TRIIIIIIIIIIIIIIIIM, TRIIIIIIIIIIIIIIIIM, TRIIIIIIIIIIIIIIIIM – tocava o despertador, em ponto, as 8 horas da manhã.

Era domingo, o dia amanhecia claro, com um pouco de sol lá fora. Continuava frio do mesmo jeito, e, para a felicidade de todos, Liam esquecera de tirar o despertador que havia colocado para o outro dia. Gênio, não?

- PUTA MERDA LIAM, O QUE VOCÊ TEM NA CABEÇA? – gritava Niall, levantando revoltado.

Liam acordara com os gritos do amigo, e foi tentar acalmá-lo.

- Hey dude, acalme-se. – disse o próprio – Foi sem querer, me desculpa.

A vontade de Niall era de enfiar a cabeça do amigo dentro de uma panela. Mas não iria fazer isso, porque não sabia onde as panelas ficavam. Brincadeira. Ele era uma pessoa boa.

- Liam, só não te bato porque tô cansado. – dizia Niall, rindo – Agora perdi meu sono, legal hein?

- Relaxa, amigão. – Liam respondia – Eu tô acordado também.

Falando em acordado... Harry e Jullie dormiam feito pedra. O despertador pra eles nem exista, ou se existia, fora enfiado no meio do sonho. Os dois não faziam um movimento se quer, dormiam feitos duas crianças.

Niall e Liam ficaram acordados, não conseguiam mais dormir. Comeram, andaram, pularam, falaram, tomaram banho, comeram outra vez e nada dos dois acordarem.

- Chega. – disse Liam, olhando para o amigo – Vou acordar esses dois, já são quase 3 horas da tarde!

O garoto saía da cadeira que estava sentando, dirigindo-se para o local aonde os dois dormiam. Gritou 3 vezes, nada feito. Tentou gritar mais uma, com uma voz extremamente alta e não obteve resultados.

- Jullie não quer que eu use música, certo? – disse com uma voz maliciosa – Então eu vou ter que tomar outras providências.

Niall observava-o com um toque de medo no olhar. Tinha certeza que o amigo ficaria levemente “encrencado” com Jullie, pois mesmo convivendo com ela nesse pouco tempo, já conhecia a garota como a palma de sua mão.

“Mas que merda!” – Liam pensava.

E então, sem mais nem menos, começara a pular, nos colchões que os dois dormiam. Pulou uma, duas, três vezes, e por fim, os dois levantaram, com aquela cara de “você não fez isso”. Liam gargalhava, acompanhado de Niall.

- Liam, você tem problemas? – perguntava Jullie, com aquele ar de brabeza no ar – Você não fez isso, fez? Eu acho que você devia ir pra uma clínica, sabe? Você é louco, garoto! L-o-u-c-o!

- Bom dia pra você, pequena! – disse o garoto, e mesmo após toda essa bronca, sorria – Eu também te amo.

- Eu vou pro meu quarto, tchau pra vocês. – disse Jullie, já subindo a escadaria.

- Liam, eu vou te matar. – disse Harry, que também levantara revoltado – Eu tava tendo um sonho tão bom...

- E qual era? Emma te pedia em namoro? – Niall perguntava, rindo.

- CALA BOCA HORAN! – respondia o garoto.

Sentaram-se os três no sofá, ligaram a TV. Já se passara da 3 horas da tarde. Liam sabia que seus pais voltariam hoje, então teria que arrumar a casa. Os meninos iam embora as 5, pois no dia seguinte tinham aula, e seria o primeiro dia de Jullie.

Guardaram os colchões, lavaram a louça, dobraram os cobertores e lençóis que tinham pego, deixaram a sala brilhando. Já era 4 e meia. A tarde tinha passado rápido, principalmente para Jullie e Harry, que dormiram praticamente o tempo inteiro.

- Dude, vou pra casa. – anunciava Niall – Harry, quer uma carona?

Harry e Niall moravam próximos um ao outro. Niall morava a um quarteirão de distância de Harry, moravam praticamente juntos.

Harry fez que sim com a cabeça, e os dois despediram-se de Liam.

- TCHAU JULLIE! ATÉ AMANHÃ. – Harry gritava da sala.

E os dois saíram da residência dos Payne.

TRIIIIIIIIIIIIIIIIM – o celular de Liam toca.

- Alô? – perguntava.

- Hey, dude! – conhecia aquela voz animada, era de Louis.

- Ah, olá Louis. – falava – Porque não veio ontem, Tomlinson?

- Ah... – respondia com a voz baixa – Motivos.

- Porque está falando baixo, hein? – disse rindo – O que você aprontou?

- Dessa vez? Nada. – falava aliviado – Pode se soar estranho de mim, mas dessa vez eu não fiz nada.

- Duvido! – respondia rindo – Daqui um tempo quero descobrir os motivos, hein.

- Futuramente, você vai descobrir. – disse com uma voz maliciosa – Futuramente, meu caro amigo.

- Tudo bem então! – respondia – Só para de falar assim, está me assustando.

- Como você é gay, Liam. – falava, rindo da cara do amigo – Vou desligar, mané. Te vejo amanhã?

- Verá! – respondia, entusiasmado – Te apresento Jullie amanhã, fechado?

O silêncio predominava a situação, novamente.

- Louis? – perguntava preocupado.

- Ah, Jullie. – respondia, gaguejando – Tudo bem, então... É, boa noite.

- Louis espe... – tentou completar a frase, mas fora interrompido pelo som do celular, anunciando que a ligação havia caído.

“Um dia eu descubro esse mistério, ah se descubro!” – pensava Liam.

Eram 6 horas da tarde e sua mãe voltava de viajem com seu pai. Ajudara os dois com as malas, que foram direto pra cama. Estavam cansados demais. Liam não retrucou nada.

Fez as lições do dia seguinte, arrumou sua mochila, comeu alguma coisa, tomou um banho quente e demorado, ajeitou a cama para dormir e foi dar boa noite para prima.

A porta, para variar, trancada. Bateu 2 vezes, e foi recebido por ela.

- Vim lhe desejar boa noite, pequena. – disse o garoto, dando um forte abraço na prima.

- Boa noite pra você também, mané. – disse a garota, sorrindo amarelo.

- Não tinha um apelido mais carinhoso, não? – perguntava ironicamente.

- Não! – respondia – Você sabe que eu te amo, não sabe?

O garoto sorriu, dando um beijo na testa da prima e indo dormir.

E observando o céu Londrino, Liam dormiu, pensando no dia que tivera.