When Youre Gone escrita por TaTa B-P, Babi


Capítulo 17
Capítulo 15




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“Amar é sinônimo de sofrer”

 Carlos Henrique Alonso

Alice jogou a carcaça de seu cervo para longe quando disse:

-Estou satisfeita! Vamos voltar agora?

Rosalie e Esme olharam para ela com um ar interrogativo e foi a loira que verbalizou a pergunta:

-Não era para ser uma caçada de garotas? Tipo noite do pijama? Então por que ir embora agora?

Porém foi Bella quem respondeu a pergunta:

-É porque eu iria pedir. – Todas olharam para ela, que, até o momento, estava calada. – Eu realmente não quero ficar mais. Não tem por que. Estou saciada.

Esme e Alice se entreolharam, mas Rosalie mantinha o olhar fixo em Bella. Ela foi a sua direção e ficou de frente para ela. Então ela perguntou:

-Jasper considera você como uma irmã para ele e, mesmo sem conhecê-la, eu faço o mesmo. – Elas não desviavam os olhos por um segundo. – Mesmo assim, Edward é como um irmão para mim, também. Por esse motivo eu preciso entender o que aconteceu, pois não preciso apenas escolher um lado e sim apoiar aqueles que me são caros. Ver os dois nessa situação não mata apenas a mim, ou a vocês dois e sim a todos nós.

Esme esperava alguma reação explosiva de Bella e Alice esperava Bella tomar sua decisão para saber o que aconteceria a seguir.

Bella não desviou os olhos de Rosalie por um momento, mas quando respondeu, ela desviou o olhar, hesitante.

-Não vou falar sobre isso. O que aconteceu é passado e merece ser enterrado.

Porém antes de poder dar as costas para Rosalie e sair dali, a mesma segurou o braço dela e puxou-a bruscamente pra si.

-Rosalie, Bella ainda está catatônica. – Alice alertou. – É melhor deixá-la em paz.

Em contrapartida Rosalie a ignorou e disse raivosa para Bella:

-Você pode fugir de Jasper, de Edward, de todo mundo, mas de mim não. Eu exijo uma resposta.

Bella olhou para sua mãe e para sua cunhada, porém antes que sugerisse qualquer coisa Rosalie a interrompeu e Alice já sabia que ela sairia vitoriosa da discussão.

-Não adianta pedir para elas me contarem, quero ouvir de você, o que aconteceu.

Bella olhou fixamente nos olhos de Rosalie em busca de alguma fraqueza, mas ela só viu determinação ali. Finalmente ela suspirou e se sentou num tronco. Então sua narrativa começara.

-Era o dia vinte e dois de janeiro de mil oitocentos e sessenta e um. Era um dia que nevava levemente, porém sem previsão para cessar. A temperatura era de cerca de -8ºC e era louco ou sem opção aquele que saía nas ruas àquele dia, mas eu não me importava. Eu estava vestida com vários casacos e vestimentas quentes, para manter as aparências e saí de casa a pé. Eu estava entediada, os livros novos haviam acabado e eu realmente não tinha mais nada para fazer em meu palacete. Essa era uma das poucas construções que não era de madeira na cidade, porém, pelo que eu saiba, não resistiu ao incêndio de mil oitocentos e setenta e um. Não cheguei a dar meia volta no bairro de “elite” em que eu vivia, quando decidi andar por toda Chicago. Eu jamais conseguiria fazer isso quando as ruas do bairro da “elite” estivessem movimentadas e as pessoas me vissem. Era como um tabu andar por toda Chicago sem um acompanhante, ou então uma criada. As ruas estavam praticamente desertas, exceto por algumas carruagens que passavam apressadas por mim. Eu não prestava atenção por onde andava, mas quando dei por mim estava no centro comercial de Chicago. Diferente das outras partes da cidade, o centro estava movimentado com pessoas por todos os lados. Todas elas estavam com frio e isso era latente, mas mesmo assim a vida as obrigava a ficar ali e trabalhar. Muitos eram ou vendedores, ou criados de outras casas, eu era a única que parecia ser rica por ali. Eu era algo como a intrusa. As pessoas paravam quando eu passava e ficavam me observando, olhando torto. É claro que elas jamais imaginaram que alguém do meu mundo iria entrar no mundo delas. – Bella riu sem humor. – De qualquer modo, eu apenas continuei andando e ignorando a todos, como o meupapel– Ela distorceu a palavra, amarga. – Mandava. Em uma das ruas, eu comecei a ouvir uma música, alguém estava tocando piano e tocava absurdamente bem, apesar de eu saber que o piano estava velho, pelas falhas no som. Eu andei apressadamente pela rua em busca da casa de onde a música surgia. E não demorei a encontrá-la. O pequeno prédio de dois andares, em madeira, praticamente me convidava para entrar e ouvir quem tocava aquela melodia que me era desconhecida. Olhei ao redor. A rua parecia miraculosamente deserta, então eu pulei para o telhado e fui até o outro lado da casa e me pendurei na janela do segundo andar, de onde a música saía. Sentado em frente a um piano antigo eu o vi pela primeira vez. Ele estava de costas, mas eu via como ele parecia compenetrado em sua melodia. Ele respirava profundamente, porém calmamente. Eu não sei quanto tempo fiquei ouvindo-o, pareciam segundos, mas podiam ser horas, séculos, instantes, mas logo eu comecei a ouvir passos na escada e no corredor. A melodia foi interrompida quando a maçaneta começou a se abrir e eu rapidamente voltei para a rua. Só que eu não me afastei. Fiquei esperando ali querendo que a melodia continuasse. Mas ela não veio. – Bella grunhiu e sua voz se tornou levemente agressiva. – Um homem e o garoto começaram a discutir, e o homem gritava com ele. Ele não queria que o garoto tocasse e sim trabalhasse o que eu até poderia compreender, já que eles não tinham uma boa condição social, mas eu sabia que se ele se esforçasse ele conseguiria entrar em uma orquestra e ganhar muito dinheiro. Ele sabia disso também, mas seu pai não compreendia. Eu nem prestava atenção no ambiente ao meu redor, só nas frases alteradas que saiam dos dois. Eu não percebi quando a porta da frente foi aberta e o garoto foi praticamente arremessado na rua, naquele frio, sem roupas adequadas. Só percebi isso também quando ele trombou em mim. – Ela deu um suspiro e levantou os olhos para o céu. – Ele olhou para mim assustado e então eu percebi o quanto ele era lindo. Era definitivamente o humano mais lindo que eu já vira em toa a minha existência e sempre irá ser. – Uma sombra de sorriso surgiu em seu rosto, porém logo se apagou. – Ele fez uma reverência sutil e se desculpou apressada e insistentemente, como se eu fosse enforcá-lo ou algo assim. Mas eu só perguntei: “Eu ouvi você tocar. Onde aprendeu?” Ele olhou para mim mais assustado ainda, mas respondeu sorrindo: “Minha mãe me ensinou.” Logo percebi que ele estava tremendo de frio. Então eu o convidei para me acompanhar. Ele hesitou e eu até entendia, mas eu disse que queria ouvi-lo tocar mais. Eu praticamente o empurrei para o primeiro coche que eu vi e então ele foi para minha casa. “Como se chama?” Perguntei. “Edward. Edward Anthony Masen Júnior, senhora.” Ele respondeu e eu ri. “Não sou casada, e não gosto de tratamentos formais. Pode me chamar de Bella.” Disse mostrando minha mão. Ele me olhou confuso então eu disse, “Perdão, deixe eu me apresentar. Chevalier, Isabella Marie de Chevalier.” Ele me olhou assustado. “A senhorita é a tão comentada Duquesa de Chevalier, que veio da França?” Eu ri levemente em escárnio ao pensar nas fofocas sobre mim, porém ele pareceu não perceber e então respondi com meu francês perfeito “Oui, monsieur.” Logo chegamos a minha casa. Eu o agasalhei e gostaria de conhecê-lo melhor, mas logo recebi uma visita e ele saiu sem avisar. – Bella suspirou. – Esse foi o dia em que eu conheci Edward. Eu ajudei-o a se inscrever em diversas orquestras, mas seus pais continuaram terminantemente contra e eu não entendia o porquê. Eu queria o bem dele e fazia o possível e o impossível para isso. Ele vinha praticamente todos os dias em casa e eu não permiti que ele trabalhasse. Eu pagava para ele ficar em casa! –Ela balançou a cabeça inconformada. – Nosso relacionamento por dois meses foi assim, distante. Era ele ensaiando e eu fazendo de tudo para que ele ingressasse numa orquestra. Eu já havia me apaixonado por ele, mas não queria aceitar. Existia muita coisa contra nós e sempre que eu confiava me entregava para alguma coisa, tudo dava errado. Eu tinha medo. Eu finalmente descobri esse sentimento quando estava prestes a enviar uma carta de recomendação para a orquestra de Paris. Eu queria tanto o sucesso dele que o inscrevi na orquestra de Paris, mesmo que ele não falasse francês. No último momento antes de enviar as cartas eu hesitei. Eu pensei no que aconteceria se ele fosse aceito e descobri que não suportaria deixá-lo partir para tão longe. Eu o amava, mas mantive-me distante. Não podia deixar-me levar. Havia tantas coisas contra nós! O segredo, os Volturi, eu mesma era um perigo para ele. Eu sempre fui. – Ela fez uma curta pausa e suspirou, inspirando o ar profundamente e soltando-o ruidosamente. – Finalmente, em julho, eu passeava com ele pelo parque, ao lado do desfiladeiro que dava em uma das margens do lago, quando Peter e Charlotte, que caçavam por ali, o atacaram. Foi nesse dia que ele descobriu quem eu era e, ao invés de ficar aliviada, eu fiquei ainda mais na defensiva. Apenas em fevereiro de mil oitocentos e sessenta e dois que eu realmente me entreguei a esse sentimento que me dominava cada dia mais, se tornando quase insuportável. Parecia que meus dias tinham brilho, que minha existência havia adquirido algum sentido. Algumas vezes meus instintos se sobressaíam e eu achava que tinha posto tudo a perder, mas ele sempre estava lá e me perdoava, ele sempre voltava para mim. Eu me odiava por isso. Vivia pondo ele em perigo, mesmo que ele insistisse do contrário. No fim ele me consolava e tudo voltava ao normal. Eu estava tão feliz! Porém eu estava preocupada, e não sem razão. Todos aqueles medos que eu ignorara estavam certos novamente. Tudo deu errado e desta vez eu sei que não vou conseguir reconstruir os pedaços... – Ela respirou fundo, fechando os olhos. – Eu não queria transformá-lo. Eu queria salvá-lo dessa existência maldita. Ele se enfureceu e se foi. Eu procurei por ele, juro que procurei, mas parecia tarde demais. Eu acreditei tê-lo perdido. – Sua voz falhou nessa frase. – Eu queria me livrar de tudo aquilo que era para ser nosso, que eu não merecia. Eu demoli e queimei a casa que tinha construído para nós e ia me jogar em suas chamas se Jasper não tivesse me impedido. E aqui estamos nós. Juntos, porém condenados a ficar separados.

Rosalie olhava para Bella chocada. Ela jamais imaginara a extensão e complexidade do que acontecera entre os dois, mesmo sabendo que havia muito mais que Bella não havia contado. Ela também jamais esperaria que Edward tivesse causado todo o sofrimento deles no final, mas ela entendia e concordava sobre a opinião da transformação – ela também não iria querer aquilo para ninguém –, apesar de acreditar que Edward ainda poderia ter razão em alguma coisa. “Haveria de ser algum engano, talvez.” Pensou. Bella tinha uma expressão agoniada. Esme e Alice sentaram-se ao lado dela e apenas fitavam-na compreensivas.

-Agora está tudo perdido. Não tem mais volta Rosalie. Ele perdeu a fé em meu amor. Ele não me... Ama. – A voz dela falhou. Ela olhou para as três e seu olhar se fixou em Alice. – Perdoem-me, mas eu sinto... Eu sinto que estou morrendo. Eu não aguento mais nada disso. Eu sofro muito mais do que até um vampiro aguentaria.

Então ela se levantou e correu de volta para casa. Alice, Esme e Rosalie ficaram para trás paralisadas com a notícia. Alice abraçou Esme e Rosalie disse desolada:

-Jasper vai morrer quando souber.

Alice retrucou:

-Vamos, Jasper não pode saber disso. ElematariaEdward sem pensar duas vezes se soubesse.

Elas voltaram pelo mesmo caminho de Bella. Esme apenas murmurava:

-Eu não posso perder mais um filho. Bella não pode, ela vai ficar bem. Ela tem que ficar bem.

Alice não sabia o que fazer, todos os membros da família eram importantes e o sofrimento de Bella está afetando a todos. É claro que ela não pode morrer fisicamente, mas a morte de seu interior pode ser muito pior. Qualquer caso assim seria considerado exagero ou doença, mas depois de tudo que Bella passou aquilo poderia ser compreensível. Rosalie, a pesar de não ser insensível ao sofrimento, pensava com certeza que aquilo já chegava a ser sim um exagero para qualquer um.

Quando entraram em casa encontraram Emmett assistindo à televisão, Edward na biblioteca e Carlisle no escritório. Jasper estava no mercado, segundo Emmett. Esme correu até Carlisle e caiu em prantos em seu colo. Rosalie abraçou Emmett com força e ele quis saber o que havia acontecido, para elas estarem tão aflitas. Bella havia chego há poucos minutos antes delas e estava em seu quarto como sempre e Alice fora para junto dela.

-Esme? Esme! O que aconteceu minha querida? – Carlisle perguntou preocupado enquanto afagava a cabeça da esposa que pranteava copiosamente em seu colo.

Edward passou a ouvir atentamente à conversa que se passava no cômodo ao lado.

-É a Bella. – Esme disse deixando Carlisle preocupado. – Ela disse... Ela disse que... Oh Carlisle! Nós nunca vamos ver nossa menininha sorrir!

Carlisle ficou terrivelmente preocupado com o estado de Esme e perguntou:

-Esme, o que ela disse a vocês? O que foi que aconteceu durante a caçada?

Edward não conseguia entender nada através dos pensamentos confusos e misturados de Esme e o assunto o incomodava profundamente, então ele rapidamente saiu da biblioteca e saiu do escritório, sendo acompanhado pelo olhar preocupado de Carlisle. Esme fungou tentando se controlar e olhou para Carlisle. Então ela contou tudo o que Bella dissera na floresta. No final da narrativa Carlisle estava chocado.

-É mais grave do que eu havia imaginado. Onde ela está?

-No... No quarto dela com Alice.

-Eu vou vê-la. – Carlisle disse resoluto.

-Não. – Esme disse e ele olhou para ela, confuso. – Ela precisa pensar. Alice está lá para ampará-la enquanto Jasper não chega. E falando em Jasper, ele não pode saber disso.

Carlisle suspirou concordando e, em seguida, apenas ficou com a esposa soltando um comentário contendo suas últimas esperanças:

-Talvez não... Talvez seja apenas pelo choque momentâneo, afinal, ela está sob as consequências da catatonia.

-Espero que sim. – Esme murmurou.

Edward caminhava pelo jardim revoltado. Como aquela família podia se importar tanto com Bella sendo que o objetivo dela parecia ser abandoná-los?! Eles estavam sofrendo por causa dela e de seus sentimentos egoístas. Esses eram os pensamentos indignados que dominavam sua mente entre todas as outras perguntas.

Enquanto andava de um lado para o outro, um pensamento de Alice chamou sua atenção: “E lá está ela... Olhando para ele. De novo.” Quando olhou para cima, em direção da casa, ele a viu na janela. Sua expressão estava vazia e seus olhos de um dourado sólido e apagado. Quando percebeu que ele a vira, Bella fechou a cortina num rompante. Edward apenas grunhiu de raiva. Nesse momento percebeu que Jasper retornara e vira a curta cena que se passara. Jasper ao ver a cena à sua frente rosnou e fuzilou Edward com o olhar quando passou por ele. Seus pensamentos traduziam toda a sua vontade de lutar e ensinar uma lição a Edward. E este apenas continuou a olhar para Jasper, sondando seus pensamentos.

“SAIA DA MINHA CABEÇA MASEN!” Ele gritou em seus pensamentos. “Esme pode me impedir de falar, mas eu posso muito bem pensar o que aconteceu de verdade, porém quero que você descubra sozinho, e aí quando for tarde demais, eu vou ter o prazer de terminar o que comecei na minha festa.” Ameaçou.

Edward o olhou em desafio, como resposta. Jasper desviou o olhar e entrou na casa. Ninguém notara o pequeno diálogo.

Jasper subiu as escadas e entrou em seu quarto esperando ver Alice, mas ela não estava nem no closet.

-Alice? – Ele perguntou do corredor.

-Ela está com Bella. – Disse Rosalie que rebocava Emmett para o quarto.

Jasper torceu a cara com os sentimentos dos dois e disse:

-Tranquem o quarto pelo amor de Deus! Droga Rosie! Será que você poderia poupar seu pobre e inocente irmão?

-Desculpe maninho, mas você já deveria saber que sou crescidinha e casada. – Ela disse debochada.

Ele só ouviu a risada estrondosa de Emmett enquanto subia as escadas. Rapidamente ele chegou ao quarto de Bella. Quando ele entrou encontrou Bella conversando com Alice. Na verdade, era Alice quem mais falava.

-Eu acho que o sofá deve ser branco, para quebrar toda essa escuridão do quarto... Se bem que as paredes já são brancas. Talvez...

-Alice, eu só disse que estava pensando em pedir para Esme um sofá, não que euvou,com cem por cento de certeza, comprar um! – Bella reclamou se arrependendo da ideia.

-Mas não é uma má ideia, Bella! Vamos falar com Esme e...

-Alice, deixe ela se decidir primeiro! Contenha um pouco a sua animação, meu amor. – Jasper interrompeu-a a favor da irmã.

Alice olhou para ele, e pulou em seu colo distribuindo beijos por seu rosto. Jasper sorriu para a amada e a abraçou com força. Bella observava os dois, feliz por eles, porém invejosa, por não poder ser como eles.

-Isso tudo é saudade, fadinha? – Jasper disse carinhosamente, preso em uma bolha particular com Alice.

Ela riu em resposta. Bella se sentou em sua cadeira de balançou para frente e para traz cantarolando uma antiga canção de ninar.

-Bella? – Jasper perguntou, chamando sua atenção. – Como está se sentindo?

-Do mesmo jeito, Jazz. Cada vez mais fundo. – Ela respondeu voltando a olhar pela janela. – Mas não se preocupe. Eu sei que vou ficar bem... De um jeito ou de outro. – Completou sombriamente.

Jasper suspirou, mas não disse mais nada e Alice sabia que aquela frase fora dita apenas para tranqüilizar Jasper. Enquanto ela não concertasse as coisas com Edward, ela não ficaria bem.

Jasper e Alice saíram do quarto, deixando Bella só. Ela olhou para a floresta e depois olhou para onde Edward estava há minutos atrás. Como ela pôde deixar tudo chegar àquele ponto? Ela estava fazendo todos sofrerem junto com ela. Os soluços de Esme eram totalmente audíveis para seus ouvidos sensíveis. Ela já pensou em partir, para deixá-los viver em paz, sem se preocuparem com ela, mas eles a impediriam de qualquer forma. Ela não sabia que outra atitude tomar. Como ela poderia curar aquilo que estava matando-a por dentro? Ela sempre soube, no momento em que se viu apaixonada por Edward, que qualquer tombo que ela levasse, depois de todos que ela já tinha sofrido, iria quebrar e não ter mais concerto, mas ela assumiu o risco e estava pagando o preço.

Algumas horas depois, quando o sol de um próximo dia já havia nascido, a porta de seu quarto foi aberta e Rosalie se aproximou e balançou Bella pelos ombros enquanto dizia:

-Já sei! Você deve reagir!                        

Bella olhou para ela sem entender nada. Rosalie revirou os olhos e voltou a dizer, sorrindo com essa nova chama que apareceu:

-Se ele não confia mais em você, você tem que trazê-lo de volta! Mostre seu valor para ele e reconquiste-o!

-Ele não me ama mais Rosalie. É besteira lutar por algo que está acabado. Além do mais, desde quando me entendo por gente, são os homens que correm atrás. Eu não vou mudar. Além disso, eu vou aprender a viver sem ele. Eu não preciso dele. Nunca precisei de ninguém! Por que depois de mais de 600 anos sem precisar eu agora tenho de viver dependendo de alguém? – Ela falava, mas suas palavras eram mais para ela mesma e logo isso virou uma resolução. Ela convenceria a si mesma de que poderia viver sem Edward.

Rosalie a encarava sem saber o que dizer. No fim, ela deu de ombros e disse:

-Você é tão orgulhosa quanto ele. Vocês não sabem o quanto estou torcendo para que essa teimosia e guerra inútil não destruam vocês. Eu só gostaria de lembrar, que vocês já estão envolvidos demais com outras pessoas. Nossa família desaparecerá sem vocês, Bella, além disso, eu acabei de entrara para essa família e amo-a demais para vê-la se despedaçar por causa de vocês! Cuidado com o que estão fazendo!

Quando ela saiu Bella suspirou com força e sentou na cadeira. Ela massageou a têmpora preocupada com mais esse peso sobre seus ombros. Seus sentimentos eram contraditórios. Uma parte dela estava odiando mais do que tudo a sua decisão de criar laços, porque agora todos dependiam dela, e, ela não poderia mantê-los. Outra parte desejava que tudo aquilo acabasse e ela pudesse ser feliz com a família dela, que ela levou tantos anos para encontrar. Mas o que predominava era sua culpa em causar tudo isso para eles.

-Argh! – Gemeu ela com os dentes trincados.

Ela ficou naquela posição por dois dias, pensando em como fazer com que sua família parasse de sofrer. Seu próprio sofrimento deixava-a entorpecida demais e em sua cabeça o mesmo mantra ressoava, tentando convencê-la: “Não preciso de ninguém! Não preciso de ninguém!” Era nisso que ela tinha de se agarrar com todas as forças.


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Notas finais do capítulo

Nota: genteeee esse capítulo está tipo novela mexicana, eu tava na fossa quando escrevi. Particularmente eu não gostei muito, mas como a Babi disse que está ótimo, vou confiar nela. (: agora eu vou dizer que os últimos capítulos me decepcionaram muito no quesito reviews!!! Sem querer desmerecer quem comentou, porque eu amei os coments, mas pô! Cadê o povo que comentava? E esses fantasmas que acompanham mas não comentam? Pode criticar se não gostou, mas não fique em silêncio, senão como vou melhorar?!
Babi, passo a palavra pra você e encontro todo mundo na semana que vem se tiver pelo menos quatro reviews. Bjusss
Babi: Gente, eu gosto muito dessa fic, a TaTa escreve muito bem, mas acho que podia ter mais rewiews...Vamos lá, comentem... Beijoos, até o próximo capítulo.



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