Será...destino? (hiato) escrita por kanny


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

OI gente!! Muito obrigada por todos os comentários. Tenho amado, e esperado sempre por mais..rsrs. Meus capítulos prontos estão acabando, e tou meio sem tempo de escrever, mas prometo não abandonar a fic, pode confiar. Leiam e comentem, beijos.



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Cap 5

- Você está se saindo muito bem. – Edward falou enquanto caminhávamos de volta para casa. – Quer dizer, outra pessoa estaria por aí gritando e se descabelando por não poder sair dessa ilha. Mas você está me surpreendendo.

- Eu sou boa em reprimir sentimentos desagradáveis. – eu expliquei -- Desde que meus pais morreram.

- Como foi que eles morreram? – Edward quis saber. – Se não quiser falar sobre isso...

- Não. Está tudo bem. Já faz muito tempo. Na verdade vai fazer 10 anos. – eu comecei – Foi em um atentado terrorista em 2001. Lembra do World Trade Center?

-- As torres gêmeas? – ele perguntou.

- Sim. Pois bem, uns terroristas jogaram dois aviões nas torres, num atentado suicida. As torres caíram matando 2.750 pessoas, e meus pais estavam entre os mortos. Eles tinham um conceituado escritório de advocacia no 67º andar.

- Nossa. Eu sinto muito. – Edward falou.

- Obrigada. Ai depois de tudo eu fui morar com uns amigos da família que conseguiram minha tutela, pois eu não tenho parentes vivos. Eles são a minha segunda família.

- Imagino o quanto eles devem estar sofrendo. – ele falou tristemente.

- Pois é. – eu disse.

Chegamos a casa e Edward foi logo deixando a jarra em um canto e pegou as macaxeiras das minhas mãos. Ele buscou uma panela de barro e colocou as macaxeiras descascadas dentro e cobriu com água. Ele foi ligar o fogão à lenha, demorou um tempo ele batendo umas pedras, mas enfim conseguiu. Ele colocou a panela com macaxeira para cozinhar com um pouco de sal. Depois espetou dois peixes em gravetos e colocou em cima de umas pedras para que assassem com o calor. E voltou a se sentar perto de mim.

- Já dá pra casar. – eu disse, e ele riu.

- Por falta de quem fizesse eu não morri de fome. – ele disse ainda rindo.

- Edward. Você ainda não me falou da sua mãe. – eu falei lembrando esse detalhe. – Como ela era?

- Minha mãe? Ela era a pessoa mais doce e carinhosa que eu já conheci. Ela sempre cuidou muito bem de mim e dos meus irmãos. – ele disse com o olhar distante.

- Quantos irmãos você tem? – e quis saber.

- Dois. Alice e Emmett. Eles são gêmeos e filhos do segundo marido da minha mãe. – eu travei. Alice? Emmett? Gêmeos? Não pode ser!

- Como é o nome da sua mãe? – eu perguntei nervosamente.

- Esme. Esme Cullen. Por quê?

- Ahhhh! OMG! OMG! ESME! OMG! OMG! – eu gritava desesperada andando de um lado para o outro. – OMG!OMG!

- Bella? O que foi?—Edward agarrou meus braços me fazendo parar.

- Qual o nome do seu pai? – eu perguntei só pra confirmar, pois já sabia de quem se tratava. E não conseguia acreditar.

- Por quê? – ele perguntou.

- Qual é o nome do seu pai Edward? – eu gritei.

- Anthony. – ele disse.

- Você é Edward Anthony Masen? Filho de John Anthony Masen? – eu perguntei perplexa e um pouco desnorteada.

-Sim. Como você sabe? – ele parecia confuso.

-OMG! – eu gemi e de repente tudo ao meu lado saiu de foco e escureceu. Eu escutava alguém me chamar ao longe, sentia meu corpo pesado. O que aconteceu?

- Bella? Bella acorda! Bella? Meu Deus o que eu faço? Bella? – eu escutava Edward me chamar, mas eu não conseguia responder. Depois de alguns minutos consegui abrir meus olhos devagar. Edward me olhava aflito.

- Bella?

- O que aconteceu? – eu disse tentando me sentar, e Edward me ajudou. Minha cabeça girava, eu fechei os olhos e tornei a abrir-los. Edward ainda me olhava como se eu fosse ter um troço a qualquer momento.

- Bella, o que houve? – ele perguntou nervoso.

- Oh Meu Deus! – eu disse bem devagar. – Você é mesmo Edward Anthony Masen?

- Sim. Por quê? – Edward questionou.

- Lembra que eu disse que depois que meus pais morreram eu fui morar com uns amigos da família? – eu perguntei.

- Lembro e o que tem isso?

- Os nomes deles são Esme e Carlisle Cullen E eles tem dois filhos Alice e Emmett Cullen que são gêmeos. Esme foi casada com John Anthony Masen e teve um filho, Edward Anthony Masen. Os dois desapareceram quando estavam indo para a África em junho de 1996. – enquanto eu falava o rosto de Edward era de pura perplexidade. Sua boca se abriu em espanto. Ele ficou vários minutos estático, em choque. Seus olhos estavam desfocados e ele estava um pouco pálido.

- Você... Você... Conhece minha... Família? – ele perguntou gaguejando.

- Eu morava com eles até algum tempo atrás. – eu disse.

- Isso é impossível. – ele disse ainda em choque. – Como... Como pode ser?

- Eu não sei. – eu disse e ele se levantou e foi olhar as coisas no fogo.

Eu fiquei ali. Deitada na cama dele. Sem falar nada só pensando nessa loucura toda. Como é que pode? O mesmo Edward que sumiu há anos, filho da Esme, que é praticamente minha mãe. Todo mundo pensando que ele está morto e eu do nada, por um acaso do destino o encontro depois de sobreviver a um desastre aéreo. Isso é impossível. Não tem como. Fiquei talvez uma hora sentada olhando para o nada e sem saber o que fazer. Minha cabeça já doía e eu só escutava Edward se mexer do lado de fora.

- Bella. Vem comer. – Edward falou. Eu saí e dei de cara com ele sentado e colocando as macaxeiras em outra tigela de barro. A macaxeira fumaçava de tão quente. Sentei-me perto dele e ele me entregou um garfo. Comecei a comer em silêncio. Ele também não falava nada.

- Nossa isso é melhor do que eu pensava. – eu disse me surpreendendo com o gosto que aquela macaxeira e o peixe tinham.

- É. – ele falou sem olhar para mim e continuou comendo.

- Edward? Fala comigo. – eu falei, pois aquele silêncio já estava incomodo.

- Eu não sei o que falar Bella. — ele admitiu.

- Eu também não. Isso é surreal! Mas está acontecendo. – eu disse. --  E é uma coisa boa. Eu te encontrei. Tudo bem que não foi minha intenção, mas eu estou aqui! Com você. E você está vivo. Você não sabe o quanto Esme sofreu e ainda sofre por sua ausência.

- Por que ninguém procurou por mim e pelo meu pai quando sumimos. – ele me questionou.

- Eles procuraram. Durante semanas a marinha, o exército e a aeronáutica procuram pelo avião de vocês. Mas não acharam absolutamente nada. Esme ficou desesperada. Pelo o que eu soube ela entrou em depressão, chorava o tempo todo. Ela se tratou, mas ainda sofre. Ela tem fotos suas por toda a casa. Seu quarto continua intacto. Ela te ama. Todos eles te amam Edward.

- Bella... – ele disse e vi uma lágrima correr por seu rosto e se perder na sua barba. – eu sofri tanto. Chorei tanto. Você não sabe o que é se ver perdido em uma ilha deserta, absolutamente sozinho. Quando meu pai morreu eu quis morrer também. Por várias vezes eu jurei que não passava daquele dia. Mas quando chegava a hora de acabar com meu sofrimento eu simplesmente me acorvadava. E não conseguia. Todos esses anos sozinho aqui, eu não sei quanto tempo mais eu aguentaria...

- Eu imagino e sinto muito pelo que te aconteceu. – eu não sabia o que dizer. Então fiz a única coisa que deveria fazer naquele momento. O abracei. O abracei com toda a força que pude. Ele chorou muito. Eu entendia sua dor. Estou me fazendo de forte, mas estou com medo. Tenho medo de nunca conseguir sair daqui. De não ver as pessoas que amo novamente. Edward chorava sem parar. – Calma. Eu agora estou aqui. Você não tá mais sozinho.

- Obrigado Bella. – ele disse se endireitando. – Você não sabe, mas você trouxe luz a minha vida. Obrigado. – ele me abraçou novamente e eu fiquei ali. Apenas fazendo cafuné em seus cabelos. Eu também chorava por ele e também por mim.


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Notas finais do capítulo

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