One Love escrita por Samyy


Capítulo 13
Capítulo 13




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— Você tem ideia de quem poderia ser?

Ron e Hermione estava em um lugar bastante afastado. Hermione tinha contado a Ron sobre a carta, e agora estavam ali, conversando. Aquele lugar lembrava muito um bosque. Cheio de árvores, flores e a grama verde. Ouvia-se o canto dos pássaros ao longe. Era muito lindo. Os dois estavam encostados em uma das árvores, lado a lado.

— Não. - quer dizer, quem poderia ser a pessoa desalmada, sem coração que estaria ameaçando?

Não tinha inimigos, muito menos concorrentes no trabalho.

— Eu tive uma ideia. - Ron falou de repente e levantou-se.

— Qual?

Ron estendeu a mão para Hermione.

— Fuja comigo Mione. - ela ficou perplexa com o que ele disse. - Você, Rose e eu.

Estava tentada a dizer, "quando você quiser", mas algo falou mais alto dentro de si.

— Ron, eu... - levantou-se também para encará-lo. Mordeu o lábio inferior.

— Você? - ele a encorajou.

— Não podemos.

— Por que? - perguntou visivelmente decepcionado.

Hermione fechou os olhos.

— Evangeline, Ron.

Ron rolou os olhos. Aquela garota estava trazendo muito problemas, e nem ao menos saberia porque. A culpa não era dela se tinha nascido em uma má hora. Se não fosse por ela, quem sabe Hermione estaria fazendo as malas agora.

— Vou fazer uma coisa que já devia ter feito a muito tempo. - disse Ron decidido. - Mas antes nós iremos a polícia.

— Onde?

— Delegacia de polícia. - repetiu.

— Para que?

— Temos que denunciar está pessoa que está te ameaçando. - Ron falou naturalmente. Por ele Hermione sabia a resposta.

— Não, não temos. - Hermione recuou alguns passos.

— Não? - ela assentiu. - Essa pode ser a primeira de muitas, sabia? Podem fazer ameaças mais sérias.

Não tinha pensado nisso. Normalmente quem ameaça quer algo em troca, então essa pessoa provavelmente tornaria a mandar algo parecido.

— Ron, acho melhor esperarmos algum outro tipo de contato, antes de registrar ocorrência.

O ruivo pensou. Ia falar alguma coisa, mas seu telefone tocou.

— Um minutinho. - Ron afastou-se um pouco para atender.

Uns vinte minutos depois desligou o celular.

— Amanha eu vou fazer um exame de DNA. - Hermione engasgou na própria saliva ao ouvi-lo.

— Você o que? - perguntou quando desengasgou.

— Vou fazer um teste de DNA com Evangeline. - falou calmo. - Tenho que acabar com essa duvida. - suspirou.

Ron não aguentava mais Lilá. Ela era bem possessiva e ciumenta. Ok, um ciúme de vez em quando é saudável, mas o dela era irritante. Loira, "cor de rosa" e irritante atributos usados por Ron para definir sua "adorável e amável" noiva. Fora obrigado a pedi-la em casamento, pois supostamente a engravidou, mas tinha suas duvidas...

— Ron, mas existem grande possibilidades de você ser o pai daquela menina. - Hermione falou encarando o chão.

— Mas posso não ser. - levantou o rosto dela para que o encarasse.

— E se você for? - Hermione estava tentando conter o choro.

Era muito difícil saber que Ron tinha outra, outra mulher, outra filha, outra vida. Para quem não seria?

— Se eu for, terei de me casar com Lilá, certamente. - era tudo que Hermione queria que ele não dissesse. - Ou nós fugiremos, mesmo assim. - a morena riu.

— Saiba que se não fosse por Evangeline nós estariamos fugindo agora.

— Vamos esquecer isso por um tempo. - a olhou maliciosamente. - Você está sendo uma garotinha muito má. - susurrou em seu ouvido. - E só eu sei como cuidar de garotas más como você.

Ron levou Hermione até o carro onde fizeram amor, deixando os vidros do carro embaçados.

~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*

— Onde você esteve won won? - Lilá estava sentada no sofá do apartamento, lendo um livro.

Ron a lançou um olhar mortal. Poderia ter escolhido qualquer apelido, menos "won won" . Que coisa mais ridícula...

— Realmente não é da sua conta. - falou indiferente.

— Não? - o olhou por cima do livro.

— Não. - o ruivo repetiu.

— Será que tenho que lhe lembrar que estamos em um relacionamento? - Lilá deixou o livro de lado.

— Não Lilá. Você não precisa me lembrar desse sofrimento.

— Sofrimento? - falou indignada. - A culpa é minha se você abusou de mim? - a loira começou a fingir que estava chorando.

— Abusei de você uma ova! - gritou.

— Não grite comigo!

— Eu grito com quem eu quiser. - Ron entrou em seu quarto, pegou uma mala e roupas das gavetas. - E para mim já chega!

Dividiam o mesmo quarto, mas as roupas de Ron ficavam em outro. As coisas de Lilá ocupavam muito espaço.

Ron nem saberia dizer o que sentia por Lilá, se é que sentia algo. Nem amor, nem carinho, nenhum tipo de afeto. O que os unia era Evangeline, se ele fosse mesmo seu pai, Lilá apenas seria a mãe de sua filha.

— O que você está fazendo? - seguiu Ron atordoada.

— Estou fazendo minhas malas, não vê? - respondeu sem se importar com a grosseria.

— Para onde você vai? - Lilá estava ficando dessesperada de verdade.

— Para qualquer lugar longe de você! - gritou novamente.

— Ron, você não pode ir. - falou quando ele já estava alcançando a porta do quarto.

— Por que não? - Ron perguntou sem encará-la.

— Porque, eu, eu, eu estou gravida de novo.

Ron podia ser assustadoramente assustador às vezes, principalmente ao escutar o que ela falou.

— Não seja ridícula garota! Essa é a pior mentira que você já inventou.

— Não é mentira! - falou "ofendida".

— Então você anda pulando a cerca. Nós nunca fomos pra cama. - se fosse possível, Ron berrava.

— Não é? Não fiz Evangeline sozinha.

— E nem comigo. Aquela garota não é minha filha!

— Ronald, não renegue sua filha. - Lilá falou ameaçadoramente.

— Ela não é minha. Que coisa Lavender. - Ron já estava perdendo a cabeça.

— Então é de quem?

— Eu vou saber? Deve ser de algum pobre coitado que você catou na rua por ai. - falou sem pensar.

Estava tão irritado. Não aguentava mais essa vida. Não aguentava mais acordar, olhar pro lado e ver que tudo era real, que acordaria com Lilá ao seu lado. Como desejava acordar com Hermione dormindo ao seu lado, em sono pesado depois de uma longa e cansativa noite (se é que vocês me entendem kkkk). Não esse jaburu loiro que lhe atormenta até em sonhos.

— Escuta - Ron fechou os olhos na tentativa de encontrar as palavras certas. - será melhor se eu ficar fora por um tempo. Ou pelo menos até que o resultado dos exames saiam.

— Ron... - Lilá suplicou.

— Lilá, isso não é certo.

— Por que não? Temos uma filha, vamos nos casar... - falou a loira "emocionada".

— Lilá, não te amo.

— Mas eu sim, e não me importo.

— Não, é?

— Não!

— Não se importa de casar-se com alguém que não sente nada por você?

— Não. - Lilá repetiu.

— Tem certeza? Toda mulher gosta de ser amada. - Ron estava começando a jogar sujo. - De receber carinho. Que demonstrem carinho por ela. Tem certeza que não se importa de eu não te amar?

Lilá abriu a boca duas vezes para responder, mas as palavras certas não vieram. Não tinha o que dizer...

— Por que você não me ama Ron? - Lilá socou cada canto do corpo do ruivo que alcançou. - O que eu te fiz? Sempre te dei todo meu carinho e é assim que você retribui? O que eu tenho que fazer pra você me amar?

Ron ficou tentado a dizer: "Nasça de novo" ou "Seja Hermione" ou outras coisas parecidas, mas isso o complicaria. O mais aconselhavel a fazer era segurar as mãos da loira, ou ficaria cheio de hematomas pelo corpo.

— Da para você parar?

— Só se você me dizer o que tenho que fazer. - Lilá estava até chorando novamente.

— Coloca uma coisa na sua cabeça - Ron começou. - nada, nada que você faça pode mudar o que não sinto por você. - o ruivo soltou as mãos dela de uma maneira que poderia machucar, mas ele não estava se importando com isso. - Nos vemos depois. - E saiu do apartamento, deixando uma Lilá com raiva para trás.

Agora a pergunta era, para onde ele iria? Não tinha ideia...

~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*

— Manhê? - Rose (coisa fofa) chamou a mãe.

Estava brincando na sala em frente à televisão sentada no tapete. Córmaco estava no sofá, dormindo de cansaso, para variar. Quase todos os dias, ou pelo menos nos dias em que não estava viajando, dormia no sofá depois do trabalho. Detalhe, ele trabalha até aos finais de semana.

— Diga meu amor. - Hermione estava na cozinha, mas mudou de cômodo quando a filha chamou.

"Cano" "te"eu "vô" "vê" meu papai "di" "novu"?

 

— Não sei coisa fofa da mamãe. - Hermione sentou-se no tapete ao lado da filha. - Mas promete uma coisa pra mim. - Rose assentiu. - Córmaco não pode saber quem é seu pai.

— "Pelque"?

— Porque não. Então, se por acaso, não sei, se por acaso seu pai aparecer por aqui - Hermione falou sem pensar. - não o chame de pai.

— E "comu" "te" eu "chamu" "eie"?

 

— De Ron, tá bom?

— Tá! - disse Rose entusiasmada.

— Quer comer bolo? - a pequena assentiu. - Então, vamos lá. - Hermione a pegou no colo e foram até a cozinha.

Um bolo com cobertura de chocolate as esperava em cima da mesa.

"Te" "diliça"! - Rose exclamou.

Hermione estava prestes a cortar o bolo, mas a campainha tocou.

— Que será? - perguntou checando o relógio que indicava 19:48 da noite.

Com Rose "agarrada" ao seu pescoço foi atender a porta. Levou um baita de um susto.

— Papai! - Rose abriu um largo sorriso.

— Princesa. - Ron retribuiu o sorriso e tirou a dos braços da mãe.

Hermione olhou de relance para dentro da casa. Córmaco ainda dormia.

— O que você está fazendo aqui? - perguntou ainda assustada.

— Assim que você me trata? - fingiu indignamento.

A morena olhou o ruivo de cima a baixo... Ele trazia uma mala.

— Que mala é essa?

— Ah, bom, eu... - não pode completar a fala.

— Hermione, o que você está fazendo ai fora? - Córmaco tinha despertado. - Ah, desculpe, boa noite. Você é?

— Ron, sou da empresa Weasley, e primo de Hermione. - o ruivo falou se espantando com a facilidade de ter inventado uma mentira.

— Prazer, sou Córmaco. - lhe estendeu a mão. - Marido de sua prima.

— Claro, Mione me falou muito de você. - respondeu apertando a mão do moreno.

— Você nunca me falou que tinha primos, amor.

O sangue de Ron fervel ao escutar Córmaco chamando sua mulher, sua garota, sua Hermione, de amor. Queria desfigurar o rosto de McLaggen, mas deveria comportar-se.

— É que... - Hermione não tinha pensado em algo, Ron percebeu isso e completou.

— É que não somos primos de verdade. Somos de consideração. - estava se saindo um bom mentiroso. - Não nos víamos a anos. Né priminha? - Ron passou um dos braços pelos ombros da moça, como se dissesse, "ela é minha propriedade."

— Sei - disse seco. - podemos ajudar com alguma coisa?

— Desculpem vir assim, sem avisar e de noite, mas é que preciso de um lugar para ficar.

— Nós temos um quarto de hóspedes, sabe. Se quiser, pode ficar lá.

— Para mim até o sofá é maravilhoso. - falou brincando.

— Entre. - Córmaco convidou.

— Muito obrigado. Estão salvando a minha vida. - devolveu Rose para a mãe, e pegou sua mala entrando na casa.

— Ah, que isso. Parente de Hermione é meu parente. - Córmaco tentou parecer amigável. - Eu mostro onde fica o quarto.

Mal sabia ele que estava facilitando várias coisas para acabar com seu casamento...


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Notas finais do capítulo

Então, tipo, um dia desses, quinta-feira, eu estava em casa com dor de garganta assistindo Maria do Bairro, e escrevi uma fanfic nova... envolve o mundo de Harry Potter, é tecnicamente Romione, porque fala sobre eles, se alguém quiser esse é o link: https://fanfiction.com.br/historia/224772/Por_Uma_Boa_Causa/ Se alguém ler, faça o favor de deixar review! Só tem um capítulo, ainda...
Não esqueçam-se de deixar review nesse capítulo de hoje!
Beijos, até o próximo...