“I’ve gotta lot to say to you,

Yeah, I’ve gotta lot to say.

I’ve noticed you’re eyes always

Glued to me.

Keeping them here and it makes no sense at all.”

            Se passou 1 dia desde que trocamos (meio involuntariamente) de corpos. Novamente.

            Chamamos então o resto da banda e a Belly, claro, na minha casa. Dissemos que era importante, urgente, na verdade (Tom achou que havia acontecido algo com Bill, mas beleza).

            Quando chegaram, fomos direto para o assunto, sem delongas.

            -Trocamos de corpos novamente gente! –eu disse, em inglês (já que a Belly não fala alemão... tenho que falar numa língua que todos entendam... por que não uma língua internacional???).

            Eles nos olharam confusos ao extremo.

            -Como assim?- Belly perguntou, confusa.

            Para “explicar” o ocorrido, peguei o medalhão do bolso da calça que eu estava usando e mostrei à eles. Claro que entenderam na hora. Georg e Tom caíram na risada então para comprovar que entenderam o recado.

            -Isso não é engraçado! É sério garotos! –eu disse para os dois, que calaram na hora.

            -Mas é engraçado sim, oras! Bill é um teimoso total! –Tom disse, rindo novamente.

            -Como é que vocês pretendem destrocar??? –Belly perguntou.

            -E você acha que eu ainda estaria no corpo dele se eu soubesse??? –disse. –Não sei! Mas Bill não vai poder faltar na minha escola por muito tempo. A não ser...

            -O quê? –Bill perguntou.

            -Você ir estudar em Wolmirstedt, se sabe, perto de Magdenburg. Na sua antiga escola, Kurfürst-Joachim-Friedrich Gymnasium.

            -AH NÃÃÃÃÃÂÃÃÃÃÃÃÃOOOOOOOOOOO! –Bill reclamou. –foi a pior parte da minha vida!!! Não me mande de volta para lá!

            Tom soltou uma gargalhada diante da situação. Bill o fuzilou com os olhos. Então ele olhou para mim e suspirou.

            -Está bem. Vamos falar com seus pais então. –ele disse.

            -Esse é o meu ídolo favorito! –eu disse, rindo também.

            Ele também me fuzilou com os olhos. Eu não fico bem com a testa enrugada, tenho que admitir...

            Depois daquela conversa, os garotos e a Belly foram embora, finalmente. Olhei para Bill, sorrindo.

            -Então, vamos treinar o seu Português?

            -E eu sei falar Português?

            -Ha... alguma coisa você deve saber... tipo... “oi!”. Que seja, vamos treinar o que você vai falar...

            -Ok... já que não tenho como fugir...

“Nothing compares to

a quiet evening alone.

Just the one-two of us,

Who’s counting on?

That never happens, I guess

I’m dreaming again.

Let’s be more than this.”