“I'll spread my wings and I'll learn how to fly
I'll do what it takes till I touch the sky
And I'll make a wish, take a chance, make a change
And break away
Out of the darkness and into the sun
But, I won't forget all the ones that I love
I'll take a risk, take a chance, make a change
And break away“

            -Bill, acho melhor você falar em inglês com mamãe, para que “eu” entenda a conversa, savvy? –eu disse.

            -O que ser “Savvy”? –ele perguntou.

            -Coisa de “Piratas do Caribe”... Esquece. Entendeu o que eu disse?

            Ele confirmou com a cabeça.

            -Então vamos lá. Chame-a.

            Bill respirou fundo e soltou:

            -MÃÃÃÃE! –ele exclamou em inglês. – Venha cá!

            Minha mãe entrou no quarto e perguntou, em português:

            -Por quê você tá falando em inglês, filha?

            Rapidamente murmurei só para ele, em alemão, o que minha mãe havia perguntado, e ele respondeu à ela que era para eu (“Bill”) entender.

            -Alright, then. But my English is not that good anymore. –ela disse, com aquele mal sotaque de quem não fala inglês muito bem.

            -Mãe... – ele começou. –quero fazer intercâmbio!

            -Quando, como e para onde?

            -O mais rápido o possível, para Alemanha.

            -E por quê, posso saber?

            -Porque Bill tem que voltar logo para lá, e eu quero ajudá-lo a se recuperar rapidinho.

            -Mas filha, ele têm a família dele lá!

            Tenho que admitir que ele está atuando muito bem!

            -Eu sei que ele tem, mas veja só, se eu for para lá, eu vou ficar com ele o tempo todo, descontando o tempo que terei que ficar na escola... –e fez uma cara de desgoto ao falar “escola” que só eu percebi, acho.

            -E o se visto? Ainda está valendo?

            Bill fez uma cara de dúvida, fingindo estar pensando. Eu discretamente concordei com a cabeça (ele olhou para mim disfarçadamente).

            -Eu acho que sim, mãe.

            -Ah... Está bem. –ela desistiu. – Por quanto tempo, então?

            -Até ele mlehorar, eu acho. Depois disso, o Tokio Hotel vai entrar em turnê, e talvez não dê para eu ficar indo e vindo com eles pelo mundo inteiro, não é?

            Então eu pensei. É verdade, logo eles terão turnê do CD Humanoid, “Welcome To Humanoid City”, que já deveria ter começado há 2 semanas, mas foi adiado um pouquinho mais que um mês devido ao estado em que Bill (agora eu) se encontra.

            -Certo. E quem você acha que vai ter que pagar a viagem?

            Agora ela nos pegou bonitinho.

            -Mãe, o Bill disse para mim que para a minha viagem se precisar. –Bill disse, sorrindo.

            Mamãe olhou para mim, um pouco confusa.

            -É verdade mãe... da Thaís! Eu pago a viagem, e do que for preciso! –eu disse, disfarçando rapidamente a minha fala direcionada a ela.

            -Está bem. E a escola?

            -Na mesma que eu ía lá! – eu disse. –ela sempre disse que queria conhecer aquela escola. –percebi que Bill olhou para mim com cara de “é sério que você sempre quis conhecer lá, é?” – E achei que seria a oportunidade perfeita para tal evento.

            -Então tudo bem. Pode ir, Thaís. E como sei que você quer ir logo, vou reservar a passagem mais próxima! –ela disse, saindo então do quarto.

            Fiquei tão feliz que tive uma baita vontade de pular de alegria, mas não o fiz, já que “eu” estava machucada. ¬¬’’’

“Wanna feel the warm breeze
Sleep under a palm tree
Feel the rush of the ocean
Get onboard a fast train
Travel on a jetplane, far away
And break away“