Meu Único Amor escrita por Becca Armstrong


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Gente, olha eu aqui postando p vcs ás 11:40. Quero reviews p compensar.



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(Bella’s POV)

Edward abriu levemente os olhos. Ele olhou imediatamente para meu lado, procurando por mim em seus braços. Não me encontrando, olhou mais para frente e me viu deitada na cama, com a cabeça por cima das mãos, encarando-o completamente virada para seu lado.

–Bom dia. –Falo em tom baixo, esperando que ele decida voltar a dormir para que eu possa olhá-lo mais um pouco.

–Bom dia Bella. –Edward ergue uma mão e retira uma mecha de meu cabelo da frente do rosto. –Acordada há muito tempo?

–Nem tanto. –Respondo. As mãos dele ficam em minhas bochechas.

–Devia ter me chamado. Que horas são?

Nem tinha me tocado. Não olhei as horas, como sempre faço ao levantar. No quarto não havia nenhum relógio, e mesmo se houvesse estaria com o horário errado (devido ao apagão).

–Espera um segundo. –Levanto-me da cama e vou ao armário. Retiro minha bolsa e olho no celular. –Nove e meia. –Era mais do que eu costumava dormir, mesmo nos fins de semana.

-Nossa, dormimos até um horário razoavelmente tarde. –Edward tinha os mesmos hábitos que eu, presumi. Fui guardar a bolsa de volta quando minha carteira cái.

–Droga. –Abaixo-me para pegá-la. Tarde demais, percebo que fiz algo um pouco inapropriado. Ao me abaixar, acabei deixando minha camisola subir. “Se você tivesse dormido de moletom isso não teria acontecido”, acabo me culpando. Agora Edward vira minha calcinha de algodão branco nem um pouco sexy. “A culpa não é sua. E a calcinha pode não ser sexy, mas não é de vovó”. Era uma calcinha branca leve, talvez meio grande até para meus padrões, mas era ideal para o vestido de ontem.

–Quem te deu essa camisola? –Edward pergunta, dando-me a certeza de que ele também vira meu episódio desastroso.

–Mike. –Respondo sem pensar. Ele me deu isso algumas semanas atrás. Mike, ao contrário de muitos homens, acha que roupas “vulgares” não ressaltam a beleza feminina.

–Quem? –Edward pergunta. Merda. Não era para ele saber dessa forma.


(Edward’s POV)

Quem era Mike? Por que ele deu uma camisola para Bella?

–Lembra da sua Tânia? –Bella falou.

–Claro que lembro. O que ela tem a ver com o Mike? –Não pude evitar um desgosto ao falar o nome do homem.

–O Mike é para mim o que a Tânia é para você. -Bella soltou.

Então Mike era o cara com quem a Bella estava ficando? Não deveria ter sentido isso, mas fiquei enfurecido. Mike era o homem que tinha Bella para si. Eu a conhecia há anos e não tive o que ele tinha.

–E vocês saem juntos? –Perguntei engolindo seco.

–Quase nunca. Só saímos para um restaurante uma vez. –Bella veio até mim. –Edward, Mike não é importante para mim. Ele é um barman em uma boate que eu costumo frequentar, nós não temos nada sério.

Ela se assentou bem na minha frente, na cama. A situação estava um pouco melhor, mas ainda não era ideal.

–Há quanto tempo você se deita com ele? –Pigarreei, minha voz saindo um pouco mais grossa devido à minha raiva crescente.

–Não sei ao certo, talvez uns dois meses. –Bella chegou mais perto, a perna dela tocando meu braço direito. –Mas eu só ficava com ele porque era simples. Mike trabalha em uma boate, não quer compromisso e não gasta muito do meu tempo. Edward, eu posso te afirmar, com toda certeza, que minha vida hoje se resume ao meu trabalho. Nem se eu quisesse eu teria alguma coisa com o Mike.

–Mas... Você quer? –Levantei-me na cama e segurei as mãos de Bella. “Por favor, diga que não”, “Por favor, diga que não”...

–Não! Imagina, Edward. Eu não quero ter nada com o Mike.

Agora sim eu estava satisfeito. Eu confiava no gosto da Bella, simplismente porque eu a amo. E, quando se ama, é preciso confiar na pessoa.

–Mesmo? –Quis me prevenir. Estava sendo excessivamente possessivo, eu sei. Mas eu tinha que ter certeza.

–Claro. Se quiser, ligo para ele agora e falo que nunca mais quero vê-lo. –Bella riu e se aproximou um pouco mais de mim. Não queria admitir, mas a idéia era tentadora. Bella terminar tudo o que tinha com esse tal de Mike era bom demais para ser verdade.

–Vamos fazer um acordo. Vai parecer infantil, mas...

–Fala. –Bella me animou. Ela havia percebido que eu estava desconfortável em dizer o que eu queria. Puxei-a para meu colo e sentei-a sobre minhas pernas. Ela era extremamente leve, e parecia ser feita para ficar ali, em meus braços.

–Eu ligo para Tânia e falo o que você quiser que eu diga, contanto que você faça o mesmo com relação ao Mike.

Bella nem pensou por tempo suficiente para me fazer querer não ter falado nada.

–Eu aceito o acordo, senhor Cullen. –Ela me estendeu a mão. Apertei-a, como se tivéssemos fechando negócio. Bella se levantou do meu colo e foi direto ao armário, pegando o celular. Senti um frio assim que ela levantou, no espaço que o corpo dela ocupava. Ela voltou em poucos segundos e se assentou ao meu lado. Não satisfeito com nossa distância, peguei-a novamente em meus braços.

–Você fica aqui mocinha. –Falei em tom educativo, como se Bella tivesse sete anos. Graças à Deus ela era um pouquinho mais velha que isso. Ela riu.

–Quem começa, você ou eu? –Ela pergunta. Para ser sincero, para mim tanto faz. E, com o passar dos anos, aprendi que, em matéria de mulher, quanto mais você cedesse, melhor você ficava na fita.

–Eu. –Peguei o Iphone de Bella e disquei o número de Tânia. Ela atendeu ao segundo toque.

“Quem é?”

–Tânia, sou eu.

“Eu... Meu Deus! Edward? É você? Que número é esse? Não é seu celular!” –Viu? Tânia era excessivamente intrometida.

–È, pois é. Tânia, o nosso lance acabou. Eu não quero mais ficar com você.

“O quê?” –Ouvi os gritos dela ecoarem dentro do meu cérebro.

–Pois é isso mesmo. Sabe, eu estou saindo com uma garota. E, ao contrário de você, ela se dá o devido respeito. Ela não aceita me dividir, e eu não preciso de mais ninguém. Acabou, Tânia. Tchau. –Eu nunca cheguei à esse nível. Quando eu terminava com uma mulher, fazia tudo direito. Chamava a garota para um restaurante, comia com ela e depois terminava tudo. Às vezes até levava a menina para casa. Mas, com a Bella, eu senti essa necessidade de estar livre, de poder ficar com ela sem peso nenhum.

Passei o telefone à Bella, e ela me olhava pasma.

–O que foi? Falei alguma coisa errada?

–Não. Você faz parecer tão fácil. –Bella estava com diferentes emoções no momento. Consegui ver a confusão em seus olhos.

–Fácil não é. Mas eu tenho certeza do que eu quero, e sei que não é Tânia.

–E o que seria? –Bella ainda estava com uma mistura de sentimentos.

–Você Bella. Eu quero você. –Ela ainda estava preocupada com alguma coisa. –O que foi?

–Edward, é assim que você costuma terminar com as garotas?

Alice me disse uma vez que o modo como um homem termina seus relacionamentos revela muito sobre seu caráter. Aparentemente, Bella seguia a mesma filosofia. O melhor agora era dosar minhas palavras e ser honesto.

–Não Bella. Não é. Na maioria das vezes, eu tento ser sutil. Levo as garotas para sair, conversamos um pouco e aí eu termino. Eu só ofereci isso porque queria te ver terminar com o tal rapaz.

–Ah, por falar em Mike, minha vez. –Bella se tranquilizou com minha resposta. Ela discou um número qualquer e esperou. –Mike? Oi, é a Bella... –O cheiro dela invadiu novamente meu cérebro e eu avancei para seu pescoço, dando leves beijos ali. Não queria machucar a pele de Bella, que era tão frágil e macia. Especialmente hoje, que ela vai usar aquele vestido de dama. Subi um pouco para sua mandíbula. –Não Mike. Não posso e não quero te encontrar hoje... –Beijei sua orelha de leve, apenas usando os lábios. Bella estremeceu e passou uma mão à meu cabelo, tentando me prender perto de si. Como se eu fosse tentar sair dali. –Não. Mike, eu estou te ligando para terminar com você... –Passei minha boca à suas bochechas, beijando cada uma como se fossem feitas de porcelana. Não, porcelana não. As bochechas de Bella pareciam ser a única coisa realmente quente em seu corpo, uma vez que ela vivia gelada. –Como assim? Terminar terminando... Ah, e você conhece outro jeito de terminar um relacionamento? Não, Mike. Você não parece compreender. Mike, presta atenção. Isso pode ser mais difícil para você, considerando que nunca conversamos por mais de cinco minutos, mas tente entender... –Mike realmente estava me irritando. Tomei o telefone das mãos de Bella com brutalidade. Se esse cara entendesse o que Bella já havia falado de mil formas diferentes, nesse momento já poderia dispor da boca dela.

–Escuta o que eu vou te dizer, porque não quero ter que repetir. Bella não estará disponível hoje e nem em outra noite de vida dela. Bella já está fora do seu alcance, colega. Se quiser eu repito para você, para não ter erro: Deixa a minha garota em paz. Ela já tem outra pessoa. –Desliguei. Não sabia se aguentaria ouvir a voz do cretino. Como Bella foi dormir com esse estúpido?

Olhei para ela e percebi que estava rindo. Bella ria descontroladamente.

–O que foi? Fiz alguma coisa errada?

–Não. Você só soou tão... Possessivo. Talvez ciumento. –Bella voltou a rir. Como se eu não tivesse motivos para ficar ciumento! (Eu acabei de admitir que estava com um ciúme do cão?).

–Por favor, Bella. E você com a Tânia? Mike não foi nada comparado àquilo. –A melhor forma de se defender pode ser atacar, na maioria das vezes.

–Então, que tal um trato? Nós dois ficamos com ciúmes em iguais quantidades. –Bella não queria discutir. Nem eu. Mesmo sabendo que aquela afirmação era falsa, decidi concordar. Eu estava com dez vezes mais ciúmes do que ela, mas não sairia perdendo.

Deitei Bella no lado que ela ocupara para dormir na noite passada e fui um pouco para cima dela. Beijei de leve seu nariz, fino e perfeito naquele rosto. Desci um pouco mais e dei um selinho nela, segurando sua cabeça entre minhas mãos. Bella me puxou mais para cima de si, e eu usei um cotovelo para não jogar meu peso sobre ela. Com a outra mão prendi sua cabeça, submetendo-a ao meu comando.

Beijei a boca dela com mais intensidade, quase chegando á machucá-la. Bella não se incomodou. Ela me puxou mais, passando as mãos pelas minhas costas embaixo da camisa de algodão. A língua de Bella e a minha se encontraram, depois do que me pareceram anos.

–Isso é um sim? –Bella fala.

–Definitivamente.

Levo minha mão aos cabelos de Bella, aproveitando para sentir novamente aquela suavidade, aquela maciez. Bella era toda macia. Bella era toda desejável. Era impossível haver garota mais perfeita que ela no mundo. Levantei Bella delicadamente e trouxe-a novamente para mim. Bella estava em meu colo, e aproveitou para retirar minha blusa. Sentir os dedos dela em uma parte antes intocada foi como um choque. As mãos delicadas de Bella se demoraram em meu abdômen e eu aprofundei mais nosso beijo. Uma mão minha foi à coxa dela, exercendo uma leve pressão.

Afastei nossas bocas de leve. Não queria nos interromper, mas precisava.

–Bella, temos um dia cheio pela frente. O melhor para nós dois é descermos, tomarmos café e trabalharmos em nossa lista.

Bella se afastou.

–Certo. Eu vou apenas me trocar. –Puxei a cabeça dela em minha direção e dei mais um selinho.

Bella foi ao armário com um sorriso nos lábios, rebolando um pouco, talvez inconscientemente. Ela escolheu um vestido branco leve e sapatilhas. Foi ao banheiro e retornou em poucos minutos, com o cabelo já preso em uma trança embutida.

–Você vai querer que eu vá com você ao seu quarto? –Bella perguntou enquanto colocava brincos de pérola. A idéia era tentadora, mas eu não brincava tanto assim com meu autocontrole. Já era um milagre eu ter conseguido parar de beijá-la.

–Não. Eu te encontro lá embaixo.

Vou à porta do quarto e olho uma última vez para Bella. Linda. Não havia como negar, eu estava apaixonado por aquela garota. E precisava tê-la só para mim.


(Bella’s POV)

Quando Edward saiu, decidi seguir seu conselho. Saí do quarto e fui ao salão. Agora eu me deparei com mesas que serviam deliciosos quitutes. Era melhor aproveitar agora, porque logo depois eu teria que ajudar à cumprir as tarefas da lista, enquanto todos estavam se divertindo.

Fui ao fundo e peguei uma bandeja e um prato. Imediatamente me dirigi aos pães. Carboidratos eram minha fraqueza. Havia todos os tipos de pães ali: francês, baguete, broinhas, brioches... Só de olhar meu estômago roncou. Fui me servindo quando um homem veio em minha direção. Olhei em seu rosto e reconheci-o. O estranho do bar.

–Bom dia. –Ele disse. Logo em seguida veio se servir. –Esses pães estão com uma cara ótima, não é?

–È. –Aquela voz não me era estranha.

–Bella, eu desisto. Não está me reconhecendo mesmo? –Ele disse. Eu deveria conhecê-lo? –Jake Black!

Olhei novamente para ele. Não. Não podia ser. Jake? O garoto com quem eu fazia bolos de lama?

–Jake? Nossa! Você mudou muito! –Olhei novamente para o homem. Era jake, definitivamente. Ainda tinha os olhos negros, o nariz mais achatadinho que o normal, o cabelo rebelde e o corpo bronzeado e definido.

–Finalmente, hein? Ontem eu achei que você ficou com medo de mim no bar, garota. –Jake tocou meu ombro e me puxou para um abraço. Abracei-o também. Melhor mudar de assunto, eu me envergonhei com a idéia de admitir meu medo estúpido.

–Você manteve contato com os Hale e os Cullen? –Pergunto.

–Mantive! Eu trabalho com Aro, vivo viajando. Quem você acha que cuida dos motores das máquinas? Aro não sabe nem diferenciar um motor de um carburador em um carro! Imagina cuidar de tecnologia avançada.

Jake continuava o mesmo. Ele era o único cara que eu conhecia que era capaz de consertar um carro velho aos quatorze anos.

–Ei, vem sentar comigo. –Chamo-o. Jake me segue e nós nos sentamos em uma mesa redonda na varanda.

–Dia lindo, não é?

–Maravilhoso. –Concordo. A chuva deixou os jardins com um tom verde vivo. Estava lindo.

–Bella. –Edward chegou, impecável como sempre. –Quem é o nosso convidado? –Ele se assentou logo ao meu lado. Olhei para sua cara e vi que ele estava cogitando a idéia de bater em Jake.

–Esse é Jacob Black, um amigo nosso de infânica. Lembra? –Tento parecer amigável, mas acho que soei mais como aflita.

–Lembro muito bem. O garoto que tinha uma queda por você, não é? –Edward me lembra. É mesmo. Jake sempre teve uma quedinha por mim. Uma vez ele quebrou o aparelho de plástico que Edward usava, para fingir ser médico. Edward retribuiu destruindo nossos bolos de lama. Os dois faziam uma competição absurda por atenção.

–Assim como você. –Jake acusou. –Mas acho que nossas quedas foram justificáveis. Viu a mulher que Bella se tornou? Linda, se me permite dizer.

–Obrigada Jake. Vocês dois também não estão nada mal. Aposto que partem muitos corações, não é?

Jake riu. Edward apertou seu copo de suco com força.

–Bom, de qualquer forma eu tenho que ir. Aro quer que eu veja uns papéis. –Ele se levanta. –Ei, Bells? –Jake me encara.

–Sim?

–Quer sentar do meu lado no casamento?

Eu fiquei bem desconfortável. Jake não devia ter pedido uma coisa dessas. Agora Edward me olhava em tom acusatório. “Você vai escolher à ele ou à mim?”.

–Jake, eu sou madrinha. Eu vou entrar no casamento com Edward.

O olhar de Jake desmoronou um pouco. Edward relaxou e passou as mãos ao redor dos meus ombros.

–Na verdade Jake, Bella e eu estamos saindo. Acho que qualquer convite seria muito inapropriado considerando que ela já é comprometida. –Edward acrescentou, e eu queria estrangulá-lo. Jake ficou pior que cachorro na chuva.

–Mas, se quiser, podemos sair lá em Nova York para um drink. Alice, Jasper, Rose, Emmet, Edward, você e eu. –Sugiro.

–É. Pode ser. Eu te ligo depois. –Jake estava com tanta pressa para sair dali que se esqueceu de que nem tinha meu telefone. Quando ele saiu, Edward parou de segurarar a risada. Eu bati nele.

–Ai, essa doeu. –Ele disse.

–Precisava fazer tudo aquilo?

–O rapaz tinha que saber que você era carta fora do baralho. –Ele me deu um selinho, afagando minha bochecha. –Ainda está chateada pelo meu ataque de ciúmes? –Ele sussurrou em meu ouvido. Minha respiração perdeu o ritmo.

–Sim. Muito. –Consigo devolver.

–Alguma chance de me desculpar? –Ele beija meu pescoço. Suas mãos vão ao meu cabelo, subindo e descendo por todo seu comprimento.

–Não. Nenhuma. –Minha saliva fica presa na garganta e eu quase engasgo.

–Nem se eu for bem criativo? –Ele não me deixa responder. Beija minha boca, esquecendo-se totalmente que estávamos em um local público. Sinto o gosto de abacaxi com hortelã, provavelmente de seu suco. Passo as mãos em sua nuca e trago-o mais para mim. Ele vai á minha cintura e cola nossos corpos.

–Ai. Meu. Deus. –Ouço uma voz estridente bem familiar. Alice. E não só ela. Jasper, Rosalie e Emmet. Eles não pedem licença e acabam sentando à mesa.

–Eu bebi muito uísque ontem ou vocês realmente estavam se beijando? –Emmet pergunta. Edward passa as mãos por meu ombro, sem o menor desconforto.

–Quero que conheçam minha namorada, Isabella Swan –Edward anuncia. Namorada? Quando eu passei de “pessoa com quem Edward está saindo” para “namorada de Edward”?

As meninas gritaram.

–Finalmente! Ai meu Deus! Finalmente! –Alice e Rose dizem. Não sei quem falou o quê. As duas me olharam e não precisaram dizer mais nada. –Vocês se amam! Gente, que lindo! Que amor! –As duas falam juntas.

Depois de um tempo, tudo ficou mais civilizado. Eles fazem algumas perguntas e nós respondemos. Emmet me constrange diversas vezes.

–E então? Já foram pra reta final? –Ele diz. Rose bate em seu ombro resmungando: “Bebê”. Era hilário um homem como Emmet ter o apelido de bebê.

–Não, Emmet. Considere que nós nos beijamos ontem, por favor. –Edward diz.

O resto da perguntas foi mais calmo. “E aí? Foi bom o beijo?”, “O que vocês fizeram depois?”, “Como vocês decidiram se beijar?”...

–Quem tomou a iniciativa? –Pergunta Jasper.

–Edward. –Digo.

–Bella. –Ouço-o dizer ao mesmo tempo. Todos riem.

–É sério. Quem? –Emmet exige saber.

–Ok. Eu acho que foi o Edward porque quando ele disse que gostava de mim eu pensei em beijá-lo. E foi ele quem beijou minha boca primeiro. –Digo.

–E eu acho que foi Bella porque ela me arrastou até lá fora e começou à me provocar para que eu a beijasse. –Diz Edward. “Provocar” não era exatamente a melhor palavra, mas eu não ia discutir isso agora.

Uma discussão se iniciou. As meninas concordavam comigo, e os homens tomaram o partido de Edward. Típico. Terminei meu café com calma e vi que a discussão estava longe do fim. Edward pegou minha mão e nós saímos, deixando-os ali.

–Deus, não sabia que haveria tanto tumulto por um beijo. –Digo.

–Só um? –Edward diz. Então ele me beija novamente. Bem ali no salão. É quando vejo uma garota andando em nossa direção.

–Edward! Gente, você cresceu! –Diz a menina. Edward se vira, meio à contragosto, e encara a figura. Cabelos castanhos, olhos verdes, pele meio bronzeada e voz irritante.

–Jessica. Olá. –Edward estende a mão, mantendo uma bem firme em minha cintura. Jessica? Uma das ex do Edward? Que dia revelador!

–Uau, você está lindo. –Ela nem me percebeu. Estava ocupada demais babando pelo Edward. Cutuco a cintura dele, e ele entende a mensagem.

–Jessica, essa é Bella. Minha namorada. –Diz.

–Oi. –Falo para ela.

–Ah, oi. Nossa, Edward. Seus padrões... Mudaram –Tive quase certeza que ela ia dizer “caíram”.

–Pois é, garota. Agora o Edward gosta de mulheres decididas, com um cabelo que não tenha passado por mil sessões se clareamento, uma pele que não vive coberta de maquiagem para esconder espinhas, um corpo com o peso certo e uma voz decente. –Digo. Jessica nem sequer era de fato gorda, tinha poucas espinhas (mas tinha) e o cabelo dela passou por algumas sessões de clareamento (mas passou). Edward segura o riso. Jessica fica muda. –Agora, com licença. Eu tenho atividades para fazer agora com meu namorado. –Dei ênfase em “namorado”.

Praticamente arrastei Edward pelo salão. Ele ainda estava dando risada. Chegamos à escada que dava para o jardim e eu encostei-o na parede. Dei um beijo leve nele, o suficiente para acabar com seu ataque de risos.

–Você fica uma graça ciumenta. Eu devia enfurecê-la com mais frequência. –Ele me beija novamente.

–Vamos? Temos um dia cheio pela frente. –Solto-me de seu abraço. Ele me segura.

–Bella? –Viro-me para ele. –Tudo bem dizer que somos namorados? –Ele pergunta.

–Tudo. –Eu ainda estava com a imagem da garota na cebeça. Ele percebeu minha raiva.

–Fica calma. A Jessica foi só uma fase. –Ele beijou minha testa. Eu me acalmei. –Vamos?

Peguei a mão dele.

–Vamos.

(Edward’s POV)

Foi ótimo ver a Bella morta de ciúmes. Agora ela entendia uma fração muito pequena do que eu senti quando Jake se aproximou dela. Aquele metido. Nunca aceitou que a Bella já tinha compromisso. O resto do dia foi tranquilo. Recebemos entregas, conversamos, demos ordens aos ajudantes...

Bella não mudara muito. Suas respostas ainda eram muito parecidas ás que ela dava quando criança. “Qual é sua cor favorita? –Depende do dia”, “Qual é seu animal de estimação favorito? –Nunca tive paciência para animais, mato até peixes”, “Ainda estudiosa? –Você sabe que sim”. Agora ela me contava sobre o desastre que continuava sendo para esportes. Só suportava exercícios em academia e corridas. Olhei para o céu e constatei que já havia se passado uma tarde inteira.

–Bella? È melhor irmos nos arrumar. O casamento começa em... –Olho para meu relógio de pulso. –Uma hora e meia.

Despeço-me dela, deixo-a na porta do quarto e vou me arrumar. Queria estar elegante para levá-la ao altar.


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Notas finais do capítulo

Gente, recomendações eu nem peço. Mas reviews sim. Por favor, comentem! A opinião de vocês é importante, e os comentários são o que me estimula à escrever!