Buried Alive escrita por Miss Haner


Capítulo 22
This love / Where the end begins


Notas iniciais do capítulo

Não tenho muito a dizer. Este é o último capítulo e eu gostaria que todos vocês o comentassem.



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POV Liza

         Ah, como doía me meu peito ter que fazer parte daquilo. Tentei me controlar ao máximo e de fato acho que consegui. Consegui até demais.

         Podia ver a raiva de Damon, enquanto ele me batia. Em meu interior eu queria mesmo sem chance alguma de vitória, agredi-lo de volta, descontar a minha raiva nele e me vingar de tudo o que ele fez. Porém eu não fiz nada e nem podia, eu merecia aquilo por ter me tornado assim, eu merecia ser castigada por tudo o que eu fiz e o que eu ainda vou fazer, eu necessitava de mais. Cheguei a desejar a minha morte para que eu me parasse ali e não pudesse machucar as pessoas que me amam, e de fato eu acreditei que eu iria morrer, mas Stefan o deteve para o meu alívio e ódio.

Depois de todas as cosas horríveis que Stefan disse, ele me levou para longe dali e mais próximo de onde Klaus estava. Eu ainda não tinha uma expressão, não conseguia mostrar o que de fato sentia, era estranho até mesmo para eu me acostumar, mas alguma coisa em Stefan me fazia acreditar que ele sabia de como eu estava por dentro.

Voltamos para a clareira em que consistia o plano de Damon. Sorri com a ingenuidade deles, aquilo poderia atrapalhar, mas nunca iria acabar com o que o vampiro loiro queria. E de fato, depois de uma breve luta para esquentar o sangue, a transformação aconteceu e eu vi o meu amigo se transformar em algo poderoso demais.

E infelizmente poder significa ter inimigos e no triste caso de Klaus, o inimigo estava bem ao lado dele. Estava na hora de agir.

Quando cravei a estaca em Klaus, não tive a coragem de acabar com aquilo tudo de uma vez. Talvez ele ainda fosse forte o suficiente para se livrar de mim e arrancar aquela droga de seu corpo, mas era um risco que eu tinha que correr.

De qualquer forma, a surpresa dele era tanta que eu estava segura contra seus possíveis ataques. Sua dor também não o permitiria que ele fizesse nada, porém em mim, ver seus sentimentos ali tão de perto fez surgir os meus.

- Liza?  - ele disse em um sussurro.

- Me perdoe. – Era estúpida por pedir isto a ele, mas era preciso, eu viveria com aquilo pelo resto de minha vida.

- Liza, não brinque desta forma! – ele disse sorrindo de lado. – Retire isto de mim e vamos acabar com esses vermes. – Era quase uma ordem que eu não obedeci.

- Me perdoe. – repeti, implorando.

- Você não vai fazer isto, não é?- Klaus percebeu qual era minha intenção. – Liza e o nosso plano?

- Uma mentira.

Eu disse e assisti ele se contorcer e engoli em seco. Sua dor se transformou em ódio, talvez ele planejasse me levar junto.

- Não pode ser. Elizabeth, ele retirou a sua família! Matou todos eles sem escrúpulo algum, tudo por uma ganância idiota. – fiz uma careta, sustentando ainda seu olhar. – São todos um bando de egoístas Elizabeth, ignorantes e só pensam em si mesmos. Você não pode querer viver em um mundo com pessoas deste jeito, que são exatamente iguais umas as outras, mas sempre se vêem superiores, querem acabar com alguém da sua mesma raça!

Me perdi em seus olhos, era tudo tão intenso. Imploravam para que eu não fizesse nada com ele e era certo que eu não queria.

- MAS QUE DROGA! – todos me olharam espantados. – Eu sou assim! Uma egoísta filha de uma pessoa que não me merece como filha. Eu não posso deixar que você destrua essas pessoas Klaus.

- Mas e a sua vingança? – era uma ultima tentativa de me fazer mudar de idéia. Aquilo já estava demorando demais.

- Que vingança Klaus? Não existe vingança quando se ama, existe perdão. E é isso que eu te peço. – disse, mas não tão firme como antes.

- Liza, pare agora! – disse alto e eu pude sentir que seus lobisomens se aproximavam de nós.

- Eu sinto muito. – disse e o abracei com força.

- Eu te amo, Liza! – Klaus disse me abraçando na mesma intensidade.

Com o abraço, o meu corpo chocou-se contra o dele, fazendo com que a estava acertasse em cheio o seu peito e acabasse a sua agonia. Klaus petrificou, não sem antes se desvencilhar de mim.

E então eu chorei, chorei feito criança e caí sobre o corpo do vampiro morto. Não sentia arrependimento, eu chorava por tudo o que aconteceu. Era eu e a minha idéia louca de me vingar de um vampiro assassino que me fez parar naquela cidade e provocou tudo isso. Eu matei um amigo e traí aqueles que confiavam em mim, no fim eu me tornara pior do que os que eu descriminava. E como eu não podia voltar atrás, como o erro já estava feito, eu tive que concertar e olha no que deu.

Passaram-se alguns minutos ou horas, nada me importava, eu só queria ficar ali com ele até que alguém entendesse a minha vontade e fizesse-me ter o mesmo final que Klaus. Mas para minha surpresa, mãos fortes enlaçaram a minha cintura e me levantaram. Virei-me para o corpo que me levantara e paralisei ao ver aqueles olhos azuis.

Ficamos por muito tempo apenas nos encarando. Sem fazer nada, apenas entendendo o que se passava no coração de cada um. Eu sabia que ele sentia culpa e que enxergava em meus olhos a dor que preenchia o meu peito. Nós estávamos tão próximos que eu podia sentir sua respiração aliviada bater em meu rosto e me dar àquela sensação gostosa quando ficávamos juntos. Vieram em minha mente as lembranças de tudo o que aconteceu e, estando tão próxima a ele, talvez eu estivesse certa no que fiz.

Suas mãos acariciaram o caminho que as lágrimas fizeram pelo meu rosto, sorri com seu toque tão carinhoso. Pensei que não teria nunca mais assim tão próximo a mim. Talvez eu realmente não o tivesse, e aquilo tudo fosse fruto da minha imaginação afetada.

Porém não acredito que minha imaginação seja capaz de me fazer sentir o beijo dele tão real como é beijá-lo de verdade.

Damon tomou os meus lábios delicadamente em um selinho. Não passou disso, mas me fez sentir-me corajosa e bem por um bom tempo. Eu desejava não sair de perto dele nunca mais, definitivamente eu tinha feito tudo por ele porque o meu maior erro foi me apaixonar desta forma, foi me entregar e me deixar ser domada. Não interessa o lugar em que eu estivesse eu seria dele. E esse fato era incontestável.

Um dia depois

          - E foi assim que tudo aconteceu. – concluiu Jeremy.

Pediram para que eu contasse o que acontecera, mas vendo o meu estado Jeremy se prontificou a explicar. É obvio que deixou todos boquiabertos, exceto eu, Jeremy e Stefan.

E aproveitando para citar Stefan, finalmente ele se resolveu. E adivinhem, Stefan parecia mais comigo do que com qualquer outra pessoa, nós dois tínhamos o mesmo propósito e tivemos que trair aqueles que amávamos para salvá-los. Mas agora já está tudo bem, ou quase, eu ainda acho que ele e Elena precisam ter uma boa conversa a sós.

- Eu não acredito que eu fui tão burro. – Damon resmungou me olhando desolado.

- Você apenas foi você, Damon. – eu disse, provocando risadas dos ali presentes. Damon fez uma careta e revirou os olhos.

- E eu nem acredito que agora está tudo bem. – suspirou Elena. – Eu pensei que estava tudo perdido. Mas graças a você, Liza, está tudo bem. Você enganou Klaus direitinho. - ela disse animada.

Eu que estava risonha até agora, fechei a cara e senti uma pontada em meu peito. Como eu diria que eu não o enganei? Eu apenas escolhi o lado certo, eu estava cansada de cometer erros nesta vida e não suportaria perder Damon. Eu queria gritar, chorar e fazer birra até eles entenderem o motivo real para eu ter o traído daquela forma, mas de nada adiantaria e não era hora para dizer o quanto matá-lo me doeu. Eu tenho certeza que eu carregarei isto comigo para sempre e não é uma boa lembrança.

- Bom. – Alaric chamou atenção para si. – Acho que a gente pode continuar esta conversa outra hora. Eu estou exausto. – olhou sugestivo para mim e para Damon.

- É verdade! – Elena disse e veio até mim. – Sinto que nós seremos boas amigas. – ela disse enquanto nos abraçávamos.

Assim como fiz com ela, me despedi dos outros também. Stefan comunicou que dormiria na casa de Elena, acho que foi um pretexto para deixar Damon e eu sozinhos porque de uma hora para outra, estávamos somente eu e ele naquela casa, olhando um no olho do outro.

- Eu devo pedir que me desculpe Elizabeth. – disse se aproximando. – Todas as coisas que eu disse, tudo o que eu te fiz. Sinceramente, eu não mereço você nem nada disso. – ele desviou os olhos.

Me levantei de repente, ele olhou para mim assustado. Joguei a cabeça para trás e gargalhei sarcástica, tirando lentamente a minha blusa.

- Sabe Damon – tirei minha blusa e joguei em um canto qualquer. -, nós estamos emocionais demais e, sinceramente, isso me irrita. – Damon arqueou as sobrancelhas se divertindo com aquilo. Fiquei entre suas pernas. – Estou sentindo falta de quando nós éramos, hum... - me inclinei até a sua orelha e mordi de leve antes de completar a frase. – Mais selvagens. – disse com voz rouca.

Damon olhou em meus olhos, sombrio, e me agarrou com força. Nossas línguas travaram uma batalha, suas mãos apalpavam meu corpo, enquanto as minhas se encarregavam de retirar a sua roupa. Damon desviou de meus lábios e se voltou para o meu pescoço, mordendo e chupando, provavelmente deixando marcas difíceis de serem disfarçadas.

Retirei sua camisa e arranhei suas costas, Damon suspirou contra meu pescoço e fez com que eu ficasse sentada em seu colo de frente para ele. Olhamos nos olhos enquanto ele retirava meu sutiã e apertava com força meus seios já rígidos pela excitação. Ele brincava com meus seios quando me beijou vorazmente, movimentei-me sobre sua intimidade, o fazendo gemer entre o beijo.

Damon apartou o beijo e se levantou comigo em seu colo. No próximo segundo, eu já estava em seu quarto sendo jogada na cama e provocando um gritinho de surpresa pelo impacto. Ele se aproximou rapidamente traçando um caminho de beijos de minha perna até os meus seios. Gemi alto ao sentir as suas carícias. Damon desceu uma de suas mãos até o meu short e o rasgou, arrancando também a minha calcinha e fazendo carícias em minha intimidade.

Gastei boa parte da minha força para empurrá-lo e ficar por cima de seu corpo. Selei nossos lábios, mas logo desci fazendo o mesmo caminho de beijos, desta vez até a sua calça. Coloquei minha mão por cima de seu membro ainda coberto e apertei, Damon segurou minha mão com força e me puxou para cima, causando uma careta de minha parte.

- Pra que a pressa, querida?  -disse desafiador, próximo a minha orelha.

Rebolei em cima de seu membro mais uma vez e ele segurou firme em minha cintura, sorri para ele como resposta. Damon me deitou na cama de novo e retirou a sua calça e ameaçou tirar a cueca, mas parou. Mostrei a língua para ele que sorriu e se deitou sobre mim, se movimentando contra a minha intimidade e arrancando gemidos e gritos. Segurei em seu rosto e beijei seus lábios, implorando por seu toque. Damon levou uma mão ate a minha intimidade e introduzindo um dedo na mesma. Mexi com vontade até que ele introduziu mais um dedo e como acompanhamento utilizou também a sua boca.

 - DAMON! – gritei quando meu orgasmo chegou.

Ele se jogou na cama e esfregou o seu membro. Entendi o que ele queria e voltei a ficar por cima do meu vampiro, fui coma boca até a sua cueca e a retirei do mesmo jeito. Minha excitação aumentou ao ver a dele, acariciei seu membro com a mão em movimentos de vai-e-vem, Damon se contorcia de prazer. Decidi fazer algo diferente, para a surpresa de Damon, eu decidi acariciar seu membro também com a boca. Logo ele segurou firme em meus cabelos e intensificou os movimentos contra minha boca. Fechei a boca levemente arranhando de leve toda a extensão de seu membro.

- Liza... – ele gemeu e me puxou para cima.

Seus olhos demonstravam como ele estava a beira da loucura. Ri, divertida com a situação. Damon fez movimentos negativos com a cabeça e me penetrou bruscamente, segurando com muita força em minha cintura. Senti um prazer imenso ao senti-lo dentro de mim novamente. Mexi meus quadris, enquanto Damon estocava forte e fundo. Arranhava as suas costas e ele apertava meus seios. Damon saiu de mim e se escorou na cabeceira da cama. Sentei em seu membro e rebolei devagar, nós gemíamos juntos e de mesmo tom. Ele guiava meus movimentos com as mãos e beijava e mordia os meus seios. Eu puxava fortemente seus cabelos.

Nós estávamos descontrolados, necessitados um do outro. Foi dessa forma que nós chegamos ao mesmo tempo ao orgasmo. Depois do ato, meu corpo parecia mais tranqüilo e o dele também. Continuei sentada em cima dele, mas agora escorada em seu peito. Damon segurou meu rosto e fez com que eu olhasse para ele.

- Eu te amo Elizabeth Grunger. – disse antes de me beijar.

Seu beijo me fez sentir as mais belas sensações. E acho que talvez seja isso o amor, seja isso o sentimento que eu nunca sentira na vida.

É certo que eu perdi muito por causa dele, fiquei sem ninguém por causa do monstro que me tirou deste mundo. Cheguei nesta cidade com um único objetivo: vingança, mas eu não sabia exatamente de que. “Ele matou a sua família!”. Por muito tempo eu pensei que foi esse o motivo de eu estar aqui, mas não era. Como já foi dito, eu fui destinada a ele desde a primeira vez que nos vimos e isso não tinha jeito de ser mudado.

Eu procurei por vingança e acabei quase arruinando a vida da população de uma cidade inteira e quem sabe do mundo também. Pois demorou um pouco, mas eu percebi o que esse sentimento pode causar, o quanto ele pode destruir quem já está destruído.

Porém, logo eu, fui pega por um sentimento mais filho da puta ainda. Que te arrebenta e depois cura de novo. Um sentimento que me fez fazer coisas horríveis em nome dele, que me tornou forte e decidida. Um sentimento que de repente definiu o meu lugar.

Eu não sou a melhor pessoa do mundo e muito menos uma pessoa digna de amor. Damon não é o melhor vampiro de todos, também se deixou levar pelo egoísmo e pelo sentimento de vingança. De fato nós não nos merecíamos, mas o destino não pergunta o que você acha ou o que você quer.

- Eu também te amo Damon Salvatore!

E eu, que pensei que o meu final feliz fora esquecido, fui pega pelas armadilhas do destino.


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Notas finais do capítulo

Eu não queria ficar triste mas é impossível! Obrigada de coração a todos vocês que me acompanharam e nao abandonaram a fic. Até mais!