4 MESES DEPOIS

Querido diário,

Ela me machucou.

Paula disse que era minha, e eu a amei com todas as minhas forças.

Sabe amigão, nós estávamos indo bem, muito bem...

Eu e ela sempre nos encontrávamos nos finais de semana, já que ela foi para uma escola de Nerds, vivia estudando e eu, bom, eu não fui pra nenhuma, já que a banda se tornou famosa...

Na verdade, eu e o Bill tentamos ir pra escola, mas a algazarra dos fãs no primeiro dia de aula foi tanta, que desistimos.

Ah o Bill e a Marina também terminaram, mas é claro que o motivo deles foi diferente do meu. Bill ainda a encontra de vez em quando, e sempre diz que nunca vai se esquecer dela, porque ela é uma pessoa incrível. De fato, Mari é maravilhosa, mesmo tendo espalhado a fofoca verdadeira que eu gostava da Paula...

Voltando ao assunto PAULA...

Ela me traiu. Sem motivos.

Eu nunca trai ela diário, porque a amava demais pra fazer isso.

Eu havia acabado de chegar da Scrhei Tour e fui à procura dela. Nunca a forcei a nada, mesmo eu não sendo mais virgem, estava esperando a hora dela.

Bati na porta da casa amarela e a mesma velha, quer dizer, a avó dela, atendeu. Ela já me conhecia, já sabia que eu namorava a neta dela, só não aceitava muito...

Velha carrancuda: Ela está estudando!

Eu: Por favor, eu quero vê-la, acabei de chegar da turnê...

A velha carrancuda suspirou e disse:

Entra Tom, ela está no quarto.

Eu: Muito obrigada.

Eu disse e pulei, dando um beijo na bochecha dela. A velha odiava quando eu fazia isso.

Você deve estar estranhando esse meu comportamento com ela.

Bom, é que no dia em que eu vim pedir permissão pra namorar com a Paula. Eu e minha mãe viemos falar com a velha, eu tive que pedir pra ela já que o pai e a mãe da Paula nunca param em casa.

E quando a velha deixou( acho que isso só aconteceu porque minha mãe veio comigo e falou certas coisas sobre responsabilidade e amor por mim) eu a  beijei no rosto, de tão animado que eu tava.

Voltando ao caso principal...

Eu subi a escada até o quarto dela, todo animado, mas quando abri a porta, meu mundo desabou.

Ela estava se beijando com outro garoto, na cama dela, e estava por cima dele.

Eu nunca fiz isso com ela. Nós sempre fazíamos piqueniques no quintal de casa, saiamos para lugares com poucas pessoas ou vazios, por causa da banda, mas eu sempre fui romântico com ela, a tratava como uma boneca de porcelana. É, mas ela não queria aquilo.

Eu não sai correndo. Não gritei. Não me derramei em lágrimas. Não pisquei e muito menos suspirei e respirei.

Fechei a porta devagar, sem fazer barulho, desci as escadas, disse para avó dela que já estava indo e fui. Deixando metade do meu coração para trás.

Quando eu cheguei em casa, diário, eu contei tudo pro Bill, ele veio me abraçar mas eu não quis. Eu não precisava do abraço dele.

Isso aconteceu a uma semana, mano.

E ela não me deu satisfação, não me pediu desculpas, não me procurou, muito menos me ligou.

Eu também não a vi mais.

Na verdade, não a procurei, mal saía de casa, e quando saía era para ir a gravadora, a algum evento ou a balada.

Sabe, eu queria que ela aparecesse e ao menos tivesse coragem de falar na minha cara que não me amava mais, que não me queria.

Mas agora que ela destruiu meu coração, eu não quero mais nenhuma. Só quero aproveitar as garotas.

Eu não acredito mais no amor, porque ele só existe pra te machucar.

Querido amigo, eu juro, que nunca mais garota nenhuma vai me fazer ficar bobo do jeito que ela fazia, juro que só vou usá-las, igual ela me usou.

Eu juro, que nunca mais vou me apaixonar.