A Preferida 2 - O Ano Da Formatura escrita por Roli Cruz


Capítulo 16
Dançando Com As Emoções


Notas iniciais do capítulo

Hey =)
Esse é o último capítulo. ANTES DA FESTA, calma -.- Não me matem kk'
Amanhã eu vou postar o da festa e, como várias pessoas pediram, vai ser um grande e único :3
Por favor, não me matem, coisas muito boas virão *-*
Capítulo dedicado à Macla Malfoy :3
Beijos ♥



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– Paaaaaai! – Cheguei à minha casa com o sorriso de orelha a orelha.

– Eu não fiz nada. – Ouvi sua voz e ele apareceu, segundos depois, na porta da cozinha.

– Haha. – Revirei os olhos.

– Que foi? – Ele perguntou, fazendo meu sorriso voltar. – Ai meu Deus.

– O que? – Ri e fui atrás dele.

– Não gosto quando você dá esse sorrisinho. – Ele respondeu – Parece até sua mãe.

Estremeci com o pensamento.

– Ai credo pai. Não me fala uma coisa dessas. – Fiz o sinal da cruz e voltei meus pensamentos ao que iria falar antes. – Enfim. Tem uma coisa que eu queria te pedir.

– Dinheiro?

– Uhun.

Ele suspirou e passou a mão no rosto.

– Estava torcendo para não ser isso. – Ele admitiu.

– Ah. Vamos lá, Arthur Connor. – Estreitei os olhos. – Eu tenho. Tipo obrigatoriamente, que estar bonita nessa festa de primavera. Que vai ter no sábado.

– Coisa de escola? – Ele perguntou meio desconfiado.

– É. – Confirmei. – E então?

– Quanto você precisa?

– Ah, pai! Como é que eu vou saber? – Coloquei as mãos na cintura e o olhei, incrédula. – Depende do vestido, do sapato... – Comecei a enumerar nos dedos. – Da maquiagem, do cabeleireiro...

– Ok. Ok. Eu já entendi. – Ele me cortou. – Pega o meu cartão e pode ir.

– Obrigada. – Sorri e abracei-lhe.

– É. Sei... Agora eu sou o melhor pai do mundo, né? – Ele sorriu e me entregou um cartão que estava em cima da mesa.

Peguei o objeto e me dirigi à porta. Mas não antes de ouvir meu pai falar:

– Só não vá estourar o cartão!

– Tchau. – Respondi e saí.

*

– Alô?

– Oi, Piper. – Respondi, enquanto andava distraidamente pela calçada da Broadway. Só pra constar, isso é uma rua.

– Que foi, Jenny? – Ela perguntou.

– Já está pronta para comprar seu vestido? – Atravessei a rua e continuei andando.

– Vestido?

– É. Para a festa de primavera. – Respondi com tom óbvio.

– Ah. Não sei não se vou, Jenny.

– Que isso, Piper! – Franzi o cenho. – Vamos. Vamos mostrar para todos a nossa força! – Ri e fiz graça do comentário que ela tinha me dito antes.

– Haha. Como você está engraçadinha. – Podia imaginá-la revirando os olhos.

– Piper. – Chamei, com voz manhosa. – Por favor.

– O que? – Ela disse secamente.

– Pelo menos me encontre na frente do shopping. Nós compramos pelo menos o meu vestido. Se você não se animar, o que eu acho difícil, você não precisa ir.

– Ok. – Ela ia desligar, mas eu a chamei. – Que foi?

– Só quero te avisar... Que o Andrew vai. E eu o vi todo charmoso com o smoking. Tenho certeza que ele está fazendo isso por você. – Sorri e ela ficou muda.

– O-onde você o viu? – Ela perguntou, meio receosa.

– Amor. Nós dois somos vizinhos. É só eu olhar pela janela. Lembra? – Sorri e imaginei a negra corando.

– Ah sim... – Ela disse. – Te encontro daqui a pouco.

– Tchau. – Sorri e desliguei o celular.

Andava despreocupadamente pelas ruas de Nova York, quando senti um arrepio na espinha. Desde que havia encerrado a ligação com a Piper, percebi algo que me deixou incomodada.

Atrás de mim, dois homens de boné, não muito mais velhos que eu, andavam com as mãos nos bolsos e a cabeça abaixada. Creio que meus sentidos se aguçaram e, definitivamente, eu achei aquilo muito suspeito.

Para comprovar meu pensamento, apertei o passo. Andando mais rápido. Os dois refletiram meu ato e começaram a andar mais rápido.

Virei, de propósito, uma esquina e comecei a correr.

Segundos depois, quando eu já estava um pouco adiantada, os caras viraram a esquina e desataram a correr atrás de mim.

Dei meu máximo, corri o mais rápido que pude, mas me amaldiçoei mentalmente por ter escolhido justo aquele dia, para colocar sapatos de salto alto.

Corria como uma louca, ziguezagueando pelas esquinas, na esperança de despistá-los.

Em uma hora de desespero, com meu coração quase saindo pela boca, olhei para trás. Os dois ainda estavam atrás de mim. Meio ofegantes, mas ainda atrás de mim. Quando voltei a olhar para frente, tropecei em uma pedra solta na calçada e caí de joelhos no chão.

A parte boa, é que eu estava de calça, e não ficou um estrago tão grande.

A parte ruim, é que os dois aproveitaram a deixa e aumentaram a velocidade. Quase chegando perto de mim.

Mas, por algum milagre, um carro parou naquela rua deserta e, enquanto eu ainda levantava do chão, abriu as portas para mim. Olhei dentro do carro e suspirei aliviada, quando vi quem era.

– Entre. – Ele falou e eu obedeci. Rapidamente, o loiro deu partida e nós saímos de lá, deixando os idiotas para trás.

– Obrigada. – Eu disse, mostrando um sorriso de alívio, enquanto ignorava a dor em meus joelhos.

– Quer carona?

– Por favor.

– Pra onde? – Ele me olhou pacificamente e eu disse o nome do shopping mais perto.

Minutos se passaram e eu fiquei em silêncio. Imaginando o que teria acontecido, se aqueles dois caras tivessem me alcançado.

– Você está bem? – O tal de Giovanni Lacorte perguntou.

– Não. – Admiti.

– Você vai ficar bem?

– Talvez. – Olhei pela janela e suspirei. – Obrigada por ter me salvado.

– É. Foi realmente muita sorte eu ter te encontrado naquela hora. – Ele sorriu. – E foi sorte também, você ter ido direto para a rua onde eu moro.

– Você mora lá? – Perguntei, tentando processar.

– Uhun. – Ele sorriu docemente. – Chegamos, Jennifer. Mais cuidado da próxima vez. – Ele piscou e eu sorri, corando até a raiz do cabelo.

*

– Porque a demora, senhorita Connor? – Piper estava ali na frente do shopping, de braços cruzados e cara amarrada.

– Vamos. Vamos entrar. – Puxei-a pelo braço e entramos no prédio.

Ao entrarmos em uma loja de roupas, comecei a contar meu trajeto até ali. Enquanto víamos alguns vestidos, Piper ficava boquiaberta.

Quando acabei de contar, ela me olhava de olhos arregalados.

– Oh, meu amor. Sinto muito. – Ela disse, indo me abraçar. – Você está bem?

– Estou melhor agora. – Sorri e a abracei de volta.

– Vamos, um bom banho de loja vai te fazer bem. – Ela sorriu e me puxou para o provador.

Por fim, não fui eu quem escolheu os vestidos. Foi a negra e, sinceramente, ela tem um ótimo gosto.

Experimentei todo tipo de vestido. Longo, curto, cheio de rendas e tules, simples, “tubinho”, escuro, claro.

No final, os únicos que realmente tinham ficado bons em mim, eram três;

Um azul claro, com uma alça só, que batia nos joelhos. Um vestido salmão, estilo “tomara que caia”, que também batia nos joelhos e, por fim, um vermelho vivo que ia até o pé, com alças estilo regata.

Todos eram lindos, e eu agradeci muito à Piper por ter me ajudado a escolher. Mas eu os separei por fatores.

1- Era uma festa de primavera. O vestido vermelho escarlate não tinha nada a ver com o tema.

2- Se fosse uma festa de colegial, o que era realmente, eu deveria estar confortável.

3- E por último, as cores da primavera, não são os tons de laranja, marrom e salmão?

– Você é muito chata. – Piper sorriu, enquanto saíamos da loja. Na sacola, apenas um vestido havia sido escolhido. O salmão. – Aquele vermelho tinha ficado tão bonito.

– Vamos, Piper. É hora de escolher o sapato e ver uma roupa para você. – Sorri e pisquei um olho. Ela balançou negativamente a cabeça.

– Eu não vou. – Ela disse.

– Ah. Vai sim. – Empurrei-a com os ombros gentilmente.

– Hey. Jenny? – Ela chamou, depois de um tempo, na loja de sapatos.

– Sim?

– Você acha que o professor novo, o tal de Giovanni, tá afim de você? – Ela me encarou serenamente.

–Hn. Acho que não. – Dei de ombros.

– Você está fazendo as pessoas dançarem com as emoções delas.

– Hn? Virou poeta? – Ri.

– Nada não. Jenny. – Ela sorriu. – E, aliás, acho que vou sim nessa festa.

– Sabia! – Pulei na poltrona da loja.

– Mas é só pra mostrar como eu sou chique. – Ela empinou o nariz e eu ri mais ainda.

– Ahan. Não tem nada a ver com o seu ciúme do Andy?

– Não. – Ela olhou para o outro lado.

– Uhun. – Sorri e percebi que, afinal, aquela festa poderia ser uma boa. Principalmente quando tenho todas as pessoas que eu preciso, ao meu lado.


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Notas finais do capítulo

:3
Sério, não me matem. Prometo que o capítulo da festa, vai ser bem feitinho *----*
Beijos ♥