Entramos em casa, ofegantes. Damon me carregou em seu colo até o meu quarto, que era dele e eu peguei... Mas isso não importa. O que interessa é que nós estávamos a algumas roupas de distancia a nos entregar um ao outro. Eu não consegui pensar mais em nada depois que ele disse que me desejava. Acho que toda mulher gosta de ser desejada e eu não fico atrás, fiquei surpresa por ele ter me dito isto, não por ele fazer dizer que me desejava, mas por ser o primeiro.

Damon me prensou contra a parede e começou com os beijos em meu pescoço. Levou uma de suas mãos até o meu seio esquerdo, o apertou, fazendo-me puxá-lo mais para mim. Sua outra mão estava em minha coxa e agora subia pela passagem aberta pelo vestido, arfei e passei minhas mãos por debaixo de sua camisa. Aquele tórax definido estava me deixando ainda mais doida. Damon gemeu contra meu pescoço e eu cravei minhas unhas em seu tórax. Suas mãos direcionam para o fecho do meu vestido, o abriu sem dificuldade, eu o ajudei a retirá-lo. Pude ver a cobiça assumir em seu rosto, corei por estar seminua em sua frente, ele riu e selou nossos lábios rapidamente.

- Você é linda! – ele exclamou.

O puxei para mais um beijo, notei que estávamos em desvantagem, tirei a sua camisa e sorri maliciosa. Damon riu pelo nariz e nos beijamos, nós caminhamos, ainda aos beijos, até a cama. Me apoiei na cabeceira da cama, Damon se posicionou entre as minhas pernas e selou meu pescoço, descendo até meus seios, acariciando com as mãos e depois tomando-os em seus lábios. Arqueei minhas costas e fechei os olhos com força pelo prazer que estava sentindo. Ele pressionou seu quadril contra o meu e eu pude sentir sua ereção, senti ainda mais prazer, meus olhos se abriram e ele me encarava com um sorriso sapeca.

- Está gostando? – ele riu de canto. Revirei os olhos. – Não é nem o começo. – arregalei os olhos e ele sorriu largo.

Logo voltou aos meus seios, mas não ficou ali por muito tempo. Damon distribuiu beijos desde meus seios até onde estava a minha calcinha, o encarei pensando no que ele iria fazer, Damon mordeu o detalhe da calcinha e a puxou, em segundos eu já estava completamente nua e novamente corada. Damon sorriu e beijou meu clitóris, voltou aos meus lábios e nós nos beijamos cheios de luxúria. Sua mão esquerda acariciava meu seio e a outra minha intimidade, eu já não sabia mais o que era sanidade. Gemi entre os seus beijos ao senti-lo pressionar seu quadril novamente contra a minha intimidade. O encarei e ele minhas mãos até a sua calça, abri o zíper, Damon deu seu melhor sorriso malicioso e me ajudou a retirar a calça.

Suspirei ao vê-lo de cueca.

- O que foi? – ele me perguntou.

- Ainda falta tanta roupa. – Damon riu alto e apertou meus seios enquanto pressionava contra minha intimidade.

Joguei minha cabeça para trás e gemi. Eu não agüentava mais, queria tê-lo dentro de mim, queria consumar nosso desejo, mas ele só complicava as coisas, parecia feliz com minha aflição. Senti algo me penetrando, olhei assustada para Damon e depois para seu membro, mas ele ainda estava vestido. Ele me penetrava com um de seus dedos e aquilo estava me deixando ensandecida. Mexi meu quadril, ele sorriu, me penetrou com mais um dedo, arfei e ele começou a me estimular. Logo, depois de gemidos, gritos e suspiros, senti um vazio, o olhei novamente e ele tinha uma expressão feliz no rosto. Logo percebi o que havia acontecido, eu havia chegado ao orgasmo.

Revirei os olhos e mesmo sem tantas forças o empurrei, invertendo as posições. Nos olhamos maliciosos, apertei seu membro e ele revirou os olhos de prazer. Me movimentei sobre ele, Damon levou as mãos até minha bunda e me forçou contra seu membro, sorri com o prazer que aquilo estava dando a nós dois. Retirei suas mãos de mim e comecei a estimulá-lo ainda com a cueca. Queria fazê-lo sentir a mesma aflição que eu. Beijei desde o seu pescoço até chegar em sua cueca, dei uma leve mordida ali, Damon grunhiu e segurou meus ombros e trazendo para cima.

- Eu vou ficar louco. – ele disse entre suspiros.

Ri alto e me movimentei sobre ele de novo. Fiz menção em tirar sua cueca, mas parei ao ver a animação dele, Damon fez uma careta e me jogou na cama. Respirei fundo quando ele tirou sua cueca, nos deixando no mesmo estado, nu e excitados.

Abri ainda mais meus olhos, Damon me encarava fixamente. Eu não tinha medo do que iria acontecer, pelo contrário, eu desejava isto, muito, eu o desejava.

POV Damon

Senti o seu hímen romper em meu membro. Ela fechou os olhos com força, seu rosto tinha uma ponta de dor, parei com os meus movimentos e dei um beijo em sua testa. Eu nunca me preocupei nessas partes, mas algo nela me fazia querer ser o melhor, fazer o que está acontecendo especial. Eu a desejava e isto estava me deixando louco, eu já tinha aquele corpo, nós agora éramos um. Deixamos as diferenças de lado, o ódio, a raiva e tudo de ruim que um sente pelo outro e nos entregamos a este momento.

- Está tudo bem? – perguntei preocupado, ainda a penetrando.

Ela não respondeu, seus olhos ainda estavam fechados, o que me fez ficar preocupado e largar meu desejo de lado, comecei a sair de dentro dela, mas novamente a minha garota(não acredito que falei isso) me surpreendeu. Ela abriu os olhos rapidamente e segurou com força os meus ombros, me levando contra o seu corpo.

- Damon... – ela gemeu meu nome e eu perdi o juízo.

Recomecei com os movimentos, lentos, mas prazerosos. Vê-la suspirar estava me deixando maluco, aquela pirralha realmente me faz perder a cabeça. Nos encarávamos firmemente, ela se movimentou abaixo de mim, fazendo nossos corpos se chocar ainda mais. Aumentei a força de meus movimentos, ela gemeu ainda mais, a beijei e senti suas unhas em minhas costas, gemi contra boca dela.

Liza me empurrou e trocou as posições, vê-la em cima de mim fez brotar em meu rosto um sorriso malicioso e de luxúria. Ela começou a ir contra o meu membro, grunhi e segurei firme em sua cintura, a ajudando. Ela jogou a cabeça para trás, percebi que ela estava do mesmo estado que eu, louca. Ela diminuiu os movimentos e rebolou devagar sobre mim. Meu membro se enrijeceu ainda mais, eu estava perto do orgasmo, sua intimidade também se contraía mais que o normal. Troquei novamente as posições e estoquei com força contra ela.

- Geme meu nome. – grunhi.

Ela me olhou nos olhos e deu um sorriso sapeca. Estoquei forte e ela cravou ainda mais as unhas em minhas costas.

- Damon... – ela gemeu maliciosa.

Estávamos a um ponto do ápice, diminui a velocidade das estocadas e aumentei um pouco a força delas. Ela se movimentou contra meu corpo.

- Ah! – ela gritou, senti meu membro ser encoberto por seu orgasmo.

Estoquei mais uma vez e foi a vez do meu orgasmo. Nos encaramos por alguns segundos e eu caí do seu lado.

POV Liza

A melhor noite da minha vida. Eu não acredito que transei com Damon e ainda senti tudo o que senti nesta noite. Nunca senti tanto prazer quanto hoje, independente de odiá-lo eu não podia negar que ele é um ótimo amante, esta noite foi especial, nos entregamos um ao outro, sem raiva, sem maldade, apenas sentimentos puros.

Após mais algumas horas de “diversão”, nós dormimos. Dormi em seu peito e nunca me senti tão bem.

Acordei com a claridade do quarto, xinguei mentalmente quem deixou a cortina aberta, até que lembrei que fui eu mesma. Lembrei da noite passada e sorri com este pensamente. Abri lentamente os olhos e percebi que Damon não estava do meu lado, fiz uma careta e me virei. Dei de cara com ele!

Damon já estava vestido e me olhava com um sorriso malicioso. Suspirei e me olhei, o lençol não cobria todo o meu corpo, o ajeitei rapidamente, ele revirou os olhos.

- Não precisa se preocupar em se tampar, eu já te vi nua mesmo. – espremi os olhos. – E devo dizer que prefiro assim – ele fez menção de retirar o lençol. -, nua!

Revirei os olhos e o empurrei da cama.

- Chega de gracinha. Sai do meu quarto para eu trocar de roupa.

Ele fez uma careta, o olhei confusa.

- Pensei que iria poder voltar ao meu quarto. – Ri da fala dele.

Damon revirou os olhos e de repente já estava em cima de mim, beijando meu pescoço. Meu corpo arrepiou, Damon passou as mãos por minhas nádegas e forçou meu quadril contra seu corpo. Passei as mãos por seu cabelo. Ele descia até os meus seios, suspirei de prazer.

- Damon... Wow! – não, não fui eu quem disse isso.

Olhei para a porta com os olhos arregalados. Tinha um homem na porta de costas e rindo pelo nariz. Senti ódio e vergonha ao mesmo tempo. Droga! O que aquele infeliz estava fazendo aqui?

Damon saiu de cima de mim e fez um movimento para que eu fosse me trocar. Me enrolei no lençol e fui em direção ao banheiro. Me olhei no espelho, eu estava vermelha de tanta vergonha. Caramba! Quem era aquele homem? Como eu olharia para ele, espera um pouco. Como eu vou olhar para Damon agora? Eu dei a deixa que o vampiro precisava, agora ele pode me deixar sem reação, se ele começasse a comentar sobre o que aconteceu...O que eu fui fazer? O que isto significa? Aff! É melhor eu ir tomar banho.

Sai do banho e voltei ao quarto para trocar de roupa. Vesti um short jeans desfiado e curto; uma blusa preta com estampa de banda. Calcei meu all star companheiro e prendi meu cabelo em um rabo de cavalo.

Minha barriga roncou. Desci para a cozinha rezando para que Damon e o homem da porta não estivessem lá. Para o meu eterno azar eles estavam lá e quando me viram deram um sorriso malicioso. No caso do homem, o sorriso malicioso devia-se ao que ele viu minutos atrás. Senti minhas bochechas corarem, mas ergui a cabeça e fui até o armário pegar cereal.

- Alaric veio avisar que Stefan está na cidade. – Damon disse normalmente.

Refleti sobre a sua fala. Eu nem sabia que Stefan estava fora da cidade, na verdade, quando eu decidi ajudar Damon eu não pensei muito em como faria isto. A única coisa que eu quero é minha vingança e se o irmão dele voltou só pode significar que eu estou perto do meu objetivo. Arrumei o meu café da manhã-quase-tarde e me sentei à mesa, à frente de Alaric e Damon.

- Isto é bom. – respondi olhando para a vasilha onde estava o cereal.

Comi em silencio, prestando atenção na conversa dos dois. Eles diziam que Jeremy viu Stefan no Grill, mas antes dele se aproximar, Stefan já tinha ido embora. Acho que ele estava a muito tempo sem aparecer por aqui. Encarei os dois e demorei um pouco a encarar o vampiro em minha frente. Ele estava com um olhar cansado, porém com um brilho estranho, esperançoso, eu decifrei.

- Nós temos que achá-lo. Antes que ele deixe a cidade novamente. – dizia Damon com animação.

- Acho que desta vez ele veio para ficar. – Olhamos para Alaric. – Ele não voltaria depois de tanto tempo se não fosse para ficar.

Ponderei e me lembrei que Stefan tinha alguma coisa a ver com o vampiro loiro gostoso de alguns dias atrás.

- Mas ele não está sob o controle de Klaus? – eles assentiam. – Talvez Klaus o mandou voltar para uma provocação.

Eles me encararam intrigados. De fato fazia sentido o que eu disse, Klaus estava usando Stefan para controlar Damon, há uma vasta possibilidade dele querer aumentar este controle sobre o vampiro afetado do Damon.

- Você tem razão. – Damon disse pensativo.

Revirei os olhos. É claro que eu tenho razão, é meio óbvio, mas só eu penso nesta casa. Ficamos em silencio novamente, todos com a mesma expressão no rosto. O que fez Stefan voltar? E o que ele queria? Tudo bem que provavelmente foi por causa de Klaus, mas o que o loiro quer com isto. Será que é por minha causa? Talvez Stefan conseguisse tirar informações sobre mim do irmão, e isto é perigoso. Damon só tem a cara de mal e seguro, tenho certeza que se Stefan aparecer ele pode contar tudo e aí vai tudo por água abaixo.

- De qualquer forma Stefan é um inimigo. – eles me olharam assustados. – Klaus ficou intrigado quando percebeu que não podia me machucar. Ele pode ter mandado Stefan voltar para conseguir que Damon revelasse o “segredo”.

Eles me olharam ainda mais intrigados. Damon fez uma careta, como se reprovasse o sentido que eu dei a frase. Ele também era um perigo e não é bom confiar em humanos, quem dirá vampiros! Terminei de comer, me levantei e fui colocar a vasilha na pia. Eles permaneciam em silencio e aquilo estava me deixando irritada. Suspirei alto e fui para a sala.

- O que a gente vai fazer? – ouvi Alaric perguntar. Eles estavam indo para a sala também.

- Esperar. – respondi dando de ombros.

- Esperar? – Damon praticamente gritou. – Esperar ele dar o fora de novo? Nós temos que ir atrás dele e fazê-lo sair da hipnose de Klaus, como ele fez anos atrás.

- E como você pretende fazer isto? – perguntei irônica. Ele bufou.

- Eu não sei, mas nós não podemos esperar. – Damon disse firme.

Alaric se sentou no sofá junto com Damon. Me estiquei no sofá em que eu estava e liguei a televisão.

- Nós vamos esperar sim! – fui firme também. Damon começou a falar, mas eu o interrompi. – É exatamente esta a reação que todos esperam de você. – Damon bufou mais uma vez. Eu tinha razão. – É quase uma armadilha, você vai atrás de Stefan, ele se desfaz de você, começa as perguntas e adivinha o que acontece. – dei um tempo, mas ninguém disse nada. – Ele descobre o nosso “segredinho”. – sorri maldosa para eles.

- Você tem razão. – Alaric disse por fim.

Damon suspirou derrotado. De certa forma eu sentia que ficar sem fazer nada quando estava tão perto do irmão era sufocante, eu já senti isto duas vezes, mas era necessário. E talvez nem fosse necessário ficar esperando. Stefan tinha um caso com Elena, talvez ela pudesse ajudá-los. Ele me disse que Stefan não a amava mais ou dizia fielmente que não tinha sentimentos, mas se o que ele me contou for verdade, não é possível deixar de amar alguém tão fácil assim, mesmo sendo um vampiro. Por outro lado, Elena pode ser um problema, se ela ainda ama Stefan, ela será mais uma a ir atrás dele, Damon iria atrás dela e complicaria tudo novamente.

Mas ainda tenho uma opção. Que não inclui nenhum deles, nem mesmo Stefan, não totalmente. Levantei-me do sofá e fui em direção a porta, Damon se levantou para me barrar, mas ponderou, eu revirei os olhos e saí. Se eu tinha uma opção para acabar com isto era o que eu iria fazer. Já tinha passado tempo demais naquele lugar, e não venha me perguntar o por que deste pensamento agora, depois de uma noite tão maravilhosa porque eu não sei.

Fui ao Grill, Jeremy disse que todo mundo da cidade vai ali, então eu tinha uma chance de vê-lo ali. Sentei-me no balcão e pedi suco, ficar bêbada não me ajudaria naquele momento.

- Está esperando alguém? – me arrepiei ao ouvir aquela voz rouca.

Virei-me e me deparei com o vampiro loiro sorrindo e extremamente perto.

- Não. – sorri de me virei para tomar o meu suco.

- Deu o meu recado ao Damon?

- Dei. – respondi sem vontade. Ouvi-o pedir alguma coisa para beber. – Fiquei sabendo que o irmão revoltado de Damon voltou a cidade. – o encarei, ele espremeu os olhos.-  Tenho a ligeira impressão de isto ter a ver com você.

Ele sorriu de canto e eu me segurei para não fletar. Caralho! Por que os vampiros têm que ser tão bonitos?

- E o que te faz pensar assim? – ele ainda estava próximo demais.

- Damon me disse que você hipnotizou o irmão dele. – ele acenou para que eu continuasse. – Você ficou intrigado com o que eu sou, faz muito sentido. – o olhei sugestiva.

- Pois você está enganada. – nós fitávamos. – Eu não tenho nada a ver com a volta dele.

- Você mente muito mal. – sorri descaradamente.

- Você foi a primeira a não acreditar. – ele me seguiu no sorriso.

- Então eu acho que há algo errado com as pessoas daqui.

- Eu acho que a errada aqui é você. – ele disse sério.

Ri mais uma vez e desviei nossos olhares, tomando mais um gole do suco. O silencio reinou entre nós dois. Eu sentia o seu olhar sobre mim, agora que eu já estava falando com ele, já não sabia o que falar. E talvez isto fosse um dos meus pontos fracos.

- E então – o olhei e esperei que continuasse. – Vai me falar que tipo de bruxa você é?

Revirei os olhos e ri pelo nariz, ele ainda pensava que eu era uma bruxa, isso é hilário. Resolvi voltar a brincar.

- Uma bruxa muito mal, que vai ser seus próximos pesadelos, hahaha. – fiz a mesma voz que essas bruxas de filmes infantis.

Klaus fez uma careta, provocando mais dos meus risos.

- Você é infantil. – ele concluiu.

- Sério? Nossa, fiquei magoada. – fiz bico e logo depois soltei uma gargalhada.

- Mas eu gosto do seu jeito. – tá, ele me pegou de surpresa.

O olhei com cara de tédio. Só me falta o vampiro loiro querer me seduzir com aquela voz rouca, com aquele corpo definido, aquele olhar penetrante. OMG! Isto não é justo. Ele sorriu de canto e voltou-se para sua bebida. Agradeci mentalmente, eu estava a alguns segundos de fletar totalmente.

[...]

Passei o resto da manhã e uma parte da tarde com Klaus, confesso que eu não consegui entender o ódio que os outros tinham por ele, Klaus parecia manso, mas eu sei que não devo me enganar e nem me aproximar, o meu objetivo aqui é outro. Mas ficar observando as belezas alheias não faz mal, faz?

Entrei em casa com uma idéia na cabeça. Pelo que conversei com Klaus, Elena ainda o ajuda com seus híbridos, então ela pode ser uma arma contra ele, se já não é. Minha idéia não consistia apenas nisto, mas eu precisava pensar um pouco mais. Bom, eu pensarei, pensarei muito mesmo, mas depois de dar uns bons pontapés no irmão revoltado e que está quase matando Damon enforcado.

- O que está acontecendo aqui? – perguntei correndo até onde os dois estavam.

Coisa extremamente difícil, já que a briga é entre dois vampiros, e que é sempre bom lembrar, vampiros são rápidos e fortes. Então chegasse a conclusão que eu estou rodopiando no meio da sala, tentando acompanhar a briga dos irmãozinhos camaradas.

- PAREM JÁ!!! – eu gritei e me arrependi. Tenho certeza que Damon e Elena me disseram que Stefan era uma pessoa dócil. Era, não é? Porque o que eu estou vendo é um monstro muito pior do que o monstro que Damon se transforma.

- Quem é você? – Stefan perguntou enquanto enforcava Damon mais uma vez, o encurralando na parede.

- Liza, saia daqui! – Damon disse com pouca voz.

Mais um pouco de briga entre os dois e mais uma vez Stefan encurralou Damon. Senti meu sangue subir, quem ele pensava que era? Quem queria vingança aqui era eu, eles são irmãos, deviam estar em harmonia, ou pelo menos um no canto do outro, não tentando se matar.

- Dá pra parar de bancar o fortinho e soltar ele?  -eu apontei para Stefan e depois para Damon.

- Namorada? – Stefan perguntou e droga! Me lembrei da noite passada.

Ri alto, forçando parecer convincente. Acho que consegui, pois arranquei um grunhido do mais novo.

- Liza! – Damon tentou gritar.

A cada minuto que passava eu me irritava mais. Eles estavam brigando pelo que mesmo?

- Ah, me esqueci! – Stefan disse sarcasticamente. – Damon não iria se envolver com alguém que não fosse Elena, não é? – ele dizia para Damon, mas me analisava.

O que ele quis dizer com aquilo? Damon tinha alguma coisa com Elena? E se tivesse? Isto não me interessa. Então por que esta dor no coração e este sentimento de decepção? Olhei para Damon e seu olhar se encontrou com o meu. Culpa. Aff! Isso é ridículo.

- Acho que estava errado... – Stefan disse e eu explodi.

-  É claro que estava errado. – ri irônica. – Na verdade vocês estão brigando pelo que? Deixa-me adivinhar... Elena. - me olharam confusos. – Vocês são ridículos, principalmente você Stefan. Você me dá nojo. Caralho! Ele é seu irmão e olha o que vocês estão fazendo? – apontei para a sala. – O que você veio fazer aqui? Mostrar que você ainda existe, quer mostrar os músculos que você ganhou desde o verão passado? Você é ridículo! Você é um nada, que não é seguro com si próprio!

Respirei fundo e quando abri os olhos, Damon estava em minha frente e Stefan agonizando no chão, meu colar pesava em meu pescoço. Stefan tentara me atacar e o colar mais uma vez fez seu papel de protetor.

- O que você é? – ele perguntou investindo mais uma vez, desta vez foi lançado para o outro lado da sala por Damon.

- O que interessa aqui é o que você é. – ele se levantou. – e se quer saber o que eu acho, eu acho que você não é digno de nada. Você não merece o amor que eles têm por você. É triste ver no que você se transformou. – eu disse com base no que Damon me contou sobre Stefan.

Stefan nada disse, apenas saiu pela porta com sua velocidade anormal. Olhei para Damon e concluí que não era hora para perguntar o por que daquilo. Seu olhar era distante, triste, acho que vi uma lágrima descer por sua face. Lembro-me das minhas brigas com meus pais, primos, tios etc. Tudo bem, que não eram da mesma proporção, mas aquilo me fazia sofrer, eu podia imaginar como ele sofria. Como eu disse dias atrás, família é família, mas eu não sei se é isto que eles estão procurando. Há muito mais por trás desta briga de família, eu posso sentir. Há uma coisa mal resolvida em minha cabeça, que eu não consigo entender.

E eu já posso concluir que minha estadia na cidade vai se estender mais do eu esperava.

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