Plus Que Ma Propre Vie escrita por Priih_Cullen, Priscila Stewart


Capítulo 4
Braços Vazios de Novo, Não.


Notas iniciais do capítulo

Hey...Como estão??
Capitulo novo e o próximo já esta quase terminado, depende de vocês quando vou postar novamente.
O/S novas ficarei feliz, se vocês darem uma passadinha por lá e deixar suas opiniões.
https://www.fanfiction.com.br/historia/227909/One_Shot_Always/
https://www.fanfiction.com.br/historia/234866/Love_You_Till_The_End/
Nos vemos no N/A
Enjoy!!



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’E eu me dei conta com uma penetrante sensação de desespero, que não havia jeito daquela criatura divina ter sido feita para viver ao meu lado. ’’

-Um bebê... Sério?! Meu Deus Edward você... Você tem que está brincando. – gaguejei surpresa.

Como assim um bebê na minha porta?!

Eu tinha acabado de ter um bebê morto, e apenas para fazerem escárnio e tripudiar da minha dor, puseram uma criança aqui.

Sai de sua frente lhe dando passagem, Edward entrou com uma cesta molhada com um embrulho chorão dentro dela.

-Oh... Meu Deus Bella é um bebê... – falou apavorado pela segunda vez.

Ele cuidadosamente tirou o pequeno embrulho vestido com uma manta fininha de dentro da cesta desajeitadamente e o balançou, instantaneamente a criança parou o choro compulsivo, e continuou apenas choramingando.

E aquela imagem a minha frente estava me deixando sem saber como agir.

Continuei ali parada, na realidade atônita vendo-o desesperado para cuidar daquela criança, eu sequer me mexia ou respirava. O que estava acontecendo comigo?!

Eu queria que a minha mente fosse rápida o bastante para entender do, por que haver uma criança em minha porta e conseguisse captar um significado plausível para isso, contudo a minha mente não passava de um nevoeiro escuro, nublado demais para conseguir tal proeza.

Somente sair daquele transe quando ouvir sua voz penetrante tirar-me de minhas divagações.

-Segura ele Bella... –estendeu o pequeno embrulho para mim.

Num ato de covardia ou aversão não ao bebê, mas sim aquela situação, bizarra e ao mesmo tempo deprimente, achei melhor não segura-lo.

-Deita, ele no sofá.

E foi o que o meu marido fez, deitou o bebê no sofá e saiu correndo atrás de algo que eu nem perguntei o que era.

Sentei próxima a criança, e constatei que o seu macacãozinho estava bastante molhado por causa da chuva.

Pisquei algumas vezes, olhando-a jogar às mãozinhas e os pezinhos para o ar em sua inocência. Sem entender o real motivo de estar na casa de desconhecidos. E um bolo enorme se formou em minha garganta. A vontade de chorar me bateu como um grande soco em meu estômago, deixando-me completamente sem ar.

Resolvi fazer algo e não deixar aquela criatura morrer de hipotermia.

 Peguei o embrulho barulhento em meu colo e comecei a despi-lo, aquele corpinho molinho e frio estava tremendo. E eu me apiedei de sua condição.

-O que você está fazendo? – perguntou Edward do final da escada com um edredom grosso branco.

-O bebê esta tremendo Edward, é melhor ajeita-lo em seu corpo, o calor humano esquenta mais rápido.

Edward sentou-se no sofá tirou a camisa que usava, jogando-a em algum canto qualquer, deixei o bebê apenas de fralda e o no peito do Edward que alisava suas costinhas esquentando-o.

Sai correndo para o quarto do meu Tony, apesar de que eu não querer me desfazer de nada que era do meu filho, não deixaria aquela criança morrendo de frio, que tipo de ser humano seria eu se fizesse isso?! Eu seria igual ou pior do que a sua mãe.

Peguei um macacãozinho verde claro, uma manta branca e abrir um pacote de fraldas entre tantas que havia ali e tirei uma, abrir o armário ainda intacto e tirei tudo para lhe dar um banho quente.

Entrei em meu quarto o mais rápido que minhas pernas podiam andar, primeiro eu queria esquentar o bebê, segundo não queria ficar muito tempo no quarto do Tony. A dor da perda era recente e doída demais.

Ajeitei as coisas do bebê em minha cama e enchi a banheira com água morna, corri para porta gritando para que o Edward subisse imediatamente.

Do jeito que o pobrezinho estava molhado e frio, era bem capaz dele ter uma hipotermia.

Em menos de um minuto Edward estava no quarto com a criança deitada na cama, tirando sua fralda.

-É uma menina. - comentou Edward sorrindo, até então só tratávamos a criança como sendo do sexo masculino...

Sorri também, uma garotinha. Antes de sabermos que o nosso bebê era um menino, achávamos que era uma menininha. A garotinha de cabelos cacheados dos sonhos do meu marido.

O jeito que Edward a olhava, por um momento me deixou enraivada. Ali não era o nosso bebê. Aquela garotinha era apenas uma criança qualquer, que não devia ter nenhum apelo sobre nós.

Fechei os olhos respirando fundo, tentando cantar um mantra em minha mente. ‘’Ela é apenas um bebê inocente não tem culpa de nada’’

‘’Ela é apenas um bebê inocente não tem culpa de nada’’ acho que pensei e focalizei nesse mantra umas dez vezes antes de abri os olhos e deparar-me com uma cena que me deixou com o coração estilhaçado.

Ali deveria ser o NOSSO bebê. Uma imagem perfeita estava sendo visualizada por mim. Depois de amamenta-lo devidamente, seu pai o botaria para arrotar e brincaria com ele até que Tony fosse vencido pelo cansaço e acabasse adormecendo. Ele ali conversando com aquele bebê que NÃO era o nosso, me fazia lembrar todas as noites em que o nosso Tony chutava e Edward buscava um carrinho Matchbox  de sua coleção –basicamente intocável por ser raras, coisa apenas de colecionador- e levava até minha barriga e ficava subindo e descendo. Eu não poderia ser mais feliz que naquela época. Aquela era a cena em que o Edward esta alisando os cabelos finos do bebê eu queria ver dia a pós dia quando o NOSSO filhinho nascesse.

Contudo não era o nosso filho que estava ali e sim uma criança que eu nem sabia a origem.

Pensei em um momento de esquecer o banho e correr para o telefone e ligar para a delegacia. Era o certo a se fazer não é?! Entretanto me parecia tão cruel.

‘’Ela é apenas um bebê inocente não tem culpa de nada’’ o mantra dançava em minha mente deixando-me apaziguar inteiramente por dentro. De uma maneira estranha me incomodava a atenção que o Edward dava a pequena estranha.

-Vem logo Edward... –bradei da porta do nosso banheiro.

Ele segurou a criança com todo o cuidado quando lhe tirou de cima da cama, mas ainda assim desajeitadamente, normal para um homem que nunca estivera com uma criança.

Seguimos para o banheiro, e Edward entregou-me o pequeno embrulho frágil que estava inquieto, ainda meio relutante a peguei, sabia que ele não saberia fazer isso, não que eu também soubesse, mas ajudei um par de vezes minha cunhada Rosalie a dar banho na pequena Kathy logo quando ela fez à cesárea e nem se mover podia direito, eu ajudava, pois era a mais próxima da família naquela cidade. Ajeitei seu corpinho em meus braços e me debrucei na banheira para começar a banha-la com cuidado.

O banho não demorou muito, ela estava agitada e também a temperatura do seu corpo elevou um pouco mais a deixando quentinha e mais corada.

Enrolei-a numa toalha limpa e a levei em direção a minha cama, onde depositei as coisas para a bebê.

Edward sentou-se ao meu lado enquanto eu me ajeitava na disposição que podia para vestir a fraldinha e logo em seguida pôr em seu corpinho um macacão de algodão da ThreeSillyKitties uma das lojas que Rosalie estava alucinada quando a pequena Kathy teve alergia a fibra de lã, por isso ela só comprava roupa que fosse 100% algodão orgânico. Então quando descobri minha gravidez, ela nos encheu de macacõezinhos dessa marca.

No macacãozinho estava escrito em cores amarelas e verdes escuras contrastando com o verde claro da peça. ‘’ ''I'm the Bee of Mommy'' as lágrimas inundaram meus olhos mesmo sem a minha permissão. Não apenas por minha dor, mas pela menininha de olhinhos azuis penetrantes me olhando com atenção. Algo em mim chamava sua total atenção, me sentir inquieta de primeira, mas depois relaxei. Talvez ela não tenha tido esse cuidado ao longo de sua vidinha.

-Agora você está limpinha e quentinha... Hm?! –seu olhar era totalmente desconcertante. Quebrei o seu olhar do meu, e elevei minhas vistas para o homem debruçado na cama que nos olhava afetado.

-Edward?!

-Vocês duas...São tão lindas assim...

Ignorei totalmente o que ele falou. Eu estava cansada demais de amar alguém que foi me tirado abruptamente e não iria agora me apegar a essa criança sendo que daqui algumas horas nem em meus braços ela estaria mais.

E essa constatação não sei por qual motivo não me fez bem.

Segurei-a em meus braços embalando-a e logo, os olhinhos entreabertos do bebê se fecharam, para ir ao mundo dos sonhos, quer dizer, será que bebês sonham?! Indaguei-me.

Parecia que meus braços se moldavam a ela, o bebê se aconchegou tão gostoso em meu corpo que suspirou pesadamente. Parecendo cansada demais.

Quando a sonolência resolveu lhe tomar, sua boquinha em forma de coração fez um perfeito ‘’O’’ e eu sorri abobalhada para a sua despreocupação com que se passava ao seu redor.

Oh Céus tão linda ali em sua inocência. Suspirei admirando-a.

-A mãe se isso pode ser chamado de mãe, deixou algo na cestinha dando-nos uma pista?! – perguntei totalmente centrada nas caretinhas que o bebê fazia. E sorri, mesmo com uma vontade absurda de chorar.

Como não obtive respostas do meu marido mirei seus lindos orbes azuis e ele babava totalmente no anjinho em meus braços.

-Edward?! – O tirei dos seus devaneios.

Seus olhos brilhavam do bebê para mim. Amaldiçoei-me por não ser capaz de dar um filho a um homem como ele.

Mas o jeito que ele sorriu para nós duas me deixou sem chão, eu não iria deixar essas vértices malditas caírem agora.

Não, mesmo!

-Hãm?! Há... Sim, vou olhar. – saiu correndo feito um furacão, e voltou tão rápido como um tornado.

-Amor, a bebê. – alertei.

-Desculpe amor. – sussurrou.

Balançou um bilhete bem encardido e borrado para que eu pudesse ver.

Assenti. O incentivando a prosseguir.

Ele segurou o pedaço de papel com as duas mãos, começando a ler devagar.

Oi... Bem, nem sei como começar direito isso.

Meus pais me expulsaram de casa assim que descobrir tá esperando essa criança...

Onde eu moro agora crianças não teriam uma vida saudável e segura ... Também não a quero, não me entendam mal, eu sou apenas uma garota de quinze anos, não sei ser mãe, não quero ser mãe. O pai dela também não a quer, ou seja, eu nem sei o que fazer com ela.

Não quero essa criança, ela só vai atrapalhar a minha vida mais do que já atrapalhou.

Se estiverem interessados em saber, ela tem duas semanas de vida.

Espero que fiquem com ela, mas se não a quiserem podem manda-la para o conselho tutelar não me importo.

Mas espero que alguém legal adote-a.

PS: Bebê me desculpe.

-MAS QUE FILHA DA PUTA...- gritou Edward transtornado. – JOGOU A CRIANÇA COMO UM BRINQUENDO VELHO QUEBRADO...- andou de um lado para o outro do quarto transtornado.

-Edward...- chamei sua atenção.

-Bella...- respirou fundo tentando se conter, mas sem obter muito sucesso.- a merda dessa garota, abandonou esse ser indefeso...NO MEIO DA CHUVA E DO FRIO.

-Calma amor, vai acordar a bebê... – sussurrei, sentindo o meu peito afundar. Tão pequenina e já tão sofredora.

Eu nunca tinha visto o meu marido decomposto daquele jeito, mas não era para menos, como podiam botar uma coisinha daquelas no mundo, e simplesmente descarta-la como algo sem serventia?!

-Bella, ela só é um bebê. – aproximou-se de nós, dando um beijo cálido na cabecinha loira.

-Eu...eu sei. – olhei para o seu rostinho sereno, tão perfeita em meus braços, parecia que havia sido feita para eles.

-Edward, não podemos ficar com ela, temos que ir numa delegacia ou sei lá o que...- falei de supetão me embolando em minhas próprias palavras.

No olhar do meu marido havia duas coisas, pelo menos as quais eu pude identificar. Surpresa e decepção. O que ele queria que eu fizesse?!

-Toma ela. - entreguei-a e quando ela não mais sentiu o calor dos meus braços, resmungou um pouco, mas Edward tratou de acalenta-la. –Vou me trocar para irmos, tudo bem?! – ele assentiu um pouco desconcertado, mais ainda assim sorrindo para o bebê, contudo um sorriso tristonho.

Entrei em meu closet para procurar uma roupa decente – fazendo-me largar os trapos em que eu estava vestida- sem realmente ver o que tinha ali, já que as lágrimas que eu não permitir que caísse na frente dos dois, eu estava derramando agora em abundância. Não pude conter também os meus soluços audíveis. Droga!

Bati a porta com raiva. Por que acontecem essas coisas comigo?! Porque pela segunda vez em tão pouco tempo eu teria um bebê tirado dos meus braços desse jeito?!

O máximo que conseguir fazer foi tirar minhas roupas e joga-las em um canto qualquer, quando sentir-me cansada de tudo e joguei-me no chão encostando minha cabeça na parede.

Chorei por tudo ali, por tudo que não foi e poderia ter sido, por meu bebê morto, por esse bebê que mal veio ao mundo e já sofria abandonada. Chorei pela minha real situação, eu me sentia inútil por não poder fazer nada por aquela criancinha que estava naquele quarto sendo embalada por meu marido enquanto adormecia achando que estava tudo bem, quando na realidade não havia nada bem ali.

Agradeci mentalmente por Edward não resolver entrar naquele local e me ver naquele estado. Sentada no chão, nua segurando as roupas que eu ainda iria vestir chorando, mas não um choro qualquer e sim um choro de dor, impotência que abarcava todo o meu ser. Essa angustia me maltratava empatando a passagem de ar e envolvia todo o meu machucando coração.

Apenas comecei a me controlar, quando um chorinho insistente de bebê fez com que um formigamento característico se fez em meus seios e eles começaram a soltar apenas um pouco de liquido esbranquiçado. Aquilo era realmente estranho. Há alguns dias com a ajuda de Edward -claro de forma natural- a todas as manhãs e noites ordenhamos o leite, de forma manual e consequentemente ele aos poucos parou de vazar e como não havia nenhum tipo de estimulo ele parou de produzir. Aquele bebê sequer meu era, porém o seu choro estava instigando os meus dutos mamários.

-Estúpidos hormônios. – murmurei, levantando e vestindo a calça e a blusa que estavam em minhas mãos.

Entrei no banheiro sem sequer olhar para eles dois. Eu não poderia e nem conseguiria olha-los sem que meus condutos lacrimais me denunciassem. Edward permanecia sentado com a ela em seu colo chorando, mas sua aparência não parecia tão calma, ele estava nervoso.

-Bella?! Eu acho que ela esta sentindo algo. - ele berrou quando o choro da menina ficou mais forte.

Joguei uma água fria no rosto e seguir de encontro a eles. Sentei ao seu lado da cama e ele me passou a menina.

-O que você tem?! Hein?! – perguntei para ela.

Seu choro descontrolado havia passado completamente e eu me vi sorrindo para ela.

-Parece que ela gosta dos seus braços. -Verbalizou nos encarrando com as mãos no bolso. –Preciso ligar para a policia... Eu acho. – encarou o chão.

-É. – foi à única coisa que conseguir dizer.

-Eles acharam um abrigo para ela. – de um jeito bizarro aquilo me doeu novamente, meu coração estava do tamanho de uma pequena ameixa.

Quando eu ia retrucar, para ele não ter tanta presa, afinal estava chovendo muito lá fora e não era nada bom para os seus frágeis pulmões toda aquela friagem. Porém, algo mais incrível chamou minha atenção.

O pequeno embrulho em meus braços fazia movimentos com sua minúscula boquinha de coração enquanto disparava ‘soquinhos’ no ar. Seu rosto começou a se avermelhar e ela estava ficando irritada e o seu choro viria logo. Dito e feito.

Seu choro fez efeito novamente nos meus estúpidos peitos, mas vazaram muito mais do que quando eu estava no closet.

Sua boquinha encostou-se em meu mamilo e eu me assustei.

-Eu acho que ela esta com fome. – sussurrou meu marido sentado ao meu lado, segurando os pezinhos miúdos cobertos pelo macacão.

-É eu percebi. - falei gentilmente, mas sem ter a menor ideia do que fazer.

Vi em seu semblante certa perspectiva por minha parte, como ele não via nenhum tipo de prosseguimento, mesmo olhando claramente para o bebê e para a explosão que manchava minha camisa azul de leite.

-Oh...Não, não...Nem pensar! – fui sucinta.

-O que é que tem?! Não é como se ela fosse te matar depois disso.

-NÃO, EDWARD.- fitei-o, não com raiva, mas talvez com uma pontada de rancor.

-Ela é apenas um bebê com fome, mas já que isso não toca o seu coração... Dá-me ela, que eu vou procurar algum lugar aberto para comprar um leite...Um misero leite para que essa pobre criança não morra de inanição.

Vociferou tentando tirar o bebê de mim. Pisquei algumas vezes por seu total descontrole e recuei com ela encostada a mim para a cabeceira da cama.

-Desculpa meu amor. – eu assenti para sua expressão torturada, Edward nunca foi de levantar a voz. – É que... Deixa pra lá.

-Não é fácil, Edward... - falei num fio de voz. Pedido aos céus para que ele ouvisse, pois eu não estava confiando em minha fala novamente para dizer aquelas palavras.

-Eu sei que não é... - aproximou-se e passou a fazer movimentos circulares em meu joelho. – só me desculpe... Só isso...

Senti uma leve pressão em meu mamilo ainda coberto e olhei para aquele rostinho perfeito. Ela estava roçando à boquinha em meu peito, ela tentava mamar mesmo sob o tecido.

Sem pensar em mais nada, apenas levantei a minha blusa manchada e deixei com que a pequena tomasse o seu alvo desejado. Sentir uma fisgada quando sua boca tomou em seus lábios em formato de coração o meu mamilo, mas longe de sentir dor, era algo diferente. Apenas acarinhei sua cabecinha com poucos fios loiros.

-Isso...Isso...Não é fácil ...- me amaldiçoei novamente por meus malditos hormônios estarem interligados aos meus dutos lacrimais. –amanhã ela não estará mais em meus braços.- solucei.

Aquela era uma família que eu sempre idealizei-Edward, Tony e eu. - que eu não tinha. Tudo se passou como um doce sonho, que deixa apenas um gosto amargo depois por você ver que nada daquilo era real. Era só um sonho.

-Não é...- continuei. Mas falhei mortalmente quando vi os olhos do homem que eu amava cheio de lagrimas. – Não é justo comigo... Não é justo com a gente ter outro bebê tirado de nós.

A tensão foi dissipada quando a bebê suspirou alto –como se tivesse cansada- mas continuava mamando com energia. Nós rimos.

Sua boquinha pura sugando meu seio deu-me um relance de como poderia ter sido se o Tony tivesse aqui. Mas ele não estava e de certa maneira eu tinha que me conformar. Eu não tinha escolhas.

Segurei sua mãozinha que repousava despreocupadamente em meu peito e levei aos meus lábios beijando-a. O efeito de tê-la ali mamando era indescritível, tão despreocupada. Tão inocente. 

-Não sei se algum dia te verei novamente pequena, mas se não...Saiba que você é uma princesinha, sim?!

Pendi a cabeça para trás aproveitando todas as sensações, provavelmente amanhã eu não amamentaria ninguém, meus braços estariam vazios.

-Bella... - seu olhar era cheio de significados e as pronuncias de cada palavra alentou meu coração. – Nós podemos lutar por ela.

-Eu...Eu...Não, sei se quero. – falei com sinceridade, olhando no fundo dos seus olhos. Quase podendo ler sua alma e vendo ali algo que eu não saberia identificar ao certo, talvez tristeza ou decepção. Contudo, foi nos olhos azuis e expressivos do bebê em meus braços que eu me perdi senti meu coração se contrair só em imaginar nela em outros braços que não fosse os meus.


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Notas finais do capítulo

Bom...Muito obrigada as pessoas que estão comentando. Isso é de suma importância para o autor. Sei que muitos leem e não se dão nem ao trabalho de comentar, mas como vou saber a opinião de vocês no rumo dessa estória?!
Enfim...Mereço reviews?! Recomendação é apenas consequência e se vocês gostarem claro. ;)
Criticas, reclamações,elogios e etc... http://www.formspring.me/PriihBeatriz
@PriihCullen
Beijos!!
Priscila =}