missões como essa só servem para me irritar! Não corremos perigo algum e eu ainda tenho que ver esse garoto mimado dando em cima da Tenten – reclamava Neji, molhando o rosto. Estava na beira de um rio, completamente suado. Acordou cedo para treinar.

-Quem está aí? – perguntou o Hyuuga, após ter ouvido um barulho. – Apareça! Byakugan! – Neji vasculhou a área com o Byakugan, mas não viu ninguém. – Será que foi impressão? Mas eu tenho certeza de ter ouvido um barulho!

-AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!!

-Tenten! – Neji correu o mais rápido que pôde em direção ao acampamento, chegando lá encontrou 4 ninjas da Vila Oculta da Nuvem. Dois deles seguravam Tenten, enquanto um deles mantinha uma kunai no pescoço de Kayro. O outro ninja, estava parado assistindo a tudo. Parecia ser o líder do grupo.

-Ora, ora... – o líder se pronunciou. – Então é você que vai representar o País do Relâmpago? Há! Agoram mandam crianças para resolverem assuntos desse calibre? Nosso senhor feudal tem muito o que fazer dentro do próprio país, huh? Mentira. Ele só quer gozar de luxo e riqueza e aumentar cada vez mais aquela barriga gigantesca dele.

-Meu pai é um líder muito bom, viu? – retrucou Kayro.

-Cale-se! Ou será que quer morrer? Chizaku, não deixe esse fedelho escapar!

-Vocês vão nos deixar em paz ou não? – perguntou Tenten, desafiadora.

-Essa menina não nos fará diferença! Kangarou, Mitchi! Podem matá-la! – Mitch foçou uma kunai contra o pescoço de Tenten. Neji arregalou os olhos e já ia gitar quando um tronco apareceu no lugar de Tenten e uma chuva de kunais, shurikens, foices e muitas outras armas ninjas começou a cair sobre Mitchi e Kangarou.

-Não me subestime! – ordenou Tenten, no galho de uma árvore, com um pergaminho aberto nas mãos. Mitchi e Kangarou tentaram se proteger o máximo que puderam, mas saíram com vários cortes do ataque de Tenten. Saía muito sangue de Kangarou e uma foice estava cravada em sua perna, impedindo-o de se levantar por causa da dor.

-Então a garotinha é ninja? – perguntou o líder, com desdém. Tenten pegou a bandana de Konoha e a amarrou na testa. – De Konoha? – perguntou o ninja, um pouco surpreso.

-Solte o Kayro-san! – ordenou Tenten a Chizaku. O ninja soltou uma risada sarcástica.

-Não tenho obrigação nenhuma de soltá-lo. E se você se aproximar, a cabeça dele vai rolar. Então... Quem vai me obrigar? Vo... – Chizaku não pôde terminar sua frase, pois fora acertado por um golpe, ou melhor, por 64 golpes, enquanto prestava atenção na kunoichi. Tenten pulou para o lado de Neji, que já estava com a bandana devidamente amarrada na testa. Chizaku caiu no chão. Kayro também.

-Frouxo! – resmungou Neji. Tenten lhe deu uma cotovelada. – Ai, Tenten!

-Frouxo! – riu Tenten.

-Desculpe interromper o casal, mas... – começou o líder do grupo sendo interrompido por Neji.

-Não se preocupa. Fazem muito isso! – acrescentou, olhando para Kayro e, logo depois, recebendo outra cotovelada de Tenten.

-Mitchi! Ataque-os!

-Sim, Kaero-san! – Mitchi correu na direçou dos dois e fez um selamento com as mãos.

-Tenten! Ele esta usando um elemento terra!

-Mas, Neji, nem eu nem você possuímos o elemento relâmpago! Só temos vento, fogo e água. Temos então que tentar escapar.

-Eu sei! ( Eu inventei naturezas de chakras para eles. Eu coloquei a Tenten como vento - que é um ótimo elemento para ser usado em batalhas e como o Asuma utilizava esses dois elementos para tornar sua ARMA mais poderosa achei que ficava bem com a Tenten- e fogo – eu queria colocar água, mas como teve aquele episódio que o Time Gai lutou com o Kisame e a Tenten tinha pouco fôlego e talz, eu resolvi dar um pouco de fogo da juventude para ela – e o Neji como água – sei lá, achei que combinava – e também vento – também achei que combinava, mesmo o anime falando que é uma natureza de chakra bem rara... A fic é minha eu faço o que eu quiser! – pensei até em colocá-lo como relâmpago, mas ia atrpalhar o rumo da história ) – um enorme buraco se formou abaixo de seus pés. Tenten cravou duas kunais em duas árvores, presas as kunais tinha uma resistente corda, pela qual ela e Neji se seguravam. O buraco foi aumentando e as árvores em que as kunais estavam presas começaram a cair nele.

-Neji! – a voz da garota estava em um tom altamente aterrorizado.

-Calma – ordenou ele. – Tudo ficará bem! – depois disso a abraçou forte. Tenten fechou os olhos com força e o abraçou também. – Tenten...

-Já morremos? – perguntou, receosa.

-Não. Estamos vivos... e a salvos! – Tenten abriu os olhos. Ela e Neji estavam em pé, ao lado do riacho. Ela começou a cutucar o Neji, como se quisesse conferir se realmente estavam vivos. – Tenten! O que está fazendo?!

-Como?!

-Foi um ninjutso de tempo e espaço que eu usei.

-V-você consegue fazer isso?

-Eu não fiz?

-Caraca! Você nos salvou! E não ficou nem um pouco apavorado!

-Você está tremendo... – Tenten deixou-se cair no chão. Suas pernas estavam muito bambas e ela não conseguia mais se manter em pé.

-Acho que nunca estive tão perto de morrer.

-Isso é mentira!

-Mas nunca fiquei no estado em que eu estou. O que houve?

-Eu não sei. Vamos procurar os seqüestradores. Eles não sabem que estamos vivos então temos a vantagem do elemento surpresa. Consegue se levantar?

-Claro...

-

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Neji tinha avistado Kaero e Mitchi, carregando Chizaku e arrastando Kayro, enquanto Kangarou se arrastava um pouco atrás. Tenten e Neji os perseguiam silenciosamente, esperando que eles parassem para comer alguma coisa ou acampar, o que não demorou muito já que dois membros do quarteto da nuvem ( super tosco, eu sei. -.-) estavam debilitados.

-Chefe... – manifestou-se Mitchi. – Por que não matamos o garoto logo?

-Já expliquei: vou fazer o pai dele pagar resgate.

-Pensei que o plano era evitar que o País do Fogo e o do Relâmpago estabelecessem algum acordo de paz – intrometeu-se Kangarou.

-E nós vamos fazer isso!

-Como faremos isso se você vai devolver o fedelho pro pai assim que ele pagar a recompensa?

-Vocês são tão ingênuos... – Kangarou e Mitchi o olharam interrogativamente. – Claro que vamos matá-lo. Mas só depois de pegarmos a recompensa. Assim aproveitamos e matamos o senhor feudal também. Assim, assumiremos o poder definitivamente.

-Isso é muito melhor do que o plano original – elogiou Mitchi.

-Mas... Mas por que vocês não querem que o País do Relâmpago e do Fogo assinem um acordo de paz? – perguntou Kayro. Ele estava morrendo de medo da possibilidade dele e de seu pai serem mortos, mas procurava não deixar transparecer.

-Não é óbvio?! Se o Fogo e o Relâmpago assinarem uma aliança, o País do Relâmpago só vai contratar os ninjas de Konoha, o que será péssimo para a economia da Vila da Nuvem e para os ninjas que ficarão sem missões. E como você deve saber, somos ninjas da Nuvem.

-Se vocês acham que só iríamos contratar ninjas de Konoha é porque não confiam em suas capacidades. Agora, se vocês fossem realmente bons, iam ficar feliz com a aliança e seriam os ninjas de Konoha que deveriam se preocupar – gritou Kayro, inconformado com o egoísmo desses caras. O problema da economia da vila e da falta de missões não passava de uma desculpa para que eles assumissem o poder e recebessem o apoio dos moradores da vila.

-Nós sabemos que somos capazes. O problema é seu pai e os outros saberem. A prova viva de nossas habilidades é a derrota de dois jonins de Konoha com apenas um golpe.

-Nunca nos subestime! – os ninjas da Nuvem olharam para cima e puderam perceber Neji e Tenten em cima de galho. – Tenten, eu vou começar! – Neji fez um jutso de elemento água e inundou todo o local. Tenten desceu da árvore e, aproveitando que os ninjas da Nuvem tentavam não se afogarem, pegou Kayro e subiu em cima de outra árvore.

-Por favor, fique aqui! Deixe que eu e o Neji cuidamos de tudo – pediu Tenten, enquanto desamarrava o garoto.

-Tenha cuidado...

-TENTEN!! – berrou Neji. A menina virou-se e viu uma kunai vindo em sua direção. Conseguiu pará-la facilmente.

-Quem foi o infeliz que tentou me acertar?!

-Fui eu! – confessou Mitchi, aparecendo por trás de Tenten.

-Que bom que foi! Eu estava esperando para testar uma coisa. Que bom que será em você! – Tenten invocou uma espada bem afiada e também muito bonita. Podia ver que ela estava carregada com chakra do elemento vento. – Acredite: você não vai querer ser acertado com isso! – dito isso a morena foi pra cima do ninja com a espada. Ele desvio-se com dificuldade. Ambos foram para cima da água. Mitchi fazia aparecer árvores em sua frente para que Tenten não o atingisse, mas árvores eram facilmente destruídas por ela ( já repararam? Naruto contribui muito para o aquecimento globol. Se nós formos contar cada árvore que já foi destruída naquele desenho...).

-E quanto a você? – perguntou Neji, dirigindo-se ao líder. – Qual é a sua habilidade?

-Em vez de te dizer... Por que eu não mostro? – perguntou o Kaero, fazendo selos com as mão. Neji arregalou os olhos: era um genjutso. Conseguiu cancelá-lo a tempo. De repente, ouve um grito. Mitchi estava com a espada de Tenten na mão, até que num movimento rápido crava-a no peito da garota. Neji gritou, gritou muito. Até que tudo ficou preto. As imagens estavam distorcidas e ele só conseguia ouvir vozes que não se podiam distiguir o culpando pela morte de Tenten.

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-

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-Neji... Rápido! Levanta!

-Tenten?! – Neji abraçou a amiga ao vê-la viva ao seu lado. Tenten arregalou os olhos, em sinal de total surpresa. – Pensei que estava morta!

-Você foi pego em um genjutso... Relaxa! Tô viva. Eu... matei uma pessoa... Duas... O tal de Mitchi e o líder. Eu sou uma assassina – lamentava-se Tenten. – É que... você gritou e eu... eu fiquei com raiva... eu... eu matei... dois homens...

-Tenten... Você é uma kunoichi. Não pode se lamentar por ter matado pessoas, principalmente se forem ameaças. Se não fosse eles que tivessem morrido, seriam nós dois e outras pessoas inocentes.

-Mas...

-Vem cá! – Neji abraçou Tenten que logo correspondeu ao abraço. Lágrimas caíram de seu rosto. Tenten nunca matou ninguém. Ela sempre procurava prender os criminosos ou simplesmente deixar alguém matá-los depois que os tivesse capturados. Sempe fora muito piedosa. Isso não era uma qualidade no mundo em que vivia, mas ela era de Konoha e todos em Konoha eram sempre piedosos. Piedosos demais.

-Será que Tsunade-sama vai brigar? – Neji deu uma gargalhada. Era incrível que, com 17 anos e sendo uma jonin, Tenten continuasse a agir assim. Ela o abraçou ainda mais forte e enterrou a cabeça em seu peito. – Os outros dois estão presos numa corda e o Kayro está lá. Solto.

-Ainda não acredito que fiquei preso num genjutso enquanto você resolvia tudo – Tenten levantou a cabeça e sorriu pela primeira vez desde que Neji abriu os olhos. – Acho que podemos voltar agora, não é?

-Finalmente!

Levantaram-se e chegaram ao local onde estavam os prisioneiros. Kayro os observava com uma expressão de nojo. Tenten pegou sua espada, que estava cravada no chão, estava encharcada de sangue. Suas pernas tremeram um pouco, mas ela logo se recompôs. Neji levantou Kangarou e Chizaku e os mandou seguir em frente. Tenten e Kayro os seguiam um pouco atrás.

A viagem demorou um dia e meio. De noite, Tenten e Neji se revezavam para vigiar os ninjas da Nuvem. Quando chegaram ao país do Fogo, uma carruagem estava a espera de Kayro.

-Muito obrigada por tudo – agradeceu Kayro. – Especialmente você, bela jovem, que se mostrou bem mais forte do que muitos pensariam – elogiou, beijando a mão de Tenten, que deu um sincero sorriso como respota. – Quanto a você – virou-se para Neji. -, excetuando o fiasco do genjutso, você é um bom ninja, um ótimo companheiro de equipe.

-Obrigado... Eu acho – Neji estendeu a mão para Kayro, que a apertou sem relutância. – Cuide-se. Não faça nosso esforço ter sido em vão!

-Pode deixar! – garantiu Kayro, acenando da carruagem que já se afastava.

-

-

-

-Amanhã é a festa da Sakura-san, não é? – perguntou Lee, sentado no sofá a casa de Tenten.

-Isso é uma pergunta retórica, não é, Lee? Porque aposto que você está contando os dias! – rebateu Tenten. Ela estava em outro sofá, mais espaçoso, ao lado de Neji.

-Você me conhece mesmo, não é, Tenten-chan?

-XP. Você sabe que sim! – Neji parecia estar perdido em pensamentos. Tenten percebeu e o olhou, curiosa. A menina voltou os olhos para Lee que deu de ombros. – Neji?

-Oi?

-Você está bem?

-Claro. Por quê?

-Você parece distraído – respodeu Lee.

-É, eu realmente estou distraído. Mas vocês estavam falando da festa, não é?

-Estávamos. Mas agora o mais importante é saber no que você estava pensando! – pronunciou-se Tenten, pulando no sofá. Lee deu um brilhante sorriso.

-Não é nada demais... – desconversou Neji, encarando fixamente Tenten.

-Humf – bufou Tenten. – Odeio esse “não é nada demais”!

-Não são coisas que mereçam ser relatadas.

-Ah! Tá bom, Neji! Eu vou fazer pipoca pra gente! – Tenten saiu da sala e foi para a cozinha fazer pipoca. Lee encarou Neji fixamente. Neji o olhou, interrogativo.

-Não vai me contar?

-Contar o quê?

-O que você não quis ou não teve coragem de contar para Tenten.

-Se eu não contei para ela, porque acha que eu vou contar para você?

-Talvez porque tenha a ver com ela.

-O quê?!

-Eu vi como você a encarava. Não tente disfarçar.

-Às vezes você me surpreende.

-Eu posso ser agitado e sair um pouco do normal às vezes, mas você sabe que eu não sou idiota.

-Tem razão. Tem mesmo a ver com ela.

-Você gosta dela, né, Neji?

-É tão óbvio?

-Mais do que você imagina!

-Então ela sabe?! – perguntou Neji, assustado.

-Não, não. Tenten é um poço de distração. Se não está em uma missão, não percebe um palmo do que acontece a sua frente.

-Você acha que ela gosta de mim?

-Oh, sim! – Neji suspirou, aliviado. – Só não percebeu ainda – Neji o encarou, sua expressão chegava quase ao desespero. Lee não pode deixar de rir. De repente, eles ouvem o irritante barulho do microondas. Tenten voltou com uma bacia cheia de pipoca numa mão e um pote com jujubas na outra.

-Alguém pode me ajudar?

-

-

-

Era o dia da famosa festa da Sakura e da Ino, ela aconteceria na praia como uma espécie de lual. A festa começaria às cinco da tarde e não tinha hora para acabar. Mesmo sendo dia 28, eles soltariam fogos de artifício, como se fosse realmente ano novo.

A decoração estava linda. Tinha tochas espalhadas por uma grande área, uma tenda em uma parte da praia, algumas mesas espalhadas com comida em cima e isopors com refrigerantes e sucos.

As roupas dos meninos e das meninas ia seguir um padrão. Os meninos usariam bermudas floridas, blusa branca e colares havaianos. As meninas usariam saias havaianas, a parte de cima de um biquini branco, o mesmo colar dos meninos e um arranjo de flores brancas na cabeça.

-Uau! Isso aqui está lindo! – exclamou Tenten, admirada com a decoração. Sakura a viu e correu para abraçá-la. Só estavam Sakura, Naruto, Ino e agora, Tenten na festa.

-Você é que está linda!

-Eu estou igual a você Sakura! n.n’

-Quem me dera! Bem que eu queria ter o seu cabelo ou as suas coxas...

--.- Não faz isso se não eu fico vermelha! – falou Tenten, brincalhona.

-TENTEN-CHAN!! – gritou Naruto, jogando-se em cima da Tenten. Ele, Sakura e Tenten caíram no chão e começaram a rir. Ino era a única que parecia indiferente a cena.

-MINNA-SAN! – Lee tinha acabado de chegar e se jogou em cima do bolinho de gente fazendo as gargalhadas se tornarem ainda mais altas. Neji vinha logo atrás de Lee.

-Você não vai se jogar aí também, vai? – perguntou Ino, impaciente.

-Deixe de ser ciumenta, Ino! Se quer se jogar se jogue! – retrucou Sasuke, que tinha acabado de chegar, abraçado com Hinata.

-Eu não quero me jogar! – gritou Ino, seu rosto estava vermelho. – Só acho muita infantlidade que...

-As crianças são as que melhor sabem aproveitar a vida! – disse Tenten, se levantando. – Sasukezito!! – gritou Tenten, pulando no pescoço do amigo. – Você não sabe como eu fico feliz em ver você com a Hinata! – Sasuke sorriu sem-graça. Tenten então pulou em Neji. – NEJI!! Nem disse “oi”! Oi!!

-Oi – respondeu Neji, sorrindo.

-Vejo que estão se divertindo! – comentou Hana, que acabara de chegar.

-Hana... Não sabia que você viria... – disse Tenten.

-Claro! Se o Lee não tivesse me contado eu nunca saberia – todos olharam para o Lee, furiosos. Ninguém suportava a Hana. Apesar da presença indesejada da menina de cabelo roxo, a festa transcorreu bem e todos se divertiram muito. Já era quase meia-noite, Sasuke e Shino estavam começando a preparar os fogos de artifício.

Tenten e Neji estavam um pouco mais afastados, observando as estrelas. Tenten estava totalmente deitada, cheia de areia. Neji estava sentado, apoiado em seus braços.

-O céu está lindo hoje, não é? – perguntou Tenten, admirada.

-Sem dúvida. Uma noite linda. Seria a oportunidade perfeita para eu te dizer que...

-Pessoal, já vão acender os fogos! – gritou Hana, aproximando-se deles.

-Que legal! – Tenten se levantou e começou a tirar areia do seu corpo. Neji olhou emburrado para Hana.

-O que foi, Neji-kun? – perguntou Hana, fazendo beicinho.

-Eu to cansado de você sabia?! Eu to há muito tempo tentando dizer pra Tenten que eu a amo e você não me deixa fazer isso! – gritou Neji para Hana, para só depois se dar conta do que tinha dito. Em um ato involuntário, tampa a sua boca. Hana faz uma cara emburrada e Tenten arregala os olhos surpresa.

-Você... me... ama? – perguntou, incrédula.

-Eu... Sim! Te amo muito, Tenten – confessou Neji, olhando-a nos olhos.

-Eu... Eu não sei o que lhe dizer. Eu nunca te olhei assim, Neji...

-Entendo... – Neji abaixou os olhos e começou a caminhar de volta para onde as outras pessoas estavam. Tenten correu até ele.

-Isso não é um não. Deixa eu orgaizar meus sentimentos. Eu não sei o que sinto. Neji... Você é o meu melhor amigo! Eu não quero perder isso! – disse Tenten. Lágrimas caíam de seus olhos.

-Você não vai perder isso, Tenten. Mas agora eu preciso ficar sozinho. Vou pra casa.

Tenten deixa-se cair no chão, abaixa o rosto, tentando, inutilmente, segurar as lágrimas que insistiam em cair.

-Você é uma idiota! – Tenten vira o rosto e dá de cara com a expressão de reprovação de Hana.

-Como?

-Você não percebe? Você é louca pelo, Neji! Você tem certeza que nunca pensou sentir algo diferente por ele?

Flash Back

-Neji... – gritou Tenten, preocupada. Correu até Neji e se abaixou, encostando a orelha próxima ao coração do rapaz. – Ainda está vivo! – suspirou aliviada. Colocou o braço do jovem em volta do seu pescoço, o levantou e o colocou sentado em um tronco de uma árvore que estava um pouco afastada. – Não se preocupe, vou até Konoha buscar ajuda. Tsunade-sama tratará muito bem de você! – disse acariciando o rosto do rapaz.

-

-Precisa descansar. Vou sair para que possa fazê-lo.

-Espere, Tenten.

-Sim?

-Fique. Gosto da sua companhia – a garota lhe respondeu com um sorriso e tornou a se sentar na cadeira ao lado da cama. Realmente, os dois tinham, enfim, tornado-se amigos.

-

-Eu também tenho sentimentos. E vou mostrar... – disse, suavemente, aproximando-se de Tenten.

-O que você vai fazer? – perguntou Tenten, a voz vacilante. A esta altura, Neji estava perigosamente perto.

-Estou demonstrando meus sentimentos...

-P-pare... Você não... eu... na verdade...

-

-Ah... Neji?

-Diga!

-O que você ia me dizer antes da... visita inesperada da Hana?

-Eu ia...

-Você começou assim: “eu estava pensando se você gostaria de...”.

-Ah sim! Obrigado! – “E agora o que eu faço?” pensou Neji, preocupado.

-Sem problemas... – respondeu Tenten, esperando que ele continuasse.

-Eu estava pensando se você gostaria de... Comer chocolate! – disse, exaltado.

-Comer... Chocolate?! o.õ

-É... – confirmou Neji, penitenciando-se por ter dito algo tão estúpido.

-Ahn... Agora?

-Não. Na festa.

-

-Não importa! Parecia que você não queria fazer a missão comigo e está me tratando mal. Qual é? Achei que fôssemos amigos...

-Somos. E é este o problema!

-A amizade não é um problema! Por que seria um problema?

-Porque eu... Desculpa, Tenten. Não estou pronto para falar sobre isso. Prometo tentar te tratar melhor...

Tenten ficou em silêncio e abaixou a cabeça.

-

Uma mão pousou em seu ombro. Ela virou-se e deparou-se com Neji, seus olhos brancos a encaravam. Não conseguia distinguir nenhuma expressão em seu rosto. Sentiu-se fraca por estar chorando na frente dele. Esperava uma torrente de perguntas a respeito do por que dela estar chorando, mas, ao contrário do que esperava, Neji sentou-se ao seu lado e a abraçou. Tenten não conseguia mais raciocinar, abraçou Neji e derramou mais e mais lágrimas...

-

-E além do mais... – Tenten o olhou, curiosa. – Ele fica dando em cima de você! – Tenten começou a rir, rir não, gargalhar. Neji a olhou de maneira fuziladora.

-O que é isso agora? Ciúmes?

-É! – Tenten deixou a lenha cair no chão. Neji confirmara? Era ciúmes? Por quê? Do que ele tinha ciúmes?

-Ciúmes do que, Neji? – Tenten abaixou-se para recolher a lenha que havia deixado cair. De alguma forma, ela usou esse ato como forma de esconder o rubor em sua face.

-Ciúmes de... – Neji parou um instante.

-

-Neji! – a voz da garota estava em um tom altamente aterrorizado.

-Calma – ordenou ele. – Tudo ficará bem! – depois disso a abraçou forte. Tenten fechou os olhos com força e o abraçou também.

-

-Neji... Rápido! Levanta!

-Tenten?! – Neji abraçou a amiga ao vê-la viva ao seu lado. Tenten arregalou os olhos, em sinal de total surpresa. – Pensei que estava morta!

-Você foi pego em um genjutso... Relaxa! Tô viva. Eu... matei uma pessoa... Duas... O tal de Mitchi e o líder. Eu sou uma assassina – lamentava-se Tenten. – É que... você gritou e eu... eu fiquei com raiva... eu... eu matei... dois homens...

-Tenten... Você é uma kunoichi. Não pode se lamentar por ter matado pessoas, principalmente se forem ameaças. Se não fosse eles que tivessem morrido, seriam nós dois e outras pessoas inocentes.

-Mas...

-Vem cá! – Neji abraçou Tenten que logo correspondeu ao abraço. Lágrimas caíram de seu rosto.

-Muitas vezes, Hana-chan.

-E você vai ficar só nos abraços de amigos se vocês se amam tanto? – perguntou Hana de modo incentivador.

-Tem razão! – Tenten levantou-se determinada. Já ia começar a correr quando parou e olhou para Hana, curiosa. – Por que está fazendo isso? Você não gosta do Neji?

-Por isso mesmo! Eu quero vê-lo feliz e isso só vai acontecer se ele estiver com você, Tenten-chan! – Tenten abriu um grande e verdadeiro sorriso e correu em busca do Neji.

-

-

-

-NEJI!! – gritou Tenten, aproximando-se do garoto que havia parado.

-Tenten... Achei que tinha pedido pra ficar sozinho – Tenten passou a mão pelo queixo e sorriu.

-Verdade... Então depois eu falo que te amo também, ta? – Tenten virou-se e caminhou lentamente para longe de Neji, que só conseguiu processar as palavras da menina um tempo depois.

-Calma aí! – Neji puxou o braço de Tenten, a qual ainda mantinha um sorriso divertido no rosto. – Repete.

-Eu também te amo, Neji. Mas acho que você quer ficar um pouco sozinho, não é?

-Você é muito boba, Tenten – Neji puxou o braço dela e enlaçou-a pela cintura, iniciando um apaixonado beijo. Tenten passou seus braços pelo pescoço do jonin, correspondendo ao beijo da mesma maneira. – Quer namorar comigo?

-Claro, seu ciumento! – respondeu Tenten, rindo da cara que Neji fez.

-

-

-

-Bem-vindos ao meu ano novo! – disse Tenten, ao chegarem ao topo de uma colina bem alta.

-Então é aqui que você passa seu ano novo, Tenten-chan? – perguntou Naruto, deslumbrado.

-É sim, Naruto-kun. Eu tinha te convidado, lembra? – respondeu Tenten, sorrindo.

-É lindo, Tenten-chan – disse Hinata, sendo abraçada por Sasuke.

-Pode crer! – Sakura confirmou, deitando no colo de Naruto.

-O que você achou, Neji?

-Incrível! Dá pra ver a cidade toda daqui. Você é muito egoísta por passar todos os anos aqui sozinha, Tenten.

-Não sou mais, né? Ta vendo todas as luzes da cidade? Elas não são nada comparadas aos fogos de artifício!

-Faltam 10 segundos pro ano novo! – informou Sakura.

-10... 9... 8... 7... 6... 5... 4... 3... 2... 1... 0!! – contaram todos. Ao final da contagem, vários fogos de artifício começaram a iluminar o céu estrelado, marcando o início de um novo ano. Um ano que seria maravilhoso...


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