Já Não Pode Esperar escrita por Harryo Salvatore


Capítulo 6
Mudanças




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– Acho que você deveria ir lá.

–Maria, eu não vou a lugar algum. Se depender de mim que ele crie raízes lá fora.

–Ele disse que não vai sair enquanto você não for lá. Disse que vai dormir lá, se o Potte...

–NÃO! Diga esse nome perto de mim!

Me levantei do sofá e fui até a porta de entrada. Já eram mais de dez da noite. Snape que estava sentado do lado de fora levantou num pulo quando apareci.

–Você já estava deitada?-Ele olhou o robe que escodia minhas vestes.

Não dei ateção à pergunta.

"-Me desculpe.

Não era um pedido, era uma afirmação.

–Não estou interessada.- Respondi secamente.

–Me desculpe!- Ele parecia uma criança birrenta na loja de brinquedos.

–Poupe seu folêgo. Eu só saí porque Maria me disse que você estava ameaçando dormir aqui.

–Estava. Teria feito isso. Nunca quis chamar você de sangue-ruim, simplesmente me...

–Escapou?- dei um para trás e respirei fundo, pois agora quem queria lançar uma azaração nele era eu.-Tarde de mais. Há anos tento dar desculpas para o que você faz. Ninguém compreende sequer por que falo com você, e eu também! Você e seus preciosos amiguinhos Comensais da Morte: vê? Você nem nega! Nem nega que é isso que vocês pretendem ser! Mal se aguenta para poder se reunir a Você-Sabe-Quem não é?

Snape abriu a boca mas a fechou sem consegui contestar.

–Não posso mais fingir. Você escolheu seu caminho e eu o meu...

–Não... escute, eu não quis...

–... me chamar de sangue-ruim? Mas você chama todos que nasceram como eu assim Severo! Por que eu seria diferente?

Ele bateu o pé no chão e puxouos próprios cabelos e eu voltei para a Sala Comunal." partes retiras do livro RDM, adaptadas conforme necessidade.

Isolada. Eu fazia tudo sozinha agora, ia para aulas, almoçava, andava, falava, tudo sozinha.

Toda noite me aborrecia, minha cama virara cesta de cartões e cartas que Potter Pontas me mandava junto com caixas de chocolates e flores. Eu jogava tudo fora mas alguém sempre dava um jeito de mandá-las de volta.

–Sinceramente Lily, sei que o Potter não é nenhuma flor... Mas tudo isso que ele andda fazendo por você, é lindo.

–Eu não me importo.

–Ele quer sair com você! Ele já disse para a Grifinória inteira.

–E eu já disse que não me importo.

Maria e Alice liam as cartas e comiam as guloseimas por mim:

Querida Evans, é sério! Vamos sair? Já faz um ano desde que pedi pela primeira vez? Quando resolver...
Potter Pontas


–Potter Palhaço isso sim.- Desdenhei.


Lupin tinha acabado de entrar na biblioteca, ele esa=tava monitorando. Com certeza mais alto e atraente, seu rosto tinha algumas cicatrizes. Ele tinha mudado bastante.

Antes que ele saisse corri até ele.

–Hei! Remo espera...

–Lílian, algum problema?

–Não, eu quero te fazer uma pergunta...

Ele me olhou desconfiado e consentiu.

–Quer sair comigo?

Se em um momento anterior ele me olhou desconfiado e tinha consentido, agora ele prefiria nem ter falado comigo.

–Olha Lílian, se você quer fazer ciúmes no Tiago, procura outro cara porque eu sou amigo dele, ai eu não gostaria de...

–Não é para fazer ciúmes em ninguém, só como amigos. Não posso ser sua amiga também?

Estava marcado, eu iria até Hogsmead com Lupin no sábado depois da aula de aparatação.

AULAS DE APARATAÇÃO/DESAPARATAÇÃO

Eu estava muito nervosa, e para piorar minha situação o instrutor me colocara entre Potter e Snape. Cada qual me lançava olhares distintos: Potter sorria e de vez em quando piscava e Snape gostava de desdenhar minha presença, me olhando profunda e sarcarticamente.

Quando o instrutor disse que pudiamos desaparatar para o arco à nossa frente, respirei fundo e me concentrei na coisa errada: sair da sala. Fui parar na porta a centímetros de uma instrutora que parecia a Profª McGonagall.

–Tentando ir para algum lugar?

–Eer...eu queria mas, desculpa...

Eu fui voltando para o meu lugare os outros alunos cuchichavam uns com os outros:

–Alguma coisa que a Senhorita Perfeição não saiba... A Perfeitinha Evans não consegue, eu consegui.

Mantenha a calma, mantenha a calma Lily, e só se concentrar, você é boa nisso, mantenha a calma. Eu disse mentalmente para mim mesma.

–Viram só pessoal não é tão difícil! Vamos tentar novamente.

–Lily, por que você vai sair com o Aluado? Está tentando me fazer ficar com ciúmes?

E eu aparatei corretamente dentro do meu arco, porém alguém tentou entrar no mesmo arco que eu: Potter. Tive que me abraçar a ele para não cair quando o arco se quebrou. E como bons observadores os outros alunos perceberam antes de mim que eu estava pendurada no pescoço do Palhaço.

–Vai lá Potter! Nossa hein Evans!

–Acho que vocês estão aprendendo muito rápido. Por hoje é só pessoal.

Eu me ajeitei e lancei meu olhar fatal, ele ria e balançava a cabeça.

Lupin veio se aproximando e olhava de Potter a mim com dúvida.

–A gente ainda vai sair?- Ele perguntou coçando a nuca e quando assenti Snape passou me empurrando.

Potter encheu o peito de ar e ia levando a mão na varinha que estava no bolso de trás do jeans.

–Se você fizer isso não vou ter escolha Tiago...-Lupin o ameaçou e ele murchou.

Ele olhou para mim envergonhado ou assustado por eu ter visto o que ele estava prestes a fazer.

–Vamos Remo...

Remo, ao contrário do que eu pensa não era só um nerd comum, ele era um cara normal. Absurdamente normal.

–Então somos amigos né?-Ele perguntou quando sentamos no Três Vassouras.

–Com certeza. E por favor não pense que estou te usando para fazer ciúmes no seu amigo. Ele não merece tanto de mim.

–Tiago- eu revirei os olhos- mudou bastante desde o dia em que você abriu o jogo no ano passado, depois do... daquela discussão com o Sna...

–Por favor, não diga em hipótese alguma, esse nome.

–Tudo bem, mas enfim, digamos que mal reconheço o Tiago- arrepio- desde as férias de verão.

–Mas ele é uma carinha difícil... Quer dizer, do meu ponto de vista, pois minha amigas o achão um completo atirado.

Ele riu com gosto durante um tempo mas depois ele ficou pálido e começou a tremer.

–REMO? Você você está passando mal?

–Eu preciso... voltar para o castelo.

Quando levantei para ajudá-lo ele me empediu e foi cambaleante para fora, joguei duas moedas que estavam no meu bolso em cima da mesa e corri para ajudar Remo, que respirava pausadamente do lado de fora.

No meio do caminho ele desistiu de negar minha ajuda e quando ele se apoiou em mim, tive a impressão de que um balde de água quente tinha sido derrubado em mim. Ele estava fervendo de febre.

Na porta do castelo encontrei Potter e Black que o levaram para a ala hospitalar.



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