Dias depois...

P.O.V May

O caso ‘’fora da Angel’’ já passou, assim como o fora que eu vou ter que dar daquela escola já que eu não vou conseguir o dinheiro.

Bom, agora eu estou me arrumando. Hoje é domingo, seis de julho.

Pode parecer tão boba  a data... mas não importa. Sempre pra mim e minha família seis de julho é importante.

Vesti (http://www.polyvore.com/old/set?id=35571746&.locale=pt-br) e fui até a sala onde todos estavam prontos

-estou pronta –sorri. Meu pai lançou um olhar triste. Saímos de casa, entrando no velho fusca branco do meu pai. Peguei minha foto e olhei, deixando um sorriso escapar.

Como ela era linda... nunca, nunca haveria mulher alguma mais bonita que ela

-May, eu vou na frente!

-tudo bem! –ri diante o machismo do meu irmão. Por que ele não podia ser criança pra sempre? Especialmente na época que só sabia dizer eu te amo.

Papai e Tomas foram na frente, eu, Lucy e Anne nos bancos de trás.

Mas paramos em um caminho diferente

-que casa é essa? –perguntei.Meu pai só abaixou os bancos pra que pudéssemos descer e logo depois um homem abriu a porta

- hey senhor Brooks? Tudo bem? Pode entrar! –o Jovem senhor disse. Meu pai sorriu meus irmãos e eu tinham um olhar confuso. Meu pai suspirou.

-vamos entrar?

-mas pai.... –iniciei

-May, uma palavrinha! –me rendi entrando naquela casa que mais parecia uma mansão

Assim que entramos cumprimentei o senhor e uma senhora baixinha de olhos verdes.

-Belos filhos senhor Brooks! –a mulher disse.

-Podem me chamar de Daniel –meu pai sorriu. E lá, conversa vai, conversa vem. Olhei no relógio de pulso. Oito da noite. Era a hora.

-pai ,são oito da noite –cochichei

-eu sei may...

-Hoje é seis de Julho, pai. Seis de julho.

-se tiver algum problema, podemos remarcar nossa reunião  Daniel.

-não será necessário.

-pai... hoje é seis de julho e são oito horas, pai –minha voz falhava

-May, meu filho já esta descendo se isso te conforta –pattie argumentou

-não por isso, senhor. É que... seis de julho é uma data muito importante pra mim é que...

-May, lembra a empresa em que eu trabalho, né? –assenti- então, ela esta passando por algumas dificuldades, e  eu me dispus a ajudar. –meu pai colocou a mão em meu ombro. Por seu olhar eu percebi que ele precisava fazer isso, mas não queria. Naquele olhar encontrei alguma esperança na parte dele. Não sei sobre o que seria aquela reunião mas seria muito importante pro meu pai. Assim como seis de julho ainda era, eu sei.

-mas pai, hoje é seis de julho!

-Hey. Os senhores devem ser os senhores Brooks, certo? –ouvi uma voz rouca. Me virei olhando o ser que antes estava com um sorriso se desmanchou.

p.o.v justin

-Angel? –perguntei. Os olhos da menina se encheram de lágrimas, fungou um pouco, olhou o pai e acelerou o passo pra sair de casa.

Olhei as três crianças sentadas no sofá e o homem a minha frente.

-me desculpem...

-Não Daniel, tudo bem. Podemos marcar outro dia

-acho melhor resolvermos hoje –o pai riu fraco.

-se você acha... vamos jantar?

Ainda estava confuso. Pra começar, porque Angel estava vestida daquele jeito? Quer dizer, ela estava sim linda, sem maquiagem pesada mas mesmo assim estava linda. Mais que o normal. Pela primeira vez eu vi o brilho no olhar, que até então, ela não tinha. Muito menos pude achar que teria sentimentos. Soube que ela humilhou Bruce também.

Sorri para as crianças sentadas no sofá, as convidando para ir até a mesa.

A conversa fluiu.

Meu pai tinha me explicado. Daniel Brooks, esse senhor aqui,  cuida da limpeza da empresa. E esses tempos meu pai estava passando alguns apertos por lá, ele realmente achou que teria que fechar a empresa, mas aí, Daniel deu uma sugestão, a qual não me convém, mas sei que foi uma ótima sugestão. E agora meu pai o quer como parceiro, mas ainda não disse isso a ele.

Daniel não parecia tão animado. E eu ainda queria saber onde Angel tinha ido. Será que hoje era aniversário  dela? Quando eu a vi ela repetia várias vezes que hoje era seis de julho.

-Desculpe a pergunta Daniel, mas hoje é aniversário da Angel?

-Angel? Todos a chamam de May.

-Espera, ela não estuda na Angel... na Wishes high school?

-sim, sim. –mais uma vez a poker face veio a tona.

-mas hoje não é aniversário dela. É que em todo seis de Julho temos uma... tradição –o senhor sorriu tristonho. Sorri sem mostrar os dentes como resposta.

MAS QUE DROGA JUSTIN PARA DE PENSAR NISSO!

Defeito número um: eu sou curioso.

Muito curioso. E de alguma forma aquilo estava me incomodando como se eu tivesse que resgata-la.

Eu e as crianças terminamos o Jantar então fomos pra sala.

-E então, qual o nome de vocês? –dei a iniciativa.

-Eu sou tomas.  – Garoto de uns 11 anos disse.

-Lucy –a menina sorriu

-anne! –e a pequena saltitou

-Justin. Né? – o menino fez uma cara de quem iria aprontar. Dei um sorriso prendendo a risada.

-isso!

-hm... será que você podia levar a gente em um lugar?

-Cala  a boca tomas, ele não vai levar a gente.

-Depende, onde?

-Perto da floricultura. –tomas disse

-O que querem fazer lá? –semicerrei os olhos

-Não precisa se preocupar, Justin –a menina retrucou fuzilando o menino

-é por aqui perto?

-mais ou menos 20 minutos daqui –o garoto sorriu

-esperem um pouco –os três comemoraram. Sorri com aquilo. Fui até meus pais e também pedi a permissão de Daniel alegando que os levaria pra dar um passeio. Deixaram. Aliás, o papo era importante.

Fomos andando e conversando.

As crianças realmente eram legais, pena que a Irmã seja um completo lixo

-Rebecca Black, Lucy? –tomas quase gritou me fazendo soltar uma gargalhada

-e ela é parecida com a Rebecca Black mesmo. –a menina riu

-então quer dizer que sua namorada sabe os dias da semana? Legal! –comentei  e Ri Junto a Lucy e Anne, que não sei se entendia mas queria tirar o irmão.

-a May disse que ela é besta. Se a May disse, é porque é! –Lucy disse firme

-Por que vocês chamam ela de May?

- a questão, é porque você chama ela de Angel, Bieber! –ri.

-Na escola todos a chamam de Angel –SIM, TODOS MESMO!

-Nossa, todos que conhecemos a chamam de May, é como ela gosta de ser chamada desde pequena. –lucy juntou as sobrancelhas

-mas qual o nome inteiro dela? –perguntei brincando com a mãozinha de Annei, já que eu estava segurando

-May Angelinne Brooks –Annie respondeu sorrindo. Sorri de volta

-olha Justin, se você esta tendo  uma paixonite pela minha irmã mais velha, vamos conversar aqui e agora, treinei tempos pra isso! –Tomas parou no meio do caminho me fazendo soltar uma gargalhada

-Não liga Justin. Mas desde quando gosta dela? –Lucy disse com os olhos brilhando.

-ei, ei. Ta indo rápido demais , não? –ri –eu não gosto da may

NEM UM POUCO, CRIANÇAS!

-sério mesmo –tomas semicerrou os olhos

-sim. –ri de novo. – ah, chegamos na floricultura.

-ah sim... se quiser esperar aqui...  –Lucy começou

-é só um tempinho, já voltamos – Tomas completou

-ei! O que vão fazer? –eles saíram correndo, entrando no escuro. Lá vou eu correndo dentro de um cemitério!