Cronicas De Nárnia - A Princesa Perdida escrita por Nannah Andrade


Capítulo 5
Capitulo 5


Notas iniciais do capítulo

Oieeeeeeeeee demorei voltar... primeiro por culpa do Nyah, depois por culpa da falta de tempo mesmo... mas apareci!!! ^u^

Então, A princesa perdida parece estar decolando na minha cabeça to cheeeeeia de ideias e com alguns capitulos já prontos, mas bem que eu podia receber mais coments pra animar né??? E assim como quem não quer nada, uma recomendação ou duas???? O que vocês acham???
Vou deixar vocês pensando sobre isso enquanto leem o capitulo.
Beijocas!!!!



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– What? – praticamente gritei – Como assim, princesa perdida?

– Eu te explico melhor quando estivermos em segurança. Temos que ir andando, estamos praticamente sem proteção e Narnia não está segura tão longe de Cair Paravel. – Pedro falou começando a andar com a espada empunhada, Suzana foi ao lado dele com o arco e flecha preparado para qualquer coisa, e eu comecei a me perguntar que horas eu seria acordada desse sonho.

Caminhamos um tempo pela praia e eu pude avistar um castelo enorme um pouco mais a frente.

– Lá está, Cair Paravel. – Pedro falou – O nosso castelo.

De repente a casa deles no mundo real começou a realmente parecer uma casa.

– OMG, ele tem um castelo? – Binha falou num sussurro meio engasgado – Isso quer dizer que ele é um...

Um som estranho, parecendo uma daquelas trombetas de filmes medievais soou interrompendo Binha.

– Desçam os portões – um homem no alto de uma torre gritou – Saúdem o Rei Pedro, o destemido, e a Rainha Suzana, a justa.

Um portão foi abaixado e nós fomos recebidos por várias pessoas... quer dizer, várias coisas. Flavia travou no lugar segurando forte a minha mão, olhei pra ela e vi que ela estava apavorada com aquele lugar, mas eu de certa forma não me sentia assim.

Apesar de estarmos cercados de homens metade cavalo, ou metade bode, animais que pareciam conversar entre si, anões barbudos e outras tantas criaturas mitológicas, digamos assim, eu me sentia em casa.

– Não precisa ter medo, Flávia – falei com uma segurança que eu não sabia ter – eles não vão nos machucar.

Binha avançou alguns passos e o portão por onde passamos foi novamente fechado. O caminho foi aberto por entre as criaturas e um garoto pouco mais novo que Pedro e uma menina se aproximaram.

– Vocês estão de volta. – a menina falou sorrindo.

– Sim, Lucy, nós voltamos pra casa – Suzana respondeu e avançou pra frente, abraçando a menina e o garoto em seguida. Pedro fez o mesmo, depois se virou na nossa direção.

– Edmundo, Lúcia, conheçam Dreah, a princesa perdida. – todos os presentes ali exclamaram um ‘oh’ e se ajoelharam, da forma como podiam, fazendo uma reverencia a mim.

– Eu não... não... sou princesa, gente – gaguejei – Sou só uma garota comum que foi abandonada pelos pais...

– Narnia chamou por você Dreah, por isso você está aqui, você é a nossa princesa – a voz chegou antes que eu o visse. O grande leão dos meus sonhos se aproximou devagar até parar na minha frente. Ouvi Binha soltar um gemido atrás de mim, e Pedro correu para o lado dela.

– Aslam, nós a encontramos. – Pedro falou enquanto abraçava Binha e tentava acalmá-la.

– Eu sabia que vocês conseguiriam, Pedro. – o leão, Aslam, falou – Bem vinda à Narnia, Dreah, filha de Cor e herdeira do trono de Arquelândia.

– Eu preciso me sentar. – murmurei fazendo todos rirem.

– O seu trono te espera, majestade. – Edmundo falou esticando a mão para que eu segurasse, eu a aceitei de bom grado, minhas pernas tremiam e eu duvidava que fosse capaz de dar um único passo sozinha.

oOo

– Ok – falei devidamente acomodada no trono ‘emprestado’ de Lúcia – Então eu sou filha do rei de Arquelândia, que é um dos tantos reinos de Narnia. Eu fui deixada no outro mundo por alguém pra que eu fosse protegida da Rainha Liara, que roubou o trono no meu pai depois de o matar.

– É basicamente isso. – Pedro falou, sentado no seu trono, de rei de Cair Paravel, com Binha encolhida no seu colo, ainda com medo de tudo.

– E eu achava que minha vida era maluca. – murmurei.

– Majestade. – a porta do salão de tronos foi aberta e um dos homens-cavalo, centauros como Edmundo havia me dito que eles chamavam, entrou – Encontramos esses dois vagando na praia perto do castelo.

Mais atrás outros dois centauros entraram carregando ninguém menos que Marcie e Derek.

– Coloque-os no chão, por favor. – Pedro pediu se levantando. Ele deixou Binha sentada no trono dele e caminhou até Marcie e Derek, que pararam aos pés da escada – Como vocês vieram parar aqui?

– Eu queria a mesma resposta. – Derek falou – Mas você parece estar bem a vontade aqui, além do mais foi na sua casa que a loucura começou e nós viemos parar aqui, então talvez você tenha a resposta.

– Você estava fazendo o que na minha casa? – Pedro perguntou cruzando os braços.

– Nós fomos atrás da Dreah. – Derek respondeu – Marcie está devendo um surra nela... e eu a propósito tenho umas contas a acertar com você.

Derek avançou um passo na direção de Pedro, mas três espadas foram desembainhadas e paradas a centímetros do pescoço dele.

– Mais um passo na direção do rei e vamos ter que mata-lo, forasteiro.

– Rei? – Marcie esganiçou – Como assim rei?

– Rei de Narnia – falei descendo as escadas – Assim como Suzana, Edmundo e Lucia.

– E você é o que? O bobo da corte deles? – ela riu alto.

– Não. Dreah é a princesa herdeira do trono de Arquelândia. – Aslam entrou no salão fazendo Marcie e Derek pularem com o susto e se encolherem de medo – Não precisam temer, não lhes farei mal nenhum.

– Eu sabia que você era esquisita, enjeitada, mas não a ponto de nos trazer para esse show de horrores.

– Meça suas palavras quando se dirigir à princesa. – um dos centauros falou.

– Eu falo como quiser com essa estranha. – Marcie empinou o nariz – Ela não é melhor nem maior do que eu. Duvido até que ela seja princesa... Onde está o rei? Melhor fazer um exame de DNA. Só falta agora ela querer que um príncipe venha busca-la num cavalo branco.

– Marcie – falei calma – Cala a boca!

Ela ia retrucar, mas as portas foram abertas, Edmundo entrou seguido de Lucia, mas não foram eles dois que chamaram minha atenção e sim a pessoa que seguia logo atrás dos dois.

Ele seguiu com passos elegantes, nossos olhares pareciam colados como as polaridades opostas de um imã. O sorriso maravilhoso estava tatuado no rosto dele e me fazia sorrir também. Meu coração parecia querer fugir do peito e quase parou de bater quando ele parou na minha frente e se inclinou numa reverencia.

– Principe Caspian herdeiro de Telmar. – ele segurou minha mão entre as suas e depositou um beijo leve nela – É um prazer imenso conhece-la, Princesa Dreah.

Eu estava flutuando. Queria dizer a ele que também era um prazer conhece-lo e ver que ele é real e não só fruto da minha imaginação, mas minhas palavras congelaram na minha garganta.

– O... o prazer é meu – murmurei. Ele abriu aquele sorriso lindo, minhas pernas viraram gelatina.

– E quem é você que eu ouvi falar com tamanha grosseria com a princesa? – ele perguntou se virando para Marcie.

– Meu nome é Marcie Hunter. – ela falou com aquela voz que tinha que supostamente ser sexy.

– Pois bem, senhorita Hunter, Dreah é a nossa princesa perdida, eu espero que pense nisso da próxima vez que for se dirigir à ela. – Marcie ficou calada.

– Eu acho que você deve um pedido de desculpas à princesa. – Pedro falou e eu senti uma pontinha de sarcasmo na voz dele – E uma reverência, é claro.

Marcie o fuzilou com os olhos depois olhou para os três centauros com espadas desembainhadas e com relutância ela se inclinou para frente, fazendo uma reverência.

– As desculpas... – Suzana falou.

– Me desculpe. – Marcie falou com má vontade.

– Majestade. – Binha falou com um sorriso de vitória no rosto – É me desculpe, majestade.

Marcie a olhou sem acreditar. Ela estava vermelha de raiva, eu queria pedir que parassem, mas no fundo eu sabia que ela precisava dessa humilhação para aprender a não humilhar os outros.

– Me desculpe majestade. – ela falou com raiva.

– Levem-nos para um dos aposentos. – Aslam, o leão, pediu – E os tratem bem.

Marcie e Derek saíram escoltados por dois centauros, eu ainda recebi um olhar furioso de Marcie, mas agora eu não tinha mais medo. Aqui era o meu mundo.

– Dreah, você deve estar precisando de descansar também. – Pedro falou - Caspian você pode levar Dreah até o quarto dela, eu vou cuidar para que Binha se acalme.

– Eu preciso mesmo. – Binha falou – Ainda não assimilei tudo o que aconteceu aqui.

– Eu cuido de você. – ouvi Pedro sussurrar pra ela.

– Princesa. – Caspian me estendeu a mão que eu aceitei de bom grado.

Uma corrente elétrica percorreu meu corpo quando eu senti o toque da mão dele. A pele era quente e suave. Caspian passou meu braço pelo dele, deixando uma distancia mínima entre nós dois. Eu podia sentir o perfume dele, era bom, tinha cheiro de natureza e de mar.

– Você deve estar confusa. – ele falou quando saímos da sala dos tronos e estávamos chegando nas escadas.

– Um pouco. – falei – Sei lá, eu nunca imaginei que isso tudo aqui pudesse existir. Quer dizer, não fora dos meus sonhos.

– Fora dos seus sonhos?

– Pode parecer loucura, mas eu sonhava com Nárnia. Claro que eu ainda não sabia o que era, pra mim era só uma praia, um leão falante e um rapaz bonito. – parei de falar quando percebi que tinha dito demais.

– Um rapaz bonito? – ele repetiu e eu o olhei de lado, vendo que ele me encarava.

– Me conta mais sobre essa história do meu pai e da Rainha Liara... – pedi mudando de assunto.

– Seu pai, o Rei Cor, foi assassinado por Liara, ela queria poder e o seduziu logo depois que você nasceu...

– E a minha mãe? – perguntei.

– Sua mãe morreu no parto. Seu pai ficou viúvo com uma filha pequena, Liara apareceu oferecendo ajuda e o seduziu. Os dois se casaram não muito tempo depois, foi quando Aslam soube dos planos de Liara e conseguiu te enviar para um lugar onde você ficaria segura. Liara matou seu pai, e como você tinha desaparecido, ela assumiu o trono de Arquelândia.

– E porque eu voltei agora? – perguntei

– Porque você é a herdeira do trono, e consequentemente quem vai tirar Liara de lá.

– O que quer dizer que eu vou me tornar rainha?

– Sim.

– E se eu não estiver pronta pra isso? Tipo eu não posso voltar pro mundo real e voltar daqui uns vinte anos?

– Dreah – ele falou com carinho e eu gostei da forma como meu nome soou na voz dele – Liara está destruindo Arquelândia. O povo está sem comida, a terra está morrendo, as pessoas estão com medo.

– Medo?

– Liara se juntou com um poderoso feiticeiro e não está medindo esforços pra se tornar cada vez mais poderosa. E agora ela quer conquistar mundos além de Nárnia.

– Além de Nárnia?

– Sim. O mundo que você chama de ‘mundo real’.

– Mas como ela vai chegar lá?

– Nós não sabemos muito. – ele falou parando de andar, eu percebi que estávamos num corredor com vários quartos – O pouco que sabemos é o que alguns Arquelândianos que conseguiram fugir contaram pra nós.

– Então me diga esse ‘pouco’ que vocês sabem. – pedi.

– Ao que parece, o feiticeiro mostrou algumas profecias para Liara, e essas profecias mostravam as armas avançadas e poderosas do povo de lá das terras além da fronteira e Liara se interessou.

– E agora ela quer invadir?

– Sim. Mas nós vamos impedi-la. – ele sorriu – Descanse princesa. Amanhã nós conversaremos mais sobre isso.

– Boa noite, Caspian. – falei sorrindo.

– Boa noite, Dreah. – ele retribuiu o sorriso e deu um beijo nas costas da minha mão.


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Notas finais do capítulo

Ouço suspiros???? ♥ Caspian ♥

Eu só digo que terça que vem tem mais u.u mas não se esqueçam de deixar um review *u* This can make me happy!!!!

Bjos e até terça!



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