Since The Reaping Day escrita por TootsieNoodles


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

O sobrenome da Clove é podre. Não liguem!



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Clove


O sol batia em meu rosto enquanto eu seguia para a praça principal. A praça era muito bonita, tinha uma fonte enorme em seu meio e alguns desenhos feitos com pedras em volta. Hoje, ela estaria com um enorme palco e seria motivo de tensão para todo o Distrito. Caminhei até a ponta do enorme palco e tentei sorrir. Nijah, uma mulher da Capital com cabelos verdes extravagantes – a que fazia a seleção todo o ano – caminhava lentamente pelo palco esperando a hora certa. Ao seu lado estavam alguns pacificadores e uma mulher muito bonita, loira e esguia, acho que era Lisa, uma campeã dos Jogos. Quando o relógio bateu meio dia, Nijah se encaminhou até o microfone e sorriu, seus dentes brancos e seu sorriso falso fizeram com que todo o povo que se encontrava no lugar ficasse quieto.

- Bem vindos a 74ª edição dos Jogos Vorazes! O tempo chegou e hoje escolheremos uma menina e um menino que terão a honra de representar o Distrito 2 nos Jogos! – ela continuava sorrindo e eu achava isso patético. O povo da Capital fazia parecer que os Jogos eram um evento bom e que trariam bem para todos, mas não, eles eram bem o contrário disso. Era apenas um divertimento para a Capital – Como fazemos todos os anos, damas primeiro! – ela se encaminhou até o outro lado do palco, o qual continha uma grande bola com milhares de papeizinhos. Ela começou a mexer a mão como sinal de procura e enfim pegou um, caminhou de volta até o microfone e falou com a voz alta com o sotaque da Capital para que eu pudesse vomitar meu coração para fora – Clove Macarin! Sobrenome podre, não liguem.

Meu coração gelou no momento em que Nijah disse meu nome. Mas eu tinha que parecer forte. Como eu havia dito, isso era um orgulho para minha família. Caminhei lentamente até o palco com uma expressão confiante. Nijah me segurou pelo ombro e me abraçou, seguido de Lisa. É, eu realmente não estava bem ali.

Cato


O nome da tributa feminina havia sido chamado. Clove. Já tinha a visto antes, tinha uma boa estrutura e parecia confiante. Acho que poderíamos ser bons amigos. Nijah se encaminhou até a bola do palco, esperei o momento certo para fazer o que era devido. Quando ela ia pegar o nome, levantei a mão e berrei:

- Eu me voluntario como tributo! – e sem que me chamassem subi no palca. Nijah encarou-me e então disse:

- Parece que temos alguém que quer muito honrar seu Distrito! Parabéns... – ela colocou o microfone em minha frente.

- Cato – disse enquanto ela e o resto do Distrito me aplaudiam, uns de agradecimento por seus filhos não terem sido escolhidos. Lisa me abraçou logo em seguida e elogiou meus músculos. Pisquei para ela enquanto se dirigíamos até o Edifício da Justiça ao mesmo tempo que Nijah dizia umas palavras reconfortantes antes de se retirar e seguir-nos. Entramos e logo pegamos o elevador do local, eu nunca estivera ali antes e só por pensar que esse lugar era o primeiro passo para os Jogos eu ficava animado. Lisa se virou para nós e nos encarou.

- Acho que vocês já devem ter me visto por ai, ou já devem saber sobre mim. Sou Lisa. A mentora de vocês, sem muitas explicações, meu trabalho vai ser fazer vocês sobreviverem o máximo de tempo possível naquela arena.

Isso nós mesmo temos que tentar fazer falei para mim mesmo. Ia tentar não ser grosso e parecer pacífico, mas eu queria muito estar na Arena nesse exato momento e esse papo não estava aliviando minha vontade. Seguimos Lisa e Nijah até que ficamos entre duas portas.

- Cato aqui – ela apontou para a primeira porta – Clove aqui – e então para a segunda – Vocês terão um tempo para se despedirem de seus familiares e amigos e logo então embarcaremos no trem, quanto mais cedo chegarmos na Capital, mais vantagens teremos.

Eu assenti e Clove fez o mesmo. Entramos cada um nas devidas salas e então esperei. 15 minutos depois minha mãe e meu pai – o que era uma grande surpresa – entraram na sala com um brilho nos olhos.

- Nosso filho! Que orgulho! Você fez um ótimo trabalho! – dizia minha mãe enquanto me abraçava e meu pai apenas balançava a cabeça de acordo com o que ela dizia. Homem de poucas palavras esse meu pai, quase nunca nos víamos e finalmente quando possuíamos esse momento para conversar ele apenas fica assentindo sobre o que minha mãe fala.

- Sabe que você vai ganhar né!? Lisa é uma ótima mentora e tudo dará certo, não se preocupe – minha mãe só esquecia do pequeno detalhe de que nada é tão fácil assim na Arena, principalmente a parte em que penso nas alianças que farei e como terei de quebra-las. Nesse momento pensei em Clove, na sala ao lado, falando com seus pais e se despedindo deles... talvez. Abracei minha mãe novamente antes de o pacificador entrar na sala e dizer que tínhamos acabado com o tempo. Sorri para ela e voltei a sentar no sofá. Agora sim estava começando a perceber a enrascada em que me meti.

Clove


Sentei no sofá azul da sala e respirei fundo. Arena, matar, morrer ou vencer. Era muita coisa para uma menina de 14 anos. Minha mãe entrou na sala e eu corri a abraçar. Meu pai não estava ali, o que não era nenhuma novidade. Mamãe percebeu minha cara e explicou:

- Ele estava muito ocupado, Anjinho, mas ele disse que quer que tudo de bem ocorra e que é para você não perder a fé, ok? – ela beijou o topo de minha cabeça e sorriu novamente para mim – acho que eu estava feliz demais essa manhã e não notei no que estava falando, saiba que estarei sempre torcendo por você, ok? – o pacificador bateu na porta – e antes de eu ir, um conselho: fique amiga de Cato, ele parece ser alguém muito bom para se aliar – ela me deu mais um beijo e saiu da sala. Me joguei no sofá mas antes que pudesse dar aquela bela respirada alguém entrou na sala. Cato.

- Clove... desculpe incomodar mas temos que ir encontrar Lisa, lembra? Precisamos embarcar.

- Ah, é. Obrigada, Cato – me dirigi até a porta e enquanto saia dela me esfreguei nele. Pude sentir todos aqueles músculos e minha pele se arrepiou no mesmo segundo. Senti meu rosto corar e então abaixei a cabeça. Sabia que ele ia rir se tivesse visto o quer tinha acontecido e isso era o que eu menos queria que ele fizesse. Seguimos caminho pelo corredor para encontrar Lisa. Foi então que pensei: Trem, cabine, eu, Cato e alguns intrusos. É, o negócio estava começando a ficar bom.


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Notas finais do capítulo

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