A Preferida 2 - O Ano Da Formatura escrita por Roli Cruz


Capítulo 28
DNA


Notas iniciais do capítulo

CAPÍTULO TOTAL, E EXCLUSIVO, PARA AS LINDAS LEITORAS QUE DEIXARAM REVIEW NO OUTRO CAPÍTULO, MESMO EU NÃO MERECENDO!!!
~~Bye, bye Caps Lock~~
Carolaine Marques e Ella Phelps (que deixou uma recomendação LINDJA na fic do meu namorado, e ele pirou MUITO)... Esse capítulo é totalmente dedicado às duas, que me motivaram a escrever e postar hoje.
É certo, gente. "A Preferida II" está no fim e vai acabar, no máximo, semana que vem.
Espero que gostem dos últimos capítulos.
Beijos!
PS: JONATHAN BEMOL, TE AMO! FELIZ ANIVERSÁRIO DE SETE MESES!!! õ/



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Logo que chegamos no chalé – chegamos era uma da manhã do dia 24 de dezembro – pude ver Piper, Andrew e Amani na varanda, nos esperando.

Reparei que a negra tinha um envelope branco, relativamente grande, nas mãos.

– Chegamos. – Ouvi Nicholas dizer como em uma lamentação.

– Hey, Nick. – Chamei, assim que paramos a moto.

– Hn? – Ele se virou para mim.

– Vai dar tudo certo. – Sorri. – Vou ficar com você, independente do resultado, ok? – Perguntei, colocando a mão sobre a dele.

Ele olhou para minha mão e subiu os olhos lentamente até os meus. Vi um leve sorriso se abrir em seus lábios. Aquilo me deixou feliz.

– Ok. – Ele disse por fim. – Vamos acabar logo com isso, sim? – Ele pediu.

Na verdade eu não estava muito certa quanto a história de ficar tudo bem. Mas tinha certeza absoluta que ficaria junto ao Nicholas independente do resultado.

– Hey... – Piper deu um fraco sorriso em nossa direção. – Tá tudo bem?

– Mais ou menos, né? – Respondi, dando um abraço nela.

Eu e ela nos sentamos na rede e os loiros se empoleiraram na cerca da varanda. Nicholas permaneceu em pé, com o envelope em mãos e o olhar vago.

Eu estava com medo do que poderia acontecer.

Não que eu ache que um dia ele vá me largar para ir com a Nádia... Mas é que, por mais forte que seja o sentimento entre duas pessoas, as lembranças sempre serão forte o bastante para martelarem na cabeça de uma delas.

Assim como eu tinha fortes lembranças do Dylan, ele deveria ter da Nádia também.

– Isso, continue com esse mistério e me mate de curiosidade! – Piper reclamou ao meu lado. Levei a mão até sua boca, para calá-la.

Ela esperneou e olhou feio na minha direção.

Reprimi a vontade de rir.

Claro que eu entendia o que ela queria dizer. Todos nós estávamos ansiosos para saber o resultado. Mas Nicholas merecia ter um tempo só pra ele.

Ele merecia ter espaço o suficiente para medir as possibilidades.

– Nicholas, se não quiser abrir, nós entendemos que... – Andrew disse, depois de um tempo em silêncio (Piper havia sossegado, finalmente).

– Não. – O moreno o cortou. – Tudo bem. – Ele suspirou. – Vou abrir e acabar logo com isso.

Prendemos a respiração quando ele abriu lentamente o envelope. Aqueles foram os momentos mais tensos de toda minha vida. Parecia que todo o nosso futuro estava pré-destinado. Estava escrito e seria revelado por aquele pedaço de papel.

Não. Não parecia... Era mesmo isso que estava acontecendo.

Ele respirou fundo e puxou uma carta de dentro do envelope. Passou os olhos verdes por ela por uns momentos e os fixou em uma parte grifada de verde.

Verde? Seria então...

– E então? – Amani perguntou.

Nicholas ficou em silêncio por alguns segundos e finalmente disse:

– Deu positivo. Peter é sim meu filho.

Por mais que eu tenha dito que ficaria do seu lado e tudo mais (coisa que eu vou realmente fazer), foi um choque saber disso. Era como se uma bomba atômica tivesse explodido em meu coração.

Eu estava passando mal ao saber daquilo. Ao saber que o Nick... Meu Nicholas, havia tido algo com aquela cobra, e tudo havia resultado em um bebê de dois anos.

– Com licença. – Pedi, entrando na casa e indo direto para a cozinha. Peguei um copo e enchi de água. Coloquei um pouco de açúcar e mexi.

Estava na metade do copo quando ouvi passos na cozinha. Não precisava olhar para o lado para saber que era Nicholas.

– Você tá bem? – Ele perguntou, chegando perto de mim.

Virei o copo e o coloquei na pia. Respirei fundo e olhei em seus profundos olhos verdes.

– Eu quem devia perguntar isso. – Forcei um sorriso.

Ficamos nos encarando por algum tempo. Não sei dizer se foi muito ou pouco. Isso não parecia importar naquele momento.

– O que está pensando? – Ele perguntou, colocando uma mecha castanha de meu cabelo atrás da orelha.

– “Como não conheci esse garoto lindo antes?” – Respondi, olhando-o ternamente.

Ele deu um meio sorriso.

– Você estava preocupada demais em conseguir conquistar o coração de certos professores.

– Como eu era burra... – Murmurei.

– Vai me largar por causa desse resultado? – Ele perguntou, franzindo o cenho.

– Claro que não. – Juntei as sobrancelhas. – Eu jurei que não ia, e não vou. – Disse, colocando as mãos no bolso traseiro da calça.

Ele puxou as abas do meu casaco, me fazendo chegar mais perto.

– Eu te amo. – Ele disse, enquanto eu enlaçava seu pescoço com meus braços. – Muito.

– Eu também, Nicholas. – Disse, abraçando-o com força. Sem que eu percebesse, ele me puxou para um beijo delicado.

Nossas línguas se entrelaçavam, e nossos lábios brincavam. Eu sentia tanta falta de seus beijos...

Quando nos separamos – ofegantes –, ele juntou as sobrancelhas e passou o polegar em minha bochecha. Vi uma lágrima em seu dedo e franzi o cenho.

Só então percebi que estava chorando.

Ele me puxou novamente e me abraçou com mais força. Enterrei o rosto em sua camisa e chorei.

Chorei por ter que me separar de meus amigos dali a poucos dias. Chorei por saber que Nádia e Nicholas tinham um filho juntos. Chorei por saber que meu pior medo se concretizou. Chorei por saber que aquela viagem iria chegar no fim e eu teria que aguentar muitas pessoas inúteis: Katherine, Margareth, Nádia e o tal do professor novo de português.

Chorei por saber que Nicholas estava ligado àquela cobra e que eu nunca poderia ficar com ciúmes disso. Chorei por saber que ela, com certeza, se aproveitaria disso. Chorei por não ter chorado quando precisei. Chorei porque quis. Porque achei certo.

Chorei porque tinha meus motivos.

Ele beijou minha testa e fez cafuné em minha nuca.

– Jennifer, não importa nada disso. Nada disso fez diferença no que eu sinto por você ou pela Nádia. – Ele disse, me forçando a olhá-lo nos olhos. – Eu não gosto dela. Eu nunca vi o Peter. Eu não quero saber dela na minha vida. Eu amo você, Jennifer Connor. Você é a razão da minha vida, ok?

– Ok. – Sorri, beijando-o ternamente.

Eu não deixaria que aquilo estragasse meu dia.

Era Natal. NATAL!

Não era tempo de ficar chorando pelos cantos.

E eu não faria isso.

Eu ergueria a cabeça e enfrentaria tudo.

Porque, afinal, meu nome é Jennifer Connor.



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Notas finais do capítulo


Não precisam dar review, sei que não mereço, mas pelo menos espero que gostem ;]