Passaram – se quinze minutos até que todos os comensais estivessem  juntos. Arrastaram todos os aurores para perto deles.

- Eliot, pegue aqueles dois ali, vamos aparatar para o casebre.

- Ok Ray.

Harry observou os aurores serem arrastados no chão sujo, para o centro da sala, e assim desapareceram quando os comensais desaparataram com eles.

- Agora você meu amigo, irá comigo, não vai escapar tão fácil de mim.

Era uma casa muito antiga, com muita poeira, dava para notar que há muito tempo ninguém aparecia ali. As janelas estavam quebradas e o piso de madeira estava tomado pelas traças e cupins.

Harry estava todo ensangüentado, já perdera o senso de equilíbrio há tempos, e sentia muita sede e muita dor.

Estava com uma ferida exposta no joelho esquerdo, devido a um feitiço provocado pela garota ruiva que havia sussurrado em seu ouvido.

Os comensais estavam realmente com sede de vingança. Não aceitavam que o “Eleito” tivesse matado aquele a quem eles dedicaram lealdade em troca de um mundo onde mestiços e trouxas seriam subordinados a eles.

As varinhas dos aurores estavam com um comensal magricela, com uma aparência de quem já havia vivido coisas terríveis.

Eles não estavam brincando... A morte dele seria lenta e dolorosa.

Rony não acreditava como eles ainda conseguiam lutar por uma causa que já há tempos estava perdida, como eles achavam que conseguiriam dominar o mundo e fazer do restante dele seus escravos? Talvez planejassem eleger um novo líder e tentar de alguma forma revitalizar os comensais antigos. Ele já havia vivido esse medo uma vez, não estava disposto a viver isso novamente.

Mesmo que morresse ali, tentando desesperadamente sobreviver para que enfim conseguisse viver uma vida na qual fosse um pouco tranqüila e em que se via com Hermione... Assim que pensou nisso, entristeceu-se, pensar que talvez nunca mais veria a pessoa que lhe trazia muita alegria, que depois de tanto tempo retraindo um sentimento, não teria a chance de desfrutá-lo.

 As lagrimas queriam muito sair e rolar pelo seu rosto, expressar o medo que estava sentindo desde que foi capturado, o medo de que tudo acabasse ali. Porém, ele resistiu. Sabia que tinha que ser forte nesse momento, não demonstraria fraqueza, mesmo que morresse ali, naquele lugar horrendo e de forma brutal, permaneceria frio e até o último minuto a imagem daquela castanha, de quem ele tanto gostava, estaria presente em sua mente.

Certamente, os aurores que ficaram de tocaia no cassino já deveriam estar na casa em que eles foram capturados, mas sem nenhuma informação ou pista.

O Ministério da Magia já deveria ter sido informado, porém esse pensamento de nada alegrava a Harry, pois como eles saberiam onde eles estavam? Provavelmente procurariam incansavelmente aquelas pessoas... Que talvez nunca seriam encontradas.