Broken Heart escrita por tiquebonde


Capítulo 1
Capitulo Único


Notas iniciais do capítulo

Oi gente... >.
Essa é minha primeira OS com B1A4, nunca havia escrito nada com eles, mas achei que o enredo combina com eles.
Boa leitura. =D



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Mais uma vez estamos aqui, reunidos novamente como ficamos todos os dias, principalmente no colégio. Não converso com ele por pura vergonha, mas acompanho cada movimento dele.


A cada suspiro que ouço, meu coração bate mais rápido, meus sentidos ficam aguçados e minha curiosidade se aflora.


Queria poder tê-lo para mim, mas como todos os outros, ele é impossível. Mais um desses garotos com o qual me iludo de tempos em tempos.


Não aguento mais isso, olhá-lo e não poder tê-lo ao meu lado. Minha timidez impede que converse com ele, só consigo olhá-lo às vezes, mas mal o cumprimento, sempre que estou ao seu lado, não consigo desviar meus olhares. Sempre o admiro, mas quando ele se vira para mim eu simplesmente desvio o olhar por medo de encarar aqueles olhos profundos.


Não posso mentir, reparo em seu corpo e o acho lindo. Desejo cada pedaço daquele corpo lindo e convidativo, mas no fundo sei que este nunca será meu.


Minhas amigas falam sobre ele, todas também o querem, mas não chegam até ele, pois ele é muito fechado e tem um pensamento bastante particular sobre relações.


Uma de minhas amigas, certa vez comentou que ele havia dito para ela que ele não queria ficar somente por ficar. Ele queria conhecer uma pessoa legal, que o completasse, namorar com está pessoa por um certo tempo e depois casar e ter filhos.


Isso tudo parece ser tão utópico, pois parece ser impossível de isso acontecer em pleno século 21, quando as relações amorosas estão tão controversas, mas o admiro por pensar dessa forma.


Minhas amigas acham que eu sou um simples pervertido, que nem sentimentos têm, mas sou muito mais que somente isso. Meu coração parece petrificado, mas foi assim que consegui parar de sofrer por minhas outras experiências.


No ano retrasado passei por coisas que ninguém merece, aquelas pessoas causaram tamanha dor em mim, que nunca imaginei que seria possível. Por causa daquelas pessoas, minha vida ficou um lixo e acabei repetindo o ano, pois minha mente não conseguia se concentrar com todo aquele bullying contra mim.


Não, não estou me fazendo de vitima – mas confesso que isso seria muito mais fácil.


Só uma amiga me restou daquele colégio, ela sempre fora fiel a mim, amo-a como uma irmã e sei que sempre poderei contar com ela. Ano passado, quando mudei de colégio, ela me apresentou seus amigos que estudavam aqui, me dei bem com eles, e hoje sei que sou bem quisto ali.


Todos eles são um ano mais novos que eu, mas realmente não me importo com isso. Às vezes fico me achando um pouco pedófilo por desejar aquele garoto, mas é somente um ano de diferença.


Sempre o vejo trajando a camiseta branca com o brasão do colégio e uma calça de tactel azul-marinho, que também tem o brasão de nosso colégio cravado em um dos bolsos.


Às vezes me pego olhando-o com uma expressão boba em meu rosto, gosto do formato de seu rosto, de seus cabelos loiros, que contrastam perfeitamente com sua pele branca.


Me imagino ao seu lado, somente me abraçando, me consolando por algo que nem eu sei bem o que é. Queria me sentir seguro em seus braços, mas não posso tê-lo.


Não sou desses garotos que ficam dando em cima de outros garotos que eles nem sabem se são gays ou não, sou mais reservado, não quero problemas, nem desentendimentos. Quero somente alguém para amar.


Sei que as pessoas de meu grupo de amigos percebem meus olhares – e alguns até algo mais – sobre ele, mas é algo inevitável.


Muitas vezes já acordei no meio da madrugada chorando, no fundo eu sabia o motivo, mas realmente não queria aceitar. Sinceramente, ainda não quero aceitar isso.


Amar Cha Sun Woo é meu carma, e infelizmente, será por no mínimo mais alguns meses.


– Por que você está assim, Channie? – Questionou-me, pousando suas mãos em minha bochecha esquerda. – Não gosto de te ver pra baixo assim. – Um bico se formou em seu rosto.


– Não é nada... – Não estou pronto para falar disso com alguém, mesmo que essa pessoa seja muito intima.


Estou mais uma vez perto dele, sinto seu perfume amadeirado, que toma meus sentidos de forma indescritível. Hoje ele veste uma calça jeans clara, uma camiseta verde lisa e allstars pretos.


Estamos na casa de uma de minhas amigas, marcamos de fazer lasanha. Todos os meus amigos estão aqui, inclusive minha amiga mais fiel nessa cidade, Cho Ga Eun.


Em nosso grupo existem muitos casais, o que contribui muito mais para que eu me sinta mal. Mas não porque aquelas pessoas sejam ruins ou que não gostem de mim, mas sim porque a inveja de vê-los assim me corrói.


Queria estar feliz como eles, ao lado da pessoa que amo, curtindo aquele momento de descontração com os amigos.


Mas a vida é mais torturante para mim, eu amo uma pessoa impossível. Amo uma pessoa que eu não deveria amar. Uma pessoa com quem nem ao menos consigo coversar.


–x-


Ontem enquanto assistíamos a um filme qualquer – uma comédia romântica -, nossas mãos se tocaram, mas foi tão rápido que mal senti o toque. Em outro momento do filme nossos olhares se cruzaram, mas logo nós dois desviamos o olhar, voltando-nos para o filme.


Neste momento estou jogado em cima de minha cama, pensado em levantar-me e encarar o longo dia que tenho pela frente, pois sei que quando fico mal as horas custam a passar.


Almocei, trocando algumas palavras com minha mãe, mas me preocupei mais em comer e voltar para meu quarto para fuçar na internet, procurar qualquer coisa que me distraísse.


Eu sei que esse autoexílio não me ajudará em nada, mas diminui minha dor, pois sempre que o vejo parece que uma ferida imensa em meu coração se abre e começa a sangrar.


Após algumas horas em frente ao computador tive vontade de chupar sorvete, mas sabia que se eu quisesse teria que ir buscar, pois não havia nada no congelador.


E assim fiz, segui até uma pequena sorveteria perto de minha casa, onde escolhi um sabor qualquer. Após pagar saia tranquilamente do estabelecimento, porém, esbarrei em uma pessoa. Um homem na verdade. Levantei meu olhar até conseguir encarar a pessoa com que havia trombado.


Encontrei aqueles olhos profundos sobre mim, mas pareciam menos assustadores naquele momento.


– Desculpa...


– Não foi nada.


Sai dali rapidamente, por um lado estava feliz por tê-lo visto, mas por outro a dor que parecia ter me deixado por algum tempo voltara. Dilacerando o que sobrou de mim.


Quando voltei para casa havia um bilhete em cima da mesa, era de minha mãe, avisando que havia saído com suas amigas e que voltaria tarde, por isso me deixou um pouco de dinheiro, para que eu pudesse pedir algo para comer.


Peguei o notebook de minha mãe e entrei em meu twitter, liguei a televisão em um canal qualquer, pois só queria barulho naquele momento.


Alguns minutos mais tarde, vi um tweet dele aparecer em minha timeline, e como sou um pouco mais desinibido na internet me propus a conversar com ele, mesmo sendo somente por twitter.


Ao contrario do que pensei, ele foi muito simpático comigo, mas sei que a internet deixa todos assim, então não criei grandes expectativas para o dia seguinte.


–x-


Minha manhã começara como sempre, as mesmas aulas chatas também seguiam como sempre. Confesso que dormi em duas dessas aulas.


No intervalo segui para a cantina, pois estava com muita fome. Ao voltar encontrei todos os meus amigos reunidos como cotidianamente acontecia, todos riam das palhaçadas de Lee Ji Eun, e por consequência também ri. Ela é realmente muito inocente e faz algumas coisas que ela não sabe como provoca as pessoas a sua volta – principalmente os garotos.


Gosto de sentar-me escorado na parede, acho mais confortável, mas hoje só havia um cantinho vago na parede, e ironicamente era ao lado dele. Cha Sun Woo.


Fui ignorado por alguns instantes, mas ele puxou assunto comigo, falando coisas aleatórias sem muito nexo. Ele parecia realmente empenhado em conversar comigo naquele momento, dizia qualquer coisa que lhe vinha à mente, pois assunto mesmo nós não tínhamos um com o outro.


– GongChan, você gosta de jogar videogame? – Perguntou como ultimo refugo para que o silencio não tomasse aquele momento.


– Gosto sim... – Respondi um pouco acanhado, pois ainda tinha muita vergonha de manter uma conversa com ele.


– O que você acha de ir à minha casa jogar XBOX? – Questionou um pouco mais nervoso que antes.


– P-pode ser...


– Pode ser às duas horas?


– Pode sim, mas eu não sei onde você mora...


– Nós nos encontramos nesse mercadinho aqui ao lado do colégio, pode ser? – Sorriu.


– Okay...


Ele sorriu novamente, e levantou-se, caminhando até seus amigos, brincando com os mesmos.


As outras duas aulas do dia custaram muito a passar, mas dessa vez não consegui dormir nesse período, fiquei pensando no por que dele ter feito aquele convite a mim.


Minha curiosidade quase me matava e uma pontada de esperança crescia em meu peito, me fazendo ter inúmeros devaneios durante aquelas aulas.


Exatamente às duas horas estava em frente ao mercadinho ao lado do colégio, logo o vi chegando até mim e ao seu lado estava Jung Jin Young – seu melhor amigo -, o que fez minhas esperanças morrerem no mesmo instante em que o vi.


Só uma pessoa idiota como eu poderia pensar que ele também me queria.


Não posso ser hipócrita, dizendo que aquela tarde – e um pouco da noite – fora chata, os garotos eram companhias bastante agradáveis e os jogos também eram ótimos.


Faltavam quinze minutos para a meia-noite, Jin Young havia ido embora a alguns minutos, estávamos somente eu e Cha naquela casa.


– Já está muito tarde, vou indo, Sun Woo... – Pronunciei-me um pouco constrangido, já que realmente era muito tarde e havia passado muito mais tempo do que o previsto em sua casa.


– Eu te acompanho até sua casa. – Disse prontamente, levantando-se do sofá onde estava sentado.


Caminhávamos a passos lentos a caminho de minha residência, o silencio tomara seu lugar entre nós novamente, o único som audível ali era o barulho do vendo chacoalhando as arvores da rua.


Estava um pouco frio, estremeci, sentindo a brisa gélida bater contra meu rosto. Logo senti um tecido cair sobre minhas costas, era uma de suas blusas.


– Veste, está frio.


Não rejeitei, vesti rapidamente aquela blusa quente e aconchegante, que me protegeria daquela brisa gelada.


Chegamos a minha casa, perguntei se ele não queria entrar, mas este o rejeitou. Eu iria tirar a blusa que ele havia me emprestado minutos atrás, mas ele disse para que eu devolvesse depois.


Nos despedimos com um simplório “tchau” e um aceno rápido com as mãos. Mas antes de entrar em minha casa senti uma mão me puxar e meus lábios foram tocados, e em seguida tomados por ele.


Meu coração parou durante aquele beijo, não ouvia mais nenhum som, não via mais nada, só sentia seu cheiro e seus lábios nos meus.


Nos afastamos depois do beijo, ele me encarou com uma expressão assustada antes de sair correndo em disparada, em direção a sua casa.


Sem entender muito bem o que acabara de acontecer, entrei em minha casa, indo direto para meu quarto, jogando-me em cima de minha cama, tentando assimilar aquilo.


–x-


Meus olhos se abriram, incomodados pela claridade que entrara pela janela de meu quarto. Sentei na cama, perguntando-me se aquilo havia sido um sonho, ou se ainda estava sonhando, pois até seu cheiro eu ainda sentia nitidamente. Mas logo percebi que estava vestido com a blusa dele, o que provou que aquilo não havia sido um sonho.


Tomei meu café da manhã e me arrumei rapidamente, vestindo o moletom que ele havia me emprestado na noite passada. Peguei minha mochila e desci as escadas.


Vi no chão um envelope branco, peguei-o em minhas mãos e vi que era destinado a mim. Sentei-me nas escadas, já que não estava atrasado para o colégio e abri o envelope.


“Oi GongChan...

Me desculpe por ontem, eu não pretendia te beijar, só... Aconteceu. Mas aquilo não deveria ter acontecido. Nem aquilo, nem todo o resto.

Não sei dizer se foi felizmente ou infelizmente, mas eu me apaixonei por você no ultimo ano, mas nunca soube como lidar com isso. Meus pais são conservadores e eu fui criado para me casar com uma mulher e constituir família com ela. Me apaixonar por um homem é contra tudo o que me ensinaram a vida toda, e meus pais nunca me aceitariam dessa maneira.

Por favor, não me odeie pelo que fiz. Eu te amei com todas as minhas forças durante todo esse tempo. Quero que fique com essa blusa que lhe emprestei ontem à noite, para que se lembre de mim, pois te levarei comigo para onde eu for. Me perdoe e adeus...

Ass: Cha Sun Woo”



Ao fim daquela carta meu rosto estava completamente molhado, as lágrimas escorriam sem medo por ele, essa carta é tão triste, parece uma despedida, mas nos veremos no colégio, pelo menos até o fim do ano letivo.


Guardei a carta em minha mochila, secando as lágrimas restantes em meu rosto e segui para o colégio.


Ao chegar lá reparei que meu grupo parecia triste, todos estavam cabisbaixos e alguns pareciam chorar.


– O que aconteceu? – Questionei nervoso, logo que cheguei ao local onde estavam.


– O Sun Woo... Ele... Ele se enforcou.


As lágrimas voltaram a jorrar de meus olhos e senti o impacto do chão contra meus joelhos. Chorava descontroladamente, de uma forma como nunca havia chorado, minhas amigas me abraçaram, tentando amenizar a dor em meu peito. Mas os gritos e grunhidos que eu soltava involuntariamente não mentiam.


Aquilo não parecia... Era realmente uma despedida.



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Notas finais do capítulo

O que acharam da OS? Espero, sinceramente que tenham gostado, mesmo que tenha tido um final muito triste (sou um pouco pessimista, perdão. >.<).
Bom, obrigado por lerem e até mais ver. Q
Chu~♥



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