Forever Young escrita por Natália C


Capítulo 6
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Oioi meus amores. Como vocês vão? Bom, esse capítulo já estava pronto, eu escrevi ele querendo logo um momento do Zayn com a Savannah. Realmente, ficou LONGO. Na boa, chorei escrevendo ): Vamos logo ao capítulo:



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/198172/chapter/6

Sexta e sábado passaram rapidamente. Sábado a Eleanor me abandonou para ir ao boliche com o Louis, aqueles dois, sei não. Haha

Domingo, ah, domingo. Como eu odeio e amo os domingos ao mesmo tempo. O motivo? Bom, eu o odeio porque de domingo eu não tenho nada para fazer. Daí eu fico feliz porque hoje não tem aula e eu posso aproveitar o dia em casa. Mas aí eu fico triste de novo porque bate uma depressão de pré-segunda-feira. Vai me entender, né!?

Hoje o dia estava nublado. Dei uma olhada na minha janela, que me permitia dar um olhada no condomínio, a rua estava molhada, provavelmente de madrugada choveu. Tomei um banho quente, me troquei e fiz uma maquiagem. Dessa vez nada de algo muito forte, apenas um rímel, uma base e gloss incolor. Vesti meu coturno, peguei minha bolsa e resolvi ir em uma livraria, que ficava ao lado da Starbucks e era aberta de domingo até o meio-dia.

Louis se encontrava sentado em um dos banquinhos pretos da bancada. Um braço estava apoiado na bancada segurando um copo de leite, e o outro fazia a mesma coisa, mas seu rosto estava apoiado nela. Ô vontade de empurrar o braço dele e fazer ele dar de cara com a bancada! Eu fiz isso uma vez com o Matt, e ele não ficou nada feliz, ainda mais porque ele tava de ressaca. Há há, bons tempos. Mas eu seria muito mal de fazer isso com o Louis, além do mais ele estava com um copo de vidro com leite na outra mão, eu não tava a fim de limpar nadinha. E também se eu fizesse isso com ele, coitado daquela cara bonitinha, tenho que preservá-la para Eleanor!

– Psiiiiiiiiiiu, acorda Louizito! – falei baixinho e o cutuquei. Ele rapidamente depertou e deu um pulo. Eu dei uma risada fraquinha.

– Oi Sav. Onde você vai? – Louis perguntou sonolento.

– Ah, eu vou na livraria depois eu vou passar na Starbucks. O Harry tá aqui? Não deu pra ouvir ele roncando do corredor.

– O Harry? Hã, não sei onde ele está, não. – Boo Bear deixou o copo de lado, colocou seus braços na bancada e apoiou seu rosto em cima da mesma.

– Então, eu já vou indo. – peguei o copo de leite, tomei o finalzinho que tinha ali e coloquei-o na pia. – Tchau Boo Bear. – dei um beijo no topo da cabeça dele, que deu um sorrisinho de canto. – Vai dormir lá em cima. É mais confortável do que num banquinho. – Louis murmurou algo como “Já vou” e eu saí de casa.

Fui até a livraria, dei uma olhada nos livros. O que mais me chamavam a atenção era os livros de ficção e os do Nicolas Sparks, que são muito bom (N/A: Recomendo muito o livro “A Última Música”, eu já li e vi o filme, é muuuito lindo!). Olhei milhares de livros, e no final comprei um que eu estava querendo já fazia tempo “Jogos Vorazes”, da Suzanne Collins.

Fui para a Starbucks, pedi um frappuccino de morango e comecei a ler o meu livro. Fiquei um tempo pensando na vida e decidi ir embora. No caminho entrei pelo meu blackberry num site de fofocas, e estava assim, pra todo mundo ver estampado:

Harry Styles foi visto saindo nessa manhã de domingo, agora pouco, 10:30, saindo da casa da apresentadora do X-Factor, Caroline Flack, de 32 anos.

Os dois já foram vistos saindo juntos desde essa sexta-feira. Será mesmo um romance?

O que está gerando polêmica no meio disso tudo é que, Harry Styles, da banda One Direction, tem apenas 18 anos, o que fazem 14 anos de diferença entre ele e Caroline Flack.

Será mesmo que os dois estão juntos?

Ok, fiquei nervosa com essa notícia. Tipo, tudo bem, o meu irmão já é maior de idade, ele é livre para ele fazer o que quiser. Ele pode ir pra balada, pegar um monte de meninas, ser esse tipo “Flertador de Corações”, que eu não apoio . Mas, ficar de tchê tcherere com uma coroa que tem idade pra ser nossa mãe? Tem que ver isso aí né produção? Porque né...

Voltei para casa já era quase a hora do almoço, o tempo continuava nublado. Cheguei em casa, todos os meninos estavam lá. Todos estavam com expressões tristes, pareciam ter chorado.

O Harry já estava lá, com a mesma roupa, - ou pijama – que ele foi visto saindo da casa da Flack. O Louis usava o mesmo pijama listrado de hoje, mais cedo. Liam e Niall se encontravam com roupas confortáveis. Espera, estava faltando o Zayn...

– Oi gente! – falei animada. Todos me deram oi’s sem animação. – Vas Happenin boys!?

– O avô do Zayn... – Liam começou, mas não terminou.

– O que tem o avô dele, gente? – perguntei.

– Ele... faleceu de madrugada. – Niall falou e voltou a apoiar seu rosto nas suas mãos.

– Gente, eu, vou falar com ele. – falei. Fui em direção a sacada, onde eu tinha certeza que ele estaria, mas Harry segurou meu braço. – Que foi, Harry?

– Ele tá alterado e não quer falar com ninguém. Eu acho melhor você ir falar com ele mais tarde. – Hazza falou.

– Não, tá tudo bem. Eu vou lá sim. – disse e fui em direção a sacada.

Zayn estava lá, deitado em um dos sofás em formato de “L”, perdido em seus desvaneios olhando a paisagem e a milhares de almofadas.

– Hey. – falei baixinho, ele se virou para mim.

– Savannah, eu quero ficar sozinho. – Zayn falou com uma voz baixa e chorosa.

Eu não fiz o que ele me pediu, sim, eu sou teimosa. Me sentei ao lado dele, que não reclamou e ficamos olhando a paisagem nublada, em silêncio. De vez em quando batia um vento frio, que fazia com que meus cabelos dançassem no ar.

– Eu sei o que você está passando. – falei quebrando o silêncio.

– Sabe? Você nunca perdeu alguém da sua família que você amava tanto, mais do que tudo. – Zayn falou ainda com a voz rouca e baixa.

– Eu não sei o que é perder alguém da minha família que eu amava tanto. Mas, eu sei o que é perder alguém que eu amava tanto, mais do que tudo. – automaticamente me lembrei de Travis. Levantei meu rosto e comecei a olhar para o teto de madeira. Para que as lágrimas não caíssem.

– Sabe?

– Sei. – enxuguei uma lágrima com a ponta do meu moletom, que insistiu em escorrer. – Eu o amava mais do que tudo. E ele se foi assim. – estalei meus dedos. – Num segundo ele já não estava mais aqui.

– Me conta... Como foi.

– Eu realmente não gostaria de falar sobre isso, Zayn. Se é que você me entende. – dei um suspiro. Talvez fosse a hora de eu desabafar completamente com alguém. – Mas, uma hora ou outra a gente precisa superar e contar. Foi assim:

~~ Flash Back Onn ~~

Eu, a Eleanor, a Luce, o Matt, o Giovanni e o Travis voltávamos de uma festa de madrugada.

Todos tinham bebido mais que o normal, e pelo o que a Eleanor me falou o Matt tinha injetado heroína. Nós seis cambaleávamos na rua e riamos igual retardados, nós estávamos tentando achar o carro do Travis. Eu com um vestido que me deixava com cara de puta, com uma garrafa de ice na mão e tentando me equilibrar em cima do salto me apoiando no Travis, que me segurava pela cintura. A Eleanor e o Matt andando do nosso lado, rindo de alguma coisa retardada que ele provavelmente falou. A Luce e o Giovanni iam andando mais na frente.

A Luce e o Giovanni conseguiram avistar o carro do outro lado da rua, eu, o Travis, ela, o Giovanni e a Eleanor atravessamos a rua, e quando o Matt, estava atravessando a rua, ele do nada desmaia. Eu, o Giovanni e a Eleanor começamos a dar risadas idiotas, nós duas achavamos que ele estava zuando com a nossa cara. Já o Travis, que era o mais sóbrio entre nós, foi ver se ele realmente estava bem.

– Sav, ele não tá fingindo. – o Travis falou enquanto chaqualhava Matt. Eu joguei minha ice longe, e corri pro meio da rua, onde os dois se encontravam, sendo seguida por Eleanor, Luce e Giovanni.

– Matt, Matt, acorda Matthew. Isso não é engraçado, sabia? Matthew, eu to falando sério! – chamei Matt enquanto o chaqualhava.

– Ele não tá respirando direito. – Luce falou com uma voz preocupada.

– Ele só pode estar tendo uma overdose. – Eleanor concluiu.

– Então vamos levá-lo pro hospital. O que vocês estão esperando? Travis carrega ele aí. – mandei, Travis o carregou e o Giovanni ajudando e fomos até o carro.

Eu, o Matt, a Luce e o Giovanni íamos no banco de trás. O Travis ia dirigindo, e a Eleanor no banco do passageiro.

– Caralho, ele não tá respirando! – eu falei desesperada.

Travis virou para trás, já que a Eleanor tinha pegado no sono a alguns segundos.

Quando vimos já era tarde demais, quando o Travis virou, a única coisa que ele conseguiu fazer foi desviar para a direita, o carro atropelou vários cones, e como a pista estava molhada porque um pouco antes havia chovido, o carro capotou de três a quatro vezes.

O Travis morreu na hora, a Eleanor conseguiu sobreviver, não sei como. Não sei como eu, o Giovanni, a Luce e o Matt conseguíamos sobreviver também. Eu, o Giovanni e a Luce sofremos vários arranhões, assim como Eleanor. Eu e o Giovanni ficamos apagados por três dias, além de eu ter quebrado o braço e ele ter torcido o pulso. A Luce torceu o pescoço, e por ter se sentado do lado da janela ficou em coma por um mês e meio. A Eleanor quebrou a perna e precisou fazer fisoterapia por duas semanas. E o Matt ficou em coma por três meses, na verdade era pra ele ter ficado por muito menos tempo, assim como a Luce. Mas por causa da overdose ajudou com que ele ficasse em estado vegetativo por mais tempo.

~~ Flash Back Off ~~

Quando eu terminei de contar a história para o Zayn, meus olhos já estavam cheios de lágrimas, ele me abraçou de lado.

– Eu... Eu sinto muito. – Zayn disse.

– Não diga se você não sente de verdade. – falei fungando. – Mas... Essa não é a única coisa...

– Pode desabafar, eu estou aqui.

– Sabe... – comecei. – Eu nunca fui bonita. Nem assim, com o peso ideal, alta. Eu sempre fui miúdinha, parecia até um palito, eu era como uma tábua. Acho que se eu competisse com a Olívia Palito eu ganharia dela. – ri fraco pelo nariz. – Eu tinha alguns “amigos”, que diziam que eu era muito magra, que eu precisava ganhar peso. Eu sempre fui um pouco sem sal. Eu não era vadia como as outras garotas. Sempre fui assim... Diferente. Sempre falei tudo o que eu pensava. Sempre fui a garota tímida. Eu era diferente do Harry. Eu quase não saía, sempre fui quieta no meu canto. Mas, quando eu fiz 12 anos, eu decidi mudar. Engordei o ideal, perdi minha timidez. Digamos que eu fiquei bonita. Eu comecei a me sentir de bem comigo mesma. O Hazza sempre me apoiou em tudo... tudo mesmo. Nesse tempo eu conheci a Eleanor. Nós começamos a sair juntos. Eu e Eleanor começamos a ser convidadas para house party’s das pessoas da escola. Eu já não era mais tímida, saia bastante, ia a muitas festas... Éramos um trio perfeito. Eu, ela e o Hazza. Eu era de “ferro”. Até o dia em que eu me apaixonei. Foi o dia em que eu aprendi que o amor também pode causar feridas...

– O que aconteceu? – Zayn perguntou curioso.

– Nós namoramos por um tempo. E eu acabei saindo com o coração quebrado, em mil pedacinhos.

Zayn pediu para eu lhe contar o que aconteceu, e assim fiz:

~~ Flash Back Onn ~~

Eu tinha uma cópia da chave da casa dele, que ele me dera caso eu precisasse ir lá. As luzes da casa estavam apagadas, talvez ele estivesse dormindo, afinal já era tarde.

Entrei silênciosamente na casa, tirei meu casaco e coloquei minha bolsa sobre o sofá. Comecei a escutar ruídos vindo lá de cima, decidi ver o que era, subi silênciosamente, conforme eu ia subindo consegui escutar gemidos, cada vez mais altos. Olhei para uma porta que estava meio aberta, julguei ser a de Jason, afinal a casa estava toda escura, não dava pra enxergar quase nada. Olhei pela porta e vi duas pessoas embaixo de lençóis, era o Jason e a Ashley, a mesma vadia que jogou milk-shake em mim, senti meus olhos se encherem de lágrimas, desci a escada correndo, não fizera nenhum barulho, peguei minha bolsa e saí da casa dele, esquecendo o casaco.

Cheguei em casa, me tranquei no meu quarto e comecei a me debulhar em lágrimas, fui até o meu banheiro passar uma água no rosto, pra ver se eu me acalmava um pouco daquela dor que estava me destruindo por dentro. Passei uma água no rosto, e quando eu ia secar notei que não tinha uma toalha, abri a primeira gaveta, e tirei de lá uma toalha roxa, embaixo dela se encontrava uma lâmina, a qual a um tempo no banheiro feminino, eu estava matando aula, não estava com o maior saco para aturar aquela aula, escutei uma garota chorando. Decidi ir ver se ela estava bem, quando eu fui bater na porta do box em que ela estava, a porta se abriu lentamente, revelando uma garota sentada no vaso, com uma lâmina na mão e um pouco de sangue escorrendo pela sua mão esquerda. Eu comecei a conversar com ela, perguntando o porque dela fazer aquilo, ela disse que um pouco da sua dor ia simplesmente embora, mas eu nunca tentei isso.

Olhei para a lâmina e para o meu pulso, sequei meu rosto com a toalha e a deixei de lado, em cima da bancada de mármore. Pegue a lâmina da gaveta e a preensei a lâmina sobre o meu pulso, fazendo com que um pouco de sangue escorresse pelo corte que eu acabara de ter feito. Aquilo sem dúvidas doeu um pouco, mas senti um pouco da minha dor e da minha raiva indo embora. Fiz alguns outros cortes no meu pulso. Joguei um pouco de água sobre os cortes, que arderam um pouco ao entrar em contato com a mesma. Sequei, fazendo com que o sangramento parasse e coloquei um pijama velho de manga comprida, afinal estávamos no inverno.

No dia seguinte acordei com a campainha, desci de pijama mesmo, aquele pijama não era obsceno nem nada. Quando abri a porta:

– Oi meu amor. – era Jason, segurando meu casaco que eu usava na noite anterior.

– AMOR? AMOR O CARALHO! VOCÊ AINDA TEM CORAGEM DE ME CHAMAR DE AMOR? – berrei descontrolada.

– Savannah, do que você está falando? – ele me perguntou como se não soubesse de nada. – Hein!? Do que você está falando? Eu te amo, você sabe.

– EU TE AMO? EU TE AMO? É ISSO MESMO O QUE VOCÊ SENTE POR MIM, AMOR? PORQUE VOCÊ NÃO PENSOU NISSO ANTES DE COMER A VADIA DA ASHELEY? – continuei berrando, ele pareceu não gostar do meu tom de voz, mas ficou quieto. – QUER SABER JASON? TÁ TUDO ACABADO, TUDO! ESSA NÃO É A PRIMEIRA VEZ QUE VOCÊ ME TRAI DESCARADAMENTE. MAIS QUER SABER? EU NÃO AGUENTO MAIS, DESSA VEZ EU NÃO VOU TE PERDOAR, ESTÁ TUDO ACABADO, ENTENDEU? TUDO, AGORA SAÍ DA MINHA CASA. – berrei fazendo um gesto para a porta.

– Antes você vai escutar o que eu estou dizendo. – ele falou agarrando o meu braço brutamente, eu não consegui me soltar, já que ele era mais forte do que eu.

– Jason, para me solta, você tá me machucando. – falei com a voz dolorosa.

– Sabe, eu não sei o que eu estava pensando quando decidi namorar com você, uma vadiazina.. – ele falou soltando um suspiro. – Você não pode terminar o nosso namoro, porque quem termina aqui sou eu. Obrigado por falar que eu não sentia amor por você, você leu os meus sentimentos. Portanto, eu estou terminando com você, ok? – Jason falou dando um tapa na minha cara, depois me jogou no chão com a mão que ele segurava o meu braço e saiu da minha casa como se nunca tivesse acontecido nada.

~~ Flash Back Off ~~

Eu ainda chorava, o silêncio reinava. Zayn esperava que eu dissesse mais algumas coisas.

– A partir desse dia eu comecei a auto me mutilar. – soltei um longo suspiro. – Quando o Harry descobriu isso ficou puto da vida, ele ficou super preocupado, eu expliquei toda a história para ele, Hazza queria dar um lição no Jason, mas eu o proibi de fazer isso, porque querendo ou não, eu ainda gostava dele. Harry me fez prometer que eu nunca mais faria isso de novo, em troca, ele não contaria pra minha mãe e nem pro Robin. Nessa época, eu já conhecia o Giovanni e o Matt, foi incrível o pouco tempo que nós nos conhecemos nos tormanos muito ligados. Os dois ficaram putos da vida comigo também, mas muito preocupados, me fizeram prometer a mesma coisa que Harry me fez prometer a ele. No dia em que Eleanor descobriu que eu me cortava, ela só me abraçou muito e falou aquelas coisas que melhores amigas sempre falam. E ela me fez prometer a mesma coisa que todos fizeram. Mas eu não consegui cumprir a promessa que eu fiz para eles. Aquilo já estava se tornando um vício para mim. Mas é que, eu não pensava antes de fazer. Qualquer coizinha que acontecesse, ás vezes, como por exemplo, tirar nota baixa no colégio, quando eu brigava com o Harry, por motivos bobos, tudo isso, era motivos para que eu me cortasse. Na mesma semana em que o Harry entrou para o X-Factor, eu conheci o Travis. Nós nos tornamos amigos, e assim eu acabei me apaixonando por ele. Ele me mostrou que nem todos os garotos são iguais. Em tão pouco tempo, ele se tornou o meu mundo. Quando aconteceu o acidente, faltava apenas uma semana, para que a gente fizesse oito meses de namoro. E ele se foi assim, num piscar de olhos. – estalei os dedos novamente. – Se eu... Se eu não tivesse arrastado ele e o resto do povo, talvez ele poderia estar aqui comigo, agora. Sabe Zayn, porque? Porque eu só faço escolhas erradas? Você não sabe o quanto eu me culpo pela morte dele.

– Mas você não deveria, Savannah. – Zayn falou. – Ele foi porque ele quis. E acredite, ele está num lugar bem melhor.

– É... Assim como o seu avô. – ele sorriu de canto em pensar que seu avô estaria muito mais feliz lá, do que aqui. – Depois de tudo o que aconteceu, eu nunca mais me apaixonei. E nem pretendo. Olha, Zayn. Eu posso não te conhecer a muito tempo. Mas, eu sinto muito. E, eu não costumo contar a minha história para um “estranho”, então, por favor, não faça eu me decepcionar com você. Eu acho que eu já sofri demais.

– Você não vai, Savannah. Eu te prometo. – Zayn me abraçou de lado, novamente. Eu apoiei minha cabeça sob seu ombro e descansei ali.

[...]

Eu acordei e eu estava no meu quarto, coberta quase até a cabeça por um cobertor felpudo verde claro. Me levantei, já era 18:30. Desci lá para baixo. O clima já estava menos tenso. Os meninos assistiam a TV, Zayn estava quieto, claro. Louis já tinha ligado para Eleanor, explicando o que aconteceu. E a ligeira já tinha passado aqui, só pra dar um abraço em todo mundo, e vazou enquanto eu estava dormindo, mesmo.

– Então... Quando vai ser o enterro? – perguntei me sentando no sofá entre Liam e Zayn.

– Amanhã de manhã. – Zayn respondeu.

– Ah. Então, eu vou. Posso? Sabe, pra dar um força. – Zayn sorriu.

– Pode, mas, você não deveria perder um dia de aula.

– Não, quanto a isso tá tudo bem.

Continuamos assistindo a TV. Logo os meninos foram embora. Tomei um banho e fui dormir.

[...]

Acordei com Harry batendo na porta do meu quarto.

– SAV! ACORDA! O ENTERRO É HOJE, VAI SE ARRUMAR! – ele berrava do lado de fora enquanto batia na porta.

Saí debaixo dos cobertores.

– JÁ ACORDEI, PORRA! – murmurei de mal-humor.

Abri as cortinas, o tempo estava nublado de novo. Fui para o meu banheiro, tomei um banho quente e demorado. Me vesti, fiz uma maquiagem básica e prendi meu cabelo numa trança rabo de peixe, de lado. O decote das costas do vestido fazia com que a minha tattoo aparecesse, eu tinha tatuado “Free Yourself” nas costas, um pouco abaixo do pescoço.

Desci lá para baixo, todos estavam lá, inclusive Eleanor. O caminho todo foi tenso, muito tenso. Zayn ficava olhando a paisagem nublada, sempre em seus pensamentos. Ás vezes ele me olhava e sorria de canto, e eu fazia a mesma coisa.

É incrível, eu conhecia o Zayn a muito, muito pouco tempo mesmo. E eu nunca tinha contado a minha vida para alguém que eu não conhecia muito bem antes. Isso é uma coisa que eu não entendo, e nem vou conseguir entender.

O Harry ficou conversando no iPhone a viagem inteira, acho que foi com a Flack. Urgh, só de pensar nela e o meu irmão se beijando, nossa, não sei o que dá em mim. Um arrepio de nojo, argh! O Louis e a Eleanor conversando o tempo todo. Sei não esses dois, viu!? Essa aparência de bons amigos dos dois não me engana, não. Eles devem estar de tchê tcherere, só pode. Porque vocês precisam ver o jeito que eles se olham, é lindo. Os olhos castanhos dela brilham, fazendo com que pareçam chocolates brilhantes, ela sorri boba, toda vez que os dois se olham, se falam ou se tocam. O Louis fica com o mesmo sorriso bobo, aqueles olhos brilham, parece que ele até esquece das palavras quando eles estão juntos, em tão pouco tempo que eu conheço ele, ele nunca tinha ficado desse jeito assim antes. E a Eleanor, eu tenho certeza que está paixonada, eu nunca tinha a visto desse jeito também. A gente saia a noite para curtir, conhecíamos vários garotos, mas ela nunca, nunca chegou a se apaixonar por alguém ou ficar desse jeito quando ela olha, toca ou fala com o Louis. O Liam ficou quieto na dele, também. Já eu e o Niall ficamos conversando sobre comidas, nenhuma das conversas estavam animadas. O clima estava um pouco tenso.

[...]

O enterro ocorreu normal, algumas pessoas falaram sobre o avô dele... Primeiro o Zayn cantou uma música para o avô dele, depois ele e os meninos cantaram outra.

Já estava na hora de enterrarem o caixão. Foi tudo muito rápido. Num momento um caixo preto estava sob a terra, e no outro ele já estava lá embaixo e coberto por terra.

A maioria das pessoas já estavam indo embora. Os pais do Zayn e as irmãs dele se encontravam em um canto do jardim, conversando com outros familiares. Eles estavam muito abaladas, principalmente a mãe do Zayn.

Eu, o Liam, a Eleanor, o Hazza, o Boo Bear e o Niall estávamos sentados num dos banquinhos do jardim, esperando pelo Zayn. E ele? Estava ajoelhado em frente ao túmulo, ele chorava muito.

Sabe, eu não sei o que eu estava sentindo no momento em que eu vi ele. Dó? Não. Mas, sim, preocupação de como seria a vida dele daqui em diante. Pelo que eu soube e pelo que ele me contou, o avô dele era sua fonte de inspiração.

Eu sabia muito bem o que ele estava sentindo naquele momento, realmente era algo muito difícil para ele. Nós iríamos dormir aqui mesmo, em Bradford. Amanhã pela manhã nós iríamos embora, no caminho os meninos deixariam eu e Eleanor no colégio.

Os meninos já tinham ido embora, junto com os pais do Zayn e as irmãs dele. Eu tinha decidi ficar junto com ele, não sei, dar uma força. Pelo menos é isso que os amigos fazem, não é? Quer dizer, nós somos amigos, certo?

– Hey, Zayn. – coloquei minha mão no eu ombro. – Os seus pais e os meninos já foram, eu acho melhor nós irmos, já já vai escurecer. – Zayn se levatou e ficou de frente comigo. – Eu sinto muito, mesmo. – não sei o que deu nele, que nesse momento ele me abraçou forte. Eu também não sei o que deu em mim, só sei que eu nunca mais queria o soltar.

– Sav, eu estou bem. Vamos? – Zayn perguntou com uma voz abafada. Eu corei e o soltei.

Eu e Zayn pegamos um taxi e fomos direto para casa dele. O clima estava muito tenso, acredite, eu falo sério. Nós chegamos juntos, e não sei por qual motivo acharam que nós estávamos tendo algo juntos, tinham que falar algo sobre o Harry com a Caroline ou suspeitar algo do Louis com a Eleanor. Mas de mim com o Zayn? Fala sério!

Falei melhor com os pais dele, com as irmãs dele. Sem dúvida eles eram uma ótima família.

Nós jantamos, os meninos ficaram compondo músicas e o Zayn... O Zayn ainda estava tenso. Eu me lembro, na primeira semana em que eu passei sem o Travis... Ainda não tinha caído a ficha, só no dia em que fomos visitar o túmulo dele. Alguns dias depois eu comecei a me costumar com a minha vida sem ele por perto.

Depois do jantar eu decidi ir para o quarto que eu ia dividir com Eleanor. Tomei um banho, coloquei meu pijama, arrumei minhas coisas e fui dormir.

Hoje e ontem com certeza foi um dia cheio.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

xoxo babes ;*



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Forever Young" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.