PDV Bella

Depois de ligar para várias agências de babás, e verificar dezenas de currículos, finalmente selecionei alguns para uma entrevista.

Anthony e Sophie estavam na escola, e eu me encontrava em casa, esperando que alguma delas aparecesse. Pelo que pude notar, pontualidade não era o forte de nenhuma das três babás que eu havia selecionado.

Já havia passado mais de meia hora do horário combinado quando eu ouço a campainha tocando.

-Finalmente. – Murmurei para mim mesma.

Quando abri a porta dei de cara com quem? Alice obviamente.

-Oi Alice, o que você tá fazendo aqui? – Perguntei.

-Oi Bella. Eu vim aqui só pra ver se estava tudo bem, ou se você tá precisando de alguma ajuda. – Respondeu ela com um sorriso.

-Não, tá tudo ótimo. Obrigada por se preocupar. – Respondi.

-Que nada, amigas são pra isso. – Falou ela. – Então, o que você tá fazendo em casa essa hora? Não tem trabalho ainda? – Perguntou.

-Não, eu não fui trabalhar hoje, estou aqui esperando que cheguem algumas candidatas a babás pro Tony e pra Sophie. E você? – Perguntei.

-A empresa que eu trabalho só abre às 10. – Respondeu ela animada.

Estávamos sentadas na sala conversando, e eu sequer percebi o tempo passar. Quando olhei para o relógio já eram 9h:10min.

Alice viu que eu olhava para o relógio e comentou:

-Você não estava esperando as babás?

-Estava, mas pelo visto elas não vêm. – Respondi.

-Hm... – Alice parecia pensar em algo. Mas logo em seguida mudou de expressão. – Belinha, infelizmente, tenho que ir agora. O trabalho me espera.

-Tudo bem Alice, depois a gente conversa mais. – Falei.

-Então, até mais tarde. – Disse ela e saiu.

Não conseguia acreditar que as babás não tinham vindo. Três irresponsáveis, isso sim. Não iria nem ligar para a agência reclamando, não queria ninguém irresponsável cuidando dos meus filhos.

Mas agora voltava a duvida de onde iria arrumar alguém que cuidasse deles enquanto eu estava no trabalho.

PDV Alice

É isso. Não acredito que não pensei nisso antes. Será o trabalho perfeito pro Edward. Quando Bella falou que estava esperando as tais babás nem me toquei, mas logo em seguida lembrei de que Edward precisava de um emprego. E seu jeito com crianças era inegável. Por mais chato, irritante e irresponsável que ele fosse, ele adorava crianças.

Fiquei refletindo sobre a ideia no caminho para o trabalho e a cada minuto eu tinha mais certeza de que era o trabalho certo pra ele.

Agora eu finalmente conseguiria fazer com que Edward deixasse de ser um vagabundo completo e arranjasse um emprego que prestasse.

Resolvi que falaria com Bella assim que voltasse do trabalho e comunicaria Edward logo em seguida, como vi que ele não estava nem um pouco empenhado em arrumar um trabalho eu arranjaria para ele. E o melhor é que ele aceitaria se não quisesse ir pra debaixo da ponte.

PDV Bella

Resolvi fazer compras, não tinha nada comestível no apartamento e certamente as crianças estariam com fome quando chegassem.  Peguei minha bolsa e casaco, e sai em direção ao elevador.

Esperei pacientemente que as portas abrissem. Quando o elevador finalmente chegou ao meu andar e as portas abriram, dei de cara com um homem incrível. Ele estava sozinho no elevador e por uma fração de segundos eu esqueci completamente o que precisava fazer.

-Não vai entrar? – Perguntou ele.

-Ah, claro. – Respondi envergonhada.

Gente, que homem é esse? Músculos na medida certa, cabelo arrumado de um jeito desleixado, olhos azuis profundos e penetrantes. Resumindo um cara perfeito.

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Não estava interessada em relacionamentos, acabei de sair de um que eu acreditava ser eterno, mas eu também não era cega. E mesmo porque, olhar não arrancaria pedaço. Alguns momentos depois a mesma voz me fez voltar à realidade.

-Moradora nova? –Perguntou. – Nunca vi você por aqui.

-Sou sim, acabei de me mudar. – Respondi.

-Hm... Seja bem vinda, então. – Disse ele.

-Obrigada. – Logo em seguida o elevador chegou ao térreo e nos separamos. Fui ao supermercado fazer as compras necessárias e o estranho do elevador continuou na minha cabeça.

Uma hora depois e eu já havia comprado todo o necessário. Voltei pra casa e aproveitando que ainda tinha um tempinho antes que Tony e Sophie chegassem, decidi cozinhar, algo que já não fazia há um bom tempo.

PDV Edward

Caramba véi, que mulher era aquela? Na boa, nunca tinha visto uma mulher tão gata daquele jeito.

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Tenho que começar a visitar os novos vizinhos... Será que ela é casada? Não, seria muito azar. Passei o resto do dia pensando na tal mulher do elevador. Eu, tão idiota nem sequer perguntei o nome dela. O que aconteceu comigo? Será que eu tô perdendo o jeito com mulheres?

Saí pra correr, já que eu tinha que me manter em forma e muito provavelmente Alice não me daria mais nenhum único centavo para academia. Corri nem sei quanto tempo com fones no ouvido, esqueci o mundo completamente.

Quem me dera se a vida fosse assim tão fácil, não quero nem pensar no emprego que a baixinha pretende arrumar pra mim, espero que ela demore, e muito, pra conseguir alguma coisa.

Decidi que já era hora de voltar, veria se era possível acalmar a fera dando um jeito na bagunça que estava o apartamento. Sei muito bem que quando ela quer, Alice consegue meter medo em qualquer um.

Cheguei em casa, tomei um banho e quando voltei pra sala, percebi que passaria, no mínimo, o resto do dia para arrumar aquilo. Mas seria por uma boa causa, vai ver com isso Alice perceberia o quanto eu sou um ótimo irmão, e desistiria dessa coisa de arrumar um trabalho pra mim.

(...)

Depois de horas, já estava completamente esgotado, nunca imaginei que arrumar um apartamento desse tanto trabalho. Já eram cinco da tarde, provavelmente Alice já estava a caminho.

Tomei outro banho, dessa vez eu estava realmente precisando, e ainda no banheiro escutei o barulho da porta sendo aberta.

-WOW! O que foi que aconteceu aqui? – Ouvi uma vozinha bastante conhecida perguntar.

Saí, ainda enrolado na toalha, pra ver a cara dela.

-Surpresa, eu arrumei, oras. – Respondi.

-Quem é você e o que fez com Edward Cullen? –Perguntou ela me encarando espantada.

-Será que é tão difícil assim acreditar que eu que arrumei? – Perguntei.

-Claro que é. – Respondeu ela. – Ah e, aliás, também tenho uma surpresa pra você... – Falou ela sorridente.

-O que é? – Perguntei.

-Acho que encontrei o emprego perfeito pra ti. – Falou ela dando pulinhos de alegria.