Morning Light escrita por Dani


Capítulo 21
XIX - Love is Childlike


Notas iniciais do capítulo

Oie tributos. Apresento a vocês o maior capítulo de Morning Light e um dos últimos da Second Part. Já planejei o início da terceira e obrigada por continuarem lendo a fic. O nome do cap foi baseado em uma música da trilha sonora perfeita de THG, e eu espero que gostem. Tem o selo de aprovação da minha beta que amou o cap, brigada pela betagem e por ser uma das minhas leitoras mais fofas, Grycia *-* NOTAS FINAIS enormes&importantes.
BOA LEITURA!!!
OBS. Para ouvir a música do capítulo sem interromper a leitura da fic recomendo que clique no link com o lado direito do mouse e clique em abrir link em outra guia ou janela ;)



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Coloquei uma roupa leve e fiquei na cama encarando o nada.


– Hoje é um grande, grande dia. – Effie saiu gritando pelo trem.


Meu último dia no 4. E por mais que coisas estranhas e assustadoras tivessem acontecido desde que cheguei aqui, sei que sentirei falta.


Tentamos convencer Annie a continuar a viagem conosco, mas ela disse que não consegue por os pés na Capital outra vez. Minha mãe pediu que não insistíssemos quando ela disse isso.


Minha própria mãe disse que irá apenas aos eventos da Capital, não quer sair pelas ruas e nem ver as novas obras que há lá.


Eu quero ver tudo. Mas não quero deixar o 4.


O telefonezinho que nunca usei, fixo ao lado de minha cama, tocou.


– Não quero ir embora, Primmie. – uma voz sonolenta disse.


Deitei-me e me encolhi na cama em posição fetal.


– Também não quero. – digo a ela.


– Vamos fugir, nos esconder no jardim da Annie até que eles tenham ido embora para os outros Distritos. – dou uma risada de Annelys.


– É uma ideia brilhante. – digo. – mas não podemos.


Ela faz um som triste como se estivesse realmente decepcionada, como se realmente houvesse uma possibilidade de fazermos isso.


– Acho que Huggo está batendo na porta. – minha amiga disse com animação na voz.


– Tudo bem. – eu disse libertando-a para Huggo. Eles se conheciam há pouco tempo, Annelys me contou que eles tinham alguns amigos em comum, mas eles apenas davam certo. Eles conversavam como se fossem amigos há tempos e estavam sempre abraçados, por mais que eu ficasse contente por minha amiga, isso me fazia pensar em mim.


O que eu estava sentindo?


O que está acontecendo comigo?


Um dia eu encontrarei alguém que se encaixe em mim, que me faça rir ou que me aceite como eu sou, assim como Annelys e Huggo?


Deitei na cama afastando esses pensamentos.


– Primrose, seu pai já passou por isso, mas você não pode desistir de distinguir o real do não real. – minha mãe me disse na noite anterior quando suas lágrimas cessaram por um tempo.


– O que é isso, mãe? – perguntei a ela e ela me olhou nos olhos pela primeira vez. Pareciam tão tristes que eu mesma senti minhas próprias lágrimas.


– Seu pai foi telessequestrado, mas você... - ela pegou na minha mão, olhando para nossas mãos unidas. – Eu não sei Prim. Nós sempre cuidamos de você, sempre estivemos com você, não vejo como eles podem ter feito isso com você na frente de nossos olhos.


– Na Capital talvez eles nos expliquem. – eu disse a consolando.


Ela fez que sim com a cabeça, mas seus olhos não mentiam tão bem. Ela não acreditava que seria tão fácil.


Nem mesma eu acreditava nisto.


– Seu pai tem cortes iguais. – minha mãe observou meus braços.


– Desde que ele percebeu que temos esses mesmos machucados, ele tem me evitado. – contei a ela.


Ela me olhou com a testa franzida.


– Ele não me falou nada sobre isso. – ela me disse. – Bem, eu preciso falar com alguém, mas... - ela se levantou e me abraçou desajeitada, senti proteção em seus braços calorosos, mas quando fechei meus olhos à cena de sua flecha em minha direção inundou meus olhos. Fiquei quieta esperando que a cena se dissipasse antes que ela percebesse alguma coisa. – Eu te amo muito.


Dei um sorriso a ela.


– Também te amo, tordo. – disse a ela tentando fazê-la rir, já que todos a chamam assim e ela já me confessara que não achava que o apelido fizesse muito sentido, mas a palavra fez o inverso, ela me olhou com ainda mais dor nos olhos e me deixou ali no terraço.


Olhei pela janela do meu quarto. O sol nascia preguiçoso e iluminava todo o Distrito.


Eu realmente não queria deixá-lo, mas saí do quarto e fui para cômodo onde tomamos o café da manhã.


Quando cheguei, a primeira coisa que notei foi à ausência de muitas pessoas. Entre os ausentes estavam meus pais, Lucca, Vênus, Dean e muitos outros. Sentei-me ao lado de tio Haymitch, a minha frente estava Johanna, mas ela mal me notou porque estava rindo bastante do rapaz que estava ao lado dela.


Johanna nunca ria bastante.


Analisei os rostos dos dois e eles se olhavam com ternura, mas não com a ternura de dois irmãos ou amigos. Ou meus sentidos me enganavam ou Johanna estava paquerando o rapaz amigo de minha mãe. Gale.


Comi em silêncio. Tio Haymitch trocou poucas palavras comigo. Cumprimentou-me, comeu rápido e se despediu. Como se não quisesse falar comigo.



Fui para o quarto novamente com o humor ainda pior do que o de quando saí dele.


Senti uma mão em meu cotovelo.


– Estou cansada. – eu disse sem ao menos olhar quem era, mas logo me arrependi por parecer tão rude. Mas todos parecem estar me evitando e isso meio que me deixou com um misto de confusão e tristeza.


Talvez não queiram me olhar nos olhos sabendo o que está acontecendo comigo.


Por mais que isso seja uma grande covardia, os entendo. Não faço ideia de como agiria se algo assim ocorresse com alguém que amo. Além de meu pai, claro.


– Você se trancafia neste quarto e acha que um simples “estou cansada” vai me afastar? Sério, Primrose? Você não sabe exatamente nadinha sobre mim?


Um arrepio percorre minha pele quando reconheço a voz e odeio isso.


– Não pensei que fosse você. – digo a ele que continua com a mão em meu cotovelo, mas agora o toque é leve.


– Bom dia. – ele fala sorrindo.


– Você não está contente demais para seu último dia aqui? – pergunto a ele. – Eu não estou nem um pouco.


Ele revira os olhos.


– Ao fim da viajem eu retornarei, é o meu lar, mas o motivo pelo qual eu estou assim... – ele diz mostrando a si com as mãos, então percebo que ele veste apenas uma bermuda e anoto mentalmente que assim que houver oportunidade darei a ele uma camiseta, já que ele apenas as usa em bailes ou cerimônias. – é que você não pode deixar o Distrito 4 antes de realmente conhecê-lo.


– Do que você está falando?


– Você não conhece de verdade o Distrito até eu te mostrar o Distrito. Basicamente isso. – ele fala e eu reviro os olhos, mas isso parece melhor que passar o dia no quarto.


– Tudo bem. – acabo concordando e ele sorri triunfal.


– Primrose?


Olho por detrás de Lucca, com esforço já que ele é bem mais alto que eu.


– Dean. – digo sorrindo.


– Eu queria te mostrar aquela coisa. – ele fala mais sério do que jamais o vi. Lucca se vira para ele pela primeira vez e agora sua mão em meu cotovelo parece algo quase possessivo. Eles se encaram.


– Hoje ela tem outros planos. – Lucca fala depois do silêncio e dá de ombros.


– Mas no 3. No 3 você pode me mostrar. – digo rápido demais tentando tirar o olhar acusador que Dean me joga, ele tem falado que quer me mostrar algo faz tempo.


Dean se despede de mim e sai calado.


Sinto-me péssima, mas Lucca já está me guiando para fora do trem quando penso se deveria ter falado algo a mais para Dean.




– No três nós pulamos. – ele gritou rindo.


– Não. – eu disse de volta.


Ele me olhou com olhos pidões e no fundo eu queria, então peguei na sua mão, mesmo tremendo por dentro.


Pulamos a não sei quantos metros de altura em uma queda d’água que havia por detrás do Bosque Quattuor que Lucca disse ser Bosque do Quatro em alguma língua antiga. Latim ou grego, não me lembro agora.


Quando caímos, disparamos a rir como dois idiotas e a temperatura da água estava perfeita. Nadei de costas, como se estivesse deitada sobre a água cristalina e Lucca mergulhava por todos os lados, ás vezes ficando um tempo assustador embaixo da água.


– Por último, tem um lugar que você precisa ver. – ele disse me fazendo abrir os olhos e olhando nos seus azuis.


Apenas sorri de volta me sentindo completamente cansada após andar pelos Bosques, subir em árvores e nadar com as crianças do 4 nos pequenos e muitos lagos que haviam ali.


Todas as crianças amavam Lucca e eu me diverti com elas.


Nossa primeira parada fora em um lago pequeno. Quando me viu tirar minha blusa e ficar apenas com meu top e shorts, ele me perguntara onde estava a garota que nadara de roupa no início da viagem.


Apenas revirei os olhos para ele e entrei na água.


Todo o Distrito era repleto de lagos, quedas d’agua e praias. A temperatura da água estava sempre perfeita. Constatei depois de um tempo.


Quando saímos da queda d’agua, ele me guiou de volta à parte urbana do Distrito, andamos até sua casa e entramos novamente na floresta em que me machuquei aquela vez. Ele colocou a mão em meus ombros ao ver que me encolhi ao entrar naquele lugar outra vez.


– Você não está sozinha, certo? – ele falou me olhando.


Apenas assenti e chegamos à praia em que vi Annie pela primeira vez. Mas andamos na direção contrária ao trem, indo para a outra ponta da praia.


Ele segurou em minha mão por quase todo o caminho, eu apenas seguia seus passos. Sentindo a areia fina sobre meus pés e os ventos calmos do Distrito despenteando meu cabelo.


– Agora teremos que nadar. – ele disse quando chegamos à parte final da praia. Onde a areia acabava.


Ele pulou na água e começou, vi que não havia tempo de admirar sua habilidade, que lembrava muito Annie, já que ele nadava rápido, fui logo entrando na água e indo atrás dele.


O céu estava rosa e alaranjado, eu gostaria de gravar aquele momento na minha mente, mas continuei nadando, tentando seguir o caminho de Lucca.


Quando o avistei novamente ele estava em pé sobre um pequeno pedaço de terra bem do meio do oceano. Uma pequena Ilha.


– Caramba. – eu disse colocando meus pés na areia fofa da Ilhota. – Quando eu penso que o 4 não pode ser mais surpreendente.


Dou uma risada rouca, de tanto nadar provavelmente, olhando tudo ao meu redor.

Árvores de palmeiras altas estão por todos os lados, pássaros voam e cantam em harmonia, e a água ao redor da pequena Ilha reflete o sol que se despede do céu aos poucos.


– Sempre amei vir aqui. Desde criança. Descobri o lugar sozinho. – Lucca disse sentado na areia com as mãos sobre os joelhos.


Sento-me ao seu lado.


– Quando eu era criança eu passava as tardes na floresta perto de casa. – digo a ele e vejo que há um ar mais sério em seus olhos tão azuis quanto as águas do Distrito 4.


– Um dia quando eu era criança, voltei para casa chorando alto, com os olhos vermelhos. Uns garotos mais velhos caçoaram de mim, porque eu era o pobrezinho sem pai do Distrito. – ele balança a cabeça me contando, olhando para o nada como se pudesse rever a cena no horizonte. – Voltei para casa e gritei com minha mãe. A culpei por isso. Culpei a todos, eu não queria ouvir ninguém. Eu estava cansado de todos falarem de como meu pai era incrível sendo que nem mesmo tive a chance de conhecê-lo.


Olhei para ele, parecendo tão frágil como nunca.


– Corri até a praia e andei até o fim da areia. Então nadei, nadei para todos os rumos, sem pensar em voltar. Apenas nadei e encontrei aqui. – ele disse com um sorriso tímido brotando nos lábios. – Então recolhi alguns frutos daqui, que são os melhores que já provei. E quando estava voltando para casa, peguei algumas flores e levei para minha mãe.


Agora quem está sorrindo sou eu, ao imaginar a cena.


– Ela não poderia ser uma mãe melhor. – ele admite contente. – Ao chegar a casa me desculpei e ela me abraçou com os olhos cheios de lágrimas dizendo que a cada dia eu me parecia mais com meu pai.


– Ele deve ter sido incrível. – digo.


Ele assente com a cabeça.


– Tão quanto seus pais.


Dou de ombros.


– Ás vezes me pergunto se eles sentem que valeu a pena. A revolução, tudo. – digo a ele e ele me olha com olhos curiosos.


– Primrose, sem a revolução ainda haveriam os Jogos, a Colheita, o Massacre. Dezenas de crianças mortas todos os anos.


Fecho os olhos tentando afastar essa imagem. Uma tentativa inútil.


– Mas meu pai foi telessequestrado, minha mãe ficou psicologicamente afetada, seu pai foi morto e sua mãe...


– Se tornou a maluca de Panem...


– Não é justo. – digo colocando as mãos na cabeça.


– Eles provavelmente salvaram nossas vidas, Primrose. – ele fala tentando me consolar.


– Eu sei, mas ninguém deveria ter morrido.


Ele acaricia meu braço. Não nos falamos por um tempo. Ele me olha como se analisasse cada expressão minha.


– O sol está indo embora. – ele comenta e pega na minha mão.


Entramos na água. Nadamos devagar, ambos querendo esticar ao máximo aquele momento.


Quando estamos chegando à praia, eu o chamo.


Ele vem sorrindo em minha direção.


– Sim?


– O que você sabe sobre telessequestro? – pergunto a ele mais séria do que gostaria.


Ele fica sério e pensa por um momento como se avaliasse mentalmente o que pode me falar e o que não pode. O que ele quase sempre faz.


Sinto-me como uma menininha de cinco anos que não pode saber de coisas demais, como se não fosse capaz de absorver tudo.


– É causada pelas teleguiadas. Uma espécie criada pela Capital, mas que decidiram extinguir após o fim dos Dias Escuros. O veneno delas causava de alucinações a mortes. A primeira pessoa telessequestrada foi...


– Meu pai. – completo.


– Sim. Usaram o veneno delas em pequenas, porém muitas, doses, combinado com imagens de sua mãe que confundiam seu pai de quem ela realmente era. Eles basicamente fizeram uma lavagem cerebral em seu pai. – ele finaliza.


– Minha mãe acha que o mesmo está acontecendo comigo. – digo a ele com uma tristeza me tomando.


Ele coloca as mãos nos meus ombros e me força a olhar nos seus olhos.


– Não diga isso, Primrose. Não acredite nisso. – ele fala ainda sério. – Eles nunca colocaram um dedo em você, isso não é possível.


Nego com a cabeça, tentando impedir as lágrimas.


– Mas e meus pesadelos? Minhas dores de cabeça? Aquilo que aconteceu na floresta? – digo com a voz tão aguda que parece apenas um ruído sufocado.


– Primrose, algo está acontecendo com você. Na Capital nós vamos descobrir. Você apenas não pode se deixar levar por isso.


– Não sou assim, Lucca. Não consigo não me abalar por isso. – digo a ele olhando para baixo.


Ele levanta meu rosto com a ponta dos dedos úmidos.


– Primrose, você é uma das pessoas mais incríveis que já conheci. Não se perca. – ele fala com os olhos mais calorosos.


– Eu estou tentando, mas... - começo assustada com a fragilidade em minha voz.


– Sem mais. – ele fala e põe uma de suas mãos na lateral da minha face, tirando meu cabelo de meus olhos. Ele se aproxima e o sinto tão próximo que meu coração bate rápido e sinto que qualquer um num raio de cem metros poderia ouvir meus batimentos.


Nossos corpos estão tão próximos que sinto seu corpo relaxado e sua outra mão deslizar pelas minhas costas, me abraçando.


“Hold me down, hold me now. I'm safe, I'm sound. When you're around.

“Me abrace, me segure agora. Eu estou segura, eu estou sã e salva. Quando você está por perto”


Fecho meus olhos porque não há o que falar naquele momento. Eu quero e ele quer. Nós queremos. Não precisamos falar ou pensar sobre. Precisamos apenas sentir o que está prestes a acontecer.


Quando sinto seus lábios nos meus é como uma descarga de energia. Todo o meu corpo se sente aquecido e eu quero que seu abraço fique mais forte. Seu beijo é gentil, mas aos poucos quase perdemos a compostura. Como se quiséssemos cada vez mais daquele beijo, como se fosse espera demais.


Com um esforço de ambos aos lados, nossos lábios se separam e ele me olha nos olhos e começamos a rir como duas crianças que fizeram algo errado juntos, pela primeira vez. Talvez seja isso mesmo que tenhamos feito.


Mas algo tão bom não poderia ser errado.


Cause I'm for real, are you for real?
I can't help myself it's the way I feel
When you look me in the eyes like you did last night
I can't stand to hear you say goodbye

Why that feels so right? Cause it feels so right
Just you right here standing by my side
So don't let me go, cause you have my soul
I just wanted you to know…”


“Porque eu sou de verdade, você é real?

Eu não posso me segurar, é assim que eu me sinto
Quando você me olha nos olhos, como você fez na noite passada
Eu não suporto ouvir você dizer adeus

Por que parece tão certo? Porque isso parece tão certo
Basta você aqui ao meu lado
Portanto, não me solte, porque você tem a minha alma
Eu apenas queria que você soubesse “


Entro em meu quarto quase dançando, como uma boba.


Lembro-me do pôr do sol refletido nos olhos azuis de Lucca Odair. E começo a rir e dançar ali no meu quarto, sentindo como nunca me senti antes, me esquecendo de todos os meus malditos problemas.


Tiro minha roupa molhada após certificar-me de que a porta está trancada e tomo uma chuveirada rápida.


Sento-me na cama pensando se devo descer para o jantar, quando no fundo não sinto fome alguma. Penso em apenas ligar para Annie para me despedir e ir dormir.


Quando voltamos da praia, Lucca foi para sua casa, após me dar um beijo delicado na testa, porque queria se despedir de Annie. Mas insistiu que eu fosse para o trem porque eu estava tremendo já que o calor do sol se fora e minhas roupas estavam todas molhadas.


Pego no telefone para ligar para Annie quando solto um grito assustadoramente infantil.


– O que você está fazendo no meu quarto? – falo ainda com a voz aguda demais. – Estou nua.


– Eu percebi isso há alguns minutos. – a pessoa sentada no canto do meu quarto diz.


– Qual o problema de todos nesse trem? – pergunto finalmente, me referindo a completa falta de vergonha sobre nudez e sobre entrar no meu quarto sem me avisar, como Johanna uma vez fizera.


A pessoa dá uma risada rouca, mas ela parece esta chorando.


Visto meu robe e sento-me ao seu lado.


– Porque está chorando, Vênus? – pergunto a garota ruiva. A tonalidade de seus cabelos é impressionante. Percebo isso toda vez que ficamos num mesmo cômodo. Mesmo com o quarto escuro, o brilho dos seus cachos ruivos é invejável.


– Eu preciso falar com alguém. – ela diz e vejo que sua maquiagem escura e borrada escorre de seus belos olhos verde-escuros.



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Notas finais do capítulo

COISINHA IMPORTANTES:
---Leitores entro de férias dia 16 agora, na segunda é meu último dia de aula, então gostaria q vcs me ajudassem a escolher o segundo dia q postarei Morning Light como eu havia combinado com vcs, ou na terça ou na quarta, vcs escolhem, então DIGAM NO REVIEW, o dia que preferem. Nos mesmos horários.
---Sobre o TUMBLR decidi não fazer porque poucos leitores tem tumblr e pq isso é uma possibilidade de plágios aumentar fora na esfera do Nyah. Se me plagiassem pelo tumblr eu provavelmente nunca saberia.
---Sobre vocês: Uma leitora linda, Graziih Campos, está escrevendo uma fic baseada em ML, como se ML tivesse virado filme e tal, o que é demais, já pensaram em ML como filme? haha seria legal. Ela não está fazendo completamente igual, mas ela pediu minha permissão para escrevê-la e fiquei sem palavras por saber que há pessoas que gostam tanto de minhas fics, haha.
---Sobre vocês again: vocês gatinhos(as) que estarão de férias e que não comentam na fic tem um dever nessas férias, comentar e me deixar saber o que estão achando. Estou extremamente feliz com o número de leitores novos, desde o cap passado mais 6 pessoas começaram a ler mas nada de novos reviews, então me deixe ver o que estão pensando. Tanto elogios, como críticas e sugestões são bem vindas.
---Sobre o cap:
Isso aqui tá virando uma song-fic? Ainda não kk O problema é que autora é completamente viciada em música e queria dar um plano de fundo musical a fic. Mas nas músicas de hoje, que são duas que amo, eu recomendo que vcs deêm uma olhada na letra da segunda, é tipo uma das minhas favoritas da Avril.
-------------------------------------Então...O que acharam?
KISSES FROM DISTRICT 2 ♥