L No Hana escrita por Emika


Capítulo 7
Cap. 6 - Plano de Raito


Notas iniciais do capítulo

Hehe, o plano de Raito vai começar... mas só começar k



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“Então, a única coisa que tenho que fazer, é ele se preocupar mais com ela. Mas não poderei escrever o nome dela no Death Note, além por que, acho que ‘Yamamoto’ não é o sobrenome verdadeiro” pensou Kira. “Mas se eu deixar L com ciúmes, ele provavelmente vai se deixar levar pelas emoções, uma vez que se apaixonou, e então eu encontrarei a distração perfeita!” conclui, e logo decidiu colocar seu plano em ação.

– Hana! Que tal sairmos para algum lugar? – Kira interrompeu a conversa entre ela e L.

– Com você? Nunca. – resmungou ela. L ficou incomodado nesse súbito interesse de Raito. Já o mesmo, pensou: “Não pensei que ela seria tão difícil. Merda, ela vai me dar trabalho”

– Pode ir com ele, Hana. – falou L frio, tentando não demonstrar seu incômodo.

– Eu não quero sair com ele. – disse brava.

– E que tal se Ryuzaki fosse junto? Vamos sair todos nós, afinal somos amigos, não? – L achou melhor a ideia de todos saírem, assim também poderia vigiar Raito.

– Esta é uma ótima ideia, venha conosco, Hana. – pediu o detetive.

– Hunf, tá bom. – bufou irritada.

– Que bom que você tenha aceitado, Hana-chan – Kira sussurrou no ouvido de Hana, deixando-a mais irritada. L também não ficou tão contente com este ato. – Então, para onde vamos? – perguntou a todos.

– Hm... Podemos ir a uma sorveteira. – sugeriu L, meio a contragosto.

– Isso! Eu amo sorvete! – Hana comemorou com os olhos brilhando ao pensar em sorvetes.

– Então está certo, vamos ir, conheço uma aqui perto. – falou Raito.

Assim foram andando até a tal sorveteria, e chegando lá escolheram uma mesa. L ia pegar um assento ao lado dela, porém Raito fora mais rápido e pegou o lugar, deixando o detetive um pouco frustrado, mas não demonstrou nada. Hana logo foi para os sorvetes, entrando em uma dúvida incrível sobre qual, ou melhor, quais sorvetes devia escolher. Enquanto voltou a mesa, Ryuzaki havia ido pegar um sorvete, ficando apenas ela e Yagami.

– Sabia que você está muito linda? – disse a ela. Consequentemente, corou, pois sempre ficava assim quando recebia elogios. Porém, ela apenas bufou em resposta para ele.

– E fica mais linda ainda corando – sussurrou, deixando-a mais vermelha. Hana não sabia, mas o detetive estava bem atrás, ouvindo tudo. Quando ela corou, ele teve a impressão de que ela gostara do elogio, e não sabia se ficava triste ou com raiva sobre isso. Mas como sempre, apenas ficou com sua expressão fria.

– Raito-kun, não irá pegar o seu sorvete? – perguntou frio.

– Ah sim. – se retirou da mesa. L encarou Hana, que estava sorrindo enquanto comia seu sorvete. Ele não sabia porque estava irritado. Tudo isso era apenas porque Raito misteriosamente se interessou nela? Seria... Ciúmes? “Não, não posso ter ciúmes. Eu não posso me deixar levar pelas emoções. Para ter ciúmes, eu precisaria gostar de Hana... E eu não gosto. Ou gosto?” L tentava decifrar o que seu coração dizia naquele momento, mas parecia bem mais difícil do que dizem.

Durante todo o período que estavam na sorveteria, Ryuzaki não disse uma palavra. Às vezes Raito dizia alguma coisa, mas sempre era mais para Hana. E ela, às vezes perguntava ao detetive o motivo desse silêncio, mas nada respondia, deixando-a preocupada. Quando acabou aquele encontro, não muito agradável, ela falou:

– Bem, vou indo... Está tarde.

– Eu te levo, Hana. É perigoso uma garota andar sozinha. – falou Raito. Ela logo iria responder, mas L a interrompeu:

– Não. Eu a levo. Eu já sei o caminho. – disse decidido, mostrando um pouco da raiva que tinha.

– Oh, tudo bem então. – respondeu o outro garoto loiro. – Então, tchau Hana-chan! Tchau Ryuzaki! – e foi andando na direção oposta. Quando já atingiu uma distância razoável, Ryuuku comentou:

– Kikiki, até que você conseguiu achar uma distração. – falou rindo. – E agora, como vai encontrar o outro Kira?

– Você verá, Ryuuku. – respondeu.

– Então, agora posso comer uma maçã? – perguntou, tirando um suspiro de Raito.

Enquanto isso, perto da sorveteria, onde estava Hana e L. Ela falou:

– Obrigada por ter se oferecido para me levar em casa. Eu não queria que ele me levasse.

– Sem problemas – respondeu. Hana foi indo na frente, para mostrar o caminho, porque ele havia mentido para Raito que sabia o caminho, ele apenas sabe o endereço.

Após algum tempo de caminhada, quase com um silêncio mortal, ela avista um parquinho para crianças. Fazia tempo que não pegava esse caminho, justamente por causa disso. Porém, da sorveteria até sua casa, esse era o único caminho que ela conhecia. Ele percebeu o olhar distante e perdido dela, em direção ao parquinho. Pensou se deveria perguntar, mas achou meio indelicado. Mas ele nem precisou fazer isso, ela logo foi indo para o parquinho e respondendo-lhe a pergunta que estava em sua mente:

– Eu costumava vir nesse parque. Mas... Parei de vir após da morte de meus pais. – falou tristemente, com a cabeça baixa, quebrando o silêncio. – Na morte deles, eu só me lembro... Que fora aqui perto. Porque a nossa casa antiga era bem ali. – apontou para uma casa abandonada na esquina mais próxima.

L queria dizer algo, mas não sabia o que dizer, e resolveu apenas ouvir atentamente o que ela dizia.

– Eu não me lembro muito bem. Mas, por causa daquele incidente do segundo Kira, eu consegui lembrar algo. Aquela figura... Ela estava aqui. E depois, meus pais... – e então sentiu algo molhado descendo por suas bochechas.

L chegou perto e limpou a lágrima de seu rosto. Ela não suportou. Ela já chegara ao seu limite, aguentara 18 anos sem chorar. Apenas chorou depois que conheceu Ryuzaki, e assim como ultimamente, ela abraçou L num movimento rápido, e começou a chorar. Ele apenas retribuiu o abraço, acariciando depois a sua cabeça.

Após algum tempo, algo como se dissesse a Hana “Não chore”, não só apenas parou de chorar, como mudou de humor rapidamente. Algo na cabeça dela a fazia pensar que devia ser forte, e que chorar é ridículo.

– Venha Ryuzaki! Venha me balançar! – saiu correndo como uma criança feliz indo para o balanço.

– Sério? – perguntou ele rindo.

– É! Você acha que estou brincando? – disse soltando uma risada. Ele se aproximou e começou a empurrá-la no balanço. Mas após algum tempo, a própria Hana disse que estava ficando tarde. Talvez porque, ela mesma tenha medo da vizinhança de noite.

Voltaram a caminhar, mas agora, o silêncio já não impregnava mais. Havia apenas o som de risadas. E depois de algum tempo, eles chegaram ao prédio dela.

– Nakamura-saan! Onde você estava tão tarde? Estou ficando preocupada! – falou uma mulher, assim que avistou ela.

– Eu estava com o meu amigo Ryuzaki! – falou apontando para ele. – Não se preocupe, síndica! Eu não abandonarei o prédio. – falou rindo. – E além disso, pode deixar que eu pago o aluguel depois! – falou sorrindo.

– Ah, não se preocupe tanto, você só precisa pagar daqui 3 semanas! – falou feliz. – Então... E esse seu amigo aí? – perguntou com um sorriso malicioso no rosto, fazendo os dois corarem.

– Eeer, é só um amigo de faculdade... – disse envergonhada. Mas logo a síndica se distraia com uma sujeira que havia no chão.

– Bem, vou indo. – falou ele.

– Não Ryuzaki! Venha conhecer meu apartamento! – disse rindo – eu já fui tantas vezes na sua “casa-hotel”.

– Isso Ryuzaki, vá ao apartamento – falou a mulher com um sorriso malicioso nos lábios.

Hana apenas ignorou o comentário da síndica, e olhou atenciosa para Ryuzaki esperando uma resposta.

– Tudo bem, acho que alguns minutos não irão causar problemas – respondeu ele.

Ela então sorriu em agradecimento, e o puxou pelo pulso para irem ao elevador. Logo depois, chegaram ao quinto andar, e ela abriu a segunda porta do corredor.

– Bem, esta é a minha casa! – disse feliz. O apartamento era de porte médio, mas a bagunça parecia deixá-lo menor. Havia futons no sofá, materiais escolares e papéis espalhados pela casa, e a alguns copos e pratos na mesa de centro. Ela então percebeu a bagunça, e logo saiu correndo tentando arrumar alguma coisa, o fazendo rir.

– Desculpe pela bagunça, hehe. Eu geralmente não recebo visitas.

– Não tem problema.

– Você quer algo? Um café, doce, sei lá...? – ela perguntou

– Não, não precisa. Não quero incomodar.

– Tem certeza? Porque eu ainda nem jantei, hehe. Daí a gente podia cozinhar alguma coisa – falou meigamente.

– Mas eu não sei cozinhar...

– E você acha que eu sei? – soltou uma risada – A gente pega uma receita na internet e boa. Na verdade, a única coisa que ser fazer é dango. Daí a gente só faz dangos e um bolo. – falou feliz.

– Ahn, tudo bem. – respondeu, ainda achando que não seria muito útil na cozinha.

– Bem, poderia ir pegar o arroz enquanto eu pego a panela? Tá lá na dispensa. – pediu ela.

– Claro. – e foi à dispensa. Após um tempo, o arroz já estava na panela de arroz japonesa sendo cozinhado. Assim, Hana foi pesquisar uma receita de bolo de morango, enquanto L vigiava o arroz.

– Pronto Ryuzaki, a receita está aqui. Por favor, pegue o nori enquanto eu acho os ingredientes para a torta? – ele foi indo novamente para a dispensa, enquanto ela abria a geladeira. Por sorte, havia todos os ingredientes necessários, mas ela encontrara uma geléia de morango aberta em sua geladeira.

– Nossa, não me lembrava que comprei geléia de morango. – disse rindo. – Mas vamos colocar no bolo, deve ficar bom. – imaginou como seria o bolo de morango com geléia. L estranhou um pouco a geléia, mas achou que já era paranóia dele.

Eles começaram a fazer a torta, mas na hora de misturar os ingredientes, como ela não tinha batedeira, tinha que fazer a mão. E essa tarefa era dele, mas não conseguia fazer, principalmente pelo jeito peculiar de segurar as coisas.

– Você tem que fazer assim! – ela chegou perto, rindo do jeito que batia os ingredientes. Ela tentou ensiná-lo como fazer, mas se irritou. – É assim, olha! – e por impulso pegou a mão dele para mostrar. Mas assim que a tocou, ela sentiu algo estranho em seu estômago, e corou. – Ahn, deixa que eu faço. – disse. L se sentiu da mesma forma que ela, mas tentava não demonstrar nada.

Quando ele passou a tigela a ela, acabou se atrapalhando e derrubou um pouco de farinha na roupa dela.

– Eiii! Você me sujou! – reclamou.

– Me desculpe... – falou cabisbaixo. Hana teve uma ideia e sorriu.

– Já que é assim... – pegou um punhado de farinha da embalagem, e tacou na blusa dele, e caiu na risada. E eles iniciaram mais uma de suas guerras de comida, como sempre. Mas o tempo foi passando, e a torta devia ser terminada e o arroz tirado da panela.

– Espera aí! Dá um pause. – ela pediu. – Eu tenho que colocar a massa na forma e colocá-la no forno, e tirar o arroz! – assim fez, e logo estavam enrolando o arroz para fazerem os dangos. Após fazerem e comerem, a guerra de farinha recomeçou.

Ele encheu duas mãos inteiras de farinha, e estava prestes a jogar nela, porém ela se viu encurralada entre o balcão da cozinha e a parede. Repararam no quão perto já estavam, e inconscientemente ele abaixou a mão e soltou a farinha. Foi se aproximando cada vez mais do rosto dela. “Não... Eu não posso” ela pensava. Por mais que quisesse aquilo, por mais que doesse ficar longe dele, ela deveria se afastar de qualquer jeito. Ele era muito importante a ela, e dessa vez, ela iria fazer diferente, não iria perde-lo de nenhum jeito. Já se desesperando da proximidade, o telefone tocou, salvando-a.

– Eu... Vou atender. – apenas conseguiu formular essa frase, e foi atender.

L se perguntava, porque inconscientemente sempre se aproximava mais dela. E pior, porque sempre que fazia isso, ela se afastava? Quando Raito cochichara no ouvido dela, ela não se afastou. Ela... Talvez, gostaria de Raito? Era isso que ele pensava. “E se... Ela não gostar de mim? Mas porque estou perguntando isso? Eu... Nem devia gostar dela.” Pensou. Ele foi treinado a vida inteira para se tornar um grande detetive, consequentemente, treinado para não ter emoções, ser racional. Então porque uma simples garota conseguira jogar uma vida inteira de treinamento fora?

– Ah... Sim, tudo bem... – ela falava para a voz do outro lado da linha – Quer falar com ele? Ah, tá. Tchau. – agora se direcionava a Ryuzaki – Era Watari. Ele disse que achou que você estaria aqui, então ele já está lá em baixo. Disse que você deveria voltar agora, senão poderia ser perigoso a você... – falou cabisbaixa.

– Entendido. – falou friamente, apesar estar abalado por ter que ir.

– Mas leve um pedaço do bolo! E um para Watari também! Tem muito bolo aqui! – disse mudando de humor de repente. Saiu correndo pegar um pote para entregar o pedaço de bolo. No final, ela colocara bolo suficiente para cinco pessoas.

– Aqui está! – entregou o pote a ele

– Obrigado, Hana-chan. – falou sorrindo.

– Eu acho bom... Que Watari pareça um pai para você... É legal que ele se preocupa. – falou meio triste. Ela não tem muitas lembranças de seu pai, e às vezes desejava ter um. Ele sabia como ela se sentia, e ficou triste em não poder fazer nada a ela. Olhou em volta do apartamento como se quisesse se despedir do local, e guardar todas as lembranças de lá. Voltou-se a cozinha, e viu a bagunça que os dois fizeram.

– Tem certeza que vai dar conta de toda a sujeira? – perguntou preocupado.

– Claro! Eu vivi a minha vida inteira com bagunça! – falou rindo, fazendo-o sorrir.

– Tchau, Hana-chan. – se aproximou dela, e beijou sua testa. Esse ato fez seu coração disparar, e sentir o que chamam de “borboletas no estômago”, e por fim, ela corou, e não conseguiu falar nada. L abriu a porta e se foi.

– Tchau, L. – sussurrou, como se ele pudesse ouvir. Meu L” pensou.



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Notas finais do capítulo

Vocês verão o resto do plano depois hehe Mas mesmo assim eu queria ter desenvolvido mais, me desculpem. É porque não tinha muito tempo para conseguir desenvolver até o dia 22, que é quando eles vão fazer a pesquisa k então, me perdoem :( já estou avisando com antecedencia hehe mas mesmo assim acho que tá bom... hehe, leiam entao os proximos cap.