Mais Amigos e Surpresa à Parte

  Eu gostava de avisar aos meus poucos leitores que a partir de agora a história será no tempo presente real, uma semana depois do acidente com a Micro, pois o nosso orçamento não é suficiente para os custos do recuo temporal. Tudo isto porque o nosso emo pervertido se esqueceu de pagar as contas do flashback.

 Afonso: É mentira. Foi ela que se foi embora sem resolver isso, só para ir ter com aqueles três desmiolados. Pois é malta, para além de mim ela ainda tem mais três!

 Eu: Afonso! São os meus best, e tal como tu, não tem nada comigo. Continuando… Preparem-se para conhecer mais melhores amigos meus, desnaturados e completamente…

 Quinta-feira

 Caminho para o Inferno (Escola)

 07:59

 (dia mau)

  Estava (para variar) num dia mau e ‘pra piorar ia ter um teste de geografia, a disciplina a que eu tenho mais aversão porque a prof me odeia. E não é daqueles casos em que se pode dizer que a aversão passa a desejo, acreditem. Fui andando para a escola, e, esperando NÃO encontrar ninguém conhecido no caminho.

  - Vamp! Vamp, espera aí! - gritou alguém atrás de mim, até já sabia quem era. Só podia ser ele, era o único que me chamava assim.

  - Oi, Lobi.

  - Lobi é uma alcunha muito fail. – disse ele, a pentear os cabelos por causa da corrida.

  - Então… Oi, Marc.

  - O que fazes Frê? A esta hora, já estás toda arranjada. Vais encontrar-te com alguém? Oh não! Andas a trair-me. – disse ele desconfiado ( http://www.polyvore.com/cgi/set?id=43174378 ).

  - Não Marc, eu vou para a escola. E é-me impossível trair-te, és o meu melhor amigo, não meu namorado. Eu não te amo. – ele fez uma cara ofendida mas logo desanuviou.

  - Repetindo, ela não te ama. – disse uma voz ao meu lado, assustando-me MUITO. – Ela ama-me a mim.

  - Não, também não te amo, Fel. Também só gosto de ti como melhor amigo. Que calamidade, dois dos meus melhores amigos estão apaixonados por mim… Mas não, não te amo.

  - Porquê Porque não me consegues amar?! – gritou ele e caiu de joelhos

  - Levanta-te Felipe. Olha as figuras. – dei um salto. Só podiam estar a brincar. Mais este. Ele puxou o Fel para cima.

  Era Rui, o terceiro dos meus melhores amigos, mas ocupava um lugar mais especial no meu coração, eu conhecia-o desde os dois anos. Era o mais sério dos meus três idiotas, estava sempre calmo mas era engraçado e ria-se muito. Protegia-me sempre e exagerava bastante. Tinha cabelo preto até aos ombros e olhos azuis.

  - Desculpa, não consigo evitar, ela fica tão engraçada quando ‘tá envergonhada. – disse Fel e pôs os braços à volta do meu pescoço, puxando-me para baixo, devida à sua pouca altura.

  - Tenho de concordar, fica muito fofa. – disse Marc apertando-me a bochecha. Passou outra vez a mão nos seus cabelos cor de areia ondulados e olhou-me com os olhos castanho, divertidos e sádicos. Essas são palavras perfeitas para descrever o Marc, ele é muito divertido e faz piadas sobre tudo e diverte-se a ver os outros envergonhados ou chateados.

  - Fofinha! – disse Fel e puxou-me mais para baixo. Ele tem mais ou menos a altura da nossa querida *ironia* Beatriz, ao contrário do Marc que tem menos um ou dois centímetros que eu, e do Rui que era dez cm mais alto que eu. Tem cabelo castanho e olhos castanhos. É muito brincalhão e nunca, mesmo nunca, o vi chateado ou zangado com alguém. É muito apressado e impaciente.

  - Também me posso juntar à festa? – perguntou Rui, a rir e abraçou-me por trás. Imaginem a cena, eu estava meio curvada, com os braços do Fel à volta do pescoço, tinha o Rui a abraçar-me a cintura por trás e o Marc a apertar-me a bochecha, que já agora doía MUITO.

  - Eu sei que vocês querem muito mas hoje eu não ‘tou disponível ‘pra uma ménage a quatre, não fiquem desiludidos. – eles parece que finalmente perceberam as figuras que estávamos a fazer e largaram-me.

  - Então, preparada para o teste? – perguntou Marc que era o único que estava na minha turma, o Rui estava um ano à nossa frente e o Fel estava noutra turma do mesmo ano, a mesma da Micro e da Bia.

  - Não, tu estás? – para além de ser o único dos meus melhores amigos na minha sala, ele estava ao meu lado e era o melhor cabulador que eu conheço.

  - Claro, Black Cherry. – no inicio era só cherry mas depois evoluiu para black por causa da roupa.

  - Então vamos, eu ainda quero estar com elas um segundo. – disse e comecei a correr, sabia que eles vinham atrás de mim. Cheguei à sala de aula e lá estavam, na sala ao lado Bia e Triz. Ouvi os rapazes a chegar atrás de mim.

  - Vai lá brincar com a outra criança Fel. – disse Rui, daquela maneira com que se fal com os bebés, após o que recebeu um soco no braço e uma pisadela de Triz.

  - Revolta das formigas! – gritou Marc e nós desatámos todos a rir.

  - Olha, a Estranha e o seu grupo de animais bizarros. – disse Hanna e riu-se, após o que a sua trupe toda fez o mesmo. Hanna é uma daquela metidas a líder de torcida, só que a nossa escola não tem isso, por isso é só mais uma que se acha popular.

  - Animal é a tua mãe. – disse Bia.

  - Olha, um esquisito a proteger o outro. – disse Harry, o irmão de Hanna, outro metido a popular. Eu juro-vos, eles são as duas pessoas que eu MAIS odeio em todo o mundo.

  - Explica-me uma coisa Bia, - comecei eu – se eles são assim tão populares, porque é que a única coisa que têm ‘pra fazer é tentar arreliar os outros? – dei enfâse no tentar. Eles olharam para nós com nojo e foram-se todos embora.

  Nós partimonos a rir assim que eles se foram.

  - ‘Gandas filhos da puta. – disse Micro.