Pokémon Fantasy escrita por Lawliette


Capítulo 11
Capítulo 10: Feliz em me ver?


Notas iniciais do capítulo

Waah! Eu estou tão feliz e tão orgulhosa de mim mesma! É a primeira vez que eu chego tão longe com uma fanfic! 10 Capítulos! Eu não achei que eu fosse capaz de escrever tanto assim, e principalmente, não achei que eu fosse ter mais 300 visualições na fic! E de acordo com o contador de acessos do Nyah, eu tenho uns 12 leitores. E teve gente que até mesmo favoritou. Eu realmente não achei que fosse ter mais de um leitor, e duvidava que tivesse ao menos um. Sério mesmo, obrigada a todos vocês leitores fantasmas que conseguiram ler até aqui e estão vendo isso aqui. Isso me deixa muito feliz e motivada a continuar a história. Mas, mais uma vez, memso que vocês não estivessem aqui, eu iria continuar a escrever do mesmo jeito, hoho. Mas eu gosto disso, é gratificante ter seu trabalho lido, e ainda mais sabendo que há pessoas que continuaram a ler.
Agora eu quero dar um pequeno aviso a vocês: Acho que esse capítulo não terá algumas partes agradáveis a vocês, mas eu tentei não dar muitos detalhes para que eu não traumatizasse vocês... Ou a mim mesma. Mas eu gostei de escrevê-lo, e ainda estou transbordando de orgulho por ter conseguido escrever algo assim. sei lá, eu amanheci inspirada, e escrevi o capítulo inteiro desde que acordei.
Ah, enfim, descubram por si mesmos, fantasmas. Espero que gostem tanto quanto eu gostei. Boa leitura ~



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O céu estava nublado, e rapidamente outras nuvens pesadas de chuva cobriam o céu, mas isso não impedia as mechas do cabelo branco do Cavaleiro do Manto Negro brilharem. E no momento, nem Satoru nem o Cavaleiro estavam prestando atenção no céu. Apenas olhavam um para o outro, o homem de cabelos brancos com um sorriso cruel em seus lábios, e Satoru com uma expressão de terror. Como que para provocar, o homem levantou os dedos cobertos por uma luva negra e fez um pequeno aceno na direção do menino, o sorriso diabólico apenas crescendo ainda mais.

Sim, mesmo depois de anos sem vê-lo, Satoru pode reconhecer a bela face do homem a sua frente. E sabia que o homem podia reconhecê-lo também, ou não estaria ali, mostrando seu rosto pálido e acenando para ele.

Engoliu em seco, com o medo crescendo ainda mais dentro de si do que antes. Como aquele homem podia estar ali? Por que ele estava ali? Já não havia brincado suficiente com o menino? Assim que pensou naquilo, engoliu em seco, e mais uma vez, lutou para não gritar. Certamente não iria querer que Larysse ou Clair ouvissem, pois ele teria que se explicar porque estava gritando descontroladamente, e se explicar significava reviver tudo àquilo de novo. E Satoru não queria contar isso tão cedo assim. Talvez não fosse querer nunca.

Ainda assim, não conseguiu controlar as emoções que se seguiram quando viu o rosto do Cavaleiro do Manto negro ali, que todas, exatamente todas as noites lhe visitava em seu sono, fazendo com que ele revivesse o terror novamente, mesmo que não pudesse se lembrar do que acontecera no sonho.

Satoru nunca poderia esquecer aquele dia. Nem do rosto do Cavaleiro.

– Ei, Satoru! – Chamou o homem, sem se importar com as pessoas que lançaram olhares irritados ou confusos para ele.

Só o som de sua voz fazia um arrepio de medo correr por seu corpo. Não esperava ouvir aquela voz novamente, não com tanta clareza. E se ouvisse, esperava que fosse em sua mente.

Lágrimas escorreram pelas suas bochechas, e ele apenas conseguiu emitir murmúrios estrangulados. Queria correr. Queria sair dali e implorar por sua vida, fugir daquele homem, mas não conseguiu. Estava paralisado no lugar, sem poder se mexer. Suas pernas tremiam.

Aquilo não era verdade. Era só mais um pesadelo, sim, era isso. Tinha que ser. Como o Cavaleiro do Manto Negro podia estar ali? E por que estaria, depois de tanto tempo? Satoru engoliu em seco, e tentou gritar, mas sua voz havia sumido. Sua boca apenas se abriu, num grito silencioso.

De repente, como se um interruptor fosse ligado, todas as proteções que Satoru erguera em volta de sua mente simplesmente... Sumiram. Como se nunca estivessem lá. Imediatamente, lembranças transbordaram sua mente, sobrecarregando-o. E então, Satoru não estava mais ali.

Era a sua casa a cozinha, mais precisamente. Ele se lembrava perfeitamente daquele dia, principalmente da sua mãe com aquilo na mão. Estava acostumado a ver, mas porque Anne tinha um revolver? Lembrou-se de que uma vez, ouvira Thomas falando com Anne, dizendo que ela tinha que se proteger, mas não precisava andar com aquilo pela casa toda e fingir atirar em se próprio marido e em seu filho. Anne ignorara sua reclamação, e continuou brincando com seu revolver e apontando para todos, como sempre fazia.

Flashes passaram, confundindo sua mente ainda mais. Ora ele via o rosto do homem lá embaixo, ora ele via sua mãe, e de repente, em sua memória, Satoru estava no chão.

Estava tão frio...

A voz penetrante do Cavaleiro parecia ecoar em seus ouvidos. Falava tão calmamente com ele, mas sabia que havia um terrível perigo para ele. E sua mãe... Podia ouvir os gritos desesperados dela, quando o Cavaleiro passou a faca por sua garganta e a largou no chão, junto com os outros corpos que Anne havia matado, atirando com o revolver. Era uma cena horrível.

O menino ficou observando aquilo, tanto quanto em sua mente e em sua realidade, como se a cena estivesse ali novamente. Sua mãe, atirando nos homens com o revolver, e os corpos caindo no chão com um baque surdo, logo depois de se ouvir um grito estrangulado, e então caiam no chão, formando uma poça de sangue. Vários foram abatidos dessa forma, enquanto os outros caiam pelos ataques furiosos de Persi, a fim de proteger o menino. O cavaleiro de manto Negro liberou um Houndour para distrair o Persian, e dessa forma, conseguiu chegar até Anne, enquanto outros homens eram sacrificados para que ele pudesse alcançar seu objetivo.

Gritara com ela, e Anne o xingara de diversos palavrões terríveis. O homem ameaçou matar sua família se ela não ficasse calada e ouvisse o que ele tinha a dizer. Anne ignorou e, de alguma forma, enquanto se debatia e gritava com o homem, conseguiu arrancar sua máscara, que caíra no chão com um som estranho. O rosto dele, como Satoru pensara, não era feio, deformado, ou algo assim. Era perfeito, sem nenhuma mancha ou irregularidade, apenas uma palidez anormal, como se não fosse nenhum fã de sair no sol e nem de permanecer na claridade fornecida por ele. Os olhos eram grandes, assim como seus cílios. A cor vermelho vivo dos olhos lhe dava um aspecto assustador, como se houvesse um par de chamas ali. Ou talvez fosse só loucura ou só raiva de sua mãe. Os cabelos dele eram brancos, um branco puro e brilhante, na altura dos ombros, e tinha uma franja em sua testa, um pouco grande, mas não o bastante para cobrir seus olhos.

– Então você vai morrer sem saber por que! – Gritou o Cavaleiro, e num movimento rápido e violento, pegou uma faca de seu cinto e passou pelo pescoço de Anne, fazendo sangue jorrar e manchar tudo ao redor, principalmente o rosto do menino, que estava ali por perto, sem conseguir se mexer.

Ouviu seu pai gritar. O corpo caiu aos pés de Satoru, com a boca aberta e olhos arregalados fitando o menino, como se não acreditasse que aquilo estava acontecendo com ela, ou que seu filho tivesse visto. Satoru não emitiu nenhum som, nem ao menos deixou mais lágrimas caírem novamente. Fitou sua mãe caída como uma frieza de uma estatua, mas por dentro, sentiu seu coração ser esmagado, destroçado, feito em pedaços, e nada poderia juntá-lo novamente. Não havia nada que pudesse se comparar a sua dor.

Sua mãe estava morta. A mulher que cuidou dele, de toda a vida de Satoru, que o mimava, que sabia exatamente quando ele estava triste, e sabia como ajudá-lo A mulher que não se importava em ouvi-lo falando repetidamente sobre Pokémon, a mulher que o deixava brincar com seus Pokémons, mesmo que fossem grandes, evoluídos e perigosos, mas gentis com o menino. Que era assustadora em alguns aspectos, mas sempre estivera lá para seu filho. A mulher que mais amara até agora.

Estava morta. E nunca mais iria voltar.

Satoru não entendeu porque aquilo tinha que acontecer. Havia algum Deus que o odiava? Ele não fora um bom menino? Olhou para o Cavaleiro do Manto Negro, que também estava encarando Anne. Satoru abraçou a si mesmo, preocupado apenas com sua mãe. Aquilo não podia ser verdade.

Finalmente, os sentimentos transbordaram, e se deixou cair de joelhos no chão. Segurou os ombros de Anne, e a chacoalhou, gritando para que ela acordasse. Aquilo não podia se verdade. Sua mãe não podia estar morta. Simplesmente não podia.

Não se importou com o sangue manchando sua roupa, suas mãos e suas pernas. Logo estava tão vermelho como se tivesse sido ele a receber o golpe na garganta, e não Anne. Lágrimas caíram de seu rosto, e cada vez mais que chacoalhava sua mãe e ela não tinha reação alguma, mais o coração de Satoru doía. Aquilo não devia estar acontecendo. Ela não podia estar morta.

Ao seu redor, podia ouvir Persi gritando de dor, e o Houndour do Cavaleiro de Manto Negro latindo logo depois, e ser lançado para trás com violência. Seu pai estava gritando descontroladamente, chamando por Anne e xingando seu assassino.

De repente, o menino sentiu um formigamento terrível na nuca, e quando se virou para olhar, se deparou com o Cavaleiro do Manto Negro lhe encarando, com um sorriso cruel tomando seu rosto, deixando-o mais assustador do que parecia, embora não houvesse muitos aspectos que o tornavam assustador. A partir daí, sua memória estava muito clara. Se lembrava com perfeição das palavras do assassino:

– Então temos aqui o garotinho de Anne. O menino que Thomas ofereceu para substituir o último, não é? – Satoru arregalou os olhos, na realidade e nas lembranças. Um flash de luz, e viu o Cavaleiro lá embaixo, na rua, sorrindo para ele docemente, outro flash, e estava de volta a lembrança. De que último ele estivera falando? – Você se lembra de mim, Satoru?

– Quem... – Murmurou ele, a voz baixa e rouca, sendo interrompida por soluços constantes. – Quem é você?

– Pode me chamar de Cavaleiro do Manto Negro. – Sorriu ele de uma forma doce, como se não tivesse acabado de matar uma pessoa. - Não se lembra de mim? Não se lembra de quando seu pai te levou para o médico, um médico muito malvado? Eu cuidei para que ele não te machucasse.

Satoru fez que não com a cabeça, assustado. É claro que se lembrava daquele dia. Fora outro dia ruim para ele, quando Thomas o levara para o médico, e este lhe diagnosticara uma doença no menino ou algo assim, e ele tivera que ficar internado em observação, recebendo injeções em todos os lugares e tendo que tomar remédios. Mas Satoru tinha certeza de que não estava doente, muito menos se sentindo mal, mas por mais que dissesse aquilo às enfermeiras ou ao médico ou ao seu pai, eles ignoravam e continuavam dizendo que ele estava louco e precisava de cuidados. Satoru não era louco.

Mas nenhuma daquelas pessoas era aquele homem de cabelos brancos que estava a sua frente.

Queria levantar, e correr, mesmo que a casa estivesse cheia de outros homens que poderiam pegá-lo em poucos segundos, antes mesmo que ele pudesse chegar a porta, mas não conseguiu. Estava paralisado no lugar.

O Cavaleiro franziu o cenho.

– Você não tem uma memória muita boa mesmo. – Ele deu de ombros, e guardou a faca em seu cinto, ainda pingando sangue. Ao lado, havia várias Pokeballs, cada uma com um Seal diferente. Satoru tinha certeza de que um treinador só era permitido carregar consigo seis Pokémons, mas parecia que o cinto do Cavaleiro estava cheio de Pokeballs, muito mais do que apenas seis.

O homem deu um sorrisinho, e se aproximou de Satoru calmamente, e o menino gritou, assustado. Os olhos do assassino tinham um brilho novo, como se ponderassem a ideia do garoto ser sua própria vitima. E Satoru não queria morrer.

– Fique longe dele, seu desgraçado! - Gritou Thomas, do outro lado da sala. Dois homens de manto vermelho o seguravam, impedindo-o de sair do lugar e interferir. Aquela fora a única vez que vira seu pai ficar tão furioso e gritar tanto. – Fique longe do meu filho!

O Cavaleiro ignorou, e se aproximou de Satoru ainda mais, com passos lentos. O menino começou a correr, mas num movimento rápido, o Cavaleiro pegou seu braço e o puxou com violência para junto dele. Depois, o levantou no ar, e praticamente jogou o garoto em seu ombro. Satoru gritou mais ainda, tentando desesperadamente se soltar, mesmo que resultasse cair no chão. Assoviando, o Cavaleiro subiu as escadas e entrou no primeiro quarto que viu, que pertencia a Satoru, trancando a porta atrás de si.

Jogou o garoto na cama, e a partir daí, Satoru não queria mais continuar a lembrança. Tentou desesperadamente se focar na realidade, mas aquilo tomava os seus olhos. Se viu tentando fugir enquanto o Cavaleiro tirava suas roupas. Na tentativa, ele caiu da cama, indo direto para o chão, gemendo de dor e de frio. Estranhamente, o piso estava tão gelado que parecia arder em seu corpo quente. O gelo cobriu seu corpo, seus ossos... O corpo do Cavaleiro do Manto Negro também era frio, tão frio...

Satoru não parou de gritar em nenhum momento. Gritou tanto que ficou rouco, e ainda tentou gritar quando não tinha mais voz. Não parou de tentar fugir das mãos frias do assassino de sua mãe, e quando achou que não havia mais nada que pudesse fazer, simplesmente deixou as lágrimas que julgava já não ter cair e molhar seu rosto mais uma vez, se misturando com o sangue de sua mãe e o seu próprio.

A crueldade do homem não havia parado por ali, pois já não era mais apenas o sangue de sua mãe que manchava seu rosto, suas roupas e a maior parte de seu corpo. Sim, enquanto lembrava tudo aquilo mais uma vez, pode sentir as milhares de feridas em suas costas, pescoço e pernas doerem novamente, como se fosse a primeira vez que estivessem sendo abertas.

Quantas vezes implorou para que o Cavaleiro parasse? Quantas vezes gritou, e quantas vezes se perguntou por que aquilo estava acontecendo com ele? Quantas vezes quis que a polícia ou alguém chegasse para salvá-lo, mas ninguém aparecera? Quantas vezes fora jogado no chão frio com violência?

Finalmente, depois de terem se passado horas e a casa estivesse silenciosa, a não ser por Satoru e o Cavaleiro, que não parecia se importar com o escuro o deixara sozinho, e saiu, abrindo porta de seu quarto e deixando um pouco de claridade vinda do corredor entrar no quarto e iluminar o corpo nu do menino. Ele tremia.

– Prometo eu volto para terminar com isso, Satoru. – Dissera ele, e fechou a porta, deixando a escuridão piorara seus pesadelos.

Finalmente, Satoru caiu no chão do banheiro, e perdeu a consciência.

***

Clair franziu o cenho, estudando a cartilha que ganhara da Enfermeira Joy para o desafio do Labirinto. Então um cara rico estava fazendo isso para divulgar sua empresa especializada em produtos Pokémon e para treinadores, principalmente em coisas como pedras de Evolução e algo assim?

Continuou folheando a cartilha, onde encontrou as regras do desafio. Cada jogador tinha um único objetivo: Chegar ao centro do labirinto e derrotar o que seria o vencedor, pegar o prêmio e mandar um sinal mostrando que havia vencido, e a partir daí, encontraria facilmente a saída. Para andar pelo labirinto, você tinha direito a levar o seu time inteiro, de seis ou até dez Pokémons. Para dificultar as coisas, haveria treinadores barrando a passagem para que você seguisse o labirinto, ou um enigma para que você resolvesse e encontrasse o caminho certo. Por todo o caminho, haveria também itens jogados por aí, que seria permitido pegar e tomar posse, como se estivessem num jogo de RPG. Também era permitido capturar os Pokémons selvagens de lá e usar como um time separado, ou algo assim.

Clair mordeu o lábio. Aquilo podia ser divertido, e parecia ser um desafio realmente grande, embora a enfermeira Joy tivesse afirmado que apenas novatos participavam daquele estranho desafio. Clair achou difícil só gente novata participar, ou talvez a definição de “novato” da enfermeira fora algo um pouco maior.

Havia uma lista de regras do que não era permitido, como por exemplo; não era permitido usar Pokémons voadores para ver o caminho, nem cortar caminho montado em algum deles. Não era permitido o uso de mais de dez Pokémons, a não ser que fossem capturados dentro do labirinto, e também não era permitido roubar itens de outras pessoas.

Seguranças estariam por todo o lugar para se certificar de que os treinadores seguissem as regras corretamente, e caso encontrassem alguém violando as regras, seria desclassificado imediatamente. Caso alguém quisesse desistir, um sinal tinha que ser mandado, de forma que os seguranças vissem sua localização. Se precisassem de medicamentos ou algo do tipo para cuidar de seus Pokémons, os treinadores que estariam barrando a passagem iriam oferecer os devidos cuidados antes ou depois da batalha, e caso não houvesse esses treinadores por onde o jogador passaria, haveria salas dentro do labirinto que iriam ter pessoas ou equipamentos para que pudessem cuidar de seus Pokémons.

Viu outra coisa interessante, que lhe chamou a atenção: “Não há apenas um vencedor, então não há apenas um modo de vencer, e se encontrar algum desses modos, não quer dizer que você terá que parar. É permitido continuar e procurar os outros prêmios, mas não é obrigatorio”. Depois disso, não havia quaisquer explicações, mas era interessante. Na verdade, na opinião dela, tudo aquilo era interessante.

Observou as fotos dos itens que poderia encontrar, e observou bem como eram os prêmios que encontrariam que a faria ganhar a competição, seja no Centro do labirinto, seja nos outros pontos em que encontrariam as outras coisas. Parecia mais como tudo o que alguém conseguisse carregar para fora do labirinto, pertenceria a ele.

Depois, pulou algumas folhas de explicação e olhou os patrocinadores daquele evento, e se surpreendeu ao ver que a própria Liga Pokémon era um deles. Surpresa ela voltou às folhas anteriores e olhou para a seleção dos jogadores. De acordo com a cartilha, cada inscrito no desafio deveria ir a um conjunto de cidades e derrotar o treinador representante do Desafio de lá, como se fosse um líder de ginásio, então ganharia um símbolo ou um item, que seria usado como uma prova de que você era forte o suficiente para entrar no desafio, assim como as insígnias da Liga. Com a prova final, o jogador finalmente poderia participar.

Quanto mais a garota lia, ficava mais determinada a participar. Seria uma ótima prova de poder, e ótimo para treinar seus Pokémons, embora ainda não tivesse um time com todos os seis, e ainda mais os dez que eram permitidos. Olhou para Chimchar e Starly, que estavam conversando entre si, ou pelo menos era o que parecia, já que ela não podia entender o que eles diziam. Também gostaria de saber o nome deles. Gostava quando via Larysse chamando sua Pikachu pelo nome que ela recebera de sua própria mãe, e não apenas por “Pikachu”, como todos os treinadores usavam. Clair também gostaria de chamar seus Pokémons pelo nome, e não apenas “Chimchar” ou “Starly”. Provavelmente eles teriam algum nome único.

“Quando eu ver a Larysse e o Satoru de novo, vou pedir para que perguntem os nomes deles para mim”, Pensou ela, sorrindo. Guardou a cartilha e se focou nos noticiários. Quando Chimchar e Starly foram para perto dela para observar também, Clair explicou o que sabia sobre a TV e como fora inventada, e por quem. Não se importou que não pudesse entendê-los também, apenas queria conversar com os Pokémons, como costumava fazer com os de sua mãe, com os quais tivera uma boa amizade antes de deixá-la para ter sua própria jornada Pokémon.

Conversou com eles do melhor jeito que pôde, tentando encontrar um meio de responder aos seus comentários. Starly ainda falava timidamente com ela, mas não tanto quanto no dia em que fora capturado. Ainda assim, seus piados estridentes eram extremamente irritantes.

No pouco tempo em que passara com seus Pokémons, pode perceber a personalidade mais reservada de seu Starly e menos animada que a de Chimchar, mas mesmo assim, ele participava das brincadeiras do macaquinho de fogo. E Chimchar parecia feliz de ter um amigo para brincar além de Clair, mas ele não deixava a garota de fora de suas brincadeiras.

Se esticou na cama, se espreguiçando. Estava tão cansada de andar tanto que não encontrou forças para ir ao ginásio ou descer para treinar, pelo menos não dentro de algumas horas. Clair queria estar preparada para encarar o novo ginásio, porque quando entrasse lá, só sairia com a insígnia.

Sorriu. Era tão bom ser uma treinadora Pokémon, apesar da dor nos pés de viajar de cidade em cidade para conseguir as insígnias. E Clair se sentia sortuda de viajar com duas crianças que podiam entender a fala dos Pokémons. Ela mesma queria aquilo, e achava essa habilidade incrível, mas não era uma pessoa que iria dizer aquilo ou mostrar muito de sua personalidade que escondia, mas quando estava apenas ela e seus Pokémons, podia ser essa pessoa estranha cheia de sonhos.

Bufou, e pegou uma das muitas almofadas que havia naquela cama enorme e fechou os olhos, com o som irritante dos piados do Starly e da TV em seus ouvidos, embalando-a até que adormecesse.

***

Larysse aproveitou a estranha demora de Satoru no banheiro, e saiu o mais silenciosamente que pôde do quarto, acompanhada de sua Pikachu e de Growlithe. Como havia prometido a si mesma, iria a policia para denunciar quem quer que tenha mandado aquela serpente idiota machucar sua Pokémon. Ao sair do Centro e perguntar para algumas pessoas, não foi muito difícil de encontrar uma delegacia, que estava bem perto do Centro. A delegacia era u prédio normal, como qualquer um dos outros que estavam ali. Ela não saberia que o prédio era uma Delegacia de Policia se não tivesse perguntado a um estranho homem de cabelos brancos todo vestido de preto que estava ali por perto, andando em direção o Centro Pokémon. Em troca, a menina lhe mostrou a direção do centro.

Ao entrar, deu uma olhada rápida para o balcão da recepcionista e para as cadeiras na sala de espera, foi direto para o balcão. Uma mulher estava sentada lá, de pernas cruzadas. Ela tinha cabelos verdes até o ombro, um rosto bem definido, e usava trajes policiais, incluindo um chapéu azul com a aba preta.

Quando ela viu Larysse com Khurtnney em seu ombro e Growlithe do seu lado, ela abriu um sorriso, mas tinha um olhar confuso.

– Oi, menina! – Disse a mulher de cabelos verdes. – Que uma menina tão nova quanto você faz aqui?

– Eu sou a Larysse. – Disse ela, se aproximando do balcão. Ela teve que ficar na ponta dos pés para poder enxergar a oficial direito. – Eu queria fazer uma ocorrência.

– E eu sou a Oficial Jenny. – Respondeu ela, sorrindo. – Uma ocorrência? O que aconteceu?

– Bom, eu sou uma treinadora. – Começou ela. - Eu estava viajando em direção a Jubilife, e a noite, quando eu estava com meus amigos, uma serpente atacou a minha Pichu, Que agora é uma Pikachu. – Ela apontou para Khurtnney, que sorriu, confirmando. – Depois disso, uma pessoa de preto apareceu, e mandou a cobrar parar com aquilo, e depois essa pessoa retornou o Pokémon... Então ela deve ter mandado a serpente ter atacado minha Pokémon!

A oficial riu.

– Deve ter sido só um ataque de um Pokémon selvagem...

– Não foi! – Exclamou ela, boquiaberta. – Uma pessoa de preto retornou a serpente que nos atacou! Eu tenho certeza do que eu vi.

– Talvez a pessoa apenas tenha perdido o controle de seu Pokémon. E eu não vejo nada de errado com a sua Pikachu. - A oficial Jenny ergueu uma sobrancelha. – E você tinha dito Pichu... Eu só vejo uma Pikachu aqui.

– É porque eu evoluí! – Exclamou Khurtnney, brava.

– É que eu cuidei dela num Centro Pokémon que achei na estrada, e lá eu cuidei dela, então ela evoluiu!

– Ok garotinha. – A oficial lhe lançou um olhar duro, e sua voz estava bem mais séria. - Eu não vou fazer uma ocorrência com algo tão pequeno assim, e mesmo que isso for verdade, tem coisa muito mais séria pra eu cuidar agora.

– O que? – O queixo de Larysse caiu, e ela, surpresa olhou mais uma vez para a Oficial Jenny, mas ela a ignorou completamente.

– Você não pode dizer isso! – Disse Growlithe, indignado.

– É! – Concordou Khurtnney. – Você não deveria ser uma policial?

A oficial ignorou completamente Larysse e os Pokémons, fingindo que eles não estavam ali. A menina a chamou, mas a oficial simplesmente se levantou, e sumiu por uma porta atrás dela onde dizia: “Somente Funcionários” e deixou a menina sozinha com os Pokémons. Larysse bufou, aborrecida, e saiu da delegacia. Resmungou alguma coisa enquanto voltava para o seu quarto no Centro Pokémon, bufando de raiva e resmungando constantemente.

Assim que abriu a porta do quarto que dividia com Satoru e entrou, Larysse foi direto para a cama, e se jogou lá. Khurtnney foi para o seu lado, resmungando também. Quem aquela policial achava que era? Só porque tinha sido uma coisa pequena, isso não queria dizer que não devia cuidar da pessoa que Larysse havia dito. E só porque havia coisas maiores, não quer dizer que alguém atacando Khurtnney não seja menos importante.

Mas não havia importância. Se a oficial Jenny não fosse fazer justiça, Larysse iria. Ou pelo menos tentaria.

– Larysse... – A voz melancólica de Growlithe chamou, interrompendo seus pensamentos. Ela olhou na direção dele. Ele estava do outro lado do quarto, em frente à porta do banheiro. – Por que o chão aqui está todo molhado?

– Como assim? – A menina franziu o cenho e se levantou para olhar.

Realmente, o chão perto do banheiro estava todo molhado. Pelo outro lado da porta, podia se ouvir o som da torneira que havia perto da banheira ligado e água caindo pelo chão. Surpresa, ela bateu na porta uma vez, mas não houve resposta. Lentamente, Growlithe se afastou da água.

– Satoru! – Chamou ela, batendo mais uma vez. – Morreu aí dentro? Desliga essa torneira!

Mais uma vez não houve resposta. Preocupada, a menina bateu mais forte na porta e chamou por Satoru um pouquinho mais alto. Growlithe fez o mesmo, igualmente preocupado.

***

Alguém estava chamando por ele, mas Satoru não deu à mínima. Não queria acordar. Preferia ficar ali, no fundo de sua mente, sem consciência do que estava acontecendo. Dessa maneira ele não poderia lembrar mais nada. Mas tinha consciência que seu corpo doía, e estava molhado. Estranho... Ele não se lembrara de ter tomado banho ou de ter entrado na banheira.

Os sons foram ficando cada vez mais altos, até que ele pode distinguir que quem o chamava era Growlithe, Khurtnney e Larysse. E podia ouvir também o som da torneira aberta. Quando abriu os olhos, se encontrou no chão, nu, e molhado. Mas apenas as partes do corpo que estavam no piso branco do banheiro estavam molhadas. Surpreso, o menino piscou e lutou para levantar o corpo. Sua cabeça doía, os braços e as pernas também doíam... Tudo doía.

Mais uma vez, pode ouvir as vozes lhe chamando, cada vez mais preocupadas.

– O que foi? – Respondeu Satoru, do melhor jeito que pôde.

– Satoru! - Chamou Larysse, parecendo preocupada, mas logo sua voz ficou irritada. – Por acaso você deixou a torneira ligada?

– Ah, eu... Esqueci. – O menino se repreendeu. Que tipo de desculpa era aquela? Finalmente, ele se pôs de pé, mas uma estranha tontura o invadiu. Segurou na pia do banheiro para não cair. Precisou de alguns minutos até sentir o mundo normal novamente, então caminhou até a banheira e desligou a torneira. – Foi mal.

Do outro lado, ele quase podia jurar que Larysse havia hesitado e resmungado alguma coisa.

– Então desliga logo, e seca esse banheiro.

O menino franziu o cenho, mas não respondeu. Larysse estava falando como sua mãe falava com ele, mas de um jeito bem mais infantil. Deu de ombros para aquilo, e decidiu ao menos terminar o seu banho, e poder se distrair daquela cena. Fazia tempo que aquelas memórias não voltavam, ainda mais com tamanha intensidade.

Quando entrou na banheira, boa parte da água emergiu e caiu no chão para todos os lados. Ele resmungou, sentindo o corpo todo doer no contato o a água quente, e agradeceu por ter acordado. Ficou um bom tempo ali até sentir o corpo relaxar e a dor diminuir.

Depois, com o desejo de realizar uma ideia maluca que sempre imaginou, fechou os olhos, prendeu a respiração e afundou o corpo todo na banheira por alguns segundos. Quando sentiu que não podia mais segurar a respiração por muito tempo, emergiu, e respirou fundo. Olhou para água, e franziu o cenho ao ver sangue. Procurou alguma ferida ou corte por seu corpo, e depois, como um recado que sua própria mente lhe dera, levou a mão para o rosto onde estivera o corte que o grupo de Starlys haviam lhe feito.

Doeu. Mordeu o lábio e gemeu baixinho, e quando retirou, viu sangue em seus dedos. Suspirou. Provavelmente, quando caíra no chão, a ferida deveria ter se aberto, e com a água que molhou o chão do banheiro, o curativo que Clair havia colocado em seu rosto havia descolado. Olhou para o chão molhado, e encontrou o Band-Aid no chão, flutuando. Com mais um suspiro, Satoru decidiu ficar mais um tempinho na banheira antes de se levantar e retirar o Band-Aid molhado do chão e colocar no lixo. Esvaziou a banheira, e depois de se secar, se vestir e de limpar a ferida de seu rosto e substituir por um novo curativo, puxou a água do banheiro com alguns resmungos e reclamações.

Quando saiu do banheiro, terminou de secar o piso molhado, e depois disso, ignorou todos os olhares desconfiados de Larysse e do Pokémons e se deitou, cansado. Toda vez que fechava os olhos, via o rosto do cavaleiro do manto Negro lhe sorrindo, levantando os dedos enluvados e fazendo um pequeno aceno com eles. E então, sua voz chamando-o o assustava, como se ele estivesse dizendo isso da porta de seu quarto, e não em sua memória. Mas de qualquer forma, estava aliviado por Larysse não ter desconfiado dele ou ter percebido que ele havia desmaiado.

De qualquer forma, Satoru odiava o Cavaleiro do Manto Negro com todas as suas forças. Principalmente por ter matado sua mãe, estragado sua relação com seu pai e ter impedido-o de sair em sua jornada Pokémon. Se ele não tivesse aparecido, ele ainda poderia ter saído, e poderia talvez, ter desafiado a Liga. E mesmo que não conseguisse, pelo menos poderia ter sua mãe ali com ele.

Mas se aquilo não tivesse acontecido, não teria conhecido Larysse, e não poderia sair em sua jornada Pokémon com ela, o que não o deixaria nada feliz.

Bufou, e ficou olhando a parede, enquanto tentava não pensar em nada, ou pelo menos pensar ema tela escura, ou no vazio. Imaginava o vazio como um espaço negro sem fim.

Bem mais tarde, Clair apareceu e os chamou para jantar. Agradecido, Satoru acompanhou Larysse e a mais velha, com os Pokémons o seguindo. O Starly de Clair estava empoleirado em seu ombro, olhando curiosamente para os lados, e Chimchar caminhava ao lado dela, falando alguma coisa, que o menino ignorou.

– Ei, Satoru, você pode perguntar ao Chimchar e ao Starly quais são os nomes deles? – Pediu Clair, de um modo estranhamente tímido, mas Satoru também não deu à mínima. Estava se perguntando onde o Cavaleiro poderia estar.

– Ahn? – Perguntou ele, por um momento. – Ah sim! Vou perguntar.

Os dois Pokémons olharam para ele, e Starly emitiu um piado irritante. Satoru franziu o cenho.

– Por acaso vocês tem um nome? – Perguntou o menino, com um ar distraído.

– O que quer dizer com um nome? – Perguntou Chimchar. – Quer dizer como chamamos a nós mesmos?

– Isso mesmo. Clair gostaria de saber para não ficar chamando vocês dois só de Chimchar e Starly.

Chimchar sorriu.

– Eu me chamo de Weng.

– Uh... – Murmurou Starly timidamente. – Eu sou o Jin...

– Obrigado. – O menino forçou um sorriso, e depois informou a Clair, que sorriu e agradeceu a ele.

Satoru retribuiu o sorriso, mas por pouco tempo, e depois permaneceu calado. Fez uma nota mental para perguntar a mesma coisa para o Shinx mais tarde. Clair conduziu as crianças até o saguão do Centro, e perguntou na recepção onde ficava o refeitório. O saguão do Centro já estava cheio de gente e de Pokémons, e muitos sons eram ouvidos, tanto das pessoas quanto dos Pokémons que havia na sala, e isso capturou a atenção de Satoru e Larysse, que constantemente olhavam para a direção dos sons, atraídos pelas vozes dos diversos Pokémons. Aquilo era tão estranho. Quando pediram a informação, depois de informar, a enfermeira Joy pediu para que eles esperassem por um momento, e sumiu pela sua porta para pegar Shinx e HootHoot.

Enquanto esperava, movido por um estranho instinto, Satoru olhou pelo saguão procurando pelo Cavaleiro de Manto Negro ou Altaris, ou alguém do grupo dele. Não encontrou ninguém, e muito menos pôde ouvir a voz de algum de seus Pokémons. Perguntou-se onde ele estaria, e se perguntou também se o Cavaleiro do Manto Negro estaria ali, como um treinador qualquer.

Ficou aliviado ao ver que ele não estava ali, e seguiu Clair com um humor um pouco melhor do que antes. Liberou Shinx da Pokeball, e o pequeno felino azul e negro ficou feliz de caminhar ao lado de Satoru e Growlithe. Ele parecia bem melhor do que antes, graças aos cuidados das enfermeiras do Centro.

Larysse decidiu que não seria muito prudente liberar seu HootHoot ali para jantar junto deles, então decidiu alimentá-lo quando já estivesse no quarto, assim poderia conversar apropriadamente com ele. Os Pokémons ficaram mais uma vez embaixo da mesa, enquanto Larysse, Satoru e Clair conversavam entre si. Clair havia lhes dito o que havia lido da cartilha, e começou a comentar o quanto aquilo era interessante, e ainda disse que o Desafio do Labirinto parecia mais um jogo de RPG humano do que um desafio propriamente dito.

Depois de jantar, ela sugeriu que fossem treinar um pouco mais antes de irem dormir, e as crianças concordaram. Voltaram ao saguão do Centro Pokémon e seguiram em direção a arena. Essa, ao contrário do ultimo Centro, era diversas vezes maior. Puderam perceber outras arenas separadas daquela, que provavelmente eram particulares ou algo assim. Não foi difícil encontrar um lugar para treinarem naquela arena.

No treinamento, Shinx tentou usar o move Spark com a ajuda de Khurtnney. Weng batalhou com Growlithe por um tempo, depois Satoru tentou ensinar um movimento novo ao seu Pokémon para inovar um pouco e criar novas estratégias para quando fosse visitar o ginásio. Satoru ficou feliz em ter algo com que se distrair depois da terrível cena no banheiro, que felizmente, ninguém viu.

Tentou se convencer que o Cavaleiro lá na rua era um sonho, ou algo parecido, mas não pensou muito nisso. Se concentrou em treinar Growlithe e ensinar novos movimentos, pois, logo, ele iria desafiar um líder de ginásio pela primeira vez.

***

Alyss passou a mão por seus cabelos azuis, olhando para longe, bem longe dali, com os pensamentos ainda mais distantes do lugar que pretendia ir. O mar se estendia por todo o lugar, até onde sua visão poderia alcançar. Havia dias que estava naquele navio, em direção a Sinnoh, e logo chegaria, mas não sabia exatamente quando. Estava ansiosa para poder chegar, e conhecer o lugar em que todos diziam ser bom, e principalmente, onde encontraria outros como ela. E encontraria quem havia descoberto essas pessoas.

Também estava excitada em ir para um novo continente, um novo lugar. Poderia ter novas insígnias e ir a novos Contests e aumentar sua coleção de fitas. Iria conhecer gente nova, Pokémons novos. E também iria arriscar participar do famoso Desafio do Labirinto que acontecia em Sinnoh. Ouvira falar muito desse desafio enquanto estivera em sua cidade natal, e continuou ouvindo por todos os lugares, principalmente na época em que estava acontecendo.

Estava frio ao seu redor, mas Alyss não se importava. Aquilo já era normal para ela, desde que descobrira o que sabia fazer.

Olhou para o céu, cansada do mar escuro e suas ondas entediantes. As estrelas o cobriam quase que por inteiro, deixando-o muito mais brilhante do que muitas coisas que ela havia visto. Havia milhares delas, mais do que jamais havia visto. Conseguia enxergar até mesmo a via láctea, que nunca havia visto antes. Era tão bonita e vasta, que achou difícil caber tudo aquilo no céu. Achou ainda mais difícil aquele ser o mesmo céu vazio que observava tantas vezes da cidade de onde viera.

Olhou novamente para o mar, na espera de poder enxergar as montanhas que diziam que Sinnoh possuía. Suspirou, e olhou para Oktavia, que estava brincando seu cajado ali perto.

– Estamos quase chegando, Oktavia. – Disse ela, com um sorriso.

– Legal. – Murmurou ela distraidamente, sem olhar para Alyss.

Ela bufou pela resposta da Pokémon, e não disse mais nada. Porque havia deixado ela fora da Pokeball mesmo? Mesmo assim, agradecia por poder entender sua fala, mesmo sem o uso de seus poderes psíquicos. Olhou mais uma vez para o maior, e se perguntou quantas pessoas além dela e de sua amiga tinham aquela habilidade.


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Notas finais do capítulo

Era uma vez um ninho com seis mafagafinhos... Mas eu não vou desmafagafizar eles por que são fruto do amor de um mafagafo e uma mafagafa. u_u
Eu traumatizei vocês? Deixei com pena? Ou ao menos deixei vocês tristes e com dó do Sato-chan? E eu não sei porque chamo ele de Sato-chan. Aliás, eu não tinha intenção de fazer alguém chorar, nem de colocar muito sentimentalismo... Detesto sentimentalismo. Eu apenas tinha a intenção de deixá-los 'WTF BRO" com o trauma dele -qq
E eu não sei porque eu amo personagens de cabelos brancos, mas eles são tão legais, e pelo menos os que eu crio são tão cruéis ~ E eu sei que eu to enrolando demais e eu deveria estar já no ginásio ou no Contest, mas eu me empolgo tanto em escrever, que gee... ç-ç Falando nisso, eu quero explorar Jubilife um pouquinho, com a torre de TV, a escola e tudo o mais...
E... Eu confundi vocês? Pelo menos um pouquinho? Digam que sim, por favor! Se vocês não comentarem eu vou morder e arrancar pedaço... Só que não, HAHA. Falando nisso, essa Alysse obviamente não é a Alysse do grupo de Altaris... E Essa Alysse não me pertence, quem a criou foi a linda da Eeva u_u Eu ainda tenho vários personagens para apresentar para vocês, tanto principais quanto secundários ~
Viram que eu já parei de enrolar? Quer dizer, não totalmente, porque eu preciso explorar Jubilife um pouquinho antes... Mas prometo coisas interessantes no próximo capítulo, que aliás, já estou escrevendo. SO MANY IDEIAS, WOWZERS.
Anyways, apareçam, fantasmas quero criticas, sugestões, elogios, dizer se tem erros ou não (mas eu revisei ~), pedir doce, me dar morango, dizer que tá ruim e que eu devia me enforcar, qualquer coisa... Please. ç^ç