– PRESENTES E UMA SURPRESA?!

Rony adormeceu no sofá esperando que Gina e Draco chegassem. Por volta das três da manhã, o casal aparata rindo na sala de mãos dadas. Rony, assustado, cai do sofá e acerta um feitiço qualquer na parede. Gina ri do irmão baixinho e sobre correndo puxando Draco pela mão. Rony levanta-se irritado e pigarrea.

– Onde vocês estavam? – Pergunta sério.

– Não interessa. – Respondeu Gina do alto da escada, dando as costas para o irmão, mas Draco ficou parado encarando o amigo.

– Nós estavamos no Le Montebust Rony, jantando. – Respondeu Draco calmamente.

– Ah é? E porque voltaram tão tarde assim?

– Rony, eu já disse que não interessa! – Gina puxava Draco, irritada. – Anda, deixa esse imbecil ai.

– Esse imbecil aqui é seu irmão. E eu tenho o direito de saber onde você estava.

– Acontece Rony, que eu não sou mais criança! Posso fazer o que eu bem entender sem dar satisfações para ninguém! – Gina começara a falar alto. Antes que Rony pudesse retorquir, Draco interrompeu.

– Podem parar! É madrugada, Harry e os outros estão dormindo e é o que nós também deveríamos fazer. – Draco virou-se pra Gina e deu-lhe um beijo e sussurrou: – Boa noite pequena.

– Boa noite. – Respondeu a garota que ficou alguns segundos fitando furiosa o irmão e saiu em direção ao seu quarto.

Rony e Draco ficaram apenas se encarando por alguns minutos. Lentamente, Draco desceu os degraus da escada com os olhos fixos em Rony, ao contrário da raiva exposta no rosto do amigo que inspirava fundo, Draco tinha uma feição um tanto triste e dura. Desde que começara a namorar com Gina, ele passou a demonstrar mais seus sentimentos, colocando de lado aquela postura de arrogante e durão.

– Rony... – Ele terminou de descer as escadas e sentou-se de frente para Rony, ao lado da lareira – Porquê? Para quê tanta rejeição? Somos amigos e eu e Gina namoramos, não gosto desse clima de discussão entre você e ela. Vocês são irmãos. Gina não é mais criança, tampouco você.

– Não que eu não aceite vocês dois. Mas ela é minha irmã mais nova, e eu tô tentando protegê-la.

– Proteger? De mim? – Ofendeu-se Draco

– Desculpe, mas você não tem irmãos, não sabe como eu me sinto, imaginando quantos caras já fizeram Gina chorar. Harry já fez Gina sofrer... E foi uma barra difícil de aguentar. – Rony sentara-se abatido no sofá.

– Eu entendo que como irmão quer protegê-la... Mas por favor, não força a barra.

Rony sorriu diante do amigo. Nunca, em toda a sua vida, havia imaginado que pudesse ficar amigo de um Malfoy e quanto mais ter um como cunhado. Pegou na mão de Draco.

– Tudo bem. Agora vamos deitar, que amanhã é aniversário do Harry.

– Tem razão.

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– Bom dia aniversariante! – Sussurrou Lola no ouvido de Harry que ainda estava de olhos fechados e sorria. Assim que os abriu, havia uma bandeja de café da manhã ao lado.

– Nossa, assim nem me dá vontade de ir trabalhar. – Harry fez bico, como que implorando para não ir.

– Negativo. Pode ser aniversário até de Merlin, mas você não vai faltar, você é um auror Harry. – Falou Lola séria.

– Que má você. – Harry sentou-se e puxou a bandeja para mais perto enquanto Lola levantava-se e pegava um embrulho.

– Da Sra. Weasley, chegou alguns minutos antes de você chegar. – Lola sorriu

– Meu Deus, como eu amo essa mulher! – Exclamou Harry radiante, rasgando o embrulho e ficou encantado ao ver que era um relógio idêntico ao que ela possuía em casa, a única diferença era que haviam menos ponteiros e as pessoas eram diferentes. Somente o ponteiro de Rony estava em: "dormindo", o restante estava "café da manhã" ou "banho". – Igualzinho ao dela! Sempre quis ter um! – Exclamou Harry feliz. Pondo o relógio cuidadosamente de lado, ele apanhou o bilhete que acompanhara o embrulho e leu-o.

"Harry,

Feliz aniversário querido, fico bastante feliz pelo seu noivado com a srta. Chapman, espero ansiosamente pelo convite do casamento! Arthur ficou encantado por ela ser sua noiva, adoraria conhecê-la e eu também. E o seu trabalho no Ministério, vai bem? Rony, está comportado? Desculpe querido, ainda não estou acostumada com esse tal de telefone, prefiro manter contato por cartas, obrigada. Falei demais, sendo que era somente para lhe desejar parabéns e que eu adoraria te dar um abraço bem forte. Arthur manda um abraço.

Com carinho, Molly."

– Esta mulher me faz ficar vermelho até em uma carta. – Harry riu e comeu um pedaço de pão com geléia de abóbora e bebeu um pouco de suco de cereja. – Hmmm. Isso aqui está ótimo... Mas querida...

– São sete horas Harry, pode ir tomar seu banho e curtir seu dia de trabalho. – Lola retirou a bandeja da frente de Harry e o puxou da cama e o abraçou bem forte. – Eu amo você Harry. – Ela sussurrou e olhou em seus olhos fixamente e assim o beijou por um longe tempo, até serem interrompidos por Draco e Rony entrando feito loucos no quarto.

– HAAAAAAAAAAAAARRY! – Rony pulara em suas costas enquanto Draco dava socos em Harry com um presente.

– Ai! Podem parar! – Exclamava Harry sorrindo e sem ar, tentando se proteger dos golpes.

Lola ria enquanto Gina entrava assustada no quarto e Hermione revirava os olhos beliscando um pedaço do pão.

– Ei, dá para vocês pararem? – Implorou Harry rindo.

– Tudo bem cara, parabéns! – Rony entregou-lhe um embrulho quadrado e um tanto pesado. Rasgou um embrulho e se assustou ao ver que era um relógio caríssimo, com pulseira de couro de dragão e com detalhes da Grifinória entalhados com pequenas pedras rubis.

– Mandei fazer semana passada, um tanto caro, mas isso não importa, a intenção vale muito mais. – Rony ria de orelha a orelha.

– Cara... Obrigado. – Harry estava sem palavras, por mais que ele e Rony tivessem condições financeiras parecidas, aquele relógio deveria ter-lhe custado muito caro.

– Dá licença, é minha vez. – Draco empurrou nas mãos de Harry um embrulho, era liso e plano. Ficou curioso e rasgara o pacote. Ficou encantado ao ver que era o álbum de Quadribol de Hogwarts, com várias fotos e momentos narrados dos jogos em que Harry, Rony e Draco participaram.

– Cara, como conseguiu?

– Ah, Denis Creevey ainda existe, sabia? – Respondeu ele rindo presunçoso. Todos admiravam as fotos que haviam nele, em vários momentos.

– Ok meninos, chega da seção presentes, vão se arrumar agora, vocês tem trabalho sabia? – Falou Hermione séria, e assim cada um foi saindo do quarto, para se arrumar. Hermione saiu apressada em direção ao banheiro do seu quarto, sem querer deixou a porta aberta. Lola e Gina iam passando para poderem ir a cozinha e escutaram a garota reclamar:

– Por céus, que enjoos malditos são estes? – Então ela calou-se e puderam ouvir a garota vomitar.

Lola e Gina trocaram olhares significativos e entraram cautelosamente no quarto. Foram aproximando-se com cuidado e entraram no banheiro.

– Você está bem Mione? – Perguntou Gina agachando-se ao lado da amiga e virando-se para Lola – Ele está pálida e suando frio, o que acha que pode ser?

Lola fitava Hermione vomitar e ficara imersa em seus pensamentos.

– A quanto tempo tem tido esses enjoos? – Hermione limpava a boca e respirava segurando a mão de Gina.

– Algumas semanas.

– E sua menstruação?

– Oi? – Perguntou a garota sem entender.

– Sua menstrução. Está vindo regularmente?

– Bem, geralmente ela viria dezesseis dias atrás, mas este mês ela aind... Oh céus! – Exclamou Hermione entendendo o raciocínio de Lola. – Será? Posso mesmo estar...? – Instantaneamente ela pegou em sua barriga.

– É uma hipótese. A mais provável querida.

– Oi, dá pra me atualizar! – Pediu Gina, que não havia entendido uma palavra.

– Gina, Hermione está grávida. – Respondeu Lola sorridente.