Capitulo 16

Oi Renesmee, sou eu... a Bella, se você esta lendo essa carta agora, é por que aconteceu alguma coisa comigo. Mas em fim... queria que você entendesse tudo, e não tirasse precipitações erradas antes de ler tudo.

(...)

Eu estava com dezenove na época, já fazia minha faculdade, e estava tudo indo bem, tinha a vida que qualquer um queria.

Mas tudo mudou quando Edward apareceu na minha vida, e ele me fez quebrar varias regras que levava comigo sempre.

Primeira e mais importante- nunca se apaixone por um idiota.

Mas isso não adiantou com ele, pois na primeira vês que o vi, eu me apaixonei logo de cara. E ele também se apaixonou por mim.

Aquela foi a melhor época da minha vida, pois eu nunca tive um amor, e com ele eu descobrir o que “eu te amo” queria dizer.

Namoramos durante dois anos inteirinhos, e foi maravilhoso... ele era maravilhoso. E assim que terminamos a faculdade, a primeira coisa que ele fez, foi me pedir em casamento.

Imagine, eu estava com 21, e era tudo o que eu queria. Pois ele era o homem da minha vida.

E dentro de três meses nos casamos- escondidos-.

Quando minha família descobriu, quase surtou, mas o que eles poderiam fazer, eu já estava casada.

Lembro que Charlie quase matou o Edward.

Já a família do Edward, me acolheu, como uma família de verdade.

E então quando estava tudo resolvido, resolvemos entrar em lua de mel.

Aqueles foram os melhores dias da minha vida, mas quando completamos um mês certinho, eu descobrir que estava grávida.

Imagina, eu novinha estava grávida, era uma gravidez que eu não planejei de jeito nenhum, uma gravidez que a primeira vista foi muito indesejada por mim. Eu tive receio de contar para o Edward, pois nós nem tinha muitos dias de casados, nem tínhamos aproveitado nada. Era horrível.

E adivinha qual foi a minha surpresa. Quando eu contei ele amou, e começou a me tratar como uma rainha, não que ele não tratasse antes, só que sua preocupação comigo aumentou, e de repente a atenção de todos se voltaram para mim, e isso foi maravilhoso.

E eu queria tanto um menininho, que fosse igual ao Edward, já ele nem se importava com isso.

Mas quando eu completei quatro meses, conseguimos ver qual era o sexo do bebê. Eu estava crente que viria um menininho, o novo herdeiro Cullen, e lá no fundo eu sempre soube que ele também queria um menino.

E qual foi a minha surpresa outra vês, era uma menina, tamanha foi a minha raiva na hora, pois tive medo do Edward não amá-la. Mas quando eu vi o Edward chorando naquela sala, a minha raiva cessou, pois ele chorava de felicidade, e a ideia de ter uma menininha nunca tinha sido tão boa.

E quando demos a notícia para a família, todos ficaram felizes, e começaram a me paparicar mais e mais, principalmente o Edward, que sempre tirava duas horinhas a noite para conversar com a minha menininha. E era uma momento tão lindo, tão terno, e ele não gostava que ninguém se intrometesse no seu tempo.

Os meses foram passando e a cada dia o momento do bebê nascer se aproximava mais, e o nome eu já tinha discutido com o Edward, iria se Renesmee.

Um certo dia, o Edward foi viajar a negócios, e a família Cullen foi visitar os sobrinhos Denali, pois estavadm passando numa situação muito difícil.

Me lembro como se fosse hoje, isso era de manhã, eu estava fazendo o café da manhã, e de repente, a bolsa estourou, e o meu desespero foi grande, fiquei com medo de perder a minha menininha.

E a única pessoa que estava perto o suficiente era a minha amiga de faculdade, Miranda, mãe da sua amiga Melanie, e ela ainda se encontrava com um barrigão enorme, estava grávida da Mel, e mesmo assim ela veio me ajudar com sua pequena Mendy nos braços, que naquela época deveria estar com seus dois aninhos. Então ela me levou para o hospital correndo, no seu carro.

Quando cheguei lá fui levada direto para a sala de emergência as pressas. E depois de muito sufoco, nasceu a minha menininha, a minha Renesmee, com seus cabelos negros iguais aos meus, sua pele branquinha e os olhos do Edward. Foi uma junção linda do nosso amor.

...

Mas levaram ela correndo de mim, e então eu apaguei.

Quando acordei já estava em um quarto, com Miranda ao meu lado, me olhando com um olhar de pena.

-Onde esta a minha filha?- perguntei nervosa.

E ela só sacudiu a cabeça e sussurrou um “me desculpe”.

Ela tinha morrido, e levou uma parte de mim.

Era como um balde de água fria em cima de mim.

Mas naquele momento a única coisa que eu conseguia pensar, era na reação do Edward, ele que estava tão feliz, tive medo dele me deixar, e muito receio de não me amar mais.

Miranda vendo a minha situação, teve uma ideia que parecia espetacular naquela hora.

Ela pegaria uma criança de outra mãe.

E como eu estava desesperada, não consegui pensar em nada e aceitei, lembro que ela falou que já tinha a pessoa ideal para pegar a criança.

Fiquei feliz por isso, mas ao mesmo tempo fiquei triste, pois não iria ser mais a mesma coisa, pois a criança não iria ter o nosso sangue.

Quando eu estava dormindo, ela pegou a criança e colocou no meu quarto. No outro dia fui despertada com um choro fininho.

E adivinha... Era você, e tive um susto quando olhei no berço, você tinha os cabelos iguais ao do Edward, e os olhos na mesma tonalidade que a minha, o seu rostinho delicado e tão lindo, e pensei que aquele bebê se passaria pelo meu , e ninguém iria desconfiar. Então naquele mesmo dia Edward voltou de viagem, e quando ele soube da notícia veio correndo para o hospital.

Assim que ele chegou no meu quarto ele me cumprimentou com um selinho, e se virou para ver a pequena Renesmee. E então assim que ele pois os olhos em você, ele te olhou diferente, era um olhar que eu nunca tinha visto, parecia admiração, então ele abriu um sorriso, mas foi diferente de todos os outros, foi um sorriso caloroso, foi um sorriso que ele nunca tinha me dado, e nunca me deus, só dava pra você.

E naquele momento eu percebi que você já tinha ganhado o coração dele, com um simples olhar, e então eu ouvi um barulhinho estranho, e quando olhei para vocês dois, percebi que você estava rindo, então vi os olhos dele, os olhos dele se encherem de lágrimas, tinha sido a segunda vês que eu o tinha visto chorar.

E isso me fez perceber que nenhuma vês foi por mim que ele chorou.

No primeiro mês eu quis te mandar embora para a sua família. Não aguentava mais ver todo mundo te amando, e sendo que nem filha de verdade você era, já estava tudo certo, mas o Edward não saia uma vês do seu lado, então eu percebi que se algo acontecesse com você, ele iria sofrer, ou então daria a própria vida em troca da sua, e isso eu não podia permitir, sendo que nem filha dele você era.

Eu nunca na minha vida tinha o visto tão feliz quando você pronunciou a primeira palavrinha, que foi “papai” parecia que o rosto dele iria rasgar de tanto que ele sorria, e a cada gesto que você fazia, ele te amava mais, a cada segundo longe de você parecia uma eternidade para ele.

Tantas vezes que você se aproximava de mim, e eu me afastava, eu tinha medo de ficar muito apegada a você, como todos estavam, e muitas vezes eu te tratava mal.

Mas você nunca teve culpa de nada, a culpada sempre foi eu, desde o início, quando você me chamou de mãe pela primeira vês, eu quis tanto te abraçar, te chamar de minha, mas eu não queria me apegar, nunca quis. Eu odiava Rose sempre por perto... sendo uma mãe pra você, um papel que era para ser eu fazendo. Mas ela sempre te tratou como uma filha, como se você fosse a coisa mais importante da vida dela, e isso eu a invejava muito, pois ela tinha um jeito de te amar, que eu não conseguia entender. E eu não conseguia te amar de verdade pois eu já sabia a verdade, e isso era como um empecilho.

Quis tanto ter outro bebê, já o Edward nem se importava, pois ele sempre falava que você já era o bastante, e ainda para piorar, quando eu fui me encontrar com o medico, ele falou que eu tinha ficado estéril. Então o Edward não poderia ter outro filho, ele não poderia ter um filho de verdade.

Quando você cresceu mais um pouco, eu tive a ideia de te mandar para morar com a sua avó Esme.

Foi muito difícil convencer o Edward, mas no final eu sempre conseguia tudo o que queria- ou quase tudo-.

Assim que você foi pra lá, o Edward não parava mais em casa, sempre na casa da mãe, por sua causa.

E então eu percebia que tudo que eu fazia para você me odiar, estava dando certo, você me odiava de uma forma que eu até agora não entendo.

E quando você cresceu. E foi estudar em um colégio interno, foi uma tristeza muito grande para o Edward, mas a cada final de semestre que você voltava pra casa era como se nunca tivesse saído de lá, eu podia ver o Edward contando nos dedos os dias para te ver.

E sempre que você voltava você trazia o boletim junto com você, que sempre foi impecável, o que fazia o Edward ter mais orgulho de você, e as vezes eu queria que pelo menos viesse com uma nota baixa, para que o Edward percebesse que você não era a filha perfeita assim como ele pensava, mas isso nunca aconteceu, suas notas sempre foram altas, e isso só fazia ele ver que você era a filha perfeita para ele, e o pior, você era linda, linda é pouco, você era divina, e se parecia muito com o Edward, o que me fazia pensar que ele já tivesse pulado a cerca alguma vês.

Foi então que eu tive uma grande ideia, coloquei um detetive para desvendar o passado do Edward.

E qual foi minha surpresa? Edward Cullen era bastardo assim como você, imagina a situação, iria ser uma confusão se eu contasse para ele.

Quando ele era criança, ele e sua gêmea foram para adoção assim que seus pais morreram em um acidente de avião. E como Calisle tinha operado anos antes, depois de ter Alice, a ideia de ter mais um herdeiro nunca tinha sido tão boa para a Esme assim que botou os olhos no Edward, mas a irmã do Edward já havia sido adotada antes, por outra família rica.

E eu nunca entendi por que Miranda ter pegado você de Elisabeth, já que era para você ser sobrinha do Edward.

E você deve estar achando estranho eu ter dado a metade de tudo o que eu tenho para a Annie, é que quando eu a vi na festa, eu me lembrei da minha Renesmee, parecia muito com ela... só muda os olhos.

E assim foi o modo que eu encontrei para um pedido de desculpas por tudo.

E eu me arrependo até hoje de ter aceitado a proposta dela, e ás vezes fico pensando que se minha filha não tivesse morrido, se o Edward a amaria da mesma forma que ele ama você.

E as vezes eu me sentia tão insignificante quando vocês estavam juntos, e o amor que ele sente por mim nem chega aos pés do que ele sente por você.

Mas você nunca teve culpa de nada, e eu me arrependo de não ter te amado da forma que deveria, me arrependo por você não ter tido uma mãe.

E se eu pudesse voltar no tempo, não teria tirado você da sua família. Mesmo eu achando impossível eles te amarem da forma que o Edward te ama.

Mas você sempre foi amada, por todos.

E me desculpe, por tudo que eu fiz você passar, se você pudesse me perdoar, eu com certeza morreria em paz.

Pois só eu sei como esta sendo difícil escrever essa carta, e contar toda a verdade para você. Mas uma hora ou outra você teria que saber;

Um grande abraço e o meu carinho, espero que você seja muito feliz.

Isabella Marie Swan