Já Não Pode Esperar escrita por Harryo Salvatore


Capítulo 5
A Realidade dos Fatos




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Bom dia Srª Prince... Eeer. Severo está?

A mãe dele não era muito mais velha que a minha, era bonita, magra, a pele de porcelana e os cabelos negros que caiam no ombros exatamente como os do filho.

-Não. Ele mandou uma carta dizendo que passaria as festas no castelo acompanhado da Senhorita Evans.- Ela me avaliou ao dizer meu nome.

-Ah! Então Boas festas Srª Prince.- Ela respondeu com um sorriso duro e bateu a porta.

Que idiota! Como assim passar as festas comigo? Se ele queria ficar em minha companhia durante as festas por que ele não tinha me dito! Estúpido.
Não dúvido de que ele levaria uma bronca da mãe, quem sabe uma surra bem merecida. Bem feito!

Sentei-me na beira do rio e fiquei assistindo ele passar. Quando voltei para casa já estava escuro e tive a impressão de que meus pais pudessem ter chamado a polícia.

Petúnia estava de castigo e minha mãe com o rosto inchado de tanto chorar, se eu já estava me achando culpada quando a vi, a aparição de meu pai no beiral da escada me fez querer desaparecer.

-Temos que conversar Lílian.- Meu pai me mostrou a poltrona da sala ao lado de minha mãe e sentei imediatamente.

-Sinceramente pai, eu tento, mas ela não se confor...

-Lílian, não dou razão a Petúnia, e nem a você.- minha mãe começou a andar impaciente pela sala e escutei Petúnia rindo escandalosamente no andar de cima- Não te coloco de castigo por que a senhora vai voltar para a escola amanhã. Mas entenda que você não pode reagir assim toda vez que alguém disser essas coisas.

-Eu sei, mas... ela é minha irmã.

-Um dia ela supera isso- Minha mãe caminhou até mim e me olhou carinhosamente- Agora suba, faça suas malas que eu já levo um sanduíche, você deve estar morrendo de fome.


Eu tinha tentado conversar com Sev... Ele me pediu desculpas mas tinha discutido com o pai.



*"-Pensei que fôssemos amigos?- ele reclamou- Grandes amigos?

-Somos, Sev, mas não gosto de um pessoal com quem você anda! Desculpe, mas detesto Avery e Mulciber! Mulciber!O que você vê nele, Sev? Me dá arrepios! Você sabe o que ele tentou fazer com a Maria Mcdonald outro dia?

Quando parei ele estava com a cabeça baixa mas senti que por trás dos cabelos ele ria, isso, realmente me deu arrepios.

-Aquilo não foi nada. Foi só uma brincadeira, só isso...

-Foi Magia das Trevas, e se você acha que isso é brincadeira...

-E aquelas coisas que Potter e os amigos dele aprontam?- ele retrucou sem pensar, mas antes de poder se arrepender seu rosto pálido corou.

-E onde é que Potter entra nisso?

-Eles saem escondidos à noite. Tem alguma coisa esquisita naquele Lupin. Aonde é que ele sempre vai?

-Ele é doente. Dizem que é doente.- Eu respondi rapidamente tentando deixar as teorias dele de fora.

-Todo mês na lua cheia?

-Conheço sua teoria- eu cuspi friamente- Afinal, por que você é tão obcecado por eles? Por que se importa com o que eles fazem à noite?

-Só estou tentando lhe mostrar que eles não são tão maravilhosos quanto todo mundo parece pensar.

O olhar dele me perfurou como se ele estivesse presente na noite do bilhete. Eu corei.

-Mas eles não usam Magia das Trevas.- tentei manter o tom suave- E você está sendo realmente ingrato ele me contou o que aconteceu outra noite no Salgueiro Lutador, você estava bisbilhotando, Tiago Potter disse que salvou você de alguma coisa muito perigosa.

-Salvou? Salvou? Você acha que ele estava bancando o herói? Ele estava salvando o próprio pescoço e o dos amigos também! Você não vai... eu não vou deixar você...

-Me deixar? Me deixar?

Dei um olhar ameaçador a ele, quem ele pensava ser me dando ordens. 

-Eu não quis dizer... só não quero ver você fazer papel de boba... ele gosta de você, Tiago Potter gosta de você!- Sev parecia sofrer ao dizer aquilo.- E ele não é... Todo mundo acha... Grande herói do quadribol.

-Eu sei que Tiago Potter é um biltre arrogante- tentei deixar isso claro a ele.- Não preciso que você me diga. Mas a idéia que Mulciber e Avery fazem seja brincadeira é simplesmente maligna. Maligna, Sev. Não entendo como você pode ser amigo deles.

Quando me afastei pude ver que Sev estava mais feliz do que de custume.


Os N.O.M.S tinham chagado e logo após a prova segui com algumas garotas para a beira do lago.

De longe pude observar Sev confirindo as respostas da prova a sombra de uma árvore. Mais adiante Os Marotos estavam reunidos, como sempre chamando mais atenção que qualquer outro grupo. Potter brincava com um pomo de ouro e seus amigos aplaudiam. Porém tudo voltou ao normal, e quando Sev começava a se levantar, Os Marotos começaram seus pequeno show. Sai em defesa de Sev, mas logo percebi que não tinha sido nem de longe uma boa ideia.

-Deixem ele em PAZ!

Sirirus e Potter se viraram.

-Tudo bem, Evans?- Potter mudara a expressão para falar comigo.

-Deixem ele em paz- eu olhei repetindo o olhar de meu pai quando briguei com Petúnia.- Que foi que ele lhe fez?

Potter veio todo exibido até mim.

-Bom, é mais pelo fato de existir, se você me entende...

Todos que assistiam ao pequeno teatro riram, e Lupin que devia estar fazendo seu trabalho de monitor lia calmamente um livro.

-Você se acha muito engraçado- eu fui fria- Mas não passa de um cafajeste, tirano e arrogante, Potter. Deixe ele em paz.

-Deixo se você sair comigo, Evans. Anda... sai comigo e eu nunca mais encostarei uma varinha no Ranhoso.

-Eu não sairia com você nem que tivesse que escolher entre você e a lula-gigante.

-Mau jeito, Pontas.

Sirius que não era nada lento percebeu que Severo estava se recuperando do feitiço, o lançou no ar.

-Ponha ele no chão!

-Perfeitamente- Mal Snape batera no chão ele já estava petrificado novamente.

-DEIXEM EM PAZ!- Puxei minha varinha e apontei para Potter que me olhou preocupado.

-Ah, Evans, não me obrigue a azara você- Potter pediu sério.

-Então desfaça o feitiço nele!- Eu começava a tremer e faíscas saiam da minha varinha.

Relutante Potter desfez o feitiço.

-Pronto, você tem sorte de que Evans esteja aqui, Ranhoso...

-Não preciso da ajuda de uma Sangue-Ruim imunda como ela!

Aquelas palavras entram como milhões de agulhas em meu corpo. Mas rapidamente eu me lembrei de todas as coisas horríveis que Sev e seus amiguinhos aprontavam, e o mais importante...lembrei da conversa que tive com meu pai.

-Ótimo- me supreendeu a minha calma.- No futuro, não me encomodarei. E eu lavaria as cuecas se fosse você, Ranhoso.

-Peça desculpas a Evans!-Potter berrou descontrolado.

-Não quero que você o obrigue a se desculpar. Você é tão ruim quanto ele.

-Quê? Eu NUNCA chamaria você de... você sabe o quê!

-Despenteando os cabelos só porque acha que é legal parecer que acabou de desmontar da vassoura, se exibindo com esse pomo idiota, andando pelos corredores e azarando qualquer um que o aborreça só porque é capaz... até surpreende que a sua vassoura consiga sair do chão com o peso dessa cabeça cheia de titica. Você me dá NÁUSEAS.

Eu me virei e fui embora, pude escutar Potter me chamar, mas eu queria sair dali."


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Notas finais do capítulo

*Partes retiradas dos livros ODF E RDM, partes auteradas conforme necessidade de adaptação.



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