Herdeiros Dos Elementais - A Guerra escrita por JessyFerr


Capítulo 37
Capítulo 37 Últimas Lembranças


Notas iniciais do capítulo

Meus lindos leitores, muito obrigada por cada review de vcs, amei, amei, amei, continuem comentando por favor. Uma vez eu disse a uma leitora a Grazie que esta temporada não chegaria a quarenta capítulos, eu me enganei flor, eu fui acrescentando coisas e quando dei por mim já tinha passado do capítulo trinta faz tempo, enfim, espero que gostem desse capítulo.
Bjos



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Quem ama extremamente, deixa de viver em si e vive no que ama.

Platão

– Capítulo Trinta e Sete –

Últimas Lembranças

Agatha saiu do castelo e se aproximou da divisão onde ficava a proteção de Hogwarts o mais lento possível, se perguntando como iria sair de lá, ela olhou para os lados buscando ajuda, ninguém a não ser os comensais, dementadores, gigantes e lobisomens do outro lado da barreira.

- Não se preocupe. – disse Voldemort encarando Agatha – A barreira se desfez.

Agatha ultrapassou a divisão hesitante, mas, nada aconteceu com ela, provavelmente com a pressa a barreira não foi feita forte o suficiente. Todos os comensais a observavam curiosos, esperando por respostas, Agatha estava com uma expressão vazia e sem emoção.

- O que houve? – ordenou Voldemort – Por que ainda não tenho Harry Potter?

- Ele está escondido sob a capa milorde. – disse Agatha secamente – Não pude encontrá-lo.

- Onde está Draco?

- Ele não veio junto... – a voz de Agatha morreu.

- Eu já percebi. – disse Voldemort óbvio – Ele está morto minha senhora? – perguntou com um inconfundível tom de esperança, dessa vez sem se importar se os comesais ouviram ou não, ele a chamar de “sua senhora”.

- Não. – respondeu Agatha amargurada encarando os olhos azuis dele – Ele nos traiu milorde, ele está ajudando a Ordem.

Houve murmúrios confusos dos comensais ao redor, enquanto Agatha abaixava a cabeça, dava-se a entender que ela estava decepcionada com o seu marido, mas, na realidade Agatha estava aborrecida, nervosa e preocupada com Draco e seus amigos.

- Por isso a Ordem entrou com facilidade em Hogwarts. – disse Voldemort por fim – Mas, Draco estava conosco o tempo todo, então tem mais gente.

- Como assim mais gente milorde? – perguntou Agatha confusa.

- Venha comigo Severo. – ordenou Voldemort sério, ignorando a pergunta de Agatha. – Cuide daqui Agatha eu já volto.

Snape hesitou por um momento, mas, por fim pegou no braço de Voldemort e desaparataram.

- O que está acontecendo? – perguntou Natasha empurrando os comensais para que pudesse passar.

- Eu não faço idéia. – respondeu Agatha baixinho, de relance ela viu os olhos de Lúcio a encararem.

- Não vamos entrar? – perguntou Natasha apreensiva.

- Temos que esperar o Lord voltar. – respondeu Agatha – Ele deu até as onze horas para a Ordem se entregar. Eu não sei pra onde ele foi.

Agatha não sabia por que, mas, ela estava com uma sensação muito ruim sobre aquilo, ela só queria voltar pra casa, casa, para qual casa voltaria? Depois que eles saíram de Hogwarts seu único lar foi à mansão das serpentes.

- O que faremos Doutora Malfoy? – perguntou Lúcio com a voz arrastada, ele a estava pressionando.

Agatha apagou todos os pensamentos de sua mente e encarou Lúcio de volta, ela queria pular em cima dele e enche-lo de tapas.

- O Lord voltando ou não. – começou Agatha decidida – Se a Ordem não se entregar, atacaremos às onze horas como combinado.

Houve burburinhos de reprovação entre os comensais, eles queriam entrar logo e matar quem estivesse na frente sem dó nem piedade, eles estavam sedentos por morte, principalmente os dementadores.

- É bom vocês me obedecerem. – disse Agatha firme – Não sei se notaram, mas, eu sou sua nova senhora.

_________

Harry, Gina, Rony, Hermione e Draco saíram às pressas do castelo em meio à luta, para ir em direção ao Salgueiro Lutador, foi Rony quem apertou a raiz para que a árvore paralizasse e eles entrassem. Os cinco seguiram em frente meio a escuridão somente com suas varinhas os guiando com uma fraca iluminação.

Quando alcançaram o topo de uma escada, viram a porta entreaberta, alguém estava lá, Harry já sabia quem eram, pois, ele mesmo os vira poucos minutos atrás.

- Eu ainda não entendi por que me trouxe aqui milorde. – disse Snape mirando Nagine que se entrelaçava aos pés de Voldemort.

Então aquele era o novo rosto de Voldemort visto de perto, Harry apenas o tinha visto pelo jornal o Profeta Diário.

- Você ouviu o que Agatha disse não ouviu Severo? – perguntou Voldemort calmamente. – Sobre Draco agora estar ao lado da Ordem.

- Sim milorde. – respondeu Snape sem tirar os olhos da cobra – E estou chocado.

- Não que eu me importe. – disse Voldemort indiferente – Eu me livraria de Draco mais cedo ou mais tarde, mas, uma traição é sempre uma traição.

- Tem toda razão milorde. – disse Snape agora pensando por que ter aquela conversa ali e naquele momento quando uma guerra está acontecendo lá fora.

- Sim, eu tenho razão. – disse Voldemort andando pelo quarto – Tenho razão também quando digo que ele não fez isso sozinho, Draco não poderia ter tirado as proteções de Hogwarts, pois, estava comigo, então foi outra pessoa.

- Outra pessoa?

- Exatamente. – disse Voldemort agora encarando Snape – Somente, eu, Draco e você sabíamos o feitiço que guardava a escola, se não foram Draco e eu, só resta você.

Snape o encarou estático, não havia plano, não havia saída, ele provavelmente estaria morto em segundos, Voldemort não era misericordioso, então Snape entendeu naquele momento que o seu trabalho havia terminado e finalmente ele poderia descansar.

- Sempre te achei um servo fiel Severo. – disse Voldemort dando as costas a ele e fazendo um sinal para Nagine – Que pena.

Snape o observou.

- Mate – Voldemort disse em língua de cobra.

Houve um terrível grito. Harry viu o rosto de Snape perder a pouca cor que tinha, ia ficando branco, seus olhos iam arregalando, enquanto a cobra enfiava suas presas em seu pescoço, seus joelhos falhavam e ele caía no chão. Voldemort saiu da sala sem olhar para trás e a enorme cobra atrás dele.

Harry pulou imediatamente para dentro do quarto em direção a Snape, ele não sabia por que estava fazendo aquilo, estacando o sangue do pescoço de Snape.  Harry se abaixou ao lado dele, e Snape agarrou a frente de seu manto e puxou-o para perto.

         Um som terrível, raspada, como um gargarejo veio de Snape

         - Pegue... isso... Pegue... isso.

         Algo além de sangue saía de Snape. Azul prateado, nem gás nem liquido, saiu de algum lugar entre sua orelha e sua boca, e Harry sabia o que era, mas não sabia o que fazer – um frasco, conjurada de ar puro, foi enfiado em sua mão por Hermione. Harry colocou a estranha substancia dentro dele com sua varinha. Quando o frasco estava cheio até a borda, Snape olhava e pensava, mas não havia mais sangue nele, seu aperto no manto de Harry afrouxou.

         - Olhe... para... mim - ele sussurrou.

Os olhos verdes encontraram os negros, mas depois de um segundo, algo desapareceu do segundo par, deixando-o fixo, incompleto e vazio. A mão segurando Harry caiu no chão e Snape não se mexeu mais.

Harry permaneceu ajoelhado observando Snape até a voz de Voldemort voltar a soar alto.

- A Ordem não desistiu, não se entregou, pois, bem se desejam morrer sem dignidade alguma, foi uma opção de vocês. A minha tropa voltará a atacar, dessa vez completa, e Harry Potter, se não se entregar até meia noite, você não terá nem os corpos de seus amigos para enterrar.

- Harry. – chamou Draco cauteloso – Nós temos que ir, temos que fazer um novo plano.

- Vamos voltar para o castelo Harry. – disse Gina fazendo Harry se levantar.

- Eu preciso ver... – disse Harry apertando com força o vidro com as lembranças de Snape.

- Vamos. – disse Rony.

Eles fizeram o mesmo caminho de volta, e ao saírem pelo buraco do salgueiro lutador, se depararam com uma guerra ainda maior, havia mais comensais, mais lobisomens, dementadores e dessa vez também gigantes ao lado de Voldemort. Bruxos feridos ou mortos caídos pelo chão, gritos de pavor por toda parte.

- Você precisa ver a lembrança Harry. – disse Hermione assustada – Vai com a capa, a gente se encontra depois.

- Draco, vem comigo por favor. – pediu Harry, Draco seguiu Harry sem hesitar para baixo da capa da invisibilidade e os dois entraram depressa para dentro do castelo.

Harry e Draco correram sem parar em direção ao escritório de Dumbledore, Harry apertando o frasco de cristal com as últimas lembranças de Snape, e não desaceleraram até atingirem a estátua de gárgula que guardava a sala do diretor.

         - Senha?

         - Dumbledore! – disse Harry sem pensar, porque era ele quem Harry almejava ver, e para sua surpresa a gárgula deu passagem revelando a escada em espiral atrás.


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Notas finais do capítulo

biia_cavalcante flor me desculpa mesmo, mas, não deu para evitar a morte do Severo, ele é o meu segundo personagem favorito e doeu muito escrever sobre a morte dele, mas, foi preciso.
Espero que tenham gostado do capítulo, quero reviews.
Bjos.