Se Beber, Não Case - Não É Só Em Filmes escrita por Tilly


Capítulo 5
... E achando




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Tijuana – México

-Será que esse troço não anda mais rápido?

Jacob resmungou se ajeitando no banco de trás. Após a descoberta de que Eufrazino na realidade sabia falar muito bem o inglês, mas que não se manifestou já que ninguém se deu ao trabalho de perguntar nada para ele os garotos perceberam que eles deveriam ir ao México o único lugar plausível que talvez eles encontrassem o Jasper, por que em todos os outros lugares que eles foram nada de vestígios do loiro, sendo que em todos os lugares ele estava acompanhado dos amigos então tudo indica que ele sumiu depois da boate e pelo o que o simpático Riley havia segredado eles foram ao México. Então sobrava o México. Eles realmente foram para o México. E tudo indica que foi novamente por causa de uma aposta. 

-Cara, isso aqui é deserto.

Comentou Emmett olhando pela janela a cena que parecia bem velho oeste, só estava faltando mesmo era uma bola de feno vagando pela terra sota. Santiago, o mexicano que fala muito bem o inglês, respondeu irônico dando uma risadinha no final.

-Obviamente, você esperava encontrar a San Diego mexicana por aqui?

Emmett abriu a boca e virou o rosto para o banco de trás do fusca a fim de encarar Santiago. O mexicano respondeu o olhar de forma tão irônica quanto a sua pergunta.

-Ei, nós fizemos o favor de te dar carona ate aqui beleza? Então fica esperto amigo.

Santiago deu de ombros. Ignorando a evidente ameaça. Edward freio bruscamente fazendo com que os três corpos fosse jogados para frente e reclamações ecoassem por todo o automóvel.  

-Você ficou maluco Edward?

Jacob foi o primeiro a se manifestar enquanto acariciava o seu lado esquerdo.

-O que diabos aconteceu aqui?

O ruivo perguntou enfim não respondendo a pergunta do amigo e a reformulando chamando a atenção dos amigos e de Santiago. Os quatro olharam para o mesmo lugar que Edward através do vidro do painel. A visão era de uma Tijuana em caos. Como se um furacão tivesse passado por ali.

-É, foram vocês.

Comentou por fim Santiago quebrando o silencio e fazendo com que os três o encarassem estarrecidos. Uma mistura de surpresa, confusão e descrença. Emmett tinha ate a boca aberta.

-A gente? O que você quer dizer com isso Eufrazino?

Edward perguntou. Santiago revirou os olhos ao ouvir o apelido que eles deram á ele.

-Ora vocês estiveram aqui ontem a noite com outros caras e arranjaram uma confusão no bar. E os mexicanos são pessoas de sangue bem quente e vocês estadunidenses são tão playboys.

Comentou Eufrazino.

-NÃO SOMOS ESTADUNIDENSES!

O grito foi uníssimo. Se tinha duas coisas que esses amigos odiavam era primeiro serem chamado de estadunidenses e segundo de playboys. Eufrazino deu de ombros. Mas Emmett bem irritado reagiu.

-Somos canadenses sabe. Canadá é um país e fica na América do Norte. E acima dos Estados Unidos. Somos Canadenses. Canadenses.

Serem chamados de estadunidenses era o mesmo que serem chamados de socialistas. Uma ofensa.

-Ta tudo bem. Desculpe.

Pediu Santiago de modo automático. Nem se importando com a diferença entre as duas nacionalidades. Ate que Edward novamente replicou.

-E não somos playboys. Sinceramente essa visão está ficando bem estereotipada. Só por que nós nascemos em famílias de condição não significa que somos riquinhos metidos a bestas.

Jacob encarou o amigo descrente.

-Famílias de condição? Isso é uma forma eufêmica de família milionária que são os Cullen?

Os olhos verdes de Edward se tornaram fendas enquanto encarava o amigo moreno que sorria ironicamente. A questão da família Cullen era bem discutida entre os amigos e principal foco de brincadeira entre os amigos. Por que enquanto a família de Jacob, Jasper e Emmett construíram o seu patrimônio através do pai ou da mãe de cada um a família de Edward sempre foi possuidora de patrimônios riquíssimos. Carlisle Cullen, pai de Edward nasceu rico, Thomas Cullen, avô de Edward também nasceu rico e Edmund Cullen, bisavô de Edward também nasceu rico. Isto é a fortuna sempre esteve presente na vida dos Cullen desde os primórdios. Edward Cullen poderia por si só fazer sua fortuna, mas carregava em sua conta bancária toda a herança da sua família paterna.

-Jake, por favor. Vamos focar. Santiago, por favor, será que você poderia explicar como a gente conseguiu fazer isso mesmo?

O ruivo exclamou esticando os braços em direção ao vidro do painel.

-Bem, eu nem sei eu só apareci mesmo na confusão sabe. As gritarias nós tiraram de casa. Ai foi só um passo para os tiros.

-TIROS? Você falou tiros?

Edward exclamou nervoso. Santiago sinalizou que sim.

-Ah meu Deus. No que a gente se meteu? E se esses caras nos virem aqui de novo? Droga, temos que achar o Jasper e rápido.

Edward ligou o carro rapidamente olhando em todas as direções. Com medo, muito medo.

~*~

-¿Has visto a este chico?

Era essa pergunta que Santiago fazia a todos que encontrava pelo caminho. Ele tinha ficado responsável por procurar o paradeiro do escritor Jasper enquanto os outros ficavam escondidos em um beco escuro.

A resposta era sempre negativa.

Santiago parou para tomar água em um posto e encontrou um menino moreno com flanelas, espanadores, relógios e diversos outros materiais para vender para os gringos que passavam por ali. Santiago deixou a garrafa d’água e seguiu em direção á criança. Puxando o suor da testa com as mãos. O menino o encarou um pouco desconfiado, mas antes que fugisse Santiago puxou um retrato e mostrou ao menino falando em sua língua natal.

-¿Has visto a este chico?

O menino analisou a foto e pareceu pensar um pouco. Como que associando a imagem á pessoa e por fim mostrou o sorriso banguela antes de acenar.

-Sin, sin.

Santiago sorriu.

-¿ Y podrias decirme donde estas?

O garoto novamente acenou com a cabeça antes de puxar Santiago pela mão.

~*~

-A gente combinou de esperar o Eufrazino aqui Jake!

Pela milionésima vez o médico reclamou tentando fazer o moreno desistir da ideia absurda de dar uma volta por Tijuana.

-Poxa Edward eu vim a Tijuana e nem lembro o que custa eu dar uma olhada. Ninguém vai me reconhecer cara. São uma da tarde quem em sã consciência estaria fora da sua casa sei lá bebendo?

A resposta era bem obvia, como eles descobririam mais tarde.

-Eu concordo. Eu também quero dar uma olhada em Tijuana.

Emmett levantou do chão de barro e caminhou ate Jacob dando apoio. Edward deu um tapa na testa.

-Deus, eu estou tentando evitar uma confusão e vocês querem ir para o olho do furacão seus... seus manés.

-Ei, bate mais não ofende cara. Qual é Edward? É só uma bizoiada.

O sorriso branco de Jacob era definitivamente irresistível não? Edward suspirou olhando para os lados. Mais um minuto antes de finalmente morder os lábios e abaixar os ombros.

-Vamos lá.

~*~

Os três andavam lado a lado, tentando chamar pouca atenção, mas só o fato de ter um loiro, um moreno e um ruivo, todos muito altos era em si uma maneira de se chamar a atenção, tirando o fato de se vestirem um pouco diferente do que o padrão para a pequena cidade de Tijuana. Emmett e Jacob avaliavam tudo. Jacob as garotas mexicanos com sotaques calientes, corpos morenos e quentes. “Ui!” pensou.

Emmett analisava todo local. E Edward tenso encarava a todos antes de baixar a cabeça mentalmente repetindo um mantra para dar tudo certo e ninguém reconhecer eles.

-Ei eu to com sede. Será que a gente não pode parar e tomar um golinho d’agua ou quem sabe uma cervejinha? Isso aqui é muito quente.

Emmett tirou os amigos de suas observações. Levando a mão a cabeça e tirando o suor da testa. Contrariados eles tiveram que concordar que aquela cidade era bem mais quente que San Diego e que sentiam muita falta do friozinho de Montreal.

Os canadenses acabaram seguindo rumo a um bar bem parecido com os de velho oeste. Piso de madeira e cancela. Mas aquela foi a pior decisão que eles poderiam ter tomado.

Ao entrarem encontravam diversos homens estilo motoqueiros mexicanos cheios de tatuagem, bigode e fortes. Usando jaquetas de couro para um clima quente como aquele de Tijuana. Engolindo em seco seguiram ate o balcão, mas foram impedidos antes mesmo de darem três passos.

-¡Eh, tú, no son de ayer son los playboys? Es a ti a ti mismo. El Comité Permanente sobre un montón de descaro aparezca aquí, después de todo ¿no? Tome ellos.

Sem o mínimo de noção do que eles estavam falando eles fizeram a única coisa consciente a se fazer em uma situação dessas. Correr. E muito.

Entre empurrões, a queda do Emmett que foi ajudado pelos amigos e gritos eles correram a procura de um esconderijo que pudesse salva-los. Eles correram por menos de um minuto que pareceu uma hora quando encontraram velhinhas de preto segurando uma haste na mão levantada e que impediam o caminho deles.

-Ah merda.

Jacob sussurrou. E para não atropelarem e nem machucar as velhinhas eles pararam e fecharam os olhos quase optando por ser abraçarem se preparando para receberem os socos e chutes ou pelo menos era isso, melhor do que bala.

Os seus inimigos também pararam um sorrisinho de sarcasmo e vitória estampado no rosto enquanto se aproximavam quando duas coisas aconteceram. A primeira foi Eufrazino que vinha pela lateral. Correndo do lado de um molequezinho e gritando.

-Encontrei. Encontrei o amigo de vocês.

E uma velhinha se afastou do grupo se aproximando de Emmett e por fim deu um grito.

-Que es, es.

Gritava é velhinha balançando freneticamente os braços. Olhando para o seu grupo e apontando para o Emmett. Os garotos se entreolharam.  

-Eita porra. Agora a gente vai apanhar de uns valentões e de umas velhinhas.

Sussurrou Jacob para Edward que não pode evitar um olhar aterrorizado. Lembrando que quando sua avó às vezes o cutucava com bengala reclamando de alguma coisa que ele havia feito ou não.

-Eufrazino.

Chamou Emmett silenciosamente pedindo uma tradução. Todos estavam em silencio apenas observando.

-Eu acho que ela ti conhece.

Disse por fim Santiago se aproximando dos meninos.

-Oh, Dios mio, gracias joven.

Continuou a velhinha. Emmett novamente o encarou pedindo com o olhar –dessa vezes irritado- uma tradução e por fim ele se manifestou.

-Mi senõra sabe donde és esse tipo? 

Mais direto impossível heim Eufrazino? A senhora encarou Santiago e depois voltou a olhar Emmett por fim abrindo um sorriso sem muito dentes. Antes de enfim começar a falar.

- Sí, este joven hizo una donación a una gran suma de dinero parael asilo y ahora podemos conseguir ropa de abrigo, mantas y comida enlatada para todos. Y también una buena cantidad donada a las escuelas. Tijuana es un lugar mucho mejor. Gracias señor. Dios por ti más.

Santiago deixou o queixo cair não podendo conter a surpresa ao escutar as palavras da senhora- os valentões também se surpreenderam agora bem mais excitantes se deveriam dar uma surra nos playboys. Emmett desesperado pensando que a mulher tinha feito uma sentença de morte pela maneira rápida que falava e aa quantidade de palavras começou a suplicar explicações completando com frases do tipo “sou muito jovem para morrer” “eu sabia que eu não deveria ter me formado em direito” e “eu nem sei se vou para o céu.” Mas foi acalmado por Santiago que bem devagar explicou do que se tratava. Mas novamente Emmett entrou em surto finalmente compreendendo para o que tinha dado tanto dinheiro. 50.000 mil era muito dinheiro. É muito dinheiro. Emmett ficou mais algum tempo dando piti. Falando do pai, do banco, de como beber faz mal, de que pelo menos foi para algo bom, de que espera dessa vez ir para o céu enquanto todos escutavam. Ou quase todos. Porque a essa altura a velhinha e seu grupo já tinham prosseguido caminho. E os valentões desistiram de bater neles. Primeiro por que o loiro fez uma boa ação e segundo por que ele 50.000 mil era muito dinheiro. Que nem em duas e ate três vidas aquele pessoal ia conseguir juntar.

-Veja pelo lado bom Emmett. Você fez uma boa ação e ajudou um monte de gente que precisava.

Comentou Edward tocando no ombro do amigo esperando que ele se acalmasse e cansado de escutar as reclamações dele.

-É pelo menos isso.

Disse o advogado por fim. Jacob que tinha sentado se levantou e perguntou ao Eufrazino:

-Espera você disse que tinha encontrado o Jasper?

~*~

O som de um violão e de uma gaita ecoava para fora da casa. A casa era simples. Feita de barro e madeira. Tinha apenas uma janela que estava aberta, assim como a porta. Ninguém do lado de fora apenas quatro figuras e meia contando com o garotinho. Os três homens vacilaram em frente a porta.

-Ah vamos lá canadenses.

Brincou Santiago com a nacionalidade dos meninos. Emmett o encarou. “Ah que vontade de dar um soco nesse mexicano.” Pensou. Jacob deu uma analisada no local antes de empurrar Edward fazendo o ruivo dar um passo para frente. Engolindo em seco o ruivo deu mais um passo. O rosto aterrorizado antes de lembrar as palavras um dia proferidas pela sua sábia mãe “não podemos julgar um livro pela capa.”

O médico virou o rosto para os amigos e depois para Santiago. E acenou com a cabeça.

Enfim adentraram no local que parecia uma sala. Nela três mulheres, uma idosa e duas jovens e um homem idoso estavam sentados em rodinha. O homem tinha um violão. A musica era acompanhada por uma gaita e o ritmo era bem leve. Mas o que chamou a atenção dos três amigos era a pessoa que tocava gaita. Era loiro tinha cabelos grandes e ondulados e os olhos estavam fechados. Usava uma camisa de flanela por cima de uma camiseta branca e calças jeans. Era Jasper, o amigo sumido.

-JASPER!

Gritaram os três animados e aliviados. Enfim encontraram o danado. O gaitista abriu os olhos verdes e assim que as três figuras preencheram o seu campo de visão ele os arregalou. Deixou a gaita de lado e levantou afobado e em uma ação bem gay, estilo filme parisiense ele correu em direção aos amigos que o receberam de braços abertos. É foi bem gay mesmo. Principalmente sobre os olhares de Santiago e o menino e a família que acolheu Jasper.

~*~

-Eu não sabia que você sabia tocar gaita.

Comentou Jacob mordendo sua rapadura. E assim que o fez arregalou os olhos antes de virar para os donos da casa antes de comentar maravilhado.

-Caraca, isso aqui é bom.

-Eles não entendem a nossa língua Jake.

Comentou Jasper para enfim contar a sua história com a gaita.

-E eu não sabia tocar gaita. Eles que me ensinaram. Na verdade o senhor Poncho me ensinou.

O loiro deu uma olhada cheia de gratidão para o velho que apenas acenou com a cabeça.

-E como você veio parar aqui? 

Emmett por fim perguntou. E agora todos se concentraram no escritor que apenas franziu a testa.

-Eu não sei. Eu acordei em um colchão e quando levantei dei de cara com a família inteira me observando com olhos curiosos. Eles me disseram que eu apareci no meio da noite, batendo forte na porta e pedindo abrigo. E eles bondosamente me acolheram. Eu pude tomar banho e me alimentei muito bem, apesar das condições aqui serem escassas.

Novamente Jasper direcionou um olhar agradecido a toda a família. Terminando de contar a sua história.

-Poxa, ele ficou em melhores condições que a gente. Eu tive que dividir um mísero café da manhã com o senhor doutor sem falar que eu não sei o que é uma boa ducha e pior fui chamado de estadunidense.

Reclamou Jacob dando outra mordida em sua rapadura. Jasper estalou a cabeça em direção aos amigos parecendo lembrar de algo importante.

-Ei aprofundando a historia vocês podem me explicar por que me abandonaram?  Que bons amigos vocês são. E a Alice e as meninas? Vocês falaram com elas? Vocês lembram alguma coisa de ontem? Falaram que rolou ate tiroteio aqui em Tijuana. E cara nós estamos em Tijuana no México. Vocês acreditam nisso?

Jasper falava desordenadamente. Mas tinha as mesmas dúvidas que os amigos. Todas perguntas sem respostas. Edward foi quem se manifestou pousando a xícara de café e dando um suspiro.

-A gente precisa conversar. E tentar descobrir o que rolou ontem. E sim falamos com as meninas e pode ter certeza que quando voltarmos elas vão nós matar. Mas agora a gente precisa ir embora. E puta meu eu estou tão feliz de ti ver novamente cara.

Edward gargalhou sentindo que finalmente tudo estava voltando aos eixos. Os amigos acompanharam.

~*~

-Eufrazino valeu mesmo, a sua companhia foi...apreciável.

Edward comentou apertando a mão do mexicano. Os amigos estavam logo atrás esperando uma oportunidade de cumprimentar também o mexicano que fez muito por eles, ou pelo menos encontrou o amigo perdido.

-Ligeirinho...

Santiago disse. Edward não pode evitar altear a sobrancelha cheio de curiosidade.

O mexicano apenas riu.

-Ligeirinho?

Perguntou confuso. E novamente Ligeirinho riu antes de explicar.

-Foi um apelido que meus amigos me deram por que eu consigo fugir das situações mais inesperadas sem ser visto. Como você acha que eu fui parar nos EUA?

Ligeirinho gargalhou enfim soltando a mão do ruivo. Jacob deu um passo também se preparando para cumprimentar e por fim todos se despediram do simpático mexicano apelidado por eles carinhosamente de Eufrazino.

-Tchau Eufra... quer dizer Ligeirinho.  

E seguiram para o carro. O fusca rosa.  De inicio quando Jasper viu os amigos seguirem para o carro achava que era só uma brincadeira, mas depois que Jake explicou tudo não pode conter a gargalhada.

-Só um maluco para trocar um Volvo por um fusca rosa.

Comentou tirando sarro de Edward. Que emburrado assumiu o banco do motorista.

-Emmett nós temos que resolver a pendencia desse fusca.

Comentou ainda irritado ligando o carro.

Ligeirinho atras acenava com um sorriso no rosto. “Eles são pessoas legais.” Pensou.

~*~

San Diego – Califórnia – Estados Unidos

-Quem entra primeiro?

Emmett perguntou encarando a porta da casa que dividia com os amigos. Lá dentro estava tudo silencioso, apenas a luz amarelada da sala estava acessa.

-O Jasper. Ele é o noivo.

Jacob respondeu empurrando o amigo que não se moveu. Ele nem estava muito preocupado com o que iria acontecer, a sua noiva ou sua namorada ou a mãe do seu filho não estava ali, quer dizer não estava em lugar nenhuma, ali só tinha suas três amigas e seu ou sua afilhada dentro da barriga da morena, Bella.

-Não mesmo. Você entra que é o solteiro.

Bateu o loiro. Dando um passo para trás.

-Não quem entra é o Edward é a namorada dele que esta grávida.

Jacob replicou. De repente lembrando a imagem de uma loira que sabe mexer com ferramentas de carro, uma mulher grávida com os hormônios em ebulição e uma noiva baixinha e perigosa. Muito perigosa e de dar medo.

 -Hm... Eu não sei....

O ruivo comentou incerto. E em um empurra-empurra os quatro acabaram entrando quase juntos. Um atras do outro.

Bella, Alice e Rosalie estavam sentadas no sofá. Xícaras de café nas mãos. Elas ergueram o olhar para os quatro estáticos na porta de entrada. Elas tinham olheiras e estavam apenas de roupão. A TV estava ligada, mas a tela estava preta. E estranhamente tinham na boca um caminho meio andado para o sorriso. Um sentimento de culpa tomou conta dos rapazes. Bella foi a primeira a ficar de pé caminhando desajeitada ate o namorado. Os olhos lacrimejando antes de ser recebida pelos braços quentes. Alice repetiu o movimento, logo seguida por Rose. Jake observou tudo, antes de também ser incorporado ao abraço. O momento durou pouco, Rose foi quem quebrou o silencio.

-Agora vocês podem nós explicar o que aconteceu certo? Quer dizer que loucura foi essa de brigar em uma locadora de video game? Vocês foram presos. E Emmett quem é Carol? E Jacob nós vimos vocês dançar com um cara e não foi uma imagem legal. Bella teve que ir vomitar no banheiro. Serio seu passado ti condena. E eu não sei o que é pior vocês terem ido para o México ou vocês terem morrido com o tiroteio em Tijuana. E por favor, Edward quem troca um Volvo por um fusca rosa?

Rose enumerou as aventuras dos meninos que não esconderam a surpresa.

-Você pode ver o passado?

Emmett perguntou. As meninas gargalharam.

-Não recebemos um dvd com umas filmagens. E pode não parecer, mas vocês estão bem encrencados. Quer dizer quem esquece o próprio amigo no México?

Alice se aproximou do noivo tocando carinhosamente o seu rosto e depois analisando o corpo dele apenas para ter certeza de que estava tudo bem com ele. Os meninos se entreolharam. Dvd? filmagem?

-Vocês poderiam nós mostrar esse dvd?

Edward perguntou. Bella o puxou pela mão e pegou uma caixinha entregando para o namorado. Não tinha capa, apenas um bilhete dentro do plástico onde dizia.

“A vida é muito curta. Temos que aproveitar cada momento. Viver cada segundo sem medo de se arrepender do que fizemos ou do que não fizemos. O importante é no fim sempre rir. E principalmente ser você mesmo.

Atenciosamente, os filósofos Ethan McEwan, Joshua Phoenix, Tim Popper e Gabriel Lucas.”

-Eles eram filósofos.

Comentou estarrecido o médico. Relendo o bilhete em voz alta.

-Isso explica o jeito deles. Revoltado.

Disse por fim Jacob que se jogou no sofá antes de apertar play. Todos se ajeitaram. Bella no colo do namorado que acariciou a barriga dela, Emmett do lado de Rose e Alice que foi puxada pelo noivo para se encostar ao seu peito. 


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Notas finais do capítulo

Por fim, tem mais dois bônus ;D
Um de como toda a noite de bebedeira aconteceu e a negociação dos garotos para a troca do Volvo - Fusca.



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