Olhos De Sangue escrita por Monique Góes


Capítulo 35
Capítulo 34 - Guerra Feroz


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal =)
Este capítulo começa a marcar o final, realmente. Mas, espero que gostem.
Uma certa impressão que vocês poderiam ter tido desde o começo começa a se confirmar a partir daqui.



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         Xinguei baixo. Maldita distração. Maldito nervosismo.

         Os Despertados estavam prestes a chegar à cidade. Não é preciso dizer que estavam todos tensos e nervosos, desde ontem, aliás. Eles haviam se agrupado à medida que avançavam, e agora realmente pareciam um exército. As dezesseis Auras estavam acompanhadas, formando dezenas, e ainda haviam mais vindo em direção à cidade, não demorariam a chegar.

         Assim como todos, eu tomara um quarto de um Transfigurador e Supressor. Mas estava tão distraído com as Auras que acabei percebendo somente depois de tomá-lo que eu tomara um Transfigurador azul. Em suma, se eu perdesse a consciência, meu cabelo se tornaria da cor que era de quando eu era humano.

         Hideo não percebera nada em minha mente, já que ele tinha de se preocupar com seu grupo. Teria de dar um jeito de avisá-lo, mas pelo jeito, eu não teria tempo agora. Esperava que ele não se assustasse muito caso algo ocorresse. Tudo bem, esqueça isso. Eu sabia que ele iria perder a cabeça caso me visse. Se ele fosse esperto, perceberia algo como meus batimentos cardíacos. Cruzei os dedos, torcendo para que ele percebesse algo assim.

         Pus o capacete, então desci as escadas, vendo o grupo. Maurice ainda colocava sua armadura, Raquel e Miranda já estavam completamente equipadas. Liloel colocava o seu capacete, e me parecia extremamente pálido. Em sua armadura ainda estava o buraco do ataque que causara o ferimento.

         - Como está seu peito? – perguntei.

         - Bem... – disse. – Ainda dói um pouco, mas nada demais, já que não está com ferimento aberto.

         - Então, todos prontos? – Alec perguntou, aproximando-se, sendo seguido por Ferser.

         - Não. – falei, abrindo a porta e a Aura de todos ali se contraiu ainda mais com o nervosismo. – Mas vamos lá.

         Aposto 30 rutskas com você que quando os Despertados chegarem, será cada um por si. – Hideo disse.

         Tudo bem, 30 rutskas.  – respondi. – Mas eu sei que eu vou perder.         

         Saí, vendo que não havia tempestade de neve alguma do lado de fora, todos os grupos saíam de seus abrigos, indo em direção à praça. Meus pés estalaram ao pisar em algo, e quando vi, era uma boneca, quebrada, caída ao chão. Eu pisara bem sobre seu peito, rompendo quase que completamente seu abdômen, seu vestido vermelho rasgado, espalhando suas tiras pela neve como sangue.

         Passei por todos, indo em direção onde somente suas silhuetas escuras eram visíveis ante a névoa formada pela neve, trazendo consigo a tempestade de neve e provavelmente sangue. Silhuetas enormes e monstruosas, maiores do que qualquer um e qualquer coisa ali. Gigantes de corpos deformados, que se arrastavam, andavam, trotavam, voavam. Seus passos recoavam diante os ouvidos de cada um ali, e quase conseguia sentir o chão tremendo sob meus pés diante as centenas de toneladas que vinham em nossa direção. Quase tive a impressão de um trovão ribombando no céu, mas era impossível se ter certeza.

         Os Despertados chegavam.

         Permanecemos parados enquanto eles se aproximavam, cada vez mais rápidos. Eles claramente aumentavam sua velocidade, prontos para despedaçarem cada um de nós. Conseguia ver tentáculos se arrastando pelo chão, espinhos brilhando de maneira ameaçadora, braços múltiplos, enormes carapaças, centenas de olhos brilhantes.

          Ninguém se movia, enquanto encurtavam a distância que os separavam de nós velozmente, o chão ribombando com seus pesos, o vento começando a assobiar, denunciando a tempestade que se aproximava. Podia escutar os corações palpitantes de cada um dos híbridos que estavam no local. Podíamos ser guerreiros, mas ainda éramos humanos. Queríamos sobreviver, mas estávamos ali, sem qualquer alternativa a não ser lutar. Hideo estava certo, eu sabia que seria cada um por si a partir daquele momento. Não queríamos morrer.

          O primeiro chegou.

          Todos se moveram.

          Fui seu primeiro alvo, então saltei. Ele tinha quatro braços que no lugar de mãos, possuía longas lâminas, em sua cabeça havia algo que parecia um polvo. Era um dos menores ali, e rapidamente cortei sua cabeça, fazendo-o cair ao chão, o corpo voltando a virar humano.

          Os sons de espadas começavam a se escutar, e não foi difícil perceber que era praticamente cada um por si, como eu imaginara, todos os grupos dispersos. Quer dizer, quase todos lutavam em duplas ou quartetos, mas não havia ordens expressas, o instinto de sobrevivência e guerreiro dominando a todos. A morte dos Despertados significava nossa sobrevivência, portanto, nenhum ousava fazer um movimento contra isso.

          Avançando pelas ruínas da casa, saltei por destroços e cortei as asas de libélula de um Despertado humanoide. Ele me atacou, abrindo a boca e deixando com que dezenas de tentáculos saíssem dela. Cortei-o de uma vez ele me atacou com suas garras, nos aproximando cada vez mais do chão. Girei, pousando de pé, e atingi sua cabeça com o punho da espada quando tentou me atingir pelas costas. Ele bambeou e caiu pesadamente no chão. Pisei em sua cabeça para mantê-lo parado e cravei minha espada em seu crânio, fazendo-o parar de se mover, logo seu corpo voltando a se tornar o corpo de uma mulher.

         Um Despertado se aproximou para atacar-me pelas costas, mas foi rapidamente incinerado com um raio, não duvido que de Nina. Disparei em direção a um Despertado que andava de quatro, apesar de suas mãos e pernas humanas de cor acinzentada, e havia um casco enorme dourado em suas costas, parecido com o de uma tartaruga. Alguns cascos se abriam e deles saíam enormes garras, sua cabeça era grudada em seu tronco, sem qualquer pescoço à mostra, as presas inferiores saindo pelos lábios, no lugar de cabelo havia uma couraça em sua cabeça parecida com uma touca.

         Quando percebeu que eu me aproximava para atacá-lo, imediatamente tentou me esmagar com sua mão. Saltei em direção à enorme cabeça de Despertado que jazia no chão, pisei nela e me empurrei em direção ao meu alvo.

         Pousei no topo de sua cabeça e ele tentou me acertar com sua enorme mão esquerda, repleta de garras, mas saltei em direção ao seu casco, deixando-o arrancar sua própria cabeça. Mas não tive tempo de ver a lamentável cena, e mais uma vez saltei, minhas pernas começando a protestar pela grande maioria de movimentos, pois estava movendo-me muito mais do que normalmente. Não havia tempo para descansar, não era matar um Despertado e acabou, eram vários. Tínhamos de eliminar o máximo que podíamos, e não eram todos ali que possuíam capacidade o suficiente para matar um Despertado cada um.

         Fui em direção ao grupo que parecia ter dificuldade em matar um enorme lagarto com quatro olhos, os de cima maiores que os inferiores, com enormes dentes, garras e chifres. Puxei uma garota que estava prestes a ser atingida pelo pescoço, ouvindo-a se engasgar, e o ser atingiu o chão. Ele levantou-se sobre suas patas traseiras, revelando ter imensas lanças pontiagudas em sua barriga, pescoço e queixo, e todas lançaram-se perigosamente para a frente.

         - Pulem! – Gritei no exato momento em que foram lançadas em todas as direções.

         Escutei diversos gritos, e para meu desespero, dois pontos brilhantes e quentes que eram as Auras de dois híbridos desapareceram. Não reprimidas com o efeito do Supressor.

         Estavam mortos.

         Rapidamente localizei os dois mortos, todos com vários espinhos cravados em seus corpos, sendo atingidos pelas costas quando tentaram fugir. Comecei a me sentir decepcionado por não conseguir salvá-los, mas não tive tempo para tal.

         Momentaneamente, toda a parte inferior do ser se tornou esburacada, e vi que aquela era a chance. Lancei-me em sua direção e sua enorme língua saiu de sua boca, totalmente rachada e encaixada. Ela desceu e seus pedaços se separaram, continuados ligados por um pequeno fio e rompeu o chão onde atingiu. Cortei-a e ele rugiu. Dois híbridos avançaram e cortaram suas patas traseiras e Larry apareceu, girando seu braço do mesmo modo que antes e despedaçou a cabeça do Despertado.

         Desviei de seu corpo e algo atingiu minha cabeça, quebrando o capacete, rachando-o como uma cabaça cortada ao meio e senti o local atingindo imediatamente começar a latejar sangrar. Fiquei tonto, mas me recuperei extremamente rápido. Saltei e desviei de um míssil oval com as pontas pontiagudas. Seus lados abriram-se em triangulações, e quando vi, dezenas de garras apareceram de lá.

         Destruí a coisa antes que ela atirasse e com a ponta dos dedos protegidos pelo metal, toquei o local que sangrava, já correndo em direção a um novo Despertado, matando-o com o Corte Imaginário. O sangue escorria, mas não era nada com o que deveria me preocupar. Trinquei os dentes ao perceber que, de uma vez, cinco híbridos tiveram suas Auras silenciadas para sempre, suas vidas abreviadas.

         Pousei ao lado de um híbrido com o pescoço atravessado por uma lança negra, cobertas de farpas. Ele ainda estava vivo e moveu debilmente a cabeça em minha direção, e vi que era Diego. Mordi o lábio inferior e disse para ele:

         - Comece a se curar imediatamente, mas aguente. Primeiro vou tirar isso daqui.

         Ele assentiu do modo que pôde, e sem me importar por estar me machucando com as farpas presentes na lança e arranquei-a de seu pescoço com um solavanco. Diego foi rápido, curando-se tão rápido que em um segundo levantou-se completamente curado.

         - Quase? – perguntei.

         - Quase. – concordou.

         Corremos em direções diferentes, e repentinamente Hideo apareceu à minha frente, pegando seu braço direito que fora arrancado do chão e o fixando rapidamente, logo voltando a lutar. Um enorme Despertado serpente passou por nós e ambos saltamos. Logo o Despertado foi sumariamente fatiado e despedaçado.

         Percebi que estava no mesmo local que Hilda, Anita, Dante e Hideo, ou seja, todos os dígitos únicos agrupados em um mesmo local. Mal conseguia ver a neve, tão vermelha pelo sangue de Despertados que estava. Senti brevemente uma Aura ser apagada, mas o efeito do Supressor logo se vez visível. Era uma Aura de limão e olhando para o lado, vi um híbrido de cabelos castanhos caído ao chão. Sua Aura apenas suprimida, ele não estava morto.

         Aquilo me deu esperanças ao ver que funcionava, mas imediatamente fiquei preocupado com o rapaz, não sabendo em que local fora atingido, e também não poderia socorrê-lo, pois denunciaria que estava vivo aos Despertados. Fechei os olhos, me obrigando a passar direto por ele e começar a despedaçar todos os Despertados que via pela frente, por vezes me machucando, mas não me importando.

         Senti o medo de Hideo, mas percebi que... Era medo de mim. Olhei em volta e vi que havia muito mais do que dez Despertados mortos à minha volta e eu estava ligeiramente isolado dos outros. Eu provocara aquela carnificina? Estava tão concentrado que sequer percebia que estava os matando de maneira assustadoramente fácil. Eu mesmo senti medo de mim.

         Saltei para trás, numa cambalhota quando um braço enorme feito somente de músculos tentou me esmagar. Rapidamente o cortei e quando a cabeça apareceu, eu somente a chutei com uma força que até mesmo eu desconhecia. Pois eu a arranquei com um chute.

         Parei brevemente, ofegante, sentindo o sangue que não era meu escorrendo por meu rosto, quente e, assustadoramente para mim, delicioso. Os instintos de Despertado estavam se demonstrando depois de tanto tempo? Esperava que não. Meus braços e pernas queimavam, minha mente parecia flutuar em qualquer lugar menos minha cabeça, meu coração pulsava disparado pela adrenalina em meu peito, minhas mãos chegavam a tremer. Como conseguia segurar a espada daquela maneira?

         Olhei para as sombras e vi que havia ainda trinta Despertados para serem assassinados, e ainda havia muito mais chegando ao longe, não parecia ter fim. Mas também que eles não me atacavam. Talvez pelo fato de eu ter matado tantos sozinho avisara a eles para não mexerem comigo, mas não me importei.

         Tome cuidado! – Hideo disse em minha mente no exato momento em que verguei meu tronco para trás no momento em que um tentáculo vinha me atacar, passando a poucos milímetros de meu nariz.

         Estava prestes a matar mais um Despertado quando... Ele sumiu.

         Exclamei, e vi que todos os Despertados repentinamente saíam da cidade, correndo na direção em que vieram, e os que ainda aproximavam-se pararam onde estavam. Ao longe, escutei-os gritando em suas vozes monstruosas:

         - Senhora Adamantia!   

         Pisquei, ofegando, e apesar de estar tendo uma tempestade de neve ali, suando. O que dera neles? E tecnicamente, eles não eram subordinados da Abissal Anastásia?

         - Será que ficaram com medo de você Yudai? – Dante gritou sarcástico de onde estava, há mais de dez metros de onde eu estava.

          - Ele tem certa razão. – Anita disse, analisando os vários Despertados mortos ao meu redor. Cocei minha nuca, sem jeito.

          Estendi minha mente, procurando os pontos quentes que seriam as Auras de híbridos. Senti a Aura de apenas 19, incluindo as três suprimidas. Trinquei os dentes. Tantas baixas... Quinze híbridos mortos naquela loucura, nunca soubera de tantos mortos em apenas uma missão, provavelmente por não haver muitas de tal porte. Fechei os olhos, tentando não fazer com a que decepção, ainda, dominasse-me e me fizesse agir de maneira impulsiva e impensada.

          Vi rapidamente vários híbridos chegando. Alguns estavam sendo carregados e apoiados pelos companheiros, outros de pé. Machucados, porém vivos.

          - Deuses... – Hilda murmurou, vendo a carnificina que estava o local, a neve completamente tingida de vermelho carmesim.

          Raquel apareceu logo atrás de Diego, apoiando Maurice nos ombros. Ele era mais baixo do que ela, e com certeza seu peso não era nada. Ele estava coberto de sangue e ferimentos, vários fios de sangue escorriam por seu rosto. Ele ofegava, dolorido.

          E por algum motivo, senti uma pontada de irritação com aquilo.

          Por quê?! Justo numa situação dessas!

          - Ei, gatinho dois! – Alma gritou, fazendo-me querer abrir um buraco na neve e me enterrar. – Esse sangue todo não é seu, é?

          -... Não. – respondi depois de um tempo e olhei minha vembrassa direita completamente quebrada, somente restando seus cacos em alguns lugares.

          - Por que foram todos embora?

          Estava prestes a responder, quando, ao longe, senti uma Aura. Uma Aura de sândalo, camuflada, porém, grande, maleável e flexível. Eu ainda era capaz de reconhecê-la...

          Lúcio!

          Estava apenas parada ao longe, não parecia estar se preparando para atacar, mas sua presença me deixou nervoso. Hideo sentiu-a por meio de minha mente e o vi ficar inquieto. Se Lúcio se envolvesse na batalha, estaríamos todos perdidos, porém, só senti uma Aura entrando na cidade, mais próxima a Dante, que estava completamente afastado. Uma Aura de Despertado, com seu cheiro amadeirado e que transpassava a sensação de selvageria.

          Olhei em sua direção e vi uma mulher adentrando a cidade. Era alta, esguia e negra, muito mais escura do que Alma ou Larry. Seus grossos cabelos negros eram presos com contas enroladas por eles de modo a parecerem dois laços caídos, ligeiramente arredondados. Usava apenas uma toga branca sem mangas, bastante curta e aberta dos lados, estando descalça. Seu andar era leve e sutil, com um leve gingado. Macio, transpassando leveza, mas a sensação era de um felino rodeando sua presa. Então, ela anunciou:

          - Meu nome é Adamantia...

          Era ela a quem os Despertados clamavam?

          Repentinamente sua Aura elevou-se, explodindo como uma bomba. Era enorme, menor do que a de um abissal, mas muito maior do que qualquer outro Despertado ali. Seu corpo cresceu, ficando com talvez dois metros e alguma coisa de altura, vários braços surgiram, uma cauda ricocheteou-se. Quase senti o desespero dos outros híbridos quando ela finalmente assumiu plenamente sua forma de Despertada.

          Era uma mistura de felino, uma pantera acinzentada com manchas arroxeadas por seu pelo, e uma humana. Ainda possuía as formas de mulher, mas o pêlo cobria cada centímetro de sua pele. Ela possuía vários braços, cerca de doze, seis de cada lado. Sua cauda ricocheteava de um lado para outro, havendo um porrete com dentes pontiagudos em sua ponta. Seu pescoço era extremamente longo, havendo diversos anéis prateados em seu lugar, e a cabeça era a cabeça de um felino, os olhos roxos brilhantes. Seus joelhos eram ligeiramente curvados, e somente as pontas de seus pés, também felinos, encostavam-se ao chão.

          -... E vocês vão morrer. – completou.

          Ela simplesmente desapareceu, tão veloz fora a velocidade que se movera. Então escutei, o som de algo se rompendo rapidamente.

          Os ombros de Dante foram separados do corpo.

          O corpo sem ombros caiu ao chão, o resto um pouco acima, e não tive tempo de me desesperar, ficar surpreso, horrorizado ou coisa parecida, quando me virei, vi Hilda sendo atingida, sendo atingida por trás. Seu sangue esguichou da cabeça aos pés, seus olhos acinzentados ainda sem entender o que a atingira. Seus cabelos tornaram-se negros, e ela caiu morta ao chão.

          - Hilda! – Miranda gritou.

          Ela moveu-se novamente, e quando vi, Alec, Nina e Larry apareceram em minha frente, mas Adamantia passou por eles antes que percebessem. Ela ergueu o braço para me atacar e preparava para me defender, mas Larry esticou seu braço e Adamantia saltou para trás para evitar o ataque.

          Nina e Alec apareceram atrás dela e ambos começaram a atacá-la ferozmente de modo que jamais pensaria em vê-los atacar algo, mas ambos valiam por uma dela, que defendia-se de seus ataques com certa facilidade. Quando comecei a me mover para ajudá-los, Adamantia fez um corte nos ombros de cada um e arremessou-os, cada um em uma direção, cravando-os nas ruínas.

          Quando percebi, Adamantia estava atrás de mim, e ergui minha espada para defender-me. Comecei a conter os golpes de todas suas mãos com o Corte Imaginário aliado a minha espada, mas ela atacava extremamente rápido, o suficiente para que me fizesse bufar. Saltei em determinado momento e suas mãos cheias de garras afiadas cravaram-se ao chão, mas logo já avançava em minha direção.

           - Yudai! – Hideo gritou, já começando a se aproximar para me ajudar.

           - Não! – gritei de volta e acabei olhando-o brevemente. – Ela está acabando com os comandantes! Os próximos são...!

           O momento em que olhei para ele foi minha distração, e foi o que bastou.

           Não pude conter o último ataque.        


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Notas finais do capítulo

Críticas? Elogios? Duvidas? Deixe tudo nos reviews!
Nee, próximo capítulo, presente! Narrado pelo Hideo =D