So In Love escrita por Mandy-Jam


Capítulo 11
Com todo o amor


Notas iniciais do capítulo

Aqui está o último capítulo de So In Love.
Espero que vocês gostem. Quero avisar que só é um pouco "surpreedente" no final, final mesmo. Kkk Entenderão quando lerem.
Boa leitura!



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- Então foi você que fez isso tudo? – Perguntou Apolo morrendo de raiva. O Deus do sol sacou mais uma flecha e a apontou no arco para Eros – Reverta agora mesmo!

- O que, por Zeus, você acha que eu estou tentando fazer desde o começo?! – Berrou Eros com revolta. Apolo lançou a flecha, que por centímetros não atingiu o pescoço do Cupido.

- Como ousa erguer o tom de voz para mim? Pagará por sua insolência! – Exclamou correndo atrás de Eros. Seu inimigo saiu pulando pelos telhados dos Chalés, mas o Deus do Sol não o perdeu de vista.

Gael não estava se importando com aquilo. Quando seus lábios se separaram dos de Ray, tudo o que passava em sua mente pequena era a filha de Apolo e sua beleza infinita. Seu coração e o dela batiam fortes e acelerados. Seus olhos fitavam-se mutuamente.

- Gael... O que você fez? – Perguntou Ray com a voz falhando.

- Eu... Eu... – Ele se engasgou – Beijei você. Seus sentimentos voltaram?

Ray segurou a mão do filho de Ares e a levou para cima de seu coração. O rosto dela ficou vermelho, mas a semideusa notou que não fora a única á corar. Ela assentiu.

- Acho que eles nunca sumiram por inteiro. – Murmurou em resposta. Gael sorriu de leve, e acabou encolhendo os ombros.

- Eu não conheço você. Há alguns dias, nem sabia que você existia, Rayssa. – Comentou negando com a cabeça. O sorriso de Ray sumiu – Mas... Eu ainda posso te conhecer?

Ela sorriu de novo. Um sorriso mostrando todos os seus dentes.

- Claro que pode, seu idiota! – Respondeu rindo e abraçou o pescoço dele. Gael sorriu torto e retribuiu o abraço. Sentia o cheiro doce do cabelo dela, sua pele macia, e sentiu-se feliz.

- Você não ama mais o meu pai? – Perguntou franzindo o cenho. Ray não respondeu, e ele notou que algo estava errado – Ray? Eu te fiz uma pergunta.

Ray afastou o rosto para poder olhá-lo, e respirou fundo.

- Eu gostava do seu pai... – Murmurou lembrando-se de tudo – E nós ficamos, e saímos juntos...

O filho de Ares esperou a resposta dela. Ainda queria ouvir o que Ray realmente sentia, porém tinha uma ideia de que depois de tantas mudanças provocadas por Eros, era difícil ela saber ao certo o que tinha no coração.

Rayssa negou com a cabeça, confusa. Esperou alguns instantes, e quando estava prestes a responder...

- Peça desculpas, seu imbecil. – Falou Apolo rangendo os dentes enquanto arrastava Eros pela perna.

- Para! Para com isso! – Protestou o Cupido como se fosse uma criança. Apolo jogou-o na ar e segurou-o pelo braço. As pernas de Eros balançaram no ar, e os olhos azuis do Deus do Sol o fitaram.

- Você me ouviu, seu pestinha. – Falou com raiva. Eros engoliu em seco e olhou para Ray e para Gael.

- Desculpa... – Murmurou com vergonha. Ray franziu o cenho.

- O que você fez? – Perguntou confusa e se colocando de pé. Gael fez o mesmo, e cruzou os braços esperando por uma boa resposta. Eros suspirou e desviou o rosto. Ele não queria responder, mas depois de ser sacudido por Apolo, resolveu abrir a boca.

- Afrodite falou que queria vocês dois juntos. Mas você olhou para o Ares, e não para o Gael. Não queria fazer tanta bagunça! Só... Aconteceu. – Respondeu com o rosto vermelho.

- Então Afrodite deve te odiar. – Murmurou Gael erguendo uma sobrancelha.

 Eros lançou um olhar de raiva para ele.

- Não mais do que odeia ela. – Disse apontando para Ray com o queixo – A Deusa do amor te odeia por ter tido um romance com Ares. E odeia Ares também, óbvio.

Ray se sentiu culpada.

- Então eu separei um dos casais mais antigos do Olimpo por culpa sua? – Perguntou chocada. Eros revirou os olhos.

- A culpa foi sua. – Rebateu. Apolo apertou seu braço com tanta força que o sangue parou de passar – Ah! Tá bom! Tá bom! A culpa foi minha! Minha!

Apolo afrouxou um pouco, e Eros suspirou pesadamente. Rayssa olhou para Gael, e ele retribuiu o olhar.

- Eu tenho que pedir desculpas para ela. – Disse preocupada. Gael piscou os olhos – E para o seu pai também.

- Afrodite vai te matar. – Negou ele – Se você fizer isso...

- E para mim também. – Completou Apolo – Afinal, eu só estava tentando colocar juízo na sua cabeça, e você começou a gritar comigo. Isso não foi legal, filha.

- Desculpa, pai. – Murmurou Ray revirando os olhos. Ela segurou a mão de Gael e o filho de Ares ficou bobo – Temos que achar o seu pai. E Afrodite também. Onde eles podem estar?

- Meu pai... Eu não sei. – Murmurou Gael balançando a cabeça.

- O covarde saiu correndo quando eu e Afrodite tentamos resolver os assuntos com ele. – Resmungou Apolo com raiva.

- Tá, isso está muito interessante, mas será que dá para me soltar? – Pediu Eros, mas foi ignorado.

- Não é como se ele tivesse fugido para sempre. Ele tem que estar em algum lugar perto daqui. – Falou Ray balançando a cabeça.

- Ele pode estar nas proximidades do acampamento. – Chutou Apolo olhando em volta.

- É sério. Eu tenho que ir agora, e... – Eros foi ignorado mais uma vez.

- Talvez não tenha nem mesmo deixado o Olimpo. – Falou Gael entendendo o que ele tinha feito – Ares deve ter se escondido próximo de seu próprio templo. Vocês nunca pensariam em procurar por ele lá.

- Ahm... Pensaríamos sim. – Corrigiu Apolo – Na verdade, seria o primeiro lugar que iríamos.

- Mas ele não estaria no templo. Estaria perto dele. – Rebateu Gael – Vocês desistiriam que procurariam em outro lugar, sem notar que Ares estaria debaixo do nariz de vocês.

Apolo assentiu.

- Você é bem esperto, hein garoto? Apesar de não gostar do seu pai, acho que aceito que fique com a minha filha. – Disse Apolo coçando o queixo, mas depois ficou sério – Mas se você magoar a Ray de novo, e eu ter que sair para comprar chocolate e ursos polares, eu vou te dar uma bela surra, entendeu?

- Sim... Senhor. – Respondeu sem entender porque ele compraria ursos polares. Apolo encolheu os ombros.

- Ótimo. Eu levo vocês ao Olimpo. – Falou pegando as chaves do carro no bolso – Mas acho que pedir desculpas é algo que você tenha que fazer sozinha Ray.

- Pode deixar comigo, papai. – Respondeu sorrindo. Ela beijou a bochecha de Gael e sorriu – Vamos!

Ray saiu correndo e puxando o filho de Ares, que, reprimindo um sorriso, seguiu-a. Apolo sorriu ao ver os dois juntos, mas sua felicidade foi cortada por Eros.

- Dá para me soltar agora? – Perguntou. Apolo revirou os olhos e jogou o Cupido no chão com força.

- Se manda logo daqui. – Respondeu e voltou a olhar para a filha.

Ray e Gael pegaram carona com Apolo até a entrada do Olimpo. Depois de passarem por longos minutos em silêncio no elevador, só ouvindo uma música de fundo, as portas se abriram revelando o caminho para o lar dos Deuses.

- Vou procurar o Ares primeiro! – Falou Ray saindo correndo.

Apolo e Gael ficaram para trás. O Deus do sol colocou a mão sobre o ombro do filho de Ares, e assentiu.

- Fico feliz que você seja o novo namorado da minha filha. Acho que os dois vão se dar muito bem. – Comentou sorrindo para ele.

- Ahm... Não disse que nós éramos namo... – Apolo lançou um olhar ameaçador para o filho de Ares

- Está dizendo que não está interessado em assumir compromissos com a minha filha? – Perguntou erguendo uma sobrancelha, e Gael negou com a cabeça.

- Claro que estou. Somos namorados. – Confirmou tenso.

- E vão se casar, não é? – Perguntou Apolo, insistindo ainda mais. Gael teve um nó na garganta.

- Ca-Casar? – Repetiu gago.

- Eu estava brincando. – Riu Apolo de modo casual, mas lançou um último olhar sério – Sobre quase tudo. Quase tudo.

Enquanto Gael tentava se livrar dos olhos de Apolo, Rayssa tinha percorrido uma vasta distância á procura de Ares. Ela foi para os fundos do templo do Deus da guerra e encontrou um jardim chinês ornamental.

Bambu, espada ninjas, uma área de areia para treinamento, e um poço de enfeita. Sentado á beira dele, estava Ares.

Ele chutava as pedrinhas do chão com desânimo, e Ray se aproximou. Ele ouviu seus passos na areia e ergueu o olhar.

- Ah, é você! – Exclamou com irritação e frustração – O que mais você quer de mim? O que mais você quer aprontar?

O tom de voz dele parecia triste, mas ele queria disfarçar com raiva. Ray sentiu um aperto no peito e se aproximou, sentando-se ao lado do Deus da guerra. Ele fez uma careta de nojo e estava pronto para levantar, quando ela começou.

- Sinto muito por tudo que fiz. – Disse olhando para Ares com pena – Eu não queria atrapalhar você e a Afrodite.

- Ah, não? Conta outra. – Rebateu sem acreditar.

- É sério! – Insistiu ela – Você não sabe, mas Eros me acertou. Eu não fiz tudo aquilo porque eu quis.

- Você veio até aqui para ficar inventando historinha? – Perguntou irritado.

- É verdade! Pergunte á Afrodite! – Afirmou.

- Se ela soubesse disso, você acha que ficaria irritada comigo por ter saído com você? – Perguntou cruzando os braços – Você está inventando essa palhaçada para depois se jogar para cima de mim e me causar mais dor de cabeça. Mas eu já estou cansado de você, sua pirralha idiota, por isso guarde seus sentimentos melosos para outro azarado!

- Você gostou de mim? – Perguntou Ray sentindo seu rosto corar. Ares franziu o cenho para ela, como se não entendesse o quanto ela poderia ser louca – Quero dizer... Talvez fosse por isso que Afrodite ficou com raiva.

- Ela ficou com raiva porque você se jogou para cima de mim. – Corrigiu ele.

- Ela queria me juntar com o Gael. Eros me acertou, mas eu olhei para você. – Contou com bastante calma. Ares não parecia acreditar – Acha mesmo que eu sou tão bipolar assim? Eu... Eu sinto muito por ter gritado com você. E por ter jogado sorvete em você. Eu por ter dito que tiraria ursos polares da sua bunda. E por ter te acertado no rosto. E por...

- Tá, tá, tá! Eu já entendi! – Exclamou sem paciência de ouvir tudo. Ouvindo Ray naquele momento, Ares notou que aquilo era verdade. Que ela não era tão dramática e bipolar daquele jeito.

Suspirou pesadamente e passou as mãos pelo rosto.

- Mas suas desculpas não mudam nada. – Murmurou – Ela ainda está com raiva de mim e vai continuar por um bom tempo.

Rayssa ia falar alguma coisa quando notou que Afrodite se aproximava. Ela negou com a cabeça para a Deusa e fez um sinal para que ela esperasse. Ela não entendeu bem, e ficou com raiva de ver os dois juntos, mas acabou parando em um lugar escondido atrás dos bambus.

- Mas você não gosta de mim. – Comentou Ray alto o suficiente para que Afrodite ouvisse – Já tentou dizer isso á ela.

- Você acha que é fácil?! – Perguntou com raiva – Ela não acredita no que eu digo, porque você me encheu o saco para te levar á um encontro! Agora ela vai passar uma década inteira achando que eu estou afim de uma filha de Apolo demente!

Ares chutou um monte de pedras ao mesmo tempo, e acabou resmungando.

- Ela é a Deusa da beleza, droga. Por que sempre acha que eu vou trocá-la por alguém se ela é a mulher mais linda do mundo? – Murmurou com irritação, mas isso foi o suficiente para derreter o coração de Afrodite.

Ray olhou para ele comovida.

- Ooown, isso é tão lindo! – Abraçou Ares e o Deus da guerra olhou-a com raiva – Você falando que ainda gosta de tia Afrodite. Você é mesmo um amor, Ares!

- Me. Solta. – Rosnou ele com ódio – A única coisa que você fez até agora foi arruinar tudo meu! Até minha reputação de durão foi para a lama depois daquele encontro ridículo! Se não tirar as mãos de mim, eu vou...!

- Você é tão fofo! – Exclamou Afrodite abraçando-o junto com a Ray. Ares piscou os olhos, surpreso por estar sendo abraçado pela Deusa do amor.

- De onde você veio?! – Perguntou surpreso. Ares colocou-se de pé e as duas acabaram caindo no chão. Afrodite levantou-se e olhou para ele, ainda encantada. Seu olhar era fixo, o que deixou Ares nervoso. O Deus da guerra cobriu sua virilha e arregalou os olhos – Sem golpes nas partes baixas. Se veio reclamar comigo, volte outra hora...!

- Ah, seu tonto! – Disse ela ainda encantada – Você me acha a mulher mais linda do mundo?

Uma lágrima escorreu dos olhos da Deusa, e Ares baixou a guarda. Ray sorriu para a cena dos dois, e sentou-se para observar melhor. Ele deu um meio sorriso, e Afrodite se aproximou devagar.

- Quer dizer que... Você me quer de volta? – Perguntou ele ainda confuso – Quer dizer que você tirou a ideia de que eu estou com aquela garotinha da cabeça?

- O que você acha? – Perguntou ela rindo para ele.

- Eu não sei. – Sussurrou ao ver que ela estava bem próxima dele. Afrodite sorriu para Ares, mas ele balançou a cabeça sério – Não. É sério. Eu não sei o que isso significa.

Ela revirou os olhos e deu um beijo apaixonado no Deus da guerra. Ares retribuiu, e eles continuaram se beijando por um tempo. Gael finalmente os achou, mas foi direto para perto de Ray.

- Gael... O amor não é lindo? – Perguntou soltando um suspiro. Gael prendeu o riso e assentiu. Afrodite abraçou Ares e começou a falar que nunca mais ia deixá-lo e o quanto tinha sido idiota.

O Deus da guerra apontou para Ray e depois para o seu filho. Ele falou algumas coisas, mas sem liberar nenhum som para Afrodite não notar.

- Own, acho que ele está dizendo que gosta de mim. – Disse Ray emocionada.

Gael sabia que na verdade o pai estava falando “some com essa fedelha da minha frente antes que eu mate essa sua namoradinha”, mas resolveu não estragar as ilusões de Ray. Ele segurou a mão da filha de Apolo e sorriu.

- Gosta de sorvete? – Perguntou. Ray assentiu com um sorriso enorme.

- Todo mundo gosta de sorvete. – Respondeu rindo.

- Então vamos embora. Deixa eles dois aí. Eles têm muito que conversar. – Falou Gael levando Ray embora. A filha de Apolo, mesmo sem notar o sentido da palavra “conversar”, seguiu-o. Mesmo não sabendo ao certo se os dois dariam certo juntos, resolveram tentar. Afinal, depois de tantas reviravoltas amorosas, pensou Ray, Gael não seria mais perigoso que Eros.

- Ares? – Falou Afrodite sussurrando no ouvido do Deus. Ela se mexeu na cama e passou a mão pelo peito nu dele – Está me ouvindo?

- Claro que sim. – Murmurou ele com um sorriso torto no rosto, enquanto acariciava as costas nuas da Deusa do amor. Ela sorriu para ele e desceu a mão. Ares foi sorrindo cada vez mais para ela, morrendo de desejo por Afrodite. Até que... – Ah!

A Deusa do amor socou as partes íntimas dele, fazendo-o uivar de dor. Afrodite sorriu para ele, docemente.

- Isso vale de lição para você não levar outra garota para um encontro, em hipótese nenhuma. – Falou ainda sorrindo. Ares estava com o rosto vermelho de dor. Ele tentou se mexer, mas acabou caindo da cama.

- Filha da puta... – Murmurou com o rosto contra o chão. Afrodite prendeu o riso e aproveitou o espaço extra que tinha agora na cama. 


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Notas finais do capítulo

Muito obrigada por lerem essa fic. Eu espero que vocês tinham tirado boas lições de moral daqui, e que levem isso para a vida toda, porque nós temos que aprender que o amor...
Não. Era brincadeira.
Espero que tenham gostado, mesmo. Do fundo do coração. Quem quiser recomendar ou mandar um review, sinta-se a vontade. Amanhã eu postarei uma nova fic. Uma que vai ser tão engraçada quanto as minhas outras.
Beijos e muito obrigada!