Morning Light escrita por Dani


Capítulo 20
XVIII - The sun's getting cold


Notas iniciais do capítulo

Olá tributos lindos do meu coração, eu não sei vocês, mas eu sempre, toda vez que acabo de escrever algo fico louca para postar aqui e morro de ansiedade esperando toda sexta. Daora essa vida de tributo-ficwritter. Neste capítulo euzinha criei uma música, escrevi e tudo, não ficou das melhores e gravei ela para vocês terem uma ideia de como imaginei ela. Perdoem minha voz na gravação e minha falta de talento na criação de vídeos. LINK DO VÍDEO: http://www.youtube.com/watch?v=P2xQ5wmc4ag&feature=plcp
---Amores leiam as notas finais, são muito importantes neste cap.
OBS. Para ouvir a música do capítulo sem interromper a leitura da fic recomendo que clique no link com o lado direito do mouse e clique em abrir link em outra guia ou janela.
---Boa Leitura!



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“Girl, girl of my eyes, girl of my dreams

You are the sweetest song

Smile, while the world lets you make your dance

Let's just pretend it's all alright


Girl, when we have met I thought

I knew what life truly was

But you, your smile makes me want to die

To win and to fight, to be flying by your side


Cause there's no truth in living a life without

All the things you bring to mine

Cause there such a big lie living without

All the things that your love made me find

Made me find


Oh my girl, never forget I love you how I never loved someone

And you make me believe even when they try to steal all I have

I’ll take care of you, even when the time take me away from here

I’ll take care of you, until the end of time

Cause girl, you are the sweetest lullaby”


“Garota, garota dos meus olhos, garota dos meus sonhos

Você é a canção mais doce

Sorria, enquanto o mundo a deixa dançar

Vamos fingir que está tudo bem


Garota, quando nos conhecemos eu achava

Que sabia o que a vida verdadeiramente era

Mas você... seu sorriso me faz querer morrer

Vencer e lutar, voar ao seu lado


Porque não há verdade em viver uma vida sem

Todas as coisas que você me traz

Porque é uma grande mentira viver sem

Todas as coisas que o seu amor me fez encontrar

Me fez encontrar


Oh minha garota, nunca se esqueça que eu a amo como nunca amei ninguém

E que você me faz acreditar mesmo quando eles tentam roubar tudo que eu tenho

Eu vou cuidar de você, até mesmo quando o tempo me tira daqui

Eu vou cuidar de você, até o fim dos tempos

Porque garota, você é a mais doce canção de ninar.”








- Pare de chorar. Você tem belos olhos. – fixei meus olhos em Annie pela primeira vez desde que ela começou a cuidar dos meus ferimentos nas costas e a cantar uma canção tão calma quanto sua voz.


Annie estava calma e agora começava a arrumar meu cabelo.


- Annie, não estou louca. – falei pela primeira vez desde que acordei de meu segundo desmaio em menos de uma hora, algum tempo atrás naquela floresta.


- Loucura. – ela como se pensasse na palavra. – Ás vezes quando você diz a verdade, quando diz o que pensa, ou quando não age fingindo que tudo está bem, quando nada está bem, todos te chamam de louca.


Não entendo de início então penso na história de Annie.


Lucca quando se abriu comigo, a primeira vez que tivemos uma conversa franca, ele me falou sobre sua mãe. E eu prestava atenção no que as pessoas diziam sobre ela desde então.


A vitoriosa maluca. Era como alguns a chamavam.


- Você se importa? Quando preferem te chamar de louca a acreditarem em você? – pergunto a ela.


- Eu já me importei, mas Finnick nunca. Ele nunca se importou. – ela sorri e limpa uma lágrima que descia pela minha face. – Então com o tempo parei de me importar.


- Lucca também não se importa. – digo.


Ela me dá um sorriso.


- Lucca foi o maior presente que recebi. Sem ele eu provavelmente teria desistido de tentar viver sem Finnick. – ela fala e então me leva até o espelho de seu enorme quarto.


Estou em um vestido de tecido leve, muito simples, mas que parece muito mais combinar comigo do que todos os vestidos que vestido durante a viagem. Ele é de um rosa claro e vai até meus joelhos.


- É lindo. – digo a ela.


- Pode ser seu. – ela fala colocando as mãos nos meus ombros. A vitoriosa maluca foi minha companhia nas últimas horas e se não fosse por ela, eu provavelmente estaria encolhida em posição fetal chorando até agora.


Não me lembro de nada desde que desmaiei na mata, quando Lucca me encontrou por causa de meus gritos. Ele me trouxe para sua casa e Annie cuidou de mim desde então.


Deu-me banho, limpou, tapou meus ferimentos e me fez parecer apresentável. Sinto que devo uma a ela.


- Obrigada, Annie.


- Ficou muito mais bonito em você de qualquer forma. – ela diz sorrindo e então arregalando os belos olhos azuis.


- Não apenas pelo vestido. – seguro em suas mãozinhas quentes e muito magras. – Por tudo. Por não me olhar como se eu fosse uma louca.


- Uma louca deve ser compreensível com outra. – ela diz e rimos como duas bobas sobre isso.


Annie em momento nenhum me perguntou o que realmente aconteceu. E temo ter que responder isso quando meus pais ou tio Haymitch verem que estou machucada.


Não quero ter que explicar o que não consigo.


- Eles devem estar chegando. – Annie fala me lembrando do jantar que ela disse que faria. – Vou checar se tudo está perfeito. Quero tudo perfeito.


A pequena mulher de cabelos negros sai do quarto.


- Incrível. – falo pensando em como Annie agiu comigo nestas últimas horas.


Alguém bate na porta e eu sei quem é e isso faz com que eu trema por inteiro. Mal sei o que ele está pensando de mim.


Dou o sorriso mais sem graça que tenho, mas ele está radiante e isto é inegável.

Sem nenhum dos ternos negros que ele usa nos bailes da viajem, apenas com uma camisa simples de botões. Uma calça jeans simples – como as que eu gosto de usar em casa – e descalço.


- Belo vestido. – ele comenta entrando no quarto.


- Belos sapatos. – digo comentando sua falta de sapatos.


Ele dá um sorriso com o canto da boca.


- Não conte a Effie. – ele pede e então se senta ao meu lado na cama. – Como você está?


- Melhor, acho.


Ele arruma meu cabelo colocando-o atrás da orelha.


- Fiquei preocupado.


- O que você viu? – pergunto a ele. – Quando me encontrou.


Ele olha para o nada como se avaliasse o que quer me contar e o que não quer. Odeio este lado todo racional dele por alguns segundos até que ele começa a falar.


- Ouvi seus gritos da praia. Eu estava lá com alguns amigos. Quando te encontrei você estava deitada no chão chorando. – ele fala calmo, como se não quisesse me assustar ainda mais. Como se isso fosse possível. – E sangrando.


Passo as mãos nas feridas que há em minhas costas. Sinto-as em meus dedos. Pergunto-me a profundidade delas.


- Você me abraçou chorando e desmaiou. – ele termina. – Minha mãe é ótima com machucados. Ela aprendeu muitas coisas na revolução.


Fico olhando para o nada como se estivesse distraída, mas não consigo evitar. Não consigo parar de pensar em tudo. Nas vozes que não vinham de ninguém e de todos os lugares ao mesmo tempo. Da força invisível e inexplicável que me esmagou contra o chão como um inseto. Ou minha mãe que parecia tão sedenta por sangue. Pelo meu sangue.


- Estou assustada, Lucca. Mas não estou louca. – falo a ele.


- Então continue acreditando nisto. Eu acreditarei. – ele fala sério. – Minha mãe ouviu tantas e tantas vezes que era louca que ela mesma começou a acreditar.


- E no que você acredita? – digo e ele me olha nos olhos. Finjo não me afetar por seus olhos azuis olharem nos meus a uma proximidade tão pequena.


- Acredito que ela é uma das pessoas mais incríveis do mundo. – ele fala e dá um sorriso enorme.


Deito a cabeça em seu ombro.


Queria que fosse tão fácil falar com todos assim como é fácil falar com os Odair. Mas sei que não será.


- Quando você sentir-se confortável, você pode me contar o que aconteceu. – ele disse me fazendo olhar para ele.


Olhamos-nos por um tempo em silêncio, com nossas respirações tão próximas que eu sentia algo estranho em mim. Algo que queria se aproximar ainda mais.


- Docinho, você quer me matar.


Olho para os lábios de Lucca.


Aquelas palavras não saíram de seus lábios.


Lucca vira-se rápido demais e quase caio na cama prestes a beijar o nada. Quer dizer, as almofadas floridas que ali estão.


- Haymitch. – Lucca fala alto daquele jeito que apenas caras se cumprimentam e aperta a mão de tio Haymitch. – O que está achando do meu lar? Deve estar fascinado, é compreensível.


Haymitch revira os olhos após o cumprimento e eu reviro também e logo dou um abraço nele. Que está tão perfumado que desconfio do motivo de todo aquele perfume.


- Que perfume. – falo em seu ouvido quando o abraço.


- Você acha que pode desaparecer assim do nada e vir para a casa dos Odair? – ele fala e Lucca dá um risinho, mas nos deixa a sós.


- Eu quis ver a praia, mas conheci Annie. – digo como se isso explicasse tudo.


- Annie não te trouxe até aqui, ou trouxe? – ele pergunta. – Ano passado Annie levou várias crianças que estavam na praia para cá para dar-lhes chá. Os Pacificadores acharam que ela estava seqüestrando as crianças. – Haymitch dá sua risada esquisita e alta. – Mas quando viram que era Annie apenas levaram as crianças para sua casa.


Pego em seu braço e começamos a nos aproximar da porta que leva ao corredor.


- Quando cheguei, vocês não estavam se beijando, estavam? – tio Haymitch pergunta.


- Não. – respondo como uma criança aborrecida, ele me repreende com o olhar.


- Você é só uma garotinha.


Paro no meio do corredor enquanto ele continua andando, mas vejo que ele não vai se desculpar, então desço a escada atrás dele.


- Primmie. Este Distrito é tão divertido. – Annelys grita de um dos cômodos da casa. Ela está cercada de pessoas como sempre.


Annelys conversa tanto, mas tanto, que psicólogos reclamam dela porque ela fala digamos que... Muito mesmo. Então ela está sempre rodeada de pessoas. Só que desta vez ao seu lado está o Cavaleiro Huggo. Que mesmo a distância faz uma pequena reverência quando me vê, como se eu fosse parte da realeza.


Faço uma reverência a ele de volta e ele me olha desconcertado. Annelys dá uma risada de mim e volta a contar alguma história sobre fugir de Pacificadores que faz todos do cômodo rir.


Dou um pulo em certa pessoa de cabelos loiros.


- Pai, desculpe-me por sair sem avisar. – falo durante nosso abraço.


- Lucca me avisou assim que viu que você estava aqui. – ele fala sorridente.


Annie não contou nada, penso em silêncio quando abraço meu irmãozinho, que como sempre está com Riley do lado. Dou um beijinho na garotinha e tento me preparar para o próximo comprimento.


- Mãe. – digo e aproximo-me dela, que me dá um sorriso. Diferente da visão que tive na floresta seu sorriso é sereno, calmo e doce. Sinto uma vontade estranha de apenas querer abraçá-la e chorar enquanto conto tudo que aconteceu hoje. Como se ela fosse a única que fosse compreender, mesmo sabendo que ela ficaria completamente desconcertada com isso. – Eu te amo.


Digo de súbito. Mas ela me responde sem ficar surpresa nem nada assim, ou ao menos, não o demonstra.


- Também te amo muito, Primrose. – ela diz segurando meu rosto com suas mãos, que não são de longe tão macias quanto às de Annie, já que aquelas mãos já foram à luta, já pegaram em armas e sabem várias maneiras de matar.


Por impulso, me afasto de minha mãe quando penso nisto e ela me olha com os olhos desconfiados. Dou um sorriso estranho e saio da sala.


- Lori. – digo sentando-me perto da loira exuberante que chama atenção de todos na sala.


- Eu te digo para se arrumar, então você some? – ela fala fingindo fúria. – Eu e Annelys ficamos as duas sentadas na porta de seu quarto, já que Annelys teimava que você demorava a se arrumar e que provavelmente ainda estava no quarto.


Começo a rir imaginando as duas encarando a porta do quarto vazio.


- Então Lucca procurou por você e depois o garoto das tecnologias apareceu também. – ela conta e penso como ele disse que tinha algo a me mostrar. – Então decidimos entrar no seu quarto e ele estava sozinho.


Olho assustada para ela.


- Só eu e Annelys entramos em seu quarto. – ela diz e me acalmo pensando na bagunça que aquilo estava quando saí de lá. – Lucca teria pirado naquele quarto. – ela ri. – Ele é meio obcecado por organização. – ela explica e penso em seu quarto que é a prova disso.


- Me desculpe de qualquer forma. Saí correndo do trem quando vi a praia. Eu nunca havia visto a praia. – conto a ela.


- Vejo durante as viagens apenas. No 2 são apenas montanhas, minas e montanhas. – ela fala e por um momento morro de curiosidades de conhecer o 2. Meu primeiro dia em um Distrito Carreirista e tanta coisa aconteceu, mal posso imaginar o que acontecerá no Principal Distrito Carreirista, que é como todos conhecem o 2.


Jantamos, nos deliciamos e nem sinal de Dean. Eu gostaria de falar com ele, mas não o encontro. Nem ele e nem Vênus. Mas o desaparecimento de Vênus talvez se deva ao fato de que ela e Annie não parecerem grandes amigas.


Ao fim da refeição eu conversava com um velhinho muito simpático com óculos engraçados, chamado Beetee, quando uma voz séria chamou meu nome.


Segui minha mãe escadas acima e paramos no terraço da enorme mansão. Não perguntei a minha mãe como ela sabia o caminho do terraço, já que ao caminharmos pela casa, notei o quão assustador é a semelhança entre minha casa e a casa de Lucca.


Ela sentou-se próxima a beirada do terraço. Lá assim como na frente da casa, era cheio de belas flores tropicais. Uma linda visão.


Sento próxima a ela.


- O que está acontecendo? – ela foi direta.


- Não sei. – disse a verdade, mas não foi suficiente. Ela me olhou desconfiada nos olhos.


- Não há nada que você precise esconder de mim. – ela falou segurando em minha mão.


- Mãe, você já sentiu como se não pudesse confiar nos próprios sentimentos? Pensamentos, ações? Ouvidos?


Ela me olha com os olhos fixos em mim, como se, se esforçasse para enxergar algo muito distante. Como a verdade.


- Não sei o que é real, mãe. – pego em sua mão e ela vira seu rosto. Uma lágrima desce em sua face. – Você já se sentiu assim, mãe?


Ela nega com a cabeça e a lágrima desce acompanhada de outras.


- Mas seu pai sim. – ela diz e encaro os cortes em meu braço que estão cicatrizando, pensando nos de meu pai.




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Notas finais do capítulo

Então? Espero que tenham gostado. Pelos meus cálculos, lembrando que sou péssima em matemática, já estamos na metade na segunda parte de ML e eu já escrevi o Prólogo da parte III. Isso mesmo *-* E gostaria de falar pra vocês o que pretendo fazer nas minhas férias, em relação a fic, que começam dia 16 :( Pretendo escrever bastante, e se possível já iniciar a terceira parte e se eu conseguir escrever muitos caps talvez eu poste dois por semana, porém não sei se você viajarão ou não. Então me falem se preferem que eu poste 2 por semana durante as férias ou em Agosto. E se eu tiver tempo e se vocês tiverem tumblr, pretendo fazer um tumblr pra fic, mas só se vocês, que leem a fic, tiverem tumblr. E por favor, comentem, do fundo do meu coração de Carreirista. Seus reviews são muuuuito importantes. MUITOS MELLARKISSES FROM D-2, Dani.