– Como disse Leonel? Não há ninguém na casa? – disse o senhor Wollin – Como assim, vocês não se planejaram? Não se programaram? Como deixaram que isso acontecesse? pelas barbas de Merlim!

Ele estava muito bravo, estava vermelho, já era a segunda vez que uma missão envolvendo Harry e Rony estava dando errado, não era possível, e por mais que ele soubesse que isso aconteceria não queria aceitar;

Sabia que os comensais que ainda não foram capturados iriam atrás de vingança. Sabia que seria difícil ter aurores tão talentosos, que acabaram com o Lord das Trevas e não sofrer conseqüências ou perseguições. Mas, o que poderia fazer? Eles passaram em todos os testes, mereceram estar ali, ser um auror.

E todos sabiam que essa profissão oferecia um grande perigo a todos que nela se aventuram.

Não é nada facil lidar com as pessoas das trevas, mas é muito mais difícil quando foi você quem acabou com o líder deles.

– Senhor Wollin, devemos avisar as famílias?

– Não, ainda não. Vamos primeiro fazer uma busca meticulosa, vou avisar o Ministro, para que ele fique informado do ocorrido. Nós iremos encontra – los...Temos que encontrá-los.

A sala era muito bem decorada. Toda a mobília era de madeira pura. Os objetos muito bem colocados, coisas interessantíssimas, que chamavam a atenção de qualquer um que entrasse ali.

O Ministro tinha um gosto, digamos, muito peculiar, porém agradável de ser visto.

Estava na sua mesa, analisando um pergaminho, um relatório do departamento de Feitiços, que era referente a um feitiço mal realizado e não autorizado, efetuado por um garotinho de 8 anos e que desencadeou em conseqüências sérias.

Toc Toc Toc

– Entre.

– Bom dia Ministro - disse Wollin.

– Bom dia velho amigo, como vai? Aconteceu alguma coisa? Você está com uma cara horrível sabia?- disse Shacklebolt sorrindo.

Eles eram muito amigos, afinal trabalharam juntos por muitos anos, um ao lado do outro, sempre se protegendo e lutando juntos. Depois que Shacklebolt foi escolhido por votação dos membros do conselho para ser Ministro, devido a serviços gloriosamente prestados ao conselho em missões secretas e por ser leal e honrosamente fiel, nomeou Wollin para ser o chefe do departamento que por muito tempo lhe acolheu.

– Na verdade aconteceu sim, e muito grave.

A expressão divertida do ministro desapareceu, sua testa enrugou e ele ficou com um ar de apreensão.

– O que houve?

Ele lhe contou toda a história, o ministro devia ser informado de tudo.

Conversaram durante alguns minutos, particularmente, ele tinha um afeto maior por Harry e Rony, lutou ao lado deles na guerra contra Voldemort, e tinha muito orgulho de tê-los ali, trabalhando para novamente combater o mal.

O Ministro ficou realmente assustado, já passou por situações parecidas a essa, mas nenhuma envolvia pessoas que participaram diretamente da queda de Lord Voldemort.

As ordens que foram passadas ao chefe dos aurores foram muito claras. “Quero todos fazendo uma busca em cada canto do perímetro. Você tem razão, não devemos fazer alerta a família, só pioraria a situação, deixando todos em pânico, primeiro devemos entender melhor o que aconteceu e como aconteceu, por ora avise somente ao Sr° Weasley, como o chefe da família ele não pode ficar sem informação dado a gravidade da situação”.

Assim que o senhor Wollin estava se retirando o Ministro lhe chamou.

– E Wollin, - ele olhou para traz - por favor, encontre essas pessoas.

O senhor baixinho, que estava plantado a sua frente, com aquela expressão de desconforto por ter que lhe dar essa noticia assentiu com a cabeça, saindo enfim da sala.