POV Sam

- Então sobre o que você quer falar? – ele me perguntou sem me encarar.

- Você lembra que você disse para eu esquecer tudo e que tudo voltasse ao normal entre a gente? – perguntei.

- Você disse que eu tinha feito uma escolha e você fez a sua. – ele falou dando de ombros ainda sem olhar para mim.

- Isso é verdade, talvez... – eu não consegui terminar.

Não poderia dizer que estava arrependida quando não estava.

Se eu pudesse voltar no tempo faria tudo de novo.

- Você não deveria está com sua irmã? Ela vai embora amanhã. – ele falou.

Como ele poderia se importar com minha irmã em uma hora dessas?

- Preciso falar com você primeiro. – falei séria.

Ficou um silêncio um pouco incomodo.

- Eu sempre senti inveja de você e da Carly. – ele falou levantando e caminhou até a grade e ficou olhando para baixo.

- Por? – perguntei confusa.

- De vocês poderem ter irmão pra contar. Eu realmente não sei o que é ter isso. – ele se virou finalmente me encarando.

- Mas você tem a Carly, o Spencer e até mesmo o Gibby. Com certeza pra você eles são mais que amigos. – falei dando de ombros.

- Acho que você tem razão. – ele falou também dando de ombros.

- Mas não foi por isso que eu vim aqui. Eu quero saber como nós vamos ficar. – falei me aproximando dele.

- Como você acha que nós devemos ficar? – ele me perguntou sério.

Me aproximei lentamente dele.

- Só queria que tudo voltasse ao normal. – falei o encarando.

- E você acha que isso é possível? Depois de tudo que aconteceu? – ele me perguntou e eu pude notar um pouco de incredulidade na voz dele.

- Sim. – falei baixo.

- Eu não sei realmente se isso é possível. – ele falou e voltou a se sentar.

Sentei ao seu lado.

- Você ainda me ama? – perguntei séria.

- Que tipo de pergunta idiota é essa? – ele me perguntou irritado.

- Só responde. – falei o encarando.

- É claro que sim Sam. – ele falou revirando os olhos.

Então eu o beijei.

Ele pareceu bem surpreso, mas logo correspondeu.

Eu realmente esperava que tudo dessa certo dessa vez.

- Eu te amo! – falamos juntos e começamos a rir.

- Temos que parar de fazer isso. – falei ainda rindo.

- Pois eu gosto. – ele falou e voltou a me beijar.

Mas algo me intrigou profundamente me fazendo quebrar o beijo.

Ele me olhou confuso.

- Por que você não quis acreditar em mim quando eu falei pela primeira vez? – perguntei confusa.

- Eu sabia que você me amava, mas eu também sabia que se você dissesse isso naquela hora seria “falso” era melhor dá um tempo e ver o que ocorria. – ele falou dando de ombros.

- Você sabia que eu te amava? – eu perguntei incrédula.

- Não. Eu sei que você me ama. – ele falou sorrindo.

- Muito convencido você – falei batendo de leve em seu braço.

- Vamos voltar para a festa. – ele falou e levantou.

O segui.

Antes de entramos ele entrelaçou nossas mãos.

- Onde vocês estavam? – perguntou Carly assim que nos viu.

- Conversando. – falei normalmente.

- Vocês voltaram. – minha amiga falou pulando e logo foi nos abraçar.

- Carly não é pra tanto. – falei baixo.

- Oi! – falou Baby.

- Como você está? – Freddie perguntou sério.

- Podemos conversar com o resto da equipe? – ela perguntou.

- Claro. – ele ia soltar minha mão, mas decidi o acompanhar.

Carly nos seguiu.

- Queremos nos desculpar. – Barbara falou sem jeito.

- Não precisa. Poderia ter acontecido mesmo comigo lá. – Freddie falou dando de ombros.

- Eu perdi a luta. – falou Michael.

- Por isso eu disse que ele não devia ser capitão. – falei.

- Sam! – Carly reclamou para proteger o namoradinho dela.

- Só falei a verdade. – falei dando de ombros.

- Eu também perdi. – Greg falou.

- Benson você realmente não sabe escolher sua equipe. – falei rindo.

- Ano que vem, vocês vão de novo. Aposto que conseguem. – Freddie falou me ignorando.

- Como assim vocês? Você não vai competir ano que vem? – Baby perguntou confusa.

- Não. Meu tempo como esgrimista acabou. – ele falou calmo.

- Não mesmo. Ano que vem você vai competir. – ela falou séria.

- Eu não vou discutir com você. – ele falou irritado.

- E nem eu com você. – ela falou.

- Vamos curtir a festa. Amanhã vocês resolvem isso. – Carly falou.

Resolvemos seguir o conselho da Carly.

Quando ficou tarde as pessoas foram embora, só restando eu, a Carly, Freddie, Spencer, Melanie e o Gibby.

- Vocês todos vão dormir aqui. Já liguei pra mãe de vocês e ela disse que vai trazer as malas da Mel amanhã cedo. E sua mãe deixou você ficar aqui Freddie. – Carly falou enquanto arrumava tudo.

Ninguém discutiu e logo fomos dormir.

Carly me acordou cedo, pois precisávamos levar meu clone do mal ao aeroporto.

O caminho até lá foi silencioso.

- Está na hora de eu ir. – ela falou assim que chamaram os passageiros do voo dela.

- Vou sentir sua falta. – eu falei a abraçando.

- Eu também. – ela disse.

Logo ela abraçou nossa mãe, a Carly, o Michael, o Spencer, o Gibby e o Andy, que decidiu ir com a gente já que ele também se tornou um amigo da minha irmã.

Quando ela foi se despedi do Freddie ela o puxou um pouco.

Eles ficaram um tempo conversando afastados da gente e aquilo me deixou confusa.

- Acho que já tá na hora de acabar com esse papo. – falei me aproximando deles.

- Eu tenho que ir. Tchau. – minha irmã falou e foi embora.

Voltamos para o apartamento da Carly.

- Vou fazer compras. Querem ir comigo? – Spencer perguntou.

- Eu vou. – Carly falou.

- Vou acompanha-la. – falou Michael.

- Eu não tenho nada para fazer, então vamos. – falou Andy.

- Gibby! – falou Gibby indicando que iria.

- Eu.. – começou Freddie.

- Não, você vai ficar aqui comigo, pois eu estou cansada demais para sair. – falei.

Os outros saíram nos deixando sozinhos.

- O que você quer fazer? – ele me perguntou me abraçando.

- Está bom assim. – falei.

- Tudo bem então. – ele falou rindo.

- E eu prometo a partir de agora confiar em você. E não fica paranoica sempre achando que você me esconde algo. – falei.

Ele sorriu e me beijou.

A campainha tocou e ele foi atender.

- Desculpe, mas vocês conhecem o antigo morador do 8D? – a mulher perguntou.

- Sim, sou eu. – ele falou.

- É que deixaram essa correspondência na minha caixa. – ela falou entregando para ele um envelope.

- Obrigada. Desculpe qualquer coisa. – ele falou.

- Eu sei como é me mudar. Não tem problema. – ela falou e foi embora.

Ele fechou a porta e abriu o envelope.

Assim que ele leu começou a sorrir.

- O que foi? – perguntei curiosa.

- Nada. – ele falou guardando o papel.

- Como assim nada? – perguntei.

- Sério Sam, não é nada. – ele falou.

- Freddie Benson me diga o que você está me escondendo? – perguntei levantando já furiosa.

- E todo aquele papo de cinco minutos atrás? – ele perguntou debochado.

Eu comecei a persegui-lo pelo apartamento.

Como ele ainda não havia se recuperado do pé foi fácil alcança-lo.

- Me diga! – falei próxima ao rosto dele.

Ele simplesmente me beijou.

Assim que terminou o beijo ele inverteu nossas posições e começou a subir as escadas meio correndo.

- Não é nada Puckett. – ele gritou.

Me levantei irritada.

Ele me paga e com certeza eu vou descobrir esse novo segredo do Benson, ele que me aguarde.

     Fim???