Destiny Unknown - Destino Incerto

Capitulo IV

Meu corpo tremia como se eu fosse desmaiar a qualquer momento.Era um pedaselo,sim só podia...eu não iria me casar com Jacob,não iria....

– P-Pai...o senhor não está pensando em fazer isso pois não?_perguntei quase num sussurro,pois minha voz falhava.Meu pai contraiu os músculos da cara provávelmente se controlando.Apertou no meu braço com força,disfarçadamente.

– Seje educada por favor,é tudo o que peço._disse ele também sussurrando-me no ouvido.Fechei meus olhos e mordi meus lábios com força.Abri-os novamente e o fitei.O ex-escravo que me olhava com um olhar zombateiro,provávelmente desfrutando daquela situação ao máximo.Olhei-o atentamente.Tinha algo de diferente nele...não eram apenas as roupas caras que usara mas sim sua postura,altiva,mais confiante.O dinheiro o tinha mudado com certeza.

– Se não se importa Cullen eu gostaria de despachar logo isso,tenho assuntos a tratar se é que me entende._disse o desgraçado cruzando as pernas num olhar de desafio.Meu pai acentiu prontamente.

– Claro que entendo.Bem,para mim o casamento pode ser escolhido num dia á sua escolha.Quanto mais rápido melhor._sorriu ele,um sorriso que me fez arrepiar,não acredito que meu pai esteje-me "vendendo" áquele escravo.Jacob meneou um sorriso e prendeu seus olhos aos meus.

– Hoje._respondeu ele para o nosso estampo.

– Mas...já?_argumentou meu pai bastante surpreso por tal rapidez.

– Isso não é possível,ainda teriamos que comendar o vestido,preparar a capela...!_tentei argumentar olhando para Jacob furiosa que pelos vistos,ignorava minha histeria.

– Com o dinheiro que tenho posso alugar qualquer capela nesta cidade ainda hoje.Quanto ao resto,voces tratam disso.

– Com certeza._concordou meu pai fazendo-me olhá-lo incrédula.Jacob sorriu de satisfação e caminhou até a porta.

– Espero-vos á tarde e não se atrasem,detesto esperar._e dizendo isso,fechou a porta sem esperar que argumentassemos algo.Soltei meu braço com violencia olhando para o meu pai.

– Não acredito que concordou com tudo que aquele crápula disse!Esqueceu do que ele me fez meses atrás?

Papai levou a mão a testa coçando-a enquanto suspirava profundamente.

– Não Renesmee não esqueci,mas todos nós cometemos erros...

– Erros,se refere áquele acto brutal como erro?Como se atreve a oferecer-me para aquele homem daquele jeito,eu jamais,repito jamais irei me casar com aquele desgraçado!_e foi então que senti meu rosto sendo levado para trás.Levei a mão ao rosto,sentido a quentura devido o tapa que meu pai havera me dado.Lágrimas escorriam pelo meu rosto e o olhei sem acreditar de tal feito.Ele jamais me batera.

– Agora escuta aqui voce mocinha._disse apontando o dedo na minha cara._Eu tenho uma reputação a zelar,e não vou deixar de ter meus previlégios porque a minha filha mimada não faz o esforço de casar com o homem mais rico do país!

Mordi meus lábios,limpando as lágrimas num movimento brusco.

– O homem mais rico do país quase estruprou sua filha._meu pai sorriu em tal afirmação.

– Disse bem:quase._e foi até a porta,abrindo-a._Sue!

– Sim senhor?_disse,entrando logo de seguida.

– Leve Renesmee aos seus aposentos e prepare-a.O casamento dela se realiza hoje á tarde._disse ele saindo do escritório.Sue fixou a porta,incrédula por tal frieza.Senti mais lágrimas escorrerem desconpassadamente pelo meu rosto e não pude evitar cerrar os punhos.Sue veio abraçar-me._Prontos menina,não fique assim.

– Eu não quero me casar com aquele homem Sue,não quero,não quero!!_grunhi ensopando a farde de Sue que me consolava em seus braços.

– Não pense assim menina Cullen,Jacob é um bom homem._e foi então que meu corpo sofreu um choque.Afastei-me de Sue com brusquidão.

– É isso...ele quer se vingar..._falei mas infelizmente aquilo saiu mais alto que eu esperava.

– Vingar-se?Do que fala menina?_estranhou Sue.A olhei,limpando minhas lágrimas e tentando me recompor.

– Nada Sue,pare de ser curiosa que coisa....vou para o meu quarto pois como diz o seu patrão,o meu casamento se realiza esta tarde._dei meia volta e fui até meus aposentos,Sue preparou-me um banho quente e eu fiquei desfrutando-o não sei por quanto tempo.Minha cabeça fervelhava com tais hipótises.O jeito que Jacob me olhava era diferente,frio,distante,ele estava planeando alguma coisa com esse casamento mas o quê,eu não sei.A porta se abriu.

– Menina Cullen,a costureira acabou de chegar.

Enrolei-me com uma toalha e fui até meu quarto,onde Sue e uma mulher baixa me esperavam.

– Menina Cullen,apresento-lhe Alice Hale.Jacob mandou-a exclusivamente para tratar do seu vestido._apresentou Sue.A tal Alice sorriu para mim mas eu continuei estática.

– O senhor Black disse que tinha certa pressa por isso trouxe alguns vestidos já feitos,basta a senhorita escolher._disse ela colocando os vestidos em cima da cama.

– Gostou de algum menina?_perguntou Sue olhando para os vestidos maravilhada.

– Nenhum._respondi secamente,fazendo as duas olharem-me esbugalhadas.

– Mas o que diz menina,eles são todos lindos!Escolha um imediatamente,seu pai não gostará de saber que a menina continua com os seus desfrutes!_bufei e olhei para os vestidos estendidos na cama.

– Muito bem....escolho este._e apontei um que era mais bonitinho de todos.

–Ótimo,é o meu preferido.Vamos experimentá-lo?_perguntou Alice com sua voz irritante.Rolei meus olhos e despedi-me.Sue e Alice ajudaram a vesti-lo.Olhei-me para o espelho e o resultado final foi...considerável.

– Meu Deus menina,o vestido ficou-lhe muito bem.

– Eu sei disso Sue._respondi,sentando-me na cama.

– Será a noiva mais linda que estas terras já viram!_disse Alice olhando para o seu trabalho admirada.

– Eu sei disso também...pena que não possa falar o mesmo do noivo.

– Ah aí é que se engana,o senhor Black é um homem bastante atraente e o seu fato também é explendido!_com essa tive que me rir.

– Ha-ha-ha,sim imagino o escravo com um fraque,aposto que se sentiria mais confortável com um saco de batatas!

– Menina Cullen,comporte-se,olhe os modos!_ralhou Sue acompanhando Alice para fora.

Voltei-me a mirar ao espelho.Estava perfeita,mas eu queria estar perfeita no meu casamento com o Nahuel.Será que ele já sabe?Será que irá aparecer no meu casamento?Se isso acontecesse eu não iria aguentar...

4 horas depois...

Sue veio acompanhanda com Mandy,uma outra escrava mais jovem e as duas ajudavam-me a preparar-me para o casamento.Mandy penteou-me enquanto que Sue colocava um pouco de pó de arroz no meu rosto.De seguida as jóias , o boquê e finalmente...estava pronta.

– Está na hora menina._disse Sue um tanto receosa.Ela mais que eu sabia que Jacob aprontava alguma coisa e estava receosa por mim.Acenti a custo e desci com as duas.Meu pai me esperava no andar de baixo já pronto para a cerimonia.

Entramos no coche e rumamos até a capela.Meu pai estava mais calado que o costume e tinha uma expressão estranha.Perguntava-me se ele finalmente se dera conta que estava prestes a entregar sua filha a um qualquer mas eu tinha consciencia que ele jamais iria anular o casamento.O dinheiro e os privéligios eram mais importantes para ele que a sua filha única.

Continuei observando a paisagem e meu coração batia descompassadamente assim que nos aproximavamos do local.

Paramos á frente da capela escolhida justamente por Jacob e meu pai ajudou-me a descer.Minhas pernas tremiam terrivelmente e se minha mão não tivesse apoiada no braço de meu pai eu provavelmente cairia.Demos os primeiros passos,seguindo a diante.

– Filha?_disse meu pai para o meu espanto.Olhei-o._Só quero que saiba que isto que estou fazendo é para o seu bem e por mais que pense que estou sendo um monstro eu sei que voce irá me agradecer um dia._e então olhou para mim com os olhos marejando.Aquilo cortou o meu coração e todo ódio e rancor que estava sentindo por ele,desvaneceu-se e acenti sorrindo para ele,deixando que ele me guiasse até a capela.

A porta se abriu e percorremos um enorme tapete vermelho e a marcha nupcial iniciou fazendo com que os convidados se levantassem e me encarassem.

Eu não conhecia nenhum daqueles rostos mas fiquei imensamente grata ao ver que Nahuel não se encontrava entre eles porque senão eu esqueceria de tudo e fugia com ele naquele mesmo instantes.A capela estava decorada com rosas vermelhas e cálices dourados dando uma certa elegancia ao local.Olhei para frente e vi Jacob esperando-me no altar.Meu ar simplesmente fugiu-me dos pulmões.Alice tinha razão.Jacob trajava um fraque preto fazendo com que os seus músculos se evidenciassem cada vez mais,estava bastante elegante para dizer a verdade.

Seus olhos negros prenderam-se em mim e sua expressão era uma incógnita para mim.Não sabia se ele estava ancioso ou se queria fugir daquilo tal como eu.Meu pai depositou um beijo doce nas costas da minha mão e entregou-me a Jacob meio que a contra-gosto.Jacob tomou a minha mão e um choque electrico percorreu meu corpo,tentei segurar as lágrimas que ameaçavam cair com brusquidão.Sua mão era quente e me apertava com força como se quisesse me mostrar que eu estava "nas suas mãos".

Nos ajoelhamos diante ao padre para que a celebração começasse.Podia ver de relance aqueles olhos negros sobre mim,aquele mesmo sorriso maldoso brincando em seus lábios,desfrutando do meu desespero.

Meu primeiro instinto era de me levantar e sair correndo sem rumo,mas olhei para o meu pai e me conti.Não podia decepcioná-lo e com certeza não podia deixá-lo na miséria.

–Cristo vai abençoar o vosso amor conjugal. Ele, que já vos consagrou pelo santo Batismo, vai agora dotar-vos e fortalecer-vos com a graça especial de um novo sacramento para poderdes assumir o dever de mútua e perpétua fidelidade e as demais obrigações do Matrimônio. Diante da Igreja, vou, interrogar-vos sobre as vossas disposições. Jacob Ephraim Black, é de vossa livre vontade e de todo o coração que pretendeis fazê-lo?

–Sim. – Jacob respondeu prontamente, com um sorriso vitorioso iluminando seu rosto.

–Renesmee Elizabeth Carlie Cullen.- o padre continuou dessa vez me fitando atentamente, ao pronunciar as mesmas palavras que pronunciara a Jacob anteriormente. - É de vossa livre vontade e de todo o coração que pretendeis fazê-lo?

O silêncio se alastrou pela pequena capela, todos o pares de olhos ali presentes estavam voltados a mim, inclusive os de Jacob e de meu pai,o primeiro não escondia a irritação pela minha demora enquanto que meu pai receava que eu desistisse á ultima da hora.

–É de vossa livre e espontânea vontade, Srta.Cullen? - o padre apressou - me impaciente, trazendo-me de volta a realidade.

– S-Sim._respondi com a voz tremula,observando Jacob arquear a sobrancelha de satisfação.Meu pai deu um leve suspiro e sorriu para mim.Era decisivo:as portas do inferno tinham-se aberto para mim.

– Então eu vos declaro marido e mulher. Pode beijar a noiva._meu coração palpitou com tais palavras,foi assim que tudo tinha começado.Jacob deu um passo á minha direcção,levou sua mão ao meu queixo,apertando-o com uma força totalmente desnecessária fazendo-me grunhir.Fixou-me e ainda com os olhos abertos depositou seus lábios fortemente nos meus.Uma corrente electrica percoreu-me,não sabia se era de medo ou se de facto o beijo de Jacob mesmo rude despertava algo em mim.

No mesmo instante ele afastou-se de mim abrutamente com uma expressão ainda mais fria no rosto.Arfei sentindo um arrepio.Os convidados acenaram satisfateitos enquanto que meu pai continuava sério talvez se questionando se não seria melhor a pobreza que aquele matrimonio forçado.

A festa logo após a cerimônia aconteceu na mansão de meu pai.Sue e Mandy tinham cuidado dos minimos detalhes e estava simplesmente perfeito,elas vieram nos parabenizar juntamente com o resto dos convidados que bajulava descaradamente Jacob.Eu já estava farta de tanto fingimento e de sorrisos falsos.

– Está na hora,despeça-se do seu pai e vamos embora._disse Jacob vindo até mim do nada.

– Não seria prudente sairmos assim antes dos nossos convidados querido marido._falei bastante ironica mostrando-lhe que por mais dinheiro que ele tivesse jamais se comportaria como um cavalheiro.

Jacob se virou para mim com a cara trancada,aproximando-se do meu rosto.

– Acho que não me ouviu...eu disse,está na hora,estou te esperando no coche._e sem mais delongas,caminhou até o portão.

– Grosso,mal-educado!_grunhi para dentro de mim.Fui até meu pai que conversava alegremente com um homem.

– Pai?_ele se virou prontamente._Vim despedir-me.

– Vou acompanhá-la até ao coche minha filha._disse e assim o fizemos.Jacob já se acomudava na carruagem e nem se limitou a nos olhar.

Meu pai olhou-me e me deu um abraço com força._Seja feliz minha filha.

– Acho que ambos sabemos que isso será impossível papai._falei e continuamos nos fitando com um olhar triste.

– Cullen!_a voz grave de Jacob se pronunciou,já estava impaciente.

– Só um minuto Jacob por favor._disse sem desviar o olhar de mim._Lembre-se de que eu estarei aqui sempre e não hesite em me falar se ele te causar algum mal.

Acenei e meu pai ajudou-me a subir na carruagem.Jacob e ele trocaram um breve olhar nada agradável .

– Siga em frente Embry._ordenou Jacob ao cocheiro,acumudando-se.

Um silencio constrangedor tinha-se instalado mais da minha parte,era bastante intimidante estar frente a frente com Jacob num espaço tão minúsculo.Este ficou calado a viagem toda apenas observando a miragem,achei que a primeira coisa que faria fosse me atirar na cara que os papéis se tinham envertido e que agora eu estava dependente dele mas não foi isso que aconteceu.O coche parou e Jacob prontamente,saiu sem me esperar muito menos sem me ajudar a sair da carrugem.O cocheiro veio até mim,estendendo-me a mão.

– Finalmente uma pessoa com modos!_gritei para que ele me ouvisse mas ele já tinha entrado na mansão.O tal Embry sorriu.

– Acalme-se senhora Black,Jacob é assim mesmo.

– Jamais ouse me chamar de "senhora Black" e....refere-se ao seu dono pelo primeiro nome?_perguntei ultrajada.Ele tal como Jacob,era moreno,e alto mas mais magro.Este sorriu.

– Achamos que não seria conveniente tratar como domo um que já foi como nós.

Engoli em seco.Nem dá para acreditar que um escravo tenha herdado tamanha herança.Em que mundo estamos?

Entrei pela casa e encontrei Jacob falando alguma coisa para as escravas.Uma delas era alta como ele,morena e bastante bonita.Nossos olhares se encontraram e ela olhou-me com um certo...ódio?Como aquela escrava inutil se atreve a olhar-me assim?Passei por elas de queixo erguido e parei á frente de Jacob que arqueou a sobrancelha.

– Pelos vistos o vosso dinheiro não lhe trouxe modos,continua o mesmo grosseiro como dantes.Como se atreve a me deixar no coche sozinha sem me ajudar a descer?

– Tem pés não tem,então use-os!_disse ele de modo grosseiro,fazendo as escravas rirem.Enervei-me com aquilo.

– Pois saiba que é tradição o noivo carregar a noiva até o quarto caso não saiba,creio que na herança não veio com as regras de etiqueta!_e então senti seus braços fortes me levantarem sem qualquer esforço como se eu fosse de papel.Levei minha mão até seu peito afim de me apoiar pois Jacob subia as escadas demasiado depressa como se fosse uma besta.Abriu a porta com um chute e atirou-me na cama sem cuidado nenhum.

– Tenha cuidado seu animal,podia me ferir!_olhei para o quarto que era bastante pequeno para ser a suite principal._Este é o nosso quarto?

Jacob gargalhou com aquilo.

– Nosso?Não,é seu querida esposa._e dirigiu-se até a porta.

– C-Como assim,o que quer dizer com isso?Iremos dormir em quartos separados?

– Claro,acha mesmo que eu iria suportar sua presença no meu quarto?Não me iria deixar dormir tranquilo.E porque essa preocupação toda,queria dormir comigo é isso?_perguntou com um sorriso travesso,caminhando até mim.

– N-Não,que pergunta!Eu só quis..._e parou mesmo á minha frente,seu hálito quente batendo contra meu rosto fazendo-me tremer.Jacob levou mais uma vez sua mão ao meu rosto,apertando-o com força e aproximando-o um pouco mais do seu rosto.

– Eu apenas irei encostar em voce,quando me implorar de joelhos...pelo meu toque novamente e acredite que mais ninguém acreditará que eu tentei abusar de voce._e me largou novamente na cama.Arfei,ajeitando-me ao máximo.

– Isso jamais acontecerá!_falei em plenos pulmões.Jacob parou na porta,sorrindo.

– Isso é o que pensa.Se quiser alguma coisa pode pedir a um dos escravos,mas com gentileza senão acabará no tronco._disse ele troçando da minha cara e fechando a porta.

Peguei num vaso que estava perto e taquei contra a porta devido a enorme raiva que contia no meu corpo.Ele está muito enganado se pensa que eu irei me ceder a ele,isso jamais!

Continua...