O Fantasma Do Passado... escrita por Kamyla Vale


Capítulo 5
Capitulo Quatro: Amarguras...


Notas iniciais do capítulo

Oi, pessoal!
Boa leiura!



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Bella P.D.V

Qual era o meu problema, afinal? Era o que eu me perguntava enquanto dirigia para casa. Eu não podia acreditar que tinha realmente feito aquilo, mas quando vi Edward ali parado totalmente bem e vivendo normalmente quando eu passei os últimos dez anos sofrendo e tentando colar os pedacinhos do meu coração eu não pude evitar sentir magoa amargura e, então finalmente a fúria. Ele parecia tão... Bem. E ainda me chamou de principessa, fazia tanto tempo que eu não pensava nisso, nele me chamando assim. E eu, mudando meu plano inicial de apenas ignorá-lo, resolvi que Edward pagaria por tudo que me fez passar dez anos atrás...

Eu nunca o perdoaria, pensei sentindo a já conhecida dor que me acompanhou na ultima década. Eu nunca o perdoaria por ter brincado comigo e meus sentimentos como se eu fosse uma marionete, uma boneca qualquer que ele se cansou de brincar e jogou fora.

“-Bella... Precisamos conversar. – Edward naquele dia, eu fiquei imediatamente alarmada pelo seu tom de voz.

- Conversar? – Perguntei temerosa, mas tentando me manter calma. – Sobre o que?

Ele respirou fundo, e sua postura estava me assustando.

- Bella... .Eu... . Não... Não dá mais. Acabou.

- O que? – Ofeguei, começando a me desesperar. Ele não podia estar dizendo o que eu achava que ele dizia, ele não podia estar dizendo queria me deixar. Eu sempre soube que havia essa possibilidade, ela me perseguia como um fantasma. Mas eu não esperava que fosse assim, do nada.- Do quê você esta falando, Edward? Eu... Eu não entendo!

- Bella... – Ele se levantou e veio até mim, colocou as mãos no meu rosto e me encarou intensamente. – Você é tão jovem... – Ele murmurou dolorosamente.

Desesperada, agarrei seus antebraços para mantê-lo perto, apesar de uma vozinha no fundo da minha mente avisar que tentar segura-lo não adiantaria nada se ele realmente quisesse me deixar.

- Edward... – solucei sentindo meu coração quebrar em pedacinhos. – E-eu n-não entendo, por favor, Edoardo!

- Eu não posso Bella... Me perdoe, eu não posso. Acabou.

Ele me afastou delicadamente mesmo enquanto eu lutava inutilmente segurando sua camisa enquanto a dor me despedaçava por dentro.

Desabei no chão e joelhos, consumida pelo imenso vazio doloroso em meu peito.”

Voltei ao presente arfante, a dor no meu peito era tão grande que chegava a ser física. Eu não sabia como explicar bem porque apesar de conviver com a dor durante os últimos dez anos eu ainda não a entendia. Eu não compreendia como a ausência de Edward ainda era o que mais me causava dor, eu tinha motivos mais relevantes para sofrer. Mas...

Droga! Eu estava tão confusa!

Eu nem sequer sabia por que eu estava confusa, eu sempre soube que nunca deixei de amar Edward... Eu sempre o amaria apesar de tudo. Mas eu nunca o perdoaria. Nunca, eu perdi algo importante demais para perdoá-lo.

Me recompondo sai do carro e entrei em casa, tudo parecia estranhamente quieto, mas eu estava ocupada demais com meus fantasmas  do passado para me importar com o resto ao meu redor.

De repente me senti exausta, como se carregasse o peso do universo em minhas costas. Subi os degraus da suntuosa escadaria da mansão cansadamente, meio sem ver cheguei ao meu quarto e me sentei na cama torpemente. Encarei a parede sem realmente vê-la.

Do nada explodi em um choro compulsivo, me encolhi como uma bola puxando meus joelhos contra peito como se isso fizesse com que a dor diminuísse, eu nem sequer esperava que a dor desaparecesse... Simplesmente desejava que ela diminuísse.

Eu podia ouvir o quão doloroso me pranto soava, os soluços altos e rasgados, as fungadas sem fôlego... Tudo em mim era despedaçado agora.

E eu sempre me perguntava como tinha sobrevivido as perdas das duas pessoas mais importantes da minha vida. Edward e... Deus! Eu nem sequer podia pensar nisso! Não! Eu não suportava mais! Por que, meu Deus? Por que?! Era só o que eu me perguntei nos últimos anos, por que ele? Ele era só uma criança inocente!

Sem mais forças caí no sono, e eu não podia ser mais grata por ele ser tão profundo.

***

Acordei e tudo estava escuro, olhou no relógio e vi que era 5:30h da manha. Suspirei pensando em o que eu faria agora, eu tomei o comando dos negócios e sabia que estava mais do que preparada para isso... Só não sabia se estava preparada para enfrentar Edward e o passado.

Deus! Por que tudo tinha que ser tão complicado? Por que?! Por que?! Exausta demais para questionar Deus por mais tempo levantei necessitando de um belo banho de banheira. Segui para o meu banheiro e liguei as torneiras. Tirei as minhas roupas e prendi meu cabelo em um coque frouxo, entrei na banheira ainda não completamente cheia.

Tentando desesperadamente esquecer, nem que fosse por alguns minutos, o passado. Tudo na minha vida até os dezessete anos foi perfeito, eu tinha os melhores pais que me amavam acima de tudo, todo dinheiro que uma pessoa pode gastar e mais amigos que eu podia querer. E eu tinha Edward.

O pai de Edward era o homem de confiança de meu pai, sendo assim Edward e eu crescemos juntos. Na verdade acho que ele me viu crescer já que é mais velho que eu sete anos, eu sempre o amei. Desde que me lembro, desde sempre eu o amei de alguma maneira... Primeiro como irmão, depois como amigo e confidente e depois – finalmente –como homem.

Ele sempre foi super protetor comigo, sempre esteve ao meu lado e eu era possessiva demais com ele. Quando ele chegou à adolescência e as garotas caíram matando em cima dele eu não me importei por que eu sabia que elas eram só passatempos para ele, não eram nada por que no final ele sempre acabava voltando para mim, minha mente infantil da época não sabia que aquela possessividade e aquele sentimento significava que Edward era o homem da minha vida. Mas quando eu tinha dezessete e já tinha certeza eu amava Edward, ele começou a namorar Tânya Denali a primogênita da família Denali. No começo não me importei por que eu sabia que ela era apenas mais uma, mas então todos aprovaram o envolvimento dos dois, Edward apesar de não ser um “sangue real” como eram chamados os descendentes das Treze famílias, mas era um braço direito de um dos mais poderosos – meu papá – e sua família tinha uma fortuna considerável e por isso era considerado um  bom partido. Entrei em desespero ao pensar que Edward estaria cogitando a possibilidade de se casar com a linda Tânya. Passei o dia trancada no quarto e a noite Edward veio me questionar. Ele ficou assustado ao me encontrar aos prantos e já queria: “O nome do desgraçado que ele teria que matar.”

Então eu, não agüentando mais amá-lo em silencio, o agarrei e o beijei. E para minha total surpresa e felicidade ele retribuiu, o amasso ficou mais quente e Edward me deu meu primeiro orgasmo com seus dedos abeis. Depois, exausta, eu adormeci e acordei só em minha cama, eu não sabia se tudo aquilo havia sido apenas mais um dos sonhos eróticos que eu tinha com Edward. Tomei um banho e fui até a casa de Edward que ficava duas casas – mansões – depois da minha.

Eu estava tão nervosa! Mas me enchi de coragem e fui até ele, a casa estava vazia, mas eu sabia que Edward estava em casa por que seu BMW estava estacionado em frente a casa ao lado de um Porshea negro que eu sabia que pertencia a Tanya, mas não me deixei abalar por isso se o que aconteceu ontem fosse realmente real Edward poderia ser meu. Os dois estavam no quarto de Edward, mas para meu alivio e felicidade ao que parecia só estava conversando... Agora. Eu podia ouvir, mais ou menos o que eles falaram e como uma boa adolescente que eu era colei meu ouvido a porta.

- Por que não, Edward? – Dizia Tanya.

- Eu não te amo Tanya, - disse Edward com uma indiferença que me fez sorrir – eu não sinto nada por você, você é só boa de cama. E me ajuda a passar o tempo.

Um silencio tenso seguiu, e eu quase tive pena dela. Quase.

- Como ousa me fala assim? Eu sou a herdeira Denali!

Pude ouvir Edward bufar.

- Você sabe que isso não significa nada para mim, você também sabe que só quer tão desesperadamente se casar comigo por que todos os herdeiros das outras famílias não te querem. Você sabe o quanto os figlios da máfia são antiquados, todos nós fomos criados com princípios machistas. Os nossos homens só casam com mulheres puras, você deixou de ser pura a muito tempo, não é Tanya? O que? Os herdeiros adoram te foder, mas não o suficiente para desposá-la?

Ouvi um grito de fúria e depois um barulho, corri e me sentei no sofá na sala.

- Você! – Ela parou em seu caminho para a saída e me encarou com fúria. – A principessa favorita das Treze famílias. Mas saiba Isabella...

- Achei que você estava de saída Tanya. – A voz mortalmente calma de Edward veio da escada. – Nosso assunto acabou. E a próxima vez que falar com Isabella nesse tom de ameaça... Eu vou cortar a sua língua!

Tânya o olhou como se não pudesse acreditar no que ele disse, depois se recuperou, me lanço um ultimo olhar de ódio e saiu batendo a porta. Eu sorrir ao lembrar daquela cena quase tanto quanto eu sorri naquele momento. De repente fiquei muito consciente que estávamos apenas Edward e eu na naquela casa enorme. Me virei e o encarei temerosa, ele me encarou de volta como se não soubesse o que fazer ou como agir. Mas eu vi, lá no fundo dos seus olhos, que ele me queria. Ele me queria!

Eu sorri, corri e me atirei em seus braços.

Então tudo começou... Nossa linda e intensa historia de amor começou e durou quatro meses... Ate que Edward se cansou e me chutou.

Uma raiva cega me tomou. Como ele pode? Como foi capaz? Eu o amava e ele quebrou não só eu coração, mas também minha vida inteira! Ele me transformou em uma covarde. Eu não pude aguentar! Suspirando eu admiti para mim mesma que não foi Edward que me transformou em uma covarde,mas sim eu mesma.

Mas quem poderia me culpar? Deus a dor era tanta, tanta que eu faria qualquer coisa para estar inteira novamente, ate mesmo fugir. Ate mesmo me tornar uma covarde.


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Notas finais do capítulo

Oi, pessoal!
Desculpem a deora, mas eu ando meio sem inpiração para minhas historias! Eu so queria pedir um pouco de compreenção e paciencia!
mais um vez desculpam.
obrigada.
bjus



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